quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Estudo para 2 de Setembro de 2010

Seguindo o clima bastante positivo nos principais mercados internacionais, o Ibovespa fechou a sessão desta quarta-feira (1) em alta. O principal índice da bolsa paulista subiu 2,96%, para 67.072 pontos. O volume financeiro foi de R$ 7,472 bilhões. Essa foi a maior variação positiva diária do Ibovespa desde 27 de maio deste ano, ajudado também pelo avanço das commodities.

Por aqui, os investidores seguem no aguardo do anúncio da decisão do Copom (Comitê de Política Monetária). Segundo a última edição do Relatório Focus, publicado no começo desta semana, o mercado espera que a taxa básica de juro brasileira permaneça em 10,75% ao ano.

Na ponta positiva do índice, tiveram destaque os papéis de empresas ligadas às commodities. Entre os dados do dia, os estoques de petróleo dos EUA aumentaram 1% no período de 20 a 27 de agosto, atingindo o patamar de 361,7 milhões de barris - a segunda alta semanal consecutiva. Além disso, a sessão contou com indicadores norte-americanos e chineses, que trouxeram otimismo aos investidores e puxaram o Ibovespa - entre as maiores altas do dia, estão os papéis da Petrobras e da Vale.

Ainda sobre a mineradora, os investidores avaliaram a notícia de que a Vale elevou a sua oferta pelos papéis da Paranapanema de R$ 6,30 para R$ 6,75 por ação. Contudo, a mineradora informou que não adquiriu as ações da Paranapanema. Segundo a Vale, no leilão de Oferta Pública Voluntária agendado para a sessão, a adesão dos acionistas da Paranapanema à oferta "não atingiu a quantidade mínima à qual estava condicionada a efetivação da referida oferta pública".

Também com suas ações em forte alta, a Petrobras voltou a ser notícia graças ao seu processo de capitalização. O governo autorizou o uso do Fundo Soberano na operação, manobra esta que permite o repasse de recursos do fundo, hoje na casa dos R$ 15 bilhões, para que o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) participe da capitalização, além de autorizar o Tesouro a antecipar dinheiro para futuros aumentos de capital. Os investidores esperam ainda pela precificação do barril da cessão onerosa, que deve ser divulgada ainda nesta quarta-feira, de acordo com o presidente Lula.

Apenas cinco ações do índice encerraram o dia com variações negativas: Transmissão Paulista, TIM, Ultrapar, JBS e Duratex.

Vale lembrar ainda que a sessão marcou a estreia dos units do Banco Santander e dos papéis da Marfrig e Brookfield no índice, com a mudança quadrimestral da carteira teórica do Ibovespa.

No mercado nacional, entre as ações com maior peso na nova carteira (que vigora de 1º de setembro a 31 dezembro) Vale PNA (VALE5) avançou 4,3% a R$ 43,21; Petrobras PN (PETR4) ganhou 3,99% a R$ 27,10; Itaú Unibanco PN (ITUB4) teve alta de 1,38% a R$ 38,32; BM&FBovespa ON (BVMF3) valorizou 2,42% a R$ 13,11 e OGX ON (OGXP3) apreciou 0,48% a R$ 20,98.

No sentido comprador, Fibria ON disparou 6,17% a R$ 28,73; Petrobras ON registrou ganhos de 5,61% a R$ 31,25; e Embraer ON apresentou valorização de 5,19% a R$ 11,36. Fora da festa, CTEEP PN caiu 1,31% a R$ 49,15; TIM ON perdeu 1,29% a R$ 6,90; e Ultrapar PN recuou 0,82% a R4 95,71.

Agenda

O ADP Employment mostrou a perda de 10 mil postos de trabalho no setor privado dos EUA em agosto enquanto o Construction Spending apontou queda de 1% nos gastos com construções de imóveis em julho. Mas os números foram ofuscados pelo ISM Index: o indicador, que mede o nível de atividade industrial norte-americana, atingiu 56,3 pontos em agosto, superando com folga as expectativas do mercado de 52,9 pontos e também o resultado de junho, de 55,5 pontos.

