O exercício de opções sobre ações de maio movimentou R$ 2,42 bilhões na BM&F Bovespa. Esse número mostrou uma queda de 54,2% em relação ao resultado de abril, quando foi movimentado R$ 5,