quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Estudo para 16 de Setembro de 2010

Na mesma toada do mercado acionário americano, a Bolsa de Valores de São Paulo escapou da tendência negativa da abertura e fechou em valorização, apesar do recuo das ações da Petrobras. O Ibovespa terminou com ganhos de 0,61% para 68.106 pontos. O giro financeiro somou R$ 6,24 bilhões.

"A melhora externa puxou o índice nesta sessão", afirma o analista da Leme Investimentos, João Pedro Brugger. "A bolsa deve seguir pressionada pela capitalização da Petrobras. Até passar a oferta, os negócios por aqui devem continuar voláteis", estima.

O mau humor do início dos negócios teve origem nos dados mais fracos da economia dos Estados Unidos. "Acredito que os investidores tenham reavaliado os números, que apesar de terem vindo abaixo do esperado, não foram tão ruins", avalia Brugger.

Mais cedo, o Federal Reserve (Fed, banco central norte-americano) informou que produção industrial nos EUA cresceu 0,2% em agosto, abaixo das previsões que sinalizavam alta de 0,3%.

A regional da autoridade monetária em Nova York apontou que o índice que mostra as condições gerais de negócios para os fabricantes do estado caiu 3 pontos para 4,1. O resultado também ficou abaixo das estimativas que apostavam em 9 pontos, segundo a Corretora Concórdia.

Já o Departamento de Trabalho americano afirmou que o índice de preços de importação no país aumentou 0,6% no mês passado, superando as expectativas que sinalizavam alta de 0,2%.

No mercado doméstico, as ações preferenciais da estatal (PETR4) encerraram com baixa de 1,49% a R$ 26,45; enquanto as ordinárias (PETR3) cederam 0,53% a R$ 29,98.

Dentre as demais ações com maior peso na carteira teórica (que vigora de 1º de setembro a 31 de dezembro) Vale PNA (VALE5) subiu 0,57% a R$ 42,50; Itaú Unibanco PN (ITUB4) teve alta de 0,59% a R$ 39,28; BM&FBovespa ON (BVMF3) apreciou 1,12% a R$ 14,42; e OGX ON (OGXP3) valorizou 2,29% a R$ 20,95.

Na ponta compradora, LLX ON ganhou 3,76% a R$ 9,65. A unidade de logística do grupo EBX, firmou um acordo com a Ternium Brasil para a implantação de um parque siderúrgico no complexo do Superporto Açu, com capacidade de produção de 5,6 milhões de toneladas de aço bruto por ano.

Do mesmo lado, TIM ON registrou ganhos de 3,16% a R$ 7,50; e Lojas Americanas PN teve avanço de 3,05% a R$ 15,20.

Além de Petrobras, entre os destaques negativos figuraram Bradespar, com depreciação de 1,03% a R$ 37,61; Santander UNT, com queda de 1,01% a R$ 21,50; e Telemar Norte Leste, com desvalorização de 1% a R$ 47,32.

Dólar
Após dez quedas consecutivas - que levaram a moeda a atingir sua mínima desde 9 de novembro e também sua maior sequência de desvalorizações desde 2005 -, o dólar comercial fechou esta quarta-feira (15) com significativa valorização de 1,11%, sendo cotado na venda a R$ 1,727, repercutindo a sinalização do governo de que novas medidas deverão ser anunciadas para conter a apreciação do real.

Sem entrar muito em detalhes, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse que o País poderá adotar medidas para impedir a valorização da moeda nacional. "Não vamos ficar assistindo esse jogo. Tomaremos as medidas adequadas para que o real não seja valorizado", disse Mantega, que também comentou as intervenções realizadas pelos governos asiáticos com o intuito de manterem suas divisas desvalorizadas - o que prejudicaria o Brasil no comércio internacional.

Novas compras de dólares
Além das declarações enfáticas do ministro, o Banco Central voltou a realizar uma rodada dupla de compra de dólares no mercado cambial à vista. Após o leilão realizado por volta das 12h30 (horário de Brasília), a autoridade monetária também adquiriu divisas entre as 15h35 e as 15h45, por uma taxa de corte aceita em R$ 1,7262.

Ainda sobre essas intervenções, o BaCen informou que já adquiriu US$ 815 milhões no mercado neste mês, inflando o total captado desde o início do ciclo de intervenções, em maio de 2009, para US$ 46,895 bilhões. Além disso, a autoridade também apresentou os dados do fluxo cambial, mostrando que a entrada de dólares no País superou a saída em US$ 2,114 bilhões nos sete primeiros dias úteis do mês.

Dólar a R$ 1,727
O dólar comercial fechou cotado a R$ 1,7250 na compra e R$ 1,7270 na venda, forte alta de 1,11% em relação ao fechamento anterior. Apesar desta alta, o dólar acumula desvalorização de 1,71% em setembro, frente à alta de 0,06% registrada no mês passado. No ano a desvalorização acumulada da moeda norte-americana já chega a 0,82%.

Dólar futuro na BM&F também fechou em alta
Na BM&F, o contrato futuro com vencimento em outubro encerrou o dia cotado a R$ 1.731, forte alta em relação ao fechamento de R$ 1.715 da última terça-feira. O contrato com vencimento em novembro, por sua vez, fechou em forte alta, atingindo R$ 1.742 frente à R$ 1.725 do fechamento de ontem.

O dólar pronto, que é a referência para a moeda norte-americana na BM&F Bovespa, registrava R$ 1,7258000.

FRA de cupom cambial
Por fim, o FRA de cupom cambial, Forward Rate Agreement, referência para o juro em dólar no Brasil, fechou a 2,00 para novembro de 2010, 0,02 ponto percentual abaixo do que foi registrado na sessão anterior.

(dados do Infomoney e Último Instante)

Análise Gráfica





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