Conforme informou a agência sul-coreana "Yonhap", o governo da Coreia do Norte ameaçou hoje usar "medidas militares" contra a Seul caso seus navios sigam entrando em águas territoriais norte-coreanas.
Além disso, as já conhecidas preocupações com a endividada zona do euro, agora contam com sinais de piora no sistema financeiro espanhol, após o governo assumir o controle do banco Caja Sur e outras quatro instituições de poupança assinarem um protocolo de intenções para fundir seus negócios.
"Essas casas de poupança são responsáveis pelo crédito imobiliário na Espanha. A interferência do governo e os anúncios de união geram expectativas negativas de que o setor passa por problemas, gerando aquele famoso mal estar, com lembranças da crise norte-americana", avalia o analista da Corretora SLW, Pedro Galdi.
Por aqui, o Ibovespa, que amenizou a desvalorização ao final do pregão, fechou em baixa de 1,22% aos 59.184 pontos. Trata-se do segundo pregão seguido no vermelho. O giro financeiro ficou em R$ 6,88 bilhões. O termômetro da bolsa paulista oscilou entre a mínima de 57.876 pontos e a máxima de 59.911 pontos.
Refletindo as tensões os papéis de bancos ficaram entre os destaques negativos do dia. Itaú Unibanco PN (ITUB4) caiu 2,46% a R$ 32,11; Bradesco PN (BBDC4) devolveu 3,98% a R$ 28,70; enquanto as units do Santander Brasil tiveram baixa de 5,85% a R$ 18,83.
Ainda na ponta vendedora, Fibria ON perdeu 4,82% a R$ 27,62; Usiminas ON cedeu 4,12% a R$ 41,90; Cesp PNB registrou queda de 4,08% a R$ 28,67; e Redecard apresentou recuo de 3,82% a R$ 26,45.
Do outro lado, Agre ON subiu 2,99% a R$ 6,90; PDG Realty ON ganhou 2,42% a R$ 14,39; Ecodiesel ON avançou 2,41% a R$ 0,85; Net PN teve alta de 2,27% a R$ 18,00; e MRV apresentou elevação de 1,94% a R$ 11,58.
Dentre as ações com maior peso na carteira teórica (que vigora de 3 de maio a 31 de agosto), Petrobras PN (PETR4) teve queda de 2,03% a R$ 26,60, Vale PNA (VALE5) subiu 1,03% a R$ 40,21; BM&FBovespa ON (BVMF3) perdeu 1,8% a R$ 10,92 e Gerdau PN (GGBR4) cedeu 1,05% a R$ 23,50.
Bolsas de NY
Com exceção do índice S&P 500, que fechou em leve alta de 0,04% aos 1.074 pontos, o mercado acionário dos Estados Unidos terminou o pregão de hoje em queda, em linha com as demais bolsas de valores mundiais.
Contudo, as causas são as mesma, uma vez que as preocupações com o problema fiscal dos países europeus não cedem e o temor de um eminente conflito entre a Coreia do Sul e a Coreia do Norte contribuiu ainda mais para o mau humor externo.
Conforme informou a agência sul-coreana "Yonhap", o governo da Coreia do Norte ameaçou hoje usar "medidas militares" contra a Seul caso seus navios sigam entrando em águas territoriais norte-coreanas.
No front econômico, entretanto, os preços da habitação nos Estados Unidos (Housing Price Index) subiram 0,3% entre fevereiro e março, segundo dados da Agência Federal de Financiamento de Habitação (FHFA).
Já o preço dos imóveis, medido pela Standard & Poor's, caiu em março em relação ao mês anterior. Em 10 cidades que compõem o índice a baixa foi de 0,4% e, no universo de 20 cidades, o recuo foi de 0,5% - um pouco acima do estimado (-0,4%).
Por sua vez, a confiança do consumidor norte-americano (Consumer confidence) avançou para 63,3 pontos em maio, ante dados revisados de 57,7 anunciados em abril. Trata-se do terceiro aumento seguido. O indicador superou as expectativas que apontavam alta para 58,3 pontos.
Ao final do pregão o índice industrial Dow Jones caiu 0,23% aos 10.043 pontos, enquanto a bolsa eletrônica Nasdaq perdeu 0,12% aos 2.110 pontos.
Bolsas da Europa
25 de maio de 2010 - O aumento dos temores com relação à crise financeira da zona do euro, principalmente depois do Banco Central da Espanha intervir no banco regional de poupança CajaSur, à beira da falência, reforçando as preocupações sobre o impacto da crise no sistema bancário espanhol e do restante da Europa, causou mais um dia de fortes perdas no principais mercados acionários do continente.