A China também trouxe dados animadores: o PMI (Purchasing Managers Index) elaborado pelo governo de Pequim subiu de 51,2 pontos em julho para 51,7 pontos em agosto, ficando acima do esperado.

No front doméstico, a balança comercial de agosto fechou com superávit de US$ 2,44 bilhões, segundo dados do MDIC (Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior). Com isso, o saldo positivo acumulado em 2010 aumentou para US$ 11,673 bilhões.

Além disso, o mercado se atentou para o IPC-S (Índice de Preços ao Consumidor - Semanal), que marcou deflação de 0,08% na última passagem semanal.

Petróleo
Na esteira dos dados positivos nos EUA e na China divulgados nesta quarta-feira (1), as cotações de petróleo fecharam o dia com forte alta, marcando o seu melhor desempenho diário desde o dia 2 de agosto deste ano.

Em Londres, a cotação do barril do petróleo Brent terminou em US$ 75,85, com alta de 2,16% em relação ao fechamento anterior. Já em Nova York, o contrato de petróleo mais líquido, com vencimento em outubro, apresentou forte avanço de 3,17%, fechando em US$ 73,98.

Dólar

Apesar de amenizar parte das perdas nos instantes finais, o dólar comercial conheceu sua segunda queda consecutiva nesta sessão, pressionado pelo forte otimismo nos mercados. Com a desvalorização de 0,57% vista nesta quarta-feira, a moeda terminou cotada na venda a R$ 1,747, sendo o menor patamar desde 3 de maio deste ano, dia em que encerrou os negócios a R$ 1,731.

A saída de dólares no País superou a entrada em US$ 601 milhões até o dia 27 de agosto, segundo dados publicados pelo Banco Central. A autoridade monetária ainda informou que no mesmo período adquiriu US$ 3 bilhões por meio de suas intervenções no mercado cambial à vista, totalizando, desde o início do ciclo de intervenções - maio de 2009 - o montante de US$ 46,037 bilhões.

Nesta data, a autoridade monetária realizou um leilão de compra de dólares no mercado cambial à vista, que ocorreu entre 12h09 e 12h19 (horário de Brasília) e contou com uma taxa de corte aceita em R$ 1,7407.

Renda Fixa

O mercado de juros futuros encerrou em alta. O contrato de juros de maior liquidez, com vencimento em janeiro de 2012, fechou com taxa de 11,37%, alta de 0,11 ponto percentual em relação ao fechamento anterior.

O mercado de títulos da dívida externa fechou em alta. O título brasileiro mais líquido, o Global 40, fechou com valorização de 0,14%, cotado a 137,10% do valor de face.

O Risco-País registrou queda de 10 pontos-base em relação ao fechamento anterior, atingindo 220 pontos-base.

Bolsas Internacionais

O índice Nasdaq Composite, que concentra as ações de tecnologia norte-americanas, fechou em alta de 2,97% e atingiu 2.177 pontos. Seguindo esta tendência, o índice S&P 500 valorizou-se 2,95% a 1.080 pontos, da mesma forma, o índice Dow Jones, que mede o desempenho das 30 principais blue chips norte-americanas, subiu 2,54% a 10.269 pontos.

Na Europa, o índice CAC 40 da bolsa de Paris registrou forte alta de 3,81% e atingiu 3.624 pontos; no mesmo sentido, o índice FTSE 100 da bolsa de Londres valorizou-se 2,70% chegando a 5.366 pontos e o DAX 30, da bolsa de Frankfurt, subiu 2,68% a 6.084 pontos.

Confira os eventos previstos para quinta-feira

Na próxima sessão, o principal destaque fica com indicadores econômicos nos Estados Unidos. O mercado deve se atentar ao número de pedidos de auxílio-desemprego auferidos no país ao longo da última semana, através do Initial Claims. Também em foco, o Pending Home Sales e o Factory Orders deverão mexer com o ânimo dos investidores.

No Brasil, destaque para a Pesquisa Industrial Mensal - Produção Física Regional, que será trazida pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas). Ainda no front doméstico, o mercado deve avaliar a divulgação do IPC - Fipe (Índice de Preços ao Consumidor - Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas).

(dados do Infomoney e Último Instante)

Análise Gráfica






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