segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Estudo para 14 de Setembro de 2010

Acompanhando o clima otimista nos principais mercados externos, o Ibovespa encerrou a sessão desta segunda-feira (13) em alta de 1,83%, a 68.030 pontos. O tom positivo da sessão foi estimulado por bons indicadores econômicos nos EUA, China e Europa, além do noticiário econômico favorável no front doméstico. Nesse sentido, o volume financeiro do dia chegou a R$ 6,32 bilhões.

Cabe destacar que o principal índice da bolsa paulista havia fechado acima dos 68 mil pontos pela última vez na sessão do dia 6 de agosto deste ano.

As ações de grandes instituições do setor financeiro, como Itaú Unibanco, Banco do Brasil e Bradesco, registraram variações positivas nesta sessão, fechando o dia entre os principais ganhos do índice. A performance destes papéis é reflexo da perspectiva de crescimento econômico mais acentuado ao final deste ano, segundo revelou o Relatório Focus, do Banco Central.

Além disso, as ações das principais blue chips da bolsa brasileira - Petrobras e Vale - avançaram mais de 2% no dia, impulsionando o índice.

O principal destaque entre os poucos papéis do índice que fecharam o pregão no campo negativo - somente 10 - ficou com as ações da LLX. O movimento dos papéis reflete uma correção ao forte ganho de 8% auferido na sessão da última sexta-feira (10), além da confirmação da cisão parcial da empresa, com a venda da LLX Sudeste para a MMX Mineração por US$ 2,3 bilhões.

Entre as blue chips, Vale PNA (VALE5) subiu 2,63% a R$ 42,54; e Petrobras PN (PETR4) ganhou 2,83% a R$ 28,30.

A partir de hoje, os investidor interessados em participar da oferta pública da Petrobras podem fazer seus pedidos de reserva de ações.

Dentre as instituições financeiras, Itaú Unibanco PN (ITUB4) apreciou 3,52% a R$ 38,50; Bradesco PN (BBDC4) avançou 4,05% a R$ 32,10; Santander unit (SANB11) teve alta de 2,22% a R$ 22,12; e Banco do Brasil (BBAS11) ON valorizou 3,57% a R$ 29,00.

As demais ações com maior peso na carteira teórica (que vigora de 1º de setembro a 31 de dezembro) também fecharam no azul. BM&FBovespa ON (BVMF3) registrou ganhos de 2,72% a R$ 14,33; e OGX ON (OGXP3) apresentou elevação de 0,9% a R$ 20,47.

MRV ON (+5,54% a R$ 16,39); Rossi ON (+3,71% a R$ 16,75) e PDG Realty ON (+3,56% a R$ 19,80) também figuraram entre os destaques de compra.

Na ponta negativa, Pão de Açúcar PNA perdeu 1,38% a R$ 58,58; Klabin PN cedeu 1,36% a R$ 5,09; e Vivo PN caiu 1,19% a R$ 45,02.

Os papéis da LLX Logística ON tiveram o pior desempenho do dia, com recuo de 6,48% a R$ 10,10.

A MMX, braço de mineração do empresário Eike Batista, firmou um contrato com a sul-coreana SK Networks para o fornecimento de minério de ferro produzido nas minas da MMX Sudeste e da MMX Chile. A empresa estrangeira pagará US$ 700 milhões na compra de ações da brasileira, que planeja uma operação de aumento de capital. A transação prevê ainda a compra da LLX Sudeste - responsável pela contrução do Superporto Sudeste - pela MMX por R$ 2,3 bilhões através de oferta de permuta.

As ações da mineradora fecharam com ganhos de 1,62% a R$ 13,14.

Petrobras
De volta à Petrobras, a segunda-feira marcou o início do prazo de reserva da oferta primária de ações da estatal.

É preciso ficar atento aos prazos de adesão, já que há diferentes datas para o fim das reservas. Pessoas vinculadas à oferta que participarem tanto da oferta prioritária quanto da distribuição de ações no varejo só têm até terça-feira (14) para cadastrar seus pedidos. Já na quinta-feira (16) chega ao fim o prazo para reservas de ações para pessoas não vinculadas dentro da oferta prioritária e para aplicar até 30% do FGTS - neste caso, só valem os pedidos de quem já tem parte de fundo aplicado na Petrobras.

Os investidores que se enquadram na oferta de varejo e que não são vinculados à operação podem fazer seu pedido de reserva de ações até o dia 22, mesma data em que expira o prazo para adesão aos fundos de investimentos em ações dentro da oferta.

Agenda
O principal destaque da agenda doméstica ficou por conta do Relatório Focus, do Banco Central. O documento apontou a segunda semana consecutiva de melhores projeções para o PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro, mostrando uma expectativa de crescimento de 7,42% na economia nacional neste ano.

Além de previsões mais altas para o PIB, o relatório também mostra a redução das estimativas para o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo). A mediana das projeções para a variação do índice neste ano caiu de 5,07% para 4,97%, voltando a se aproximar do centro da meta estabelecida pelo CMN (Conselho Monetário Nacional), de 4,5%.

Ainda por aqui, o MDIC (Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior) divulgou a balança comercial brasileira, que registrou um saldo positivo de US$ 159 milhões na segunda semana de setembro, quando foram registradas exportações da ordem de US$ 3,088 bilhões e importações de US$ 2,929 bilhões.

