terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Estudo para 27 de Janeiro de 2010

IBOV tem seu terceiro pregão consecutivo de quedas, hoje recuou 1,05%, a 65.523 pontos. O volume financeiro totalizou R$ 6,47 bilhões.

No primeiro pregão da bolsa brasileira da semana - já que na véspera a bolsa brasileira permaneceu fechada por conta do feriado de aniversário da cidade de São Paulo - as elétricas são destaque de alta, enquanto as blue chips tomam conta do noticiário corporativo.

A Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) definiu o valor da CCC (Conta de Consumo de Combustíveis) para o primeiro trimestre, encargo que subsidia a compra de óleo diesel e de combustível usado na geração de energia elétrica. As ações do setor elétrico estiveram entre os detaques de alta do pregão, com avanço nos papéis da Cemig, Eletropaulo e Cesp.

Na noite passada, a agência Dow Jones noticiou que a Petrobras teria exercido seu direito de compra de 50% da participação da Devon Energy no Cascade, um campo de petróleo localizado no Golfo do México. As ações da empresa recuaram mais que o Ibovespa na sessão, pressionadas pela trajetória dos contratos de petróleo nas bolsas internacionais.

Já a Vale emitiu nota à ANP (Agência Nacional de Petróleo) esclarecendo especulações do mercado sobre possível devolução de um poço no bloco BM-S-4, cuja participação é dividida com a empresa italiana ENI. Os papéis da mineradora caíram mais de 2%.

Na contramão, os ativos da OGX se desprendem da queda na cotação do petróleo e estão entre os detaques de alta. Vale lembrar que na última sexta-feira (22), a petrolífera anunciou descobertas de hidrocarbonetos em águas rasas da parte sul da Bacia de Campos – bloco no qual a companhia possui 100% de participação.

Na ponta vendedora, destaque para as ações da Natura, LLX, e Eletrobras.

Bolsas de NY


Após operar em alta praticamente todo o pregão, o mercado acionário norte-americano inverteu tendência e fechou em queda. O otimismo dos investidores com a recuperação econômica e os bons resultados na temporada de balanços foi superado pelas incertezas sobre a permanência de Ben Bernanke frente ao Federal Reserve.

O índice industrial Dow Jones teve leve queda de 0,03% para 10.194 pontos. O S&P 500 perdeu 0,42% aos 1.092 pontos. Enquanto a bolsa eletrônica Nasdaq recuou 0,32% para 2.203 pontos.

Por lá, o índice de confiança do consumidor, medido pelo Conference Board, atingiu os 55,9 pontos, acima das expectativas dos analistas, que projetavam um número de 53,5 pontos para o período analisado.


Bolsas da Europa


Após passarem a maior parte do dia em queda, as bolsas de valores do continente europeu mudaram de rumo no final da sessão e encerraram em terreno positivo, na esteira dos ganhos de Wall Street. Os principais índices acionários do Velho Continente reagiram bem aos números da confiança do consumidor norte-americano, que atingiu os 55,9 pontos em janeiro, acima das expectativas dos analistas, que projetavam 53,5 pontos.

No início da sessão, os investidores ficaram apreensivos com a notícia de que os bancos chineses já começaram a reduzir os empréstimos e financiamentos seguindo a orientação do governo, o que causou fortes perdas nos índices acionários da Ásia.

Na Europa, os papeis dos bancos e das mineradoras foram os mais afetados com a notícia e encerraram o dia no vermelho. Na parte financeira, Lloyds e Royal Bank of Scotland (RBS) perderam 2,29% e 1,58% respectivamente. Entre as companhias de mineração, Xstrata e Rio Tinto cederam 1,68% e 1,09% na mesma ordem.

Nos EUA, além da confinança do consumidor, hoje também foi divulgada a atividade manufatureira medida pelo Federal Reserve (Fed, banco central norte-americano) de Richmond. O índice registrou -2 pontos, ante -4 registrado em novembro, abaixo do consenso do mercado que projetava que o número ficasse em zero.

De volta aos índices de ações, em Londres, o FTSE-100 subiu 0,31% para 5.276 pontos, impulsionado pelos papeis das companhias farmacêuticas. Lá foi divulgado que o Produto Interno Bruto (PIB) do Reino Unido cresceu 0,1% no quarto trimestre de 2009, ante uma redução de 0,2% no trimestre anterior, indicando um processo de lenta recuperação econômica.

