terça-feira, 31 de agosto de 2010

Estudo para 1 de Setembro de 2010

Depois de cair forte na sessão de ontem (-2,02%), o Ibovespa fechou esta jornada com valorização de 1,38% para 65.145 pontos.

31 de agosto de 2010 - O último dia do mês trouxe uma agenda carregada de indicadores. Entre os mais importantes do dia, a confiança do consumidor norte-americano (Consumer confidence), medida pelo Conference Board, jogou uma injeção de ânimos nas primeiras horas do negócio.

O indicador seguiu trajetória inversa vista em junho e melhorou em agosto ao marcar 53,5 pontos ante 51 pontos registrados no mês passado. A expectativa, segundo a Bloomberg, era de 50,7 pontos.

Também ajudou com o clima de otimismo a afirmação de que os preços dos imóveis nos Estados Unidos registraram alta de 4,23% em julho, segundo apurou o S&P/Case-Shiller Home Price Indices, medido pela Standard & Poor's. O avanço do indicador veio menor em relação a maio (4,61%), no entanto, superior a estimativa do mercado de 3,6%.

Já a atividade industrial na região de Chicago (PMI, na sigla em inglês) atingiu 56,7 pontos em agosto, mostrando um recuo ante os 62,3 pontos registrados no mês anterior. O indicador ficou abaixo do projetado pelo mercado que esperava 57,6 pontos.

No entanto, a euforia durou pouco. A divulgação da ata do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC) desanimou os investidores e as bolsas de valores dos Estados Unidos terminaram o último pregão de agosto sem direção definida. O índice industrial Dow Jones ficou estável (0,05%) aos 10.009 pontos, assim como o S&P 500 (0,04%) que marcou 1.048 pontos. A bolsa eletrônica Nasdaq, por sua vez, recuou 0,28% aos 2.114 pontos.

A ata FOMC mostrou que os membros do Federal Reserve (Fed, banco central norte-americano) concordaram que a nova estratégia de reinvestir os recursos de hipotecas em Treasuries (títulos do governo) é necessária para evitar um aperto indesejável por conta do enfraquecimento da recuperação econômica. Contudo, a autoridade monetária considera a possibilidade de reinvestir em hipotecas no futuro, caso a situação piore.

No Velho Continente, contudo, entre os indicadores o desemprego na zona do euro manteve estabilidade em julho em 10%, mesmo percentual desde março, enquanto em toda a União Europeia o índice seguiu estagnado em 9,6%, um número que permanece inalterado desde fevereiro.

Na Espanha, o desemprego voltou a subir em julho até situar-se em 20,3%, a maior taxa dos 27 e mais do que o dobro dos membros da moeda única, segundo dados corrigidos estacionalmente e divulgados hoje pelo Eurostat, o escritório comunitário de estatística.

Já a inflação anualizada da zona do euro caiu um décimo em agosto, até 1,6%, segundo cálculo preliminar divulgado nesta terça-feira pelo Eurostat, o escritório estatístico europeu. A queda dos preços em agosto acontece depois que, em julho, a inflação dos países da moeda única tinha ficado em 1,7%, índice mais alto desde novembro de 2008.

Internamente, apesar do enfraquecimento do mercado acionário de Nova York, a Bolsa de Valores de São Paulo resistiu ao campo positivo no último pregão de agosto. Depois de cair forte na sessão de ontem (-2,02%), o Ibovespa fechou esta jornada com valorização de 1,38% para 65.145 pontos. O giro financeiro somou R$ 6,43 bilhões. No acumulado do mês, contudo, o indicador teve variação negativa de 3,51%; após ter encerrado julho com apreciação de 1,8%.

No mercado de câmbio, a indefinição sobre o preço do petróleo que o governo vai pagar à Petrobras na cessão onerosa e as incertezas com a recuperação da economia mundial levaram o dólar a encerrar o mês de agosto meio de lado (com leve alta de 0,05%) e respeitando o piso informal de R$ 1,75, repetindo a performance de julho.

Nesta terça-feira, porém, a briga entre comprados e vendidos para a formação da Ptax (média de cotação do dólar) trouxe um elemento a mais e a moeda encerrou os negócios em queda de 0,17%, comprada a R$ 1,755 e vendida a R$ 1,757.

Por sua vez, na renda fixa, os Contratos de Depósitos Interfinanceiros (DIs) terminaram a sessão de hoje como começaram: em queda. Próximo do fechamento, os contratos para setembro deste ano caiam 0,03 ponto percentual, a 10,60%, enquanto outubro de 2010 desvalorizava 0,02 p.p., a 10,65%. Janeiro de 2011, por sua vez, operava estável, a 10,70% e janeiro de 2012 passava de 11,41% para 11,29%. Janeiro de 2013 marcava desvalorização de 0,08 p.p., a 11,50%. Por fim, janeiro de 2017 saia de 11,34% para a 11,31%.

Na agenda doméstica, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) anunciou que a produção industrial avançou 0,4% em julho, frente a junho, na série livre de influências sazonais, após três meses consecutivos de queda. No entanto, a expectativa era de um avanço entre 0,7% e 0,8%.

Já a Fundação Getulio Vargas informou que o Índice de Confiança da Indústria (ICI) caiu 0,6% entre julho e agosto de 2010, ao passar de 113,6 para 112,9 pontos, com dados ajustado sazonalmente.

Esta foi a terceira queda consecutiva do índice, que iniciou trajetória de suave declínio a partir de março deste ano, mês em que atingira 116,5 pontos, o segundo maior nível histórico, superado apenas pelo recorde de 116,9 pontos de novembro de 2007. Embora seja ainda elevado em termos históricos, o ICI de agosto é o menor desde novembro de 2009.

(dados do Último Instante)

Estudo Gráfico



2 comentários:

  1. amigo, me desculpe perguntar aqui, mas como eu configuro o metatrader pra ver as ações da bovespa? vlw!

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  2. nem responde, eu já descobri, vlw!!!!

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