terça-feira, 16 de março de 2010

Estudo para 17 de Março de 2010

IBOV após três sessões de quedas tem dia positivo, o pregão de hoje fechou com alta de 1,33% aos 69.942 pontos. O giro financeiro foi de R$ 5,18 bilhões.

O arrefecimento dos temores em relação ao problema fiscal grego aliado aos sinais de manutenção da taxa de juros nos Estados Unidos por um período prolongado alimentou o apetite por risco dos investidores ao redor do globo, em um dia de bom humor mundial.

Dentre as ações com maior peso na carteira teórica (que vigora de 4 de janeiro a 30 de abril), Petrobras PN (PETR4) ganhou 1,03% a R$ 37,15; Vale PNA (VALE5) subiu 2,42% a R$ 47,83; Itaú Unibanco PN (ITUB4) avançou 0,64% a R$ 37,85; BM&FBovespa ON (BVMF3) caiu 0,52% a R$ 11,59 e Bradesco PN (BBDC4) apresentou elevação de 0,88%, a R$ 32,03.

O Federal Reserve (Fed), banco central norte-americano, mais uma vez decidiu manter a taxa de juros inalterada num intervalo entre zero e 0,25%, sinalizando que os níveis excepcionalmente baixos devem continuar por um "período prolongado". A autoridade monetária disse ainda que a atividade ecônomica continuou se fortalecendo e que o mercado de trabalho está se estabilizando, contudo, a recuperação da economia deve ser "moderada por um tempo".

Mais cedo, a agência classificadora de risco Standard & Poor's manteve a nota de dívida de longo prazo da Grécia em "BBB+" e de curto prazo em “A-2”, retirando a ameaça de corte imediato do rating ao país. Os analistas da S&P consideram que o pacote total apresentado pelo governo grego de redução do déficit é “apropriado para alcançar o objetivo fiscal de 2010”.

Para Mora, os mercados viveram um dia de "lua de mel", numa jornada de notícias "muito positivas". O operador lembra ainda que os estrangeiros injetaram R$ 2,05 bilhões na Bovespa do dia 1º ao dia 12 de março, mostra do retorno dos agentes aos ativos de risco.

Ainda no campo econômico, as construções de novas residências nos Estados Unidos (housing starts) caíram 5,9% em fevereiro ante janeiro para 575 mil novas casas. Apesar da queda, o volume é superior ao esperado pelo mercado que estimava 570 mil novas casas.

Enquanto o Índice de Preços de Importação norte-americano recuou 0,3% em fevereiro ante o mês anterior. Esta é a primeira queda desde julho. A estimativa dos especialistas apontava para um decréscimo de 0,2%.

Bolsas de NY


As Bolsas de Valores dos Estados Unidos encerraram a sessão desta terça-feira com ganhos após o Federal Reserve (Fed, banco central norte-americano) sinalizar aumento no ritmo da recuperação econômica do país ao anunciar que manterá a taxa básica de juros numa banda entre zero e 0,25% "por um período prolongado".

Ao final da sessão, o índice industrial Dow Jones teve alta de 0,41% aos 10.686 pontos. O S&P 500 subiu 0,78% para 1.159 pontos. Enquanto a bolsa eletrônica Nasdaq avançou 0,67% aos 2.378 pontos.

Por lá o Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC, na sigla em inglês) do Fed afirmou que os juros devem se manter em "níveis excepcionalmente baixos por um período prolongado", devido as condições econômicas, com baixas taxas de utilização de recursos e tendências de inflação controlada.

Na agenda econômica, as construções de novas residências nos Estados Unidos (housing starts), apesar de caírem 5,9% em fevereiro ante janeiro para 575 mil novas casas, também vieram acima das expectativas que apontavam 570 mil novas casas. As licenças para construir (Building Permits) somaram 612 mil, taxa anual ajustada sazonalmente e acima do previsto pelos especialistas (610 mil).

Ajudou a acalmar os ânimos dos investidores a notícia de que a Standard & Poor´s manterá a nota de dívida de longo prazo da Grécia em "BBB+" e de curto prazo em “A-2”, retirando a ameaça de corte imediato do rating ao país. Porém, a S&P colocou o país sob perspectiva "negativa", uma vez que ainda há incertezas em relação à capacidade do governo concretizar o programa de redução do déficit público.

Bolsas Europeias

Após abrirem a semana em desvalorização, os mercados acionários do continente europeu tomaram fôlego com investidores mais aliviados em relação ao déficit da Grécia.

Entre os destaques positivos, as ações do Deutsche Bank avançaram mais de 2,5% em Frankfurt, enquanto as do BNP Paribas subiram 2,3%, em Paris.

Nesta terça-feira, a agência manteve a nota de dívida de longo prazo da Grécia em "BBB+" e retirou a ameaça de corte imediato do rating ao país, colocando a perspectiva em "negativa".

Os analistas da S&P consideram que o pacote total apresentado pelo governo grego de redução do déficit é “apropriado para alcançar o objetivo fiscal de 2010” e por isso, o “rating” da dívida a longo prazo foi mantido. A nota de classificação da dívida de curto prazo também se manteve em “A-2”.

