quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Estudo para 22 de Janeiro de 2010

IBOV despenca 2,83%, para 66.270 pontos. O volume financeiro totalizou R$ 7,614 bilhões. O motivo maior da forte correção foi o conjunto de restrições proposta por Barack Obama ao setor bancário.

Dentre as ações com maior peso na carteira teórica (que vigora de 4 de janeiro a 30 de abril de 2010), Petrobras PN (PETR4) caiu 3,16% a R$ 34,33; Vale PNA (VALE5) perdeu 3,56% a R$ 44,76; Itaú Unibanco PN (ITUB4) cedeu 1,84%, a R$ 35,84; BM&FBovespa ON (BVMF3) tombou 4,59% a R$ 12,67 e Bradesco PN (BBDC4) desacelerou 2,52% para R$ 31,78.

As ações de GOL e JBS estiveram entre os destaques negativos do pregão. Na ponta compradora, as ações da Eletrobrás foram destaque de alta.

Bolsas de NY

O mercado acionário norte-americano encerrou em seu pior patamar desde o final de outubro nesta quinta-feira, com o anúncio de que o presidente Barack Obama propôs duras restrições aos bancos. O índice industrial Dow Jones caiu 1,91% para 10.400 pontos. O S&P 500 recuou 1,44% para 1.121 pontos. Já a bolsa eletrônica Nasdaq perdeu 0,91% aos 2.270 pontos.

Obama anunciou um plano para limitar a atuação do setor bancário americano. A proposta da Casa Branca visa impedir que os bancos comerciais controlem e invistam em fundos de proteção (hedge) e empresas de private equity. O objetivo é não deixar que as instituições se tornem tão grandes a ponto de colocar a economia em risco.

Por lá, os novos pedidos de auxílio-desemprego (initial claims, em inglês) avançaram em 36 mil na semana encerrada dia 16 de janeiro, já com ajustes sazonais realizados. O número de solicitações passou de 446 mil pedidos, para 482 mil solicitações no período em análise. O número ficou bem acima do esperado pelo mercado, que projetava um número próximo a 440 mil novos pedidos.

Já o número de seguro desemprego em vigor, da semana que terminou em 9 de janeiro, é de 4,599 milhões, uma redução de 18 mil em relação a semana anterior, de 4,617 milhões.

Por sua vez, a atividade da indústria na região da Filadelfia registrou 15,2 pontos em janeiro, ante uma leitura revisada de 22,5 na medição de dezembro. O índice veio abaixo do consenso do mercado, que esperava um número de 18 pontos.

Os indicadores antecedentes (Leading Indicators) aumentaram 1,1% em dezembro, após um ganho de 0,90% em novembro e de 0,30% em outubro. O número veio acima do consenso de mercado, que apontava para uma elevação de 0,70%.

Bolsas da Europa

As bolsas de valores do continente europeu terminaram esta quinta-feira em queda acentuada, refletindo a preocupação do mercado em relação às medidas a serem adotadas pela China para conter o superaquecimento econômico após a divulgação do Produto Interno Bruto (PIB) de 8,7% em 2009, acima das expectativas. Os investidores também repercutiram indicadores negativos nos Estados Unidos.

Nos EUA, saíram os novos pedidos de auxílio-desemprego (initial claims, em inglês), que avançaram em 36 mil para 482 mil solicitações na semana encerrada dia 16 de janeiro. O número ficou bem acima do esperado pelo mercado, que projetava 440 mil novos pedidos. Outro dado desanimador foi a atividade da indústria na região da Filadelfia, que marcou 15,2 pontos, quando o esperado pelo mercado era 18 pontos.

Na China foi divulgado que a produção industrial cresceu 18,5% em dezembro na comparação com o mesmo mês do ano passado, resultado menor que a alta de 19,2% registrada em novembro e abaixo das estimativas dos analistas, que esperavam um aumento de 19,8%. Já o Índice de Preços ao Produtor (PPI, na sigla em inglês) caiu 5,4% em 2009 ante o ano anterior. Em dezembro, o índice avançou 1,7%, surpreendendo o mercado que esperava uma inflação no atacado de 0,70%. As bolsas da ásia encerraram com sinais mistos.

