segunda-feira, 1 de março de 2010

Estudo para 2 de março de 2010

IBOV avança 1,09%, a 67.227 pontos. O volume financeiro totalizou R$ 5,07 bilhões.

O volume negociado na Bovespa recuou 8,6% em fevereiro com relação ao volume de janeiro, totalizando R$ 118,06 bilhões. No entanto, quando comparado a fevereiro de 2008, o giro é 60% maior. O número total de negócios recuou 8,64%, para 7,35 milhões.

Pela temporada de resultados, a Brasil Foods apresentou lucro líquido de R$ 228 milhões em 2009, recuperando-se das perdas de R$ 2,4 bilhões postadas um ano antes. Os papéis do frigorífico registraram alta de mais de 1%.

O CFO (Chief Financial Officer) da Fibria afirmou que está "otimista com o nível baixo dos estoques internacionais e aumento da demanda chinesa". Os papéis da empresa, que estiveram entre as maiores quedas da última semana após relatar prejuízo no quarto trimestre de 2009, se recuperaram e avançaram na sessão.

Bolsas de NY

Não foram apenas de negociações concretizadas que o otimismo dos investidores foi sustentado durante o primeiro pregão de março. Alguns rumores também tiveram consequências positivas em Wall Street. É o caso do New York Times, que viu seus papéis avançarem mais de 11% no intraday, diante das especulações de que a companhia poderia ser adquirida pelo bilionário mexicano Carlos Slim.

Mesmo após os representantes de Slim negarem qualquer possibilidade de compra, as ações do periódico norte-americano terminaram o pregão com forte alta de 7,4%, refletindo a expectativa dos investidores de que o New York Times possa ser adquirido a qualquer momento.

A agência midiática também movimentou o mercado de derivativos dos EUA, tendo sido negociado nesta segunda-feira mais de 5.600 opções de compra envolvendo seus ativos, número seis vezes maior do que a média vista nas últimas quatro semanas.

Os principais índices acionários norte-americanos chegaram à sua segunda alta consecutiva nesta segunda-feira (1), repercutindo as diversas negociações anunciadas ao longo do dia. Com a agenda econômica bem recheada, investidores também avaliaram os sinais mais otimistas emitidos pela economia grega

O índice Nasdaq Composite, que concentra as ações de tecnologia, fechou em alta de 1,58% a 2.274 pontos, acumulando no ano leve alta de 0,19%.

O S&P 500, que engloba as 500 principais empresas dos EUA, encerrou o pregão em valorização de 1,02% atingindo 1.116 pontos e subindo 0,05% no ano, enquanto o Dow Jones, que mede o desempenho das 30 principais blue chips norte-americanas, apresentou alta de 0,76% chegando a 10.404 pontos e acumulando no ano leve baixa de 0,23%.

Bolsas da Europa

As principais bolsas europeias encerraram a sessão em alta nesta segunda-feira (1), impulsionadas principalmente por especulação de que a Grécia receberá ajuda externa para financiar seu déficit e pela valorização dos preços das commodities, o que aumente a perspectiva de ganhos para companhias do setor.

No último domingo (28), a ministra de economia da Grécia, Louka Katseli, confirmou ao primeiro ministro George Papandreou que irá revisar o plano de redução do déficit fiscal do país, após reunião com os membros da União Europeia na semana passada, elevando a probabilidade de que as partes entraram em um acordo.

Além disso, o Comissário para Assuntos Monetários da União Europeia, Olli Rehn, pressionou o primeiro ministro da Grécia a adotar mais medidas para assegurar a redução do déficit orçamentário do país. Os países do continente também vêm sinalizando um socorro no valor de € 25 bilhões (US$ 34 bilhões) à Grécia. A idéia seria utilizar instituições financeiras estatais para adquirir bônus do país.

Com as informações, o National Bank of Greece avançou 5,1%, enquanto outras instituições bancárias do país, como EFG Eurobank Ergasias (+5,5%) e Alpha Bank (+1,3%), também subiram.