No front econômico, o Índice de Preços ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês) na zona do euro registrou alta de 0,9% em fevereiro ante mesmo mês do ano anterior. Já na comparação com janeiro o CPI subiu 0,3% em fevereiro de 2010. Os resultados vieram em linha com as estimativas do mercado tanto na comparação anual quanto na mensal.

Ainda na agenda do dia, o indicador de sentimento econômico ZEW na zona do euro, que mede as expectativas dos especialistas do mercado financeiro, mostrou arrefecimento em março, passando de 40,2 pontos em fevereiro para 37,9 pontos este mês. O resultado ficou um pouco abaixo da expectativa do mercado que apostava em 38,5 pontos.

Dentre os principais indicadores europeus, o índice FTSE-100, da Bolsa de Londres subiu 0,48% aos 5.620 pontos. Em Paris, o índice CAC-40 ganhou 1,23% para 3.938 pontos. O madrilenho Ibex 35 avançou 0,93% aos 11.059 pontos. Enquanto, o FTSE MIB, da Bolsa de Milão, teve alta de 1,1% para 22.619 pontos. Na Alemanha, o índice DAX-30 valorizou 1,14%, aos 5.970 pontos.

Bolsas Asiáticas


As principais bolsas de valores asiáticas terminaram a sessão de hoje com sinais diferentes, com os investidores à espera da decisão do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC, na sigla em inglês) sobre a taxa de juros nos Estados Unidos. Enquanto alguns mercados avançaram impulsionadoas por fatores locais, outros andaram de lado no aguardo da decisão do comitê norte-americano.

Depois de sofrer duas quedas consecutivas, o índice SSE Composite, da bolsa de Xangai, registrou 0,53% de valorização aos 2.992 pontos, à medida que as procupações sobre o aperto monetário na China deram uma trégua. Já em Hong Kong, o indicador Hang Seng perdeu 0,27% aos 21.022 pontos, puxado novamente pelas ações do setor financeiro.

No Japão, o índice Nikkei 225 caiu 0,28% para 10.751 pontos, com as ações das montadoras e empresas de tecnologia liderendo as perdas do dia. Em Taiwan, o referencial TSEC weighted index avançou 0,80% aos 7.605 pontos, depois de amargar três quedas na sequência.

Na Coreia do Sul, o índice Kospi, da Bolsa de Valores de Seul, fechou com 0,09% de desvalorização aos 1.648 pontos, à espera da decisão do FOMC e na Índia, o índice BSE Sensex, da bolsa de Bombai, ganhou 1,27% aos 17.383 pontos.

Petróleo


As cotações de petróleo fecharam em alta nesta terça-feira (16), após investidores mostrarem animação com a manutenção dos juros nos EUA e com a perspectiva de manutenção dos atuais patamares de produção da Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo).

A cotação do barril do petróleo Brent, negociado no mercado de Londres, fechou a US$ 79,19, com alta de 1,66% em relação ao último fechamento. Enquanto isso, o contrato de maior liquidez no mercado de Nova York, com vencimento em abril, fechou cotado a US$ 81,79 por barril, subindo 2,49% frente ao fechamento anterior.

Dólar

O dólar comercial fechou cotado a R$ 1,7650 na compra e R$ 1,7670 na venda, alta de 0,17% em relação ao fechamento anterior.

Apesar desta alta, o dólar acumula desvalorização de 2,32% em março, frente à queda de 4,13% registrada no mês passado. No ano a valorização acumulada da moeda norte-americana já chega a 1,48%.

Na BM&F, o contrato futuro com vencimento em abril encerrou o dia cotado a R$ 1.770, leve alta em relação ao fechamento da última segunda-feira, de R$ 1,769. O contrato com vencimento em maio, por sua vez, fechou em alta, atingindo R$ 1.783 frente à R$ 1.779 do fechamento da véspera.

O dólar pronto, que é a referência para a moeda norte-americana na BM&F Bovespa, registrava R$ 1,7670000.

Por fim, o FRA de cupom cambial, Forward Rate Agreement, referência para o juro em dólar no Brasil, fechou a 1,09% para maio de 2010, estável em relação ao que foi visto no último fechamento.

Juros

Neste primeiro dia de reunião do Copom (Comitê de Política Monetária), o mercado de juros futuros encerrou em alta na BM&F Bovespa, na espera pela decisão sobre a política monetária do País, que será divulgada após o pregão de quarta-feira (17).

Com 1,6 milhão de negócios nesta terça-feira (16), o papel de abril de 2010 é novamente o contrato mais negociado da sessão, uma tendência que vem se repetindo nos últimos dias – um claro sinal de antecipação à decisão do BC.

Por aqui, os analistas esperam que a autoridade monetária mantenha a taxa básica de juros, como aponta a compilação de análises feita pelo relatório Focus, do Banco Central. No entanto, não são poucos os que acreditam que o Copom poderia elevar a Selic já nessa reunião, em resposta às crescentes pressões inflacionárias e à conjuntura econômica interna positiva.

(Com dados do Infomoney e Último Instante)

Gráficos






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