Referências externas
Lá fora, os investidores ficaram de olho na economia norte-americana. O orçamento do governo do país registrou déficit de US$ 90,526 bilhões em agosto, enquanto as projeções apontavam para um saldo deficitário em US$ 95 bilhões. Este é o vigésimo terceiro mês consecutivo de saldo negativo do Treasury Budget. Contudo, o número mostrou melhora na base mensal, comparado aos US$ 165 bilhões negativos vistos em julho.

Além disso, a pauta econômica chinesa também animou os investidores neste dia, com a produção industrial e as vendas no varejo relatando crescimentos na casa dos dois dígitos na comparação entre agosto de 2009 e deste ano - o primeiro marcou avanço de 13,9%, enquanto que o segundo subiu 18,4%.

Já no Velho Continente, a Comissão Europeia elevou as projeções para o PIB (Produto Interno Bruto) da Zona do Euro e da União Europeia, estimando um crescimento de 1,7% e 1,8%, respectivamente - a previsão anterior era de 0,9% para ambos.

No cenário externo, as ações do setor financeiro também se destacaram na ponta positiva, na esteira da decisão do comitê da Basileia, que reúne representantes de autoridades monetárias de 27 países, sobre um novo acordo para que as instituições elevem o nível de capital mínimo para 7%, de modo que se tornem mais resistentes a crises financeiras. Os bancos terão até oito anos para se ajustarem às regras mais restritas.

Petróleo
Entre a indicação de retração na oferta de petróleo nos EUA, por conta do fechamento de um importante oleoduto do país, e de retomada na demanda chinesa, as cotações de óleo bruto fecharam a segunda-feira (13) em alta.

Na bolsa de Nova York, o preço do contrato mais líquido, com vencimento outubro, apresentou alta de 0,88%, ficando em US$ 77,17. No mesmo sentido, em Londres, o barril brent encerrou o dia com ganhos de 1,23%, fechando a sessão a US$ 78,55.

Dólar
Em mais uma sessão em que as referências positivas ofuscaram a dupla intervenção do Banco Central no câmbio, o dólar comercial fechou com queda de 0,23%. Cotada na venda a R$ 1,716, a moeda renovou sua mínima de 2010 e atingiu seu menor patamar desde 16 de novembro do ano passado, quando terminou valendo R$ 1,711.

Com a desvalorização vista nesta segunda-feira, a divisa norte-americana ainda alcançou a sua 9ª sessão consecutiva de fechamento negativo, algo que não acontecia desde fevereiro de 2008, quando teve nove quedas sequenciais entre os dias 18 e 28.

Após ter comprado dólares por volta das 12h30 (horário de Brasília), o Banco Central voltou a atuar no mercado cambial durante a tarde. A segunda intervenção ocorreu entre as 15h56 e as 16h06, com uma taxa de corte aceita em R$ 1,718.

Renda Fixa
O mercado de juros futuros encerrou sem tendência definida, com destaque para o avanço das taxas dos contratos de longo prazo. O contrato de juros de maior liquidez, com vencimento em janeiro de 2012, fechou com taxa de 11,34%, alta de 0,04 ponto percentual em relação ao fechamento anterior.

No mercado de títulos da dívida externa, o título brasileiro mais líquido, o Global 40, fechou em alta de 0,03% em relação ao fechamento anterior, cotado a 136,60% do valor de face.

O Risco-País registrou variação positiva de 1 ponto-base em relação ao fechamento anterior, fechando em 210 pontos-base.

Bolsas Internacionais
O índice Nasdaq Composite, que concentra as ações de tecnologia norte-americanas, fechou em alta de 1,93% e atingiu 2.286 pontos. Seguindo esta tendência, o índice S&P 500 valorizou-se 1,10% a 1.122 pontos, da mesma forma, o índice Dow Jones, que mede o desempenho das 30 principais blue chips norte-americanas, subiu 0,78% a 10.544 pontos.

Na Europa, o índice FTSE 100 da bolsa de Londres registrou alta de 1,16% e atingiu 5.566 pontos; no mesmo sentido, o índice CAC 40 da bolsa de Paris valorizou-se 1,11% chegando a 3.767 pontos e o DAX 30, da bolsa de Frankfurt, subiu 0,75% a 6.262 pontos.

Confira os eventos previstos para terça-feira
A terça-feira deve começar com foco em indicadores no front doméstico. Pela manhã, o mercado deverá conhecer o resultado do IGP-M (Índice Geral de Preços - Mercado) referente ao primeiro decênio do mês de setembro. Logo em seguida, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas) vai apresentar sua Pesquisa Mensal do Comércio de julho.

Lá fora, atenções se voltam para a economia norte-americana. Na agenda dos Estados Unidos, destaque para o Retail Sales e o Retail Sales ex-auto, que denotarão o volume de vendas do comércio varejista norte-americano no mês de agosto. Outro indicador econômico em foco no dia será o Business Inventories do mês de julho.

(com dados do Infomoney e Último Instante)

Análise Gráfica

IBOV formou O-C-O-I e rompeu o neck line (linha de pescoço), vejam que o objetivo de FIBO (projeção da última perna de alta) de 68,2% é justamente o topo do ano.

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