sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Estudo para 13 de Setembro de 2010

Sem tendência definida por quase toda sessão, a Bolsa de Valores de São Paulo esboçou recuperação na reta final e garantiu o segundo dia em campo positivo, mesmo com a pressão exercida pelos papéis das "blue chips" e siderúrgicas. O Ibovespa valorizou 0,27% aos 66.806 pontos. O giro financeiro somou R$ 4,62 bilhões.

Na semana, a variação também foi pouco expressiva, mas positiva, ficando em 0,19%. No mês, o índice acumula apreciação de 2,55%. Enquanto no ano, há queda de 2,6%.

"Não tivemos acontecimentos relevantes e o mercado ficou de lado praticamente o pregão todo", afirma o analista da BGC Liquidez, Leonardo Bardese. "Foi um dia de pouca variação para o mercado", concorda o analista da Futura Investimentos, Alan Oliveira.

A agenda norte-americana contou apenas com números sobre os estoques das indústrias, deixando a maior parte da atenção para os dados vindos do cenário asiático.

O governo japonês revisou para cima o resultado do Produto Interno Bruto (PIB) entre abril e junho deste ano. Segundo dados oficiais, a atividade cresceu 1,5% a um ritmo anual no segundo trimestre, bem acima da expansão de 0,4% anunciada em meados de agosto. Na comparação entre o segundo e o primeiro trimestre, também houve melhora de 0,1% para 0,4%.

Por lá, também saíram detalhes sobre o plano de estímulo à economia do país, no valor de US$ 11 bilhões.

Por sua vez, a China teve superávit comercial menor entre julho e agosto, caíndo de US$ 28,7 bilhões para US$ 20 bilhões. As exportações chegaram a US$ 139,3 bilhões, alta de 34,4% no confronto anual; e as importações aumentaram 35,2% na mesma base comparativa, para US$ 119,3 bilhões.

De volta ao mercado doméstico, entre as siderúrgicas e mineradoras, Vale PNA (VALE5) perdeu 0,77%% a R$ 41,45; CSN ON (CSNA3) cedeu 0,68% a R$ 27,81; Gerdau (GGBR4) PN caiu 0,16% a R$ 24,68. Figurando entre as maiores baixas do dia, MMX Mineração ON (MMXM3) devolveu 2,56% a R$ 12,93; Usiminas PNA (USIM5) depreciou 1,41% a R$ 44,62; e Usiminas ON (USIM3) teve perdas de 1,37% a R$ 46,68.

Bardese justifica o fraco desempenho dos papéis do setor a uma movimentação normal do mercado. "Os investidores optaram por embolsar lucros, após os ganhos dos últimos dias", acredita.

Além disso, o analista acredita que parte desse movimento pode ser explicado pela realocação de ações para posicionamento na oferta da Petrobras. "Os investidores podem estar fazendo caixa para entrar na capitalização", reforça o analista da Senso Corretora, Leonardo Laska.

Cabe lembrar que os investidores que pretendiam participar da operação por meio da oferta prioritária tinham até hoje para comprar ações da empresa.

Além disso, Laska afirma que notícias - não confirmadas - deram conta de que a Vale teria reduzido os preços dos contratos do minério de ferro do quarto trimestre para as siderúrgicas chinesas em cerca de 10%, na comparação com o trimestre anterior. "Na minha opinião, o fato não trouxe supresa e nem deve afetar o papel, mas os investidores usaram a divulgação para justificar uma realização de lucros", completa.

Dentre as ações com maior peso na carteira teórica (que vigora de 1º de setembro a 31 de dezembro) Petrobras PN (PETR4) apresentou queda de 0,25% a R$ 27,53; Itaú Unibanco PN (ITUB4) desvalorizou 0,21% a R$ 37,19; BM&FBovespa ON (BVMF3) subiu 0,43% a R$ 13,94; e OGX ON (OGXP3) ganhou 0,91% a R$ 20,06.

Do lado positivo, LLX Logística ON disparou 8% a R$ 10,80; sustentada por boatos de que companhias chinesas teriam interesse em adquirir participações em ativos detidos pelo grupo do bilionário Eike Batista. Na mesma linha, Sabesp ON avançou 4,69% a R4 35,69; e Natura ON teve ganhos de 3,22% a R$ 43,89.

No sentido oposto, Pão de Açúcar PNA devolveu 4,04% a R$ 59,40. Um dia após a empresa anunciar as projeções da Nova Globex - resultado da fusão entre Ponto Frio e Casas Bahia.

(com dados do portal Último Instante)

Análise Gráfica







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