segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Estudo para 17 de Agosto de 2010

Entre indicador decepcionante do Japão, dados divergentes nos EUA e aceleração da inflação na Europa, as bolsas tiveram um dia instável em Wall Street. Por aqui, entre mais resultados corporativos de peso e volume intenso na sessão, com impacto do exercício de opções sobre ações, o Ibovespa subiu 0,66%, a 66.701 pontos. O volume financeiro totalizou R$ 8,83 bilhões

O exercício de opções sobre ações de agosto movimentou R$ 3,69 bilhões na BM&F Bovespa. Desse valor, R$ 2,74 bilhões foram referentes às opções de compra. Chama atenção o grande volume com as opções de venda das ações da Net.

A BM&F Bovespa divulgou a segunda preliminar da carteira teórica do Ibovespa que vigorará entre os dias 1 de setembro e 31 de dezembro de 2010. Assim como na prévia anterior, a nova composição mostra a entrada das units do Banco Santander Brasil. Mas a novidade fica mesmo com a entrada dos ativos da Brookfield. Em relação à carteira vigente entre maio e agosto deste ano, o único papel a deixar o Ibovespa seria o da Agre, já que a empresa foi incorporada pela PDG Realty.

dentre as ações com maior peso na carteira teórica do Ibovespa (que vigora de 3 de maio a 31 de agosto) Petrobras (PETR4) teve leve queda de 0,04% a R$ 27,65; Itaú Unibanco PN (ITUB4) ganhou 0,48% a R$ 37,89; BM&FBovespa ON (BVMF3) valorizou 1,26% a R$ 12,86 e Gerdau PN (GGBR4) avançou 0,16% a R$ 24,78.

Na ponta compradora, Ultrapar PN teve ganhos de 4,53% a R$ 96,59; TIM ON registrou valorização de 3,68% a R$ 7,60; e Cyrela Realty apresentou apreciação de 3,60% a R$ 22,74.

Na contramão, GOL PN cedeu 5,77% a R$ 24,50; JBS perdeu 5,71% a R$ 7,92; e LLX Logística ON caiu 2% a R$ 9,30.

Bolsa
Na última sexta-feira após o pregão, a Petrobras informou que fechou o segundo trimestre de 2010 com um lucro líquido de R$ 8,295 bilhões, 7% acima do visto no trimestre passado. No mesmo período de 2009, a empresa havia lucrado R$ 8,16 bilhões. Segundo a Petrobras, o avanço nos lucros deve-se principalmente aos maiores volumes vendidos - sendo 3% de aumento no total de derivados e 14% no volume de gás natural no mercado brasileiro. O melhor preço, em decorrência da alta do petróleo, também contribuiu. As ações da estatal terminaram o dia com leve queda.

A holding Bradespar, que divulgou na sexta-feira passada após o pregão um lucro líquido de R$ 462,851 milhões, recuo de 5,3% frente ao reportado no mesmo período do ano passado, viu as ações fecharem em alta de mais de 2%.

Outra que reportou resultados na sexta-feira e avançou na sessão foi a Eletrobras, que reverteu as perdas de R$ 2 bilhões amargadas no primeiro semestre de 2009, mostrando na primeira metade desse ano um lucro líquido de R$ 1,73 bilhão. A sensível reviravolta no desempenho da companhia deve-se a uma expressiva melhora em seu resultado financeiro.

A Fibria também fechou em alta. A empresa registrou queda de 86% em seu lucro líquido: os ganhos da companhia chegaram a R$ 130 milhões entre abril e junho deste ano, frente aos R$ 920 milhões apurados um ano antes. A empresa informou ainda que a retomada dos estudos de investimentos que possibilitarão a antecipação do início da operação na Unidade Três Lagoas II de 2016 para 2014, caso as condições de mercado permitam. No total, a empresa estima um aporte de R$ 5,8 bilhões no projeto.

Na ponta negativa, destaque para os ativos da GOL, que lideraram as perdas do índices. Os papéis haviam fechado em alta de 10,63% na última sessão, repercutindo o anúncio da fusão entre TAM e Lan.

As ações da TAM, que tiveram a maior negociação em termos de volume na sessão, também fecharam em queda, após expressiva alta de 27,64% na sexta-feira e depois de operar em alta durante grande parte desta sessão. A presidente da CVM declarou pela tarde que a disparada das ações na sexta-feira pode ser investigada.

O JBS apresentou entre abril e junho deste ano um lucro líquido de R$ 3,706 milhões, forte recuo comparado ao lucro de R$ 125,880 milhões visto no mesmo período do ano anterior. A empresa atribuiu o recuo do lucro à demanda por capital de giro, bem como ao impacto da volatilidade cambial durante o trimestre. Os papéis da JBS também se destacaram entre as maiores variações negativas.

O Banco do Brasil somou R$ 2,725 bilhões em seu lucro líquido, 16,1% a mais que o apurado no mesmo período do ano passado. Em termos semestrais, a maior instituição financeira do País conquistou lucro líquido de R$ 5,076 bilhões na primeira metade desse ano. A cifra corresponde a um crescimento de 26,5% na mesma base anual de comparação. As ações do BB fecharam em baixa.

