sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Estudo para 20 de Setembro de 2010

Com leve alta de 0,42% na semana, o Ibovespa gerou otimismo por parte dos analistas, especialmente aqueles especializados em gráficos, ao ultrapassar a barreira dos 68 mil pontos em dois pregões distintos. No entanto, o patamar não foi mantido e o índice encerrou a sessão de sexta-feira (17) em 67.089 pontos.

Parte da volatilidade observada na semana foi atribuída ao comportamento dos indicadores econômicos, que mostraram sinais divergentes. Enquanto logo no início da semana a China deu o tom positivo da sessão, com as vendas no varejo e a produção industrial mostrando fôlego, o país foi responsável por queda subsequente, baseado em boatos de que a autoridade monetária chinesa estaria trabalhando com a possibilidade de elevação de juros para conter a inflação no país.

Além disso, a atividade manufatureira tanto na região da Filadélfia quanto em Nova York trouxe decepção ao investidor. Para essa semana, a perspectiva não é muito diferente. Luciano Rostagno, estrategista-chefe da CM Capital Markets, acredita que os dados econômicos devem continuar a apresentar comportamento errático, o que colabora para que o investidor tenha dificuldade em ler, com clareza, o atual cenário.

Mercado imobiliário: frustração?
Assim, a volatilidade e o movimento lateral continuam em pauta, assim como a reunião do Fomc (Federal Open Market Comittee), responsável por definir a política monetária que será adotada pelos Estados Unidos, além de dados do mercado imobiliário norte-americano. Leonardo Petri, assessor de investimentos da Investor, dá ênfase para o início de construção de novas casas, pois vê nessa referência um dos principais problemas enfrentados pelo setor nos EUA.

Rostagno, da CM Capital Markets, lembra que houve uma queda muito forte dos indicadores referentes ao mercado imobiliário norte-americano, e por isso espera-se que as novas leituras, referentes ao mês de agosto, mostrem algum sinal de recuperação. Caso isso não aconteça, lembra o estrategista, a frustração poderia trazer perdas às bolsas.

O tom adotado por Rostagno não é otimista, já que em sua visão é provável que esses dados voltem a decepcionar. "Mas é necessário aguardar os números", enfatiza. Em relação à reunião do Fomc, tanto Rostagno quanto Petri acreditam em manutenção da taxa básica de juros do país entre 0 e 0,25% ao ano na terça-feira (21).

Pode haver novidades em relação ao balanço da instituição, já que parte dos investidores espera que o Fed anuncie a ampliação da compra de ativos, como títulos do Tesouro, já que na última reunião anunciou que iria manter o balanço constante, com aquisições com o retorno obtido com os pagamentos. Rostagno, no entanto, acredita que a autoridade monetária norte-americana não deve adotar essa linha. "Estou trabalhando com resultado próximo ao da última reunião", em que o comunicado manteve o discurso de que a recuperação está acontecendo, mas em ritmo mais lento.

Europa e Brasil podem trazer alívio

Ainda com foco na agenda, as novas encomendas à indústria na Zona do Euro, prevista para serem divulgadas na quarta-feira (22), são destacas por Rostagno, que logo explica seu raciocínio. Em sua visão, com desempenho recente melhor do que os EUA, a Europa tem contribuído para sustentar, de certa forma, o otimismo com a recuperação da economia global. Assim, indicador abaixo da expectativa pode trazer apreensão, e inclusive aumentar temores relativos a uma recessão em dupla queda.

No dia 23 haverá a divulgação da taxa de desemprego no Brasil, referente a agosto, que deve apresentar melhora, segundo Petri, o que poderá ser positivo, já que reflete o bom momento da indústria e suporta o crescimento da economia do País como um todo, ressalta.

Petrobras: precificação acontece na quinta

Por último, na cena corporativa, Petri, da Investor, destaca a definição do preço da oferta da Petrobras (PETR3, PETR4), também na quinta-feira. No entanto, o assessor de investimentos não está autorizado a falar sobre o processo. Vale lembrar, no entanto, que a semana trouxe pressão para os papéis, e a performance negativa auferida pelas ações da estatal reflete em partes o fato de que, na subscrição das ações, quanto menor estiver o valor do papel, melhor será para o investidor no momento de aquisição das novas ações da companhia.

Como exemplo, vale fazer uma suposição numérica. O investidor que no dia do primeiro corte (10 de setembro) detinha em custódia um lote de cem ações ordinárias da Petrobras e mantivesse este número inalterado na segunda data de corte (17 de setembro), terá direito a subscrever 35 ações ordinárias (maior número inteiro acima de 34,2822790). Tomando o mesmo exemplo, mas analisando a posição em ações preferenciais, o direito de subscrição deste acionista na oferta é também de 35 papéis PN (o fator de subscrição é o mesmo para as ações ON e PN).

Pelos preços do último fechamento, estas 35 ações ordinárias e preferenciais custariam, respectivamente, R$ 1.056,65 e R$ 925,40. No último dia 3, quando a Petrobras anunciou ao mercados os termos da oferta, as mesmas 35 ações ON e PN custavam R$ 1.144,85 e $ 1.008,00.

Ou seja, o mercado tem pressionado estas ações no sentido da queda dos preços, para a proporção de ações que possam ser subscritas na oferta saia o mais em conta possível. A título de comparação, ao final de 2009 35 ações ON e PN da Petrobras custavam bem mais do que hoje: R$ 1.430,10 e R$ 1.256,50.
(fonte: Infomoney)

Nunca na história deste país mas também nunca no mundo:
Segue matéria da Agência Reuters.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta sexta-feira que vai pessoalmente à BMFBovespa na semana que vem para acompanhar a operação de venda de ações da Petrobras.

"Não vou dizer o nome do santo, mas vou contar um milagre. Dia 24 este País vai acordar vendo acontecer uma coisa que jamais vocês imaginaram que pudesse acontecer. Nós vamos na Bolsa de Valores de São Paulo. Este país vai presenciar a maior capitalização de uma empresa na história da humanidade", disse Lula em discurso na cidade de Juiz de Fora (MG), durante inauguração de instalações da universidade local.

A Petrobras elevou nesta sexta-feira o tamanho de sua oferta de ações, ao aumentar o limite para o lote adicional de papéis de 10% para 20% do lote inicial.

A operação, agora, poderá chegar a um valor de aproximadamente R$ 135 bilhões, o que seria de longe a maior do tipo já realizada no mundo.

O presidente contrapôs o programa de capitalização da Petrobras às privatizações realizadas durante o governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (1995-2002). A operação provavelmente ampliará a participação da União na estatal, hoje em pouco mais de 30% do capital total. "Mostrando ao mundo, diferentemente daqueles que vieram antes de nós, que iam na bolsa para bater uma plaquinha para vender as empresas estatais, que nós vamos bater o martelinho para capitalizar a nossa querida Petrobras", afirmou.

De acordo com o cronograma da operação, no dia 24 a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) concederá à Petrobras o registro de sua oferta. No dia 27, uma segunda-feira, os bilhões de novos papéis emitidos pela estatal começarão a ser negociados na Bovespa.

Lula acrescentou que a operação vai garantir que os recursos do petróleo da camada pré-sal possam ser utilizados em fundos de combate à pobreza, em investimento em educação, em cultura e em ciência e tecnologia.

Análise Técnica

Com toda a volatilidade associada à capitalização da Petro ainda temos o vencimento de opções. Sabemos que no vencimento de opções as ações apresentam comportamento errático, sendo assim vamos apenas publicar nosso estudo do IBOV.

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