No Velho Continente, o índice dos gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) composto da zona do euro (grupo dos 16 países que adotam o euro como moeda) caiu de 54,2 pontos para 53,6 entre dezembro e janeiro.

Entre os dados corporativos, o banco Goldman Sachs registrou lucro líquido de 4,7 bilhões no último trimestre de 2009, equivalente a US$ 8,20 por ação. O resultado veio acima do esperado, de US$ 5,20 por ação. Já o site eBay apresentou lucro líquido de US$ 1,35 bilhão no quarto trimestre de 2009, ficando bem acima dos US$ 367,192 milhões reportados no mesmo período de 2008. Após o fechamento do mercado, será a vez da Google divulgar seus números referentes ao quarto trimestre.

De volta aos principais indicadores europeus, o FTSE 100, da Bolsa de Londres, caiu 1,58% para 5.335 pontos, liderado pela queda dos bancos. Os papeis do Royal Bank of Scotland (RBS) desabaram 7,05%, enquanto as ações do Barclays e do Lloyds caíram 5,93 e 5,66 respectivamente.

Em Frankfurt, o índice DAX-30 perdeu 1,79% aos 5.746 pontos e em Paris, o CAC-40 cedeu 1,7% para 3.862 pontos. Em Madri, o índice Ibex 35 cedeu 2,26% aos 11.444 pontos enquanto em Milão, o índice FTSE MIB desvalorizou 1,8% para 22.876 pontos.

Bolsas da Ásia

As bolsas de valores asiáticas encerraram a sessão desta quinta-feira com sinais variados, com os investidores preocupados com as possíveis medidas que a China possa tomar para conter seu aquecimento econômico, depois de anunciar o crescimento trimestral mais forte dos últimos dois anos.

A Bolsa se Xangai encerrou o dia em alta, impulsionada pelos papeis do setor bancário, que subiram com a expectativa de alta dos juros. O índice SSE Composite registrou 0,22% de valorização para 3.158 pontos. Já em Hong Kong, o indicador Hang Seng caiu 1,99% aos 20.862 pontos, também influenciado pelos papeis do setor bancário, que lá desvalorizaram com a perspectiva de aperto monetário do governo chinês.

No Japão, o índice Nikkei 225 registrou 1,22% de alta para 10.868 pontos, impulsionado pelos pela alta dos papeis das exportadoras. Na Coreia do Sul, o índice Kospi, da Bolsa de Valores de Seul, fechou em alta de 0,45% aos 1.722 pontos.

A Bolsa de Taiwan registrou hoje seu quarto dia seguido de desvalorização. O referencial TSEC weighted index cedeu 1,13% para 8.127 pontos e na Índia, o índice BSE Sensex, da bolsa de Bombai, perdeu 2,42% aos 17.051 pontos.

Petróleo

O petróleo fechou em queda nesta quinta-feira (21). Dados sobre os estoques de petróleo dos EUA e da economia chinesa foram contrabalanceados pelas declarações de Barack Obama.

A cotação do barril do petróleo Brent, negociado no mercado de Londres, fechou a US$ 74,58 na sessão, queda de 2,27% em relação ao último fechamento. Por lá, as negociações ocorreram somente no sistema eletrônico. Em Nova York, o contrato com vencimento em fevereiro, que apresenta maior liquidez, registrou retração de 1,98%, terminando a sessão cotado a US$ 76,08.

Dólar


Em dia de expectativa com a economia da China e preocupações com a saúde econômica dos Estados Unidos, o dólar comercial completou sua terceira alta consecutiva nesta quinta-feira. No mercado interbancário, a moeda manteve o que os especialistas tinham como suporte (R$ 1,80) e fechou vendido a R$ 1,797 e comprado a R$ 1,795, com valorização de 0,22% ante o fechamento de ontem. No ano, e mês, a moeda acumula avanço de 3%.

(Com dados do portal Infomoney e Último Instante)

Gráficos

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