sexta-feira, 5 de março de 2010

Estudo para 8 de Março de 2010

IBOV segue trajetória de alta e avança 1,52%, a 68.846 pontos, com alta de 3,52% na semana. O volume financeiro totalizou R$ 8,03 bilhões.

Após um indicador positivo do mercado de trabalho dos EUA pela manhã, que já levava otimismo aos mercados globais nesta sexta-feira (5), as bolsas estenderam os ganhos no final do pregão, após a divulgação de que o crédito ao consumidor norte-americano teve expansão em janeiro pela primeira vez em 11 meses.

A BM&F Bovespa divulgou o balanço de suas operações durante fevereiro de 2010, com uma movimentação total R$ 118,06 bilhões no segmento Bovespa e volume financeiro R$ 2,47 trilhões no segmento BM&F, incluindo os mercados financeiros e agropecuários. Com relação ao mês anterior, o volume de movimentação voltou a registrar queda no segmento Bovespa, assim como ocorreu em janeiro. O número de negócios também caiu, somando 7,36 milhões.

Assim como ocorreu no início da semana, a OGX Petróleo comunicou nova descoberta de hidrocarbonetos em poço na Bacia de Campos. Desta vez, o achado foi no poço 1-OGX-6-RJS, chamado de Etna e localizado no bloco BM-C-41. Os papéis da petrolífera lideraram os ganhos do índice, embalados também pelo bom desempenho dos contratos futuros da commodity em Londres e NY.

Ainda na ponta compradora, as ações das mineradoras se destacaram, com MMX e Vale registrando algumas das maiores variações positivas do benchmark, dando continuidade ao movimento da véspera, refletindo em partes as projeções de alta para o preço do minério de ferro.

As siderúrgicas também registraram ganhos no pregão, com Usiminas e CSN se destacando na ponta positiva do índice. Contribuiu o bom movimento das commodities visto não só no pregão como no restante da semana.

Contribuindo para o movimento de alta do Ibovespa, as ações da Vale PNA (VALE5) avançaram 2,93% a R$ 47,35. Na visão do analista, os investidores repercutem as notícias de que a companhia se beneficie do reajuste de até 80% no preço do minério de ferro.

Dentre as ações com maior peso na carteira teórica (que vigora de 1 de setembro a 30 de dezembro), Petrobras PN (PETR4) subiu 1,73% a R$ 35,81; Itaú Unibanco PN (ITUB4) valorizou 0,78%, a R$ 37,39; BM&FBovespa ON (BVMF3) teve alta de 0,67% a R$ 12,04 e Bradesco PN (BBDC4) registrou elevação de 0,35%, a R$ 31,96.

Bolsas de NY

O único indicador de peso na agenda econômica norte-americana surpreendeu e trouxe alívio as bolsas norte-americanas. O mercado de trabalho norte-americano perdeu 36 mil empregos em fevereiro, segundo dados do payroll, que mostra o número de vagas criadas no setor privado e público, exceto agrícola.

O número veio melhor que o esperado, que apontava queda entre 50 mil e 100 mil vagas. Em janeiro foram perdidos 26 mil postos de trabalhos, nos dados revisados. A taxa de desemprego no país permanece em 9,7%.

Ao final do pregão, o índice industrial Dow Jones subiu 1,17% para 10.566 pontos. O S&P 500 ganhou 1,40% aos 1.138 pontos. Enquanto a bolsa eletrônica Nasdaq avançou 1,48% para 2.326 pontos.

Bolsas da Europa

O mercados acionários do continente europeu encerraram o último pregão da semana com forte valorização, na esteira de dados animadores do mercado de trabalho nos Estados Unidos. Os números do Payroll mostraram que os EUA perderam 36 mil empregos em fevereiro,quando as expectativas apontavam queda entre 50 mil e 100 mil vagas.

A notícia animou as bolsas mundo afora, sendo entendida pelos agentes como um indício de recuperação da maior potência econômica do planeta. Em Londres, o índice FTSE-100 apresentou elevação de 1,31%, a 5.599 pontos, puxado pelos papéis das mineradoras. Rio Tinto , Lonmin, Anglo American, Kazakhmys e BHP Billiton avançaram entre 2,7% e 3,8%, mas o destaque ficou com a Xstrata, que ganhou 5,6%.

Os agentes do Reino Unido também repercutiram o Índice de Preços ao Produtor (PPI, na sigla em inglês), que subiu 4,1% em fevereiro ante mesmo mês do ano anterior.

Em Frankfurt, o índice DAX-30 subiu 1,42% para 5.877 pontos. Entre as notícias do país, as novas encomendas às indústrias subiram 4,3% em janeiro ante dezembro, superando as expectativas dos economistas que previam aumento de apenas 1,3%.