Além disso, as tesões entre a Coreia do Sul e Coreia do Norte também contribuíram para afastar os investidores dos ativos de risco. Na quinta-feira, uma investigação internacional anunciou que o naufrágio de uma embarcação sul-coreana foi causado por um torpedo lançado a partir de um submarino norte-coreano, algo que o regime comunista nega.
Os bancos foram novamente as instituições mais afetadas pela fuga dos investidores da renda variável. Em Londres, as ações do Lloyds, Royal Bank of Scotland (RBS) e Barclays despencaram entre 5,67% e 8,9% e conduziram o FTSE 100 para uma baixa de 2,54% aos 4.940 pontos.
Em Paris, o índice CAC-40 caiu 2,9% para 3.331 pontos. Os bancos Societe Generale e Credit Agricole perderam 6,29% e 6,67% na mesma ordem. Em Frankfurt, o DAX-30 recuou 2,34%, aos 5.670 pontos.
Em Milão, o índice FTSE MIB despencou 3,4% para 18.382 pontos e em Madri, o Ibex 35 desvalorizaou 3,05% aos 9.004 pontos.
Entre os indicadores do continente, as novas encomendas à indústria na zona do euro subiram 5,2% em março em comparação com fevereiro, mais que o dobro do previsto (2,5%). Em fevereiro o índice aumentou 1,9%. Nos 27 países da União Europeia (UE), os novos pedidos avançaram 5,9% em março de 2010, após um aumento de 1,1% em fevereiro.
No Reino Unido, o Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 0,2% no primeiro trimestre de 2010 ante o trimestre anterior, graças ao aumento da produção, impulsionado por serviços de negócios, finanças e manufatura. O resultado ficou um pouco abaixo do estimado que previa alta de 0,3%.
Bolsas da Ásia
As preocupações com a dívida pública de países da zona do euro continuam a afetar os negócios na Ásia e os principais índices acionários do continente tiveram um dia de perdas expressivas. A forte queda do euro na última segunda-feira após a nacionalização de um banco regional da Espanha, no fim de semana, reacendeu temores sobre o impacto da crise no sistema bancário.
Na China, o índice SSE Composite, da bolsa de Xangai, registrou 1,90% de desvalorização aos 2.622 pontos. Em Hong Kong, as perdas foram ainda mais significativas. O indicador Hang Seng despencou 3,47% aos 18.985 pontos.
No Japão, o índice Nikkei 225 recuou 3,06% aos 9.459 pontos, menor nível em seis meses, novamente sob influência das grandes empresas exportadoras, que têm cedido à desvalorização do euro.
Na Coreia do Sul, o índice Kospi, da Bolsa de Valores de Seul, registrou baixa de 2,75% aos 1.560 pontos, influenciada também pelas tensões entre o país e a vizinha Coreia do Norte.
Na Índia, o índice BSE Sensex, da bolsa de Bombai, desvalorizou 2,71% aos 16.022 pontos e etm Taiwan, o referencial TSEC weighted index terminou com forte queda de 3,23% 7.086 pontos.
Petróleo
As cotações de petróleo fecharam em queda nesta terça-feira (25) nas bolsas de Nova York e Londres, influenciadas pelas preocupações em relação ao sistema financeiro europeu e tensões entre Coreia do Norte e Coreia do Sul.
O contrato de petróleo mais líquido em Nova York, com vencimento em julho, encerrou o dia em queda de aproximadamente 1,00%, encerrando a sessão a US$ 69,40. Já em Londres, a cotação do barril do petróleo Brent terminou o dia a US$ 70,00, com queda de 1,40%.
Dólar
O dólar comercial fechou nesta terça-feira (25) em alta pela segunda sessão consecutiva. A valorização de 0,21%, no entanto, foi bem mais amena do que a alta alcançada no começo do dia, quando chegou a subir mais de 2%. Com essa nova valorização, a moeda terminou cotada a R$ 1,868 na venda, renovando seu maior patamar desde 8 de fevereiro deste ano, quando encerrou valendo R$ 1,874.
(com dados do Último Instante e Infomoney)
Gráficos
IBOV abre com forte baixa e no final se recupera, mas ainda está abaixo dos 60.000!!!
Podemos ver que a LTA de longo prazo vem se mantendo heroicamente, se esta for perdida o rali de baixa deve se intensificar.
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