quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Estudo para 26 de Agosto de 2010

No sentido inverso do que ocorreu em Wall Street, a bolsa nacional não conseguiu escapar do quinto pregão em campo negativo, pressionada por papéis de companhias ligadas às commodities. Mesmo tendo reduzido às perdas, depois da virada em Nova York, o Ibovespa perdeu 0,54% abaixo dos 65 mil pontos (64.803). O giro financeiro somou R$ 5,473 bilhões. Essa é a pior pontuação desde o dia 21 de julho (64.476).

"Alguns papéis, como os da Usiminas, Petrobras e Vale, continuaram bem pesados e não conseguiram se recuperar", afirma o operador da corretora Tov, Pedro Braz. "O fluxo de estrangeiro também não foi alto na compra, refletindo uma aversão ao risco e a busca por ativos mais seguros", completou. Petrobras PN (PETR4) caiu 0,23% a R$ 26,08; Vale PNA (VALE5) devolveu 0,97% a R$ 40,93; e Usiminas PNA (USIM5) recuou 2,11% a R$ 45,41.

Na visão do analista, o desempenho dos papéis da siderúrgica e da mineradora foram penalizados, principalmente, pela queda no preço das commodities. Quanto à Petrobras, os títulos ainda sofrem diante das dúvidas sobre a capitalização, segundo ele.

Hoje, rumores deram conta de que o barril de petróleo na cessão onerosa da União à companhia seria de US$ 8. O boato não foi confirmado pela Agência Nacional de Petróleo (ANP).

Em relação a Usiminas, especificamente, os agentes avaliam as medidas anunciadas ontem pelo conselho de administração da empresa, que decidiu adiar para novembro a apresentação do projeto de expansão da capacidade produtiva de aço. Nesta quarta-feira, a siderúrgica informou ainda que vai submeter à aprovação dos acionistas a proposta de desdobramento de ações, na proporção de um papel para cada um existente.

Braz destaca também que a agenda do dia colaborou para o mau humor dos mercados acionários mundo afora nesta quarta-feira. "Os dados de hoje só mostraram que a recuperação da atividade americana não está evoluindo e sinalizam uma possível recessão de duplo mergulho", diz. As bolsas europeias fecharam em queda; enquanto nos Estados Unidos, os principais índices acionários passaram por uma correção técnica e garantiram um encerramento em alta.

Entre os dados de peso, destaque para os números decepcionantes em relação às novas encomendas às indústrias americanas. O indicador teve avanço de 0,3% no mês passado, bem abaixo da expansão de 2,8% esperada pelos analistas.

No setor imobiliário, as vendas de casas novas nos EUA recuaram 12,4% em julho, para 276 mil unidades, contra consenso que apontava para um montante em torno de 300 mil novas vendas. Já o número de norte-americanos que solicitaram financiamentos hipotecários cresceu 4,9% na semana encerrada dia 20 de agosto, ante o mesmo período da semana anterior.

De volta ao Ibovespa, dentre as demais ações com maior peso na carteira teórica do Ibovespa (que vigora de 3 de maio a 31 de agosto) Itaú Unibanco PN (ITUB4) teve leve queda de 0,05% a R$ 36,60; BM&FBovespa ON (BVMF3) valorizou 1,93% a R$ 12,65 e Gerdau PN (GGBR4) depreciou 0,21% a R$ 23,45.

Na direção contrária do Ibovespa, Braskem PNA avançou 4,44% a R$ 15,30; MMX Mineração subiu 3,29% a R$ 12,55; e Duratex ON ganhou 2,93% a R$ 17,91.

Ainda entre os destaques positivos, Cosan (CSAN3) fechou com alta de 1,56% a R$ 23,50. A empresa assinou com a Shell contratos definitivos para a criação de uma joint venture envolvendo as operações de combustíveis e de açúcar e etanol produzidos a partir de cana-de-açúcar.

Depois de anunciar na noite de ontem, a retomada da operação de uma de suas unidades de destilação, após um período de ajustes; os papéis da Refinaria de Petróleos de Manguinhos (RPMG3) tiveram um dia de ganhos e encerram os negócios, com apreciação de 2,78% a R$ 0,74.

A estreante Redentor Energia (RDTR3) terminou seu primeiro dia no Novo Mercado da bolsa paulista com forte valorização de 37,27% a R$ 7,55.

Fora da festa, Cesp PNB registrou perdas de 3,78% a R$ 25,45; Rossi ON teve baixa de 3,36% a r$ 15,51; e Lojas Renner desvalorizou 3,36% a r$ 54,57.

(fonte: Último Instante)

Ações e ADRs da Petro sobem no after market

Depois de um pregão instável nesta quarta-feira (25), as ações preferenciais e ordinárias da Petrobras (PETR3, PETR4) encerram o after market da BM&F Bovespa com alta de 1,99% e 1,68%, respectivamente.

Os papéis preferenciais encerram o pregão estendido das 17h30 até 19h00, horário de Brasília, cotados a R$ 26,60. O que mostra recuperação frente a queda acumulada de 0,22% durante a sessão regular, na qual a ação fez mínima em R$ 25,50 e terminou nos R$ 26,08.

Já as ações ordinárias da estatal, que testaram a mínima dos R$ 28,85 no intraday e encerraram o pregão regular em alta de 0,61%, a R$ 29,74, subiram 1,99% no pregão estendido, a R$ 30,24.

Importante destacar que o after market tem por regra que a variação de preços de um ativo deve estar em 2% para baixo ou para cima. Ou seja, a oscilação das ações ordinárias da Petrobras no after market ficou bem próxima do limite permitido pela bolsa.

ADRs também sobem no after hours
Nos Estados Unidos, os ADRs (American Depositary Receipts) representativos das ações ON, listados na NYSE sob o código PBR, encerraram o after hours com valorização de 1,77%, valendo US$ 34. No pregão regular, os ativos recuaram 0,33%.

Já os ADRs representantes das ações preferenciais subiram 0,65% no after hours da bolsa de Nova York. No pregão regular o ativo recuou 0,30%. Vale lembrar que o pregão estendido na NYSE vai até às 19h15 pelo horário de Brasília.

Rumores sobre capitalização influenciam
De acordo com nota publicada pela Agência Estado, o governo federal teria chegado a um consenso sobre o preço por barril de petróleo, parte da cessão onerosa para a estatal, em torno de US$ 8,00 cada. A decisão teria sido tomada após uma reunião entre os ministros de Minas e Energia, Casa Civil e Fazenda, além de representantes da ANP e da Petrobras nesta quarta-feira.

A empresa contratada pela ANP definiu que cada barril deveria ter o valor entre US$ 10,00 e US$ 12,00, enquanto que a consultoria contratada pela Petrobras definiu uma cifra entre US$ 5,00 e US$ 6,00 cada, conforme os valores estipulados pelo mercado, sem confirmação oficial.

Segundo a agência Reuters, o governo estaria esperando somente o aval do presidente Lula para divulgar o preço do barril.

(fonte: Infomoney)

Análise Técnica






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