Em Frankfurt, o índice DAX-30 ganhou 0,67%, aos 5.668 pontos, com destaque para os papeis da Siemens. As ações da companhia valorizaram 5,14% após a divulgação do lucro líquido do 1º trimestre fiscal, que atingiu € 1,531 bilhão (US$ 2,155 bilhões), 24% superior na comparação com o mesmo período do ano anterior.

Em Paris, o CAC-40 terminou com alta de 0,67% para 3.807 pontos. Já em Milão, o índice FTSE MIB valorizou 0,16% aos 22.407 pontos e em Madri, o Ibex 35 avançou 0,87% aos 11.347 pontos.

Bolsas da Ásia

Os principais mercados acionários do continente asiático fecharam esta terça-feira com sinais negativos, puxadas pela notícia de que os bancos chineses já começaram a reduzir os empréstimos e financiamentos conforme o governo solicitou na última semana, como forma de evitar o superaquecimento econômico.

Na China, o índice SSE Composite, da bolsa de Xangai, registrou 2,42% de desvalorização aos 3.019 pontos, nível mais baixo desde o fim de outubro do ano passado. Em Hong Kong, o índice Hang Seng seguiu o indicador de Xangai e fechou com perdas de 2,38% aos 20.109 pontos.

No Japão, o índice Nikkei 225 caiu 1,78% para 10.325 pontos, influenciado pela desvalorização dos papeis de companhias exportadoras devido à alta do iene frente ao dólar e às medidas monetárias na China. Por lá, o Conselho de Política Monetária do Banco Central do Japão (BOJ, na sigla em inglês) resolveu, por unanimidade, manter a taxa básica de juros em 0,10%.

Na Coreia do Sul, o índice Kospi, da Bolsa de Valores de Seul, fechou em baixa de 1,97% aos 1.637 pontos.Em Taiwan, o referencial TSEC weighted index desabou 3,48% para o menor nível desde 30 de novembro do ano passado (7.598 pontos) e na Índia, o índice BSE Sensex, da bolsa de Bombai, registrou perdas de 0,47% aos 16.780 pontos.

Juros

As taxas negociadas nos contratos do DI futuro encerraram a sessão desta terça-feira (26) sem tendência na BM&F Bovespa. Os investidores operaram essencialmente na expectativa pela decisão do Copom, que, segundo consenso entre os analistas, deve manter a taxa de juros anual em 8,75%. No entanto, o teor do comunicado, que pode dar pistas sobre se e quando começará o aperto monetário brasileiro, domina atenções.

O contrato de juros de maior liquidez nesta terça-feira, com vencimento em janeiro de 2011, registrou uma taxa de 10,40%, 0,01 ponto percentual acima do fechamento de sexta-feira.

Petróleo


As cotações de petróleo fecharam em queda nesta terça-feira (26), após dados do setor imobiliário norte-americano e notícias da China aumentarem as preocupações com as perspectivas da demanda internacional pela commodity.

A cotação do barril do petróleo Brent, negociado no mercado de Londres, fechou a US$ 73,29 na sessão, com queda de 0,54% em relação ao último fechamento. Em Nova York, o contrato com vencimento em fevereiro, que apresenta maior liquidez, caiu 0,94%, terminando a sessão cotado a US$ 74,71.


Dólar


O movimento de alta no mercado de câmbio foi guiado novamente pelo mercado externo. O temor quanto ao aperto monetário na China, aliado às incertezas sobre a permanência de Ben Bernanke à frente do Federal Reserve (Fed, banco central norte-americano) e o pacote de restrição de Barack Obama aos bancos mantiveram o clima tenso nesta terça-feira. Por conta disso, o dólar encerrou em alta pela sexta sessão consecutiva, tentando buscar um novo patamar de resistência, em R$ 1,85.

No interbancário, a moeda norte-americana saía a R$ 1,834 na compra e R$ 1,836 na venda, com ganho de 0,88%. Esse é o maior valor registrado pela divisa frente ao real desde 4 de setembro de 2009, quando fechou a R$ 1,842.

(Com dados dos portais Infomoney e Último Instante)

Gráficos

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