segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Complemento do Estudo para 26 de Janeiro de 2010

Hoje não tivemos pregão devido ao feriado de São Paulo; vamos ver como a bolsa paulista irá se comportar amanhã em função do dia de recesso.

Segue como de costume o resumo do mercado financeiro que com certeza balizará o IBOV para amanhã, nossos estudos de análise gráfica seguiram no post anterior (Estudo para 26 de Janeiro de 2010)

Bolsas de NY


Os principais índices do mercado de ações dos EUA fecharam em alta, impulsionados pelo otimismo dos investidores em relação ao balanço da Apple - divulgado após o fechamento do mercado -, mas com ganhos limitados pelo declínio nas vendas de dezembro de residências norte-americanas usadas e pelo tom de cautela antes do anúncio da decisão de política monetária do Federal Reserve, o banco central norte-americano na quarta-feira.

A expectativa do mercado é de que as autoridades do banco central apontem melhoras na economia e mantenham a taxa referencial de juro entre zero e 0,25%. Analistas acreditam também que não haverá mudanças no cronograma do programa de compra de títulos hipotecários, que deve ser encerrado em março, segundo os planos atuais.

Alguns membros do comitê de política monetária manifestaram-se a favor de prolongar o programa para evitar um aumento nas taxas de juro. O mercado também aguarda uma audiência no Congresso sobre o resgate da seguradora American International Group (AIG), o discurso do presidente dos EUA, Barack Obama, sobre o Estado da União e um eventual voto de renovação do mandato do presidente do Federal Reserve, Ben Bernanke, no Senado.

No início da tarde, a Associação Nacional de Corretores de Imóveis dos EUA (NAR, na sigla em inglês), anunciou que as vendas de imóveis residenciais usados nos EUA encolheram 16,7% em dezembro, para a taxa anualizada de 5,45 milhões. Analistas esperavam queda de 11,6% nas vendas, para 5,78 milhões, em termos anualizados.

O Dow Jones subiu 23,88 pontos, ou 0,23%, para 10.196,86 pontos. A Intel teve o melhor desempenho entre os componentes do índice, ganhando 2,06%, impulsionada pela expectativa positiva dos investidores em relação ao resultado trimestral da Apple, divulgado após o encerramento do pregão. Hewlett-Packard e Microsoft, que também fazem parte do índice, avançaram respectivamente 1,56% e 1,14%.

O Nasdaq avançou 5,51 pontos, ou 0,25%, para 2.210,80 pontos. As ações da Apple, que faz parte do índice, fechou em alta de 2,69%, diante das expectativas de que a companhia apresentaria um bom resultado em seu balanço trimestral. A expectativa foi confirmada após o fechamento do mercado, quando a Apple anunciou que seu lucro cresceu 50% no primeiro trimestre fiscal, para US$ 3,38 bilhões - o maior já registrado pela companhia em termos trimestrais. As ações, no entanto, caíam 0,85% no pós mercado.

O S&P 500 subiu 5,02 pontos, ou 0,46%, a 1.096,78 pontos. Na Bolsa de Valores de Nova York (Nyse), o volume negociado alcançou 1,051 bilhão de ações, de 1,490 bilhão de ações na sexta-feira. No Nasdaq, o volume somou 2,071 bilhões de ações negociadas, de 2,763 bilhões de ações na sexta-feira; 1.133 ações subiram e 1.389 caíram. As informações são da Dow Jones.

Bolsas da Europa

As principais bolsas europeias fecharam em baixa nesta segunda-feira (25), a quarta queda consecutiva dos índices. As negociações foram impactadas por mais um dado norte-americano abaixo do esperado pelo mercado - dessa vez, a venda de imóveis já existentes nos EUA. O resultado da Ericsson, cujo lucro despencou 92% no quarto trimestre, e recuo do preço das commodities também contribuíram para a persistência do clima negativo nas bolsas europeias.

