segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Estudo para 31 de Agosto de 2010

A preocupação acerca da retomada do consumo nos Estados Unidos voltou a trazer instabilidade aos principais mercados internacionais nesta segunda-feira (30), levando o Ibovespa a fechar em queda. O principal índice da bolsa paulista caiu 2,02%, para 64.260 pontos. O volume financeiro foi de R$ 4,038 bilhões.

Nos EUA, o Personal Income, com dados sobre a renda individual dos cidadãos dos EUA, revelou alta de 0,2% em julho, confirmado o esperado pelo mercado, enquanto que o Personal Spending, que compila os gastos da população, trouxe aumento de 0,4%, leve acima dos 0,3% projetados pelos analistas. Já o núcleo do índice de preços PCE (Personal Consumption Expenditures), um dos mais observados pelo Fed, marcou variação positiva de 0,1%, também dentro do previsto.

Mesmo assim, o mercado reagiu negativamente aos números. O temor é de que os avanços registrados na renda e gastos sejam insuficientes para estimular a recuperação do consumo nos Estados Unidos.

Os principais índices acionários norte-americanos fecharam esta segunda-feira (30) em queda. Mesmo com indicadores em linha com o mercado nesta sessão, o clima é de cautela frente aos dados do mercado de trabalho que estarão em foco nesta semana. No front corporativo, notícias sobre fusões e aquisições marcaram o pregão.

O índice Nasdaq Composite, que concentra as ações de tecnologia, fechou em baixa de 1,56% a 2.120 pontos, acumulando no ano forte baixa de 6,57%. O S&P 500, que engloba as 500 principais empresas dos EUA, encerrou o pregão em desvalorização de 1,47% atingindo 1.049 pontos e caindo 5,93% no ano, enquanto o Dow Jones, que mede o desempenho das 30 principais blue chips norte-americanas, apresentou queda de 1,39% chegando a 10.010 pontos e acumulando no ano forte baixa de 4,01%.

O Ibovespa sentiu ainda o peso da queda acentuada das ações da Petrobras: a ação preferencial da empresa fechou com a terceira maior desvalorização do índice nesta sessão. Participando de um evento em São Paulo, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, voltou a afirmar que o preço do barril da cessão onerosa ainda não foi fixado, mas não deu mais detalhes, dizendo apenas que não tem mais nada a declarar sobre o assunto. "Quando for (fixado), haverá um fato relevante", completou Mantega.

Também as assessorias de imprensa dos ministérios de Minas e Energia e da Casa Civil negaram que haja novidades em relação ao tema. Na última sexta-feira, a ministra Erenice Guerra havia aberto a possibilidade da divulgação, nesta segunda-feira, dos preços do barril de petróleo das reservas empregadas na cessão onerosa.

No Ibovespa, as ações preferenciais da Petrobras (PETR4) figuraram entre as principais quedas do dia, com 4,18% de desvalorização a R$25,45. Desempenho pior só dos papéis açõeordinários da Fibria (queda de 4,5% a R$ 26,51) e da Duratex (4,58 de baixa a R$ 174,30).

Na ponta de compras, as ações ordinárias da Lojas Renner ganharam 2,84%, vendidas a R$ 55,34, seguidas pelos títulos ordinários da OGX, com 1,22% de alta a R$ 20,65.

Dentre as demais ações com maior peso na carteira teórica (que vigora de 3 de maio a 31 de agosto) Vale PNA (VALE5) caiu 2,96% a R$ 40,71; Itaú Unibanco PN (ITUB4) recuou 1,21% a R$ 36,75 BM&FBovespa ON (BVMF3) desvalorizou 2,93% a R$ 12,57 e Gerdau PN (GGBR4) devolveu 2,09% a R$ 23,40.

Agenda
Em tom menos otimista, o mercado diminuiu suas projeções para o crescimento econômico brasileiro neste ano, enquanto manteve suas expectativa no tocante à taxa básica de juro. Os dados são da última edição do Relatório Focus, divulgado pelo Banco Central do Brasil na manhã desta data.

A diminuição foi pouco expressiva, com a mediana das estimativas para a alta do PIB (Produto Interno Bruto) passando de 7,10% para 7,09% em 2010. Já para o ano que vem as expectativas foram mantidas, sendo esperado um avanço de 4,5%.

Ainda na agenda doméstica, o IGP-M (Índice Geral de Preços - Mercado) apontou inflação de 0,77% em agosto, após registrar variação de 0,15% no mês anterior, mostraram dados divulgados pela FGV (Fundação Getulio Vargas).

Dólar

Ampliando seus ganhos ao longo do dia, o dólar comercial fechou cotado a R$ 1,7580 na compra e R$ 1,7600 na venda, alta de 0,40% em relação ao fechamento anterior. Com esta alta, o dólar acumula valorização de 0,23% em agosto, frente à baixa de 4,99% registrada no mês passado. No ano a valorização acumulada da moeda norte-americana já chega a 1,08%.

No front doméstico, o Banco Central realizou um leilão de compra de dólares no mercado cambial à vista entre as 15h38 e as 15h48 (horário de Brasília), com uma taxa aceita em R$ 1,7689.

(com dados do Infomoney e Último Instante)

Análise Técnica


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