Em Paris, o CAC 40 avançou 2,14% aos 3.910 pontos e em Milão, o FTSE MIB valorizou 1,98% para 22.278 pontos. Na Espanha, indicador Ibex 35, de Madri, ganhou 2,55% aos 11.019 pontos. A notícia de que as vendas de casas subiram 4,1% no quarto trimestre de 2009 também animaram os investidores espanhóis nesta sessão. Segundo o Monistério da Habitação espanhol esta é a primeira alta desde 2006.

Bolsas da Ásia

Na China, o índice SSE Composite, da bolsa de Xangai, registrou 0,25% de valorização aos 3.031 pontos, depois que o governo anunciou que manterá a política de ajuda à recuperação econômica. O primeiro ministro chinês, Wen Jiabao, disse hoje em seu discurso anual, que o Produto Interno Bruto (PIB) do país deverá crescer 8% neste ano.

Em Hong Kong, o índice Hang Seng avançou 1,03% aos 20.787 pontos, com as ações do banco HSBC figurando entre as maiores altas do dia.

No Japão, o índice Nikkei 225 ganhou 2,20% aos 10.368 pontos, impulsionado pelas ações de empress exportadoras e do setor imobiliário, com perspectivas de que o banco central do país adote medidas para flexibilizar a política monetária.

Na Coreia do Sul, o índice Kospi, da Bolsa de Valores de Seul, fechou com 1,01% de alta aos 1.634 pontos. Em Taiwan, o referencial TSEC weighted index gabhou 1,27% aos 7.666 pontos e na Índia, o índice BSE Sensex, da bolsa de Bombai, subiu 0,13% aos 16.994 pontos.

Petróleo

Com a convergência de notícias positivas envolvendo os dois maiores consumidores de petróleo no planeta, os contratos futuros da commodity em Londres e NY encerraram a sexta-feira (5) com forte valorização.

Nos EUA, dados do mercado de trabalho dissiparam parte das preocupações com a lenta recuperação e, na China, o primeiro ministro defendeu a continuação da política expansionista.

A cotação do barril do petróleo Brent, negociado no mercado de Londres, fechou a US$ 79,89, com alta de 1,65% em relação ao último fechamento. Enquanto isso, o contrato de maior liquidez no mercado de Nova York, com vencimento em abril, fechou cotado a US$ 81,50 por barril, representando um avanço de 1,55% frente ao fechamento anterior

Dólar

No interbancário, o dólar interrompeu uma sequência de duas altas seguidas e voltou a cair, saindo a R$ 1,784 na compra e R$ 1,786 na venda, com desvalorização de 0,33%. No mercado futuro, os contratos para abril apontavam, instantes atrás, queda de 0,16% a R$ 1,794.

No front interno, os agentes repercutiram as declarações do ministro da Fazenda, Guido Mantega, de que o Fundo Soberano não tem limites para a compra de dólar. "Com isso pode ser que aumente ainda mais a procura no mercado à vista, o que pode elevar a cotação da moeda", afirmou Daives Ribeiro, da Fair Corretora.

Mantega também deu a entender que novas medidas no câmbio ainda podem ser implementadas pela equipe econômica.

Renda Fixa

No mercado de renda fixa, os juros futuros encerraram em queda na BM&F Bovespa nesta sexta-feira, respondendo aos dados do IPCA e à fala de Meirelles sobre o compulsório. O contrato com vencimento em janeiro de 2011, que apresenta maior liquidez, encerrou apontando taxa de 10,41%, queda de 0,06 ponto percentual frente ao fechamento anterior.

No mercado de títulos da dívida externa brasileira, o Global 40, bônus mais líquido, encerrou cotado a 136,20% de seu valor de face, queda de 0,14% frente ao fechamento anterior.

O risco-país, calculado pelo conglomerado norte-americano JP Morgan, era cotado a 188 pontos-base, baixa de 8 pontos-base em relação ao fechamento anterior.

Confira os eventos previstos para segunda-feira

A FGV (Fundação Getulio Vargas) anuncia o IPC-S (Índice de Preços ao Consumidor - Semanal) referente à primeira quadrissemana de março. O índice calcula a taxa mensal da variação dos preços até meados da semana anterior àquela em que é divulgado.

A instituição publica ainda o IGP-DI (Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna) de fevereiro, importante medida de inflação nacional.

O Banco Central revela o relatório semanal Focus, que compila a opinião de consultorias e instituições financeiras sobre os principais índices macroeconômicos.

O Ministério de Comércio Exterior reporta a Balança Comercial referente à última semana, que mede a diferença entre exportações e importações contabilizadas durante o período.

Nos EUA, não serão divulgados indicadores relevantes neste dia.

(Com dados do Infomoney e Último Instante)

Gráficos











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