A BR Foods registrou lucro líquido proforma de R$ 131,6 milhões no segundo trimestre do ano, queda de 72% em relação ao resultado proforma (como se a incorporação das ações da Sadia tivesse ocorrido em 1 de janeiro de 2009) visto no mesmo período de 2009, de R$ 476 milhões. Desconsiderando esses itens, os ganhos da companhia no 2T09 diminuem para R$ 129 milhões. Com os resultados, reportados após o pregão da última sexta-feira, as ações fecharam em leve queda.

Agenda

O PIB (Produto Interno Bruto) do Japão cresceu 0,4% no segundo trimestre de 2010 em termos anualizados, bem abaixo da expansão de mais de 2% esperada pelos analistas. Assim, a China toma o segundo lugar na lista das maiores economias do mundo.

Passando para o Velho Continente, a inflação na Zona do Euro acelerou para 1,7% em julho, na comparação de base anual. Em junho, a taxa tinha ficado nos 1,4%.

Nos EUA, o indicador da atividade industrial na região de Nova York avançou em agosto ao registrar 7,1 pontos positivos, inferior às expectativas de mercado. A confiança das construtoras registrou no mesmo mês seu menor patamar em 17 meses, de acordo com dados da NAHB (National Association of Home Builders) e Wells Fargo, com o NAHB/Wells Fargo Housing Market Index caindo para 13 pontos.

Por aqui, a balança comercial registrou saldo positivo de US$ 427 milhões na segunda semana de agosto, resultado abaixo do visto na primeira semana deste mês. O relatório Focus mostrou manutenção das expectativas de inflação, depois de cinco semanas consecutivas de cortes. Em relação ao PIB, as projeções foram reduzidas para um crescimento de 7,09% neste ano. Por fim, o IPC-S (Índice de Preços ao Consumidor - Semanal) de 15 de agosto marcou deflação de 0,19%.

Petróleo
Os temores de desaceleração do crescimento global e a consequente queda na demanda por petróleo continuaram a pressionar as cotações do petróleo nesta segunda-feira (16), após os investidores acompanharem dados da economia norte-americana e japonesa.

Em Londres, a cotação do barril do petróleo Brent terminou em US$ 74,85, com queda de 0,63% em relação ao fechamento anterior. Já em Nova York, o contrato de petróleo mais líquido, com vencimento em setembro, apresentou baixa de 0,51%, fechando em US$ 75,16.


Dólar

Consolidando sua trajetória negativa durante a tarde, o dólar comercial sentiu os efeitos da melhora no mercado interno e fechou com significativa perda de 0,85%, sendo cotado na venda a R$ 1,757. A agenda econômica conturbada, o superávit comercial brasileiro e a capitalização de Petrobras estiveram entre os destaques do dia.

No front interno, o Banco Central realizou mais um leilão de compra de dólares no mercado cambial à vista. A operação ocorreu entre as 15h55 e as 16h05 (horário de Brasília) e contou com uma taxa de corte aceita em R$ 1,7573.

Bolsas Internacionais

O índice Dow Jones, que mede o desempenho das 30 principais blue chips norte-americanas , fechou em leve baixa de 0,01% e atingiu 10.302 pontos, seguindo esta tendência, o índice S&P 500 valorizou-se 0,01% a 1.079 pontos. Por outro lado, a Nasdaq Composite, que concentra as ações de tecnologia norte-americanas, fechou em leve alta de 0,39% atingindo 2.182 pontos.

Na Europa, o índice CAC 40 da bolsa de Paris registrou leve baixa de 0,37% e atingiu 3.598 pontos; no mesmo sentido, o índice DAX 30 da bolsa de Frankfurt valorizou-se 0,00% a 6.111 pontos. Por outro lado, o FTSE 100 da bolsa de Londres fechou em leve alta de 0,01%, atingindo 5.276 pontos.

Renda Fixa

O mercado de juros futuros encerrou em forte queda. O contrato de juros de maior liquidez nesta segunda-feira, com vencimento em janeiro de 2012, registrou uma taxa de 11,33%, 0,15 ponto percentual abaixo do fechamento de sexta-feira.

O mercado de títulos da dívida externa, por sua vez, fechou em alta. O título brasileiro mais líquido, o Global 40, fechou com valorização de 0,25%, cotado a 138,70% do valor de face. O Risco País registrou alta de 10 pontos-base em relação ao fechamento anterior, atingindo 206 pontos base.

Confira os eventos previstos para terça-feira

Por aqui, a Fipe (Fundação Instituto de Pesquisa Econômica) apresenta o IPC referente à segunda quadrissemana de agosto. Ainda entre os indicadores da inflação, a FGV revela o IGP-10 (Índice Geral de Preços - 10) do mês de agosto.

Nos EUA, sairão os índices Housing Starts e Building Permits, que medem, respectivamente, o número de casas que começaram a ser construídas e quantas autorizações para a construção de imóveis foram concedidas no mês de julho.

O Departamento de Trabalho publica ainda os números do PPI (Producer Price Index) e de seu núcleo, que descrevem os preços praticados por produtores durante o mês de julho. Por fim, destaque para os números do setor industrial do mês de julho, descritos pelo Industrial Production e pelo Capacity Utilization.

(com dados do Infomoney e Último Instante)

Análise Gráfica








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