O índice CAC 40 da bolsa de Paris apresentou valorização de 1,64% a 3.769 pontos, acumulando no ano forte baixa de 4,21% enquanto o FTSE 100 da bolsa de Londres operou em alta de 0,96% atingindo 5.408 pontos e sua variação no ano acumula leve baixa de 0,09%.

A Bolsa de Frankfurt, apresentou uma alta de 2,06% , atingindo 5.713 pontos, acumulando desvalorização de 4,09%.

Na suíça, o índice SMI avançou 1,20% e chegou aos 6.791 pontos. Por fim, o índice da bolsa italiana FTSE MIB também subiu 1,20%, para 21.321 pontos.

Bolsas da Ásia

As bolsas de valores da Ásia subiram nesta segunda-feira, impulsionadas pelo setor de mineração depois do grande terremoto que atingiu no sábado o Chile, maior produtor de cobre do mundo. Sinais de que a crise de dívida da Grécia está se solucionando também animaram investidores.

Os preços do cobre saltaram para o maior patamar em cinco semanas depois que um terremoto de 8,8 graus de magnitude abalou o Chile no sábado, forçando a interrupção de até um quinto da capacidade de produção de cobre do país.

Os mercados asiáticos ganharam impulso também por relatórios que mostraram que a atividade fabril das principais economias da região continuou a crescer no mês passado, com Índia e Coreia do Sul avançando no ritmo mais rápido em cerca de dois anos, enquanto a taxa de crescimento da China mostrou sinais de moderação.

O índice MSCI que reúne bolsas de valores da região Ásia-Pacífico com exceção do Japão tinha valorização de 1,4 por cento às 8h10 (horário de Brasília).

Os salto nos preços do cobre também impulsionou a bolsa de TÓQUIO, que encerrou em alta de 0,45 por cento, a 10.172 pontos.

"Os mercados acionários estão encarando os dados da China de maneira muito construtiva já que os números estão indicando que os esforços do governo para resfriar a economia estão surgindo efeito", afirmou o estrategista Michael Kurtz, Macquarie Securities.

"Os mercados ainda estão focados em risco, então será crítico ver uma solução para algumas preocupações fiscais na Europa", acrescentou.

A bolsa de SYDNEY subiu 1,05 por cento, mas os negócios foram fracos por causa da expectativa ante a decisão de juro pelo banco central australiano na terça-feira.

Os mercados na Austrália estão precificando chance de 60 por cento de um aumento de 0,25 por cento na taxa, para 4 por cento.

O petróleo subia acima de 80 dólares o barril, ampliando o ganho de 9 por cento do mês passado, em meio a ameaças do Irã de que pode cortar oferta para a Europa por causa da oposição do continente ao programa atômico de Teerã.

A bolsa de HONG KONG teve ganho de 2,2 por cento; XANGAI avançou 1,2 por cento; e TAIWAN se valorizou em 1,9 por cento, enquanto CINGAPURA subiu 0,84 por cento.

Petróleo

O petróleo fechou em queda nesta segunda-feira (1), influenciado pelos indicadores norte-americanos divulgados durante o dia. A movimentação do dólar frente as divisas internacionais também impactou os preços.

A cotação do barril do petróleo Brent, negociado no mercado de Londres, fechou a US$ 76,89, com queda de 0,90% em relação ao último fechamento. Enquanto isso, o contrato de maior liquidez no mercado de Nova York, com vencimento em abril, fechou cotado a US$ 78,70 por barril, representando uma retração de 1,74% frente ao fechamento anterior.

Dólar

Seguindo a trajetória vista em fevereiro, quando desvalorizou-se 4,1%, o dólar comercial iniciou o mês de março no vermelho, refletindo o clima de otimismo visto nos mercados. Acentuando suas perdas ao longo do dia, a moeda norte-americana encerrou esta segunda-feira (1) em queda pela segunda sessão consecutiva, sendo cotada na venda a R$ 1,797 - recuo de 0,66%.

É a primeira vez desde 20 de janeiro deste ano que a divisa encerra os negócios abaixo de R$ 1,80.

(Com dados da Reuters, Infomoney e Último Instante)

Gráficos





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