segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Estudo para 28 de Setembro de 2010

Destoando das principais bolsas externas, o Ibovespa encerrou o pregão desta segunda-feira (27) em alta de 0,91%, a 68.815 pontos. Em um dia marcado pela estreia dos novos papéis da Petrobras na bolsa brasileira, os invesitidores repercutiram também indicadores econômicos domésticos e o movimentado noticiário corporativo.

Influenciado pela variação positiva das ações mais líquidas que compõem o benchmark, as da Vale e da Petrobras, o volume financeiro do Ibovespa fechou o dia em R$ 6,85 bilhões. Depois de ter apresentado volatilidade no início da sessão, o principal índice da bolsa paulista operou por boa parte do intraday no campo positivo, alcançando uma máxima de 68.926 pontos no meio da tarde (+1,07%).

Destaques da bolsa

Puxando o clima positivo do Ibovespa, os novos papéis da Petrobras finalmente tiveram seu pregão de estreia na BM&F Bovespa, fechando em alta após terem oscilado bastante ao longo do dia. As ações preferenciais da estatal subiram 0,76% neste dia, enquanto os ativos ordinários se valorizaram em 2,02%.

Também na ponta compradora do índice, as ações da Vale refletiram o crescimento nos lucros das companhias chinesas, que impulsionaram as projeções para o PIB (Produto Interno Bruto) da China neste ano. Cabe lembrar que a China é o principal mercado comprador de minério da Vale.

Dentre as demais ações com maior peso na carteira teórica (que vigora de 1º de setembro a 31 de dezembro) Itaú Unibanco PN (ITUB4) ganhou 0,13% a R$ 38,70; BM&FBovespa ON (BVMF3) valorizou 0,56% a R$ 14,27; e OGX ON (OGXP3) registrou apreciação de 0,05% a R$ 20,35.


Já os ativos da Gafisa lideraram os ganhos do Ibovespa deste dia, após reumores de que o empresário Eike Batista, dono do grupo EBX, estaria estudando uma restruturação na REX (Real State X), sua companhia no ramo imobiliário. O objetivo do executivo seria elevar a participação da empresa no mercado. As ações da Gafisa tiveram alta de 3,40%.

Também tiveram um desempenho positivo as ações preferenciais de GOL e TAM, que registraram valorização de 2,03% e 2,44%, respectivamente. A alta dos papéis reflete a notícia de que a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) suspendeu a venda de bilhetes da companhia aérea Webjet nos voos programados até o dia 1º de outubro. O motivo é o aumento no número de cancelamentos de voos.

No campo negativo, as ações da JBS figuraram entre os principais destaques de baixa do Ibovespa em meio a polêmica sobre os desentendimentos entre o grupo italiano Cremonini e a companhia. Em nota à imprensa, o presidente do Conselho de Administração da Inalca JBS, Marco Bicchieri, anunciou nesta data a permanência dos três conselheiros brasileiros que haviam sido destituídos.

Nesta manhã, houve uma reunião de urgência do Conselho de Administração da empresa, na qual a JBS adquiriu uma participação de 50% em 2007. Na reunião, a JBS confirmou que irá manter a indicação dos três conselheiros brasileiros que, de acordo com o relato, foram ilegalmente destituídos pelo sócio Cremonini.

Liderando a ponta vendedora do índice, porém, ficaram as ações da Redecard.

Agenda

No plano interno, a atenção ficou voltada ao Relatório Focus, do Banco Central. De acordo com o documento, a projeção do mercado para o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) aumentou 0,06 ponto percentual, para 7,53%, sua quarta alta consecutiva. O relatório também sinalizou avanço nas expectativas para o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) em 2010.

Outra notícia relevante foi a declaração dada pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, na Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo). Mantega afirmou que o crescimento da indústria deve ficar perto de 10% este ano, além de comentar que o “boom” do setor imobiliário tende a continuar e que o governo tem intenção de aperfeiçoar o mercado de recebíveis imobiliários.

Além disso, em setembro, o brasileiro gastou 0,20% a mais para construir, segundo informações do INCC-M (Índice Nacional de Custo da Construção) da FGV (Fundação Getulio Vargas). A variação é 0,02 ponto percentual menor do que a registrada em agosto, quando ficou em 0,22%.

Outro dado relevante na agenda interna revelou que o consumo das famílias avançou 7,6% no acumulado deste ano, segundo o Indicador Serasa Experian de Atividade Econômica (PIB Mensal). Na comparação anual entre o mês de julho deste ano e do ano passado, houve alta de 5,8%. Frente ao mês imediatamente anterior, o consumo das famílias aumentou apenas 0,5%.

O mercado repercutiu ainda a notícia de que os empresários da construção civil estão mais otimistas, já que a expectativa deles sobre o nível de atividade para os próximos seis meses passou de 63,7 pontos em agosto para 65,3 pontos em setembro, de acordo com dados da pesquisa realizada pela CNI (Confederação Nacional da Indústria), CBIC (Câmara Brasileira da Indústria da Construção Civil), federações de indústria e os sindicatos da construção civil.

Petróleo

Com a agenda mais tranquila desta segunda-feira (27), as cotações do barril de óleo bruto acompanharam as flutuações do mercado acionário e fecharam a sessão em queda.

Em Nova York, o preço do contrato mais líquido, com entrega para novembro, fechou praticamente estável, com queda de 0,06% fechando a US$ 76,52. Em Londres, por sua vez, o barril Brent apresentou baixa de 0,82% frente ao fechamento anterior, terminando o dia cotado a US$ 78,21.

Dólar

Após operar predominantemente em alta durante a manhã e inverter essa trajetória durante a tarde, o dólar comercial manteve-se entre perdas e ganhos nos instantes finais de negociação, fechando esta segunda-feira com leve queda de 0,06%, sendo cotado na venda a R$ 1,71, se aproximando da sua mínima do ano, de R$ 1,708, alcançada no último dia 14.

Em meio à expectativa de que um forte fluxo de capital estrangeiro tenha entrado no País por conta da capitalização da Petrobras, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse que espera uma "calmaria" no mercado cambial durante os próximos dias. Contudo, caso a moeda brasileira continue se valorizando, novas medidas poderão ser adotadas pelo governo. "Estaremos levando em consideração os instrumentos que temos para agir", disse Mantega.

O ministro ainda ressaltou que o governo não permitirá a sobrevalorização do real, fazendo coro às medidas adotadas recentemente, tais como a dupla rodada de leilões diários de compra de dólar pelo Banco Central e a permissão do Fundo Soberano para operar com moeda estrangeira.

E por falar nessas intervenções, o Banco Central realizou apenas uma compra de dólares no mercado cambial à vista nesta segunda-feira. A operação ocorreu entre as 15h55 e as 16h00 (horário de Brasília), com uma taxa de corte aceita em R$ 1,7094.

(dados do Infomoney)

Análise Técnica




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