O índice CAC 40 da bolsa de Paris apresentou desvalorização de 1,02% a 3.782 pontos, acumulando no ano forte baixa de 3,92%, enquanto o FTSE 100 da bolsa de Londres encerrou em baixa de 0,80%, atingindo 5.260 pontos e sua variação no ano acumula baixa de 2,82%.

A Bolsa de Frankfurt, apresentou uma baixa de 1,12% , atingindo 5.631 pontos, acumulando desvalorização de 5,47%.

Bolsas da Ásia

Os principais mercados asiáticos fecharam em queda de cerca de 1% nesta segunda-feira, 25, seguindo o recuo das bolsas de Nova York na última sexta-feira. Os investidores estão apreensivos com as incertezas que rondam o segundo mandato do presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), Ben Bernanke. O primeiro mandato se encerra em 31 de janeiro e ainda não é tida como certa a sua permanência. A reforma do setor financeiro proposta por Barack Obama e a perspectiva de aperto monetário na China também trazem preocupações.

O índice Nikkei 225, de Tóquio, recuou 77,86 pontos, ou 0,7%, e fechou aos 10.512,69 pontos, o nível mais baixo desde 25 de dezembro. Ações específicas, como as da Canon, também reagiram às notícias sobre seus próximos balanços trimestrais.

Em Hong Kong, o índice Hang Seng caiu 0,9%.Na Coreia do Sul, a bolsa também registrou queda de 0,9%, enquanto o índice Shanghai, da China, perdeu 0,6%. Já na Austrália, a bolsa recuou 0,7%.

Petróleo


As cotações de petróleo fecharam em alta nesta segunda-feira (25) impulsionadas por um vazamento de óleo no Texas que está limitando a entrega de petróleo bruto para refinarias, pela desvalorização do dólar norte-americano em relação a outras moedas e pelas projeções do Morgan Stanley, com previsões de aumento do preço do petróleo para US$ 95 ao final do ano.

A cotação do barril do petróleo Brent, negociado no mercado de Londres, fechou a US$ 73,69 na sessão, com alta de 1,18% em relação ao último fechamento. Em Nova York, o contrato com vencimento em fevereiro, que apresenta maior liquidez, subiu 0,97%, terminando a sessão cotado a US$ 75,42.

Segundo projeções do Morgan Stanley, a cotação do petróleo negociado em Nova York deverá chegar a US$ 95 o barril, ante o patamar atual de cerca de US$ 75, muito em função da recuperação da demanda global. Hussein Allidina, analista de commodities do banco de investimentos, cita o declínio dos estoques de petróleo e a retomada da economia global como fatores que devem impulsionar os preços. Para 2011, a projeção é de que a cotação do barril atinja US$ 100.

Ainda nesta sessão, antes da abertura do pregão em Wall Street, a Halliburton anunciou seus resultados que corresponderam às expectativas do mercado. A petroleira norte-americana reportou lucro líquido de US$ 243 milhões - por ação, o lucro chegou a 27 centavos - e um volume de negócios com queda de 25% no quarto trimestre.

Dólar

O dólar encerrou os negócios desta segunda-feira - dia de feriado em São Paulo – em alta, pelo quinto pregão consecutivo. A moeda norte-americana encerrou negociada a R$ 1,820 para venda, em valorização de 0,28% frente ao real.

É a maior cotação de fechamento desde 11 de setembro de 2009. O dólar acumula agora alta de 4,42% em 2010.

O fechamento da BM&FBovespa tirou de cena o mercado futuro de dólar, diminuindo a liquidez das operações no mercado à vista. Além disso, muitos bancos e corretoras estão estabelecidos na cidade de São Paulo e não operaram.

No exterior, o dólar se mantinha perto da estabilidade no fim da tarde, com variação negativa de 0,1% ante uma cesta com as principais moedas.

Com o feriado em São Paulo, o Banco Central deixou de realizar o tradicional leilão de compra de dólares que tem sido feito diariamente para engrossar as reservas internacionais. De acordo com dados referentes a 22 de janeiro, as reservas estavam em US$ 241,370 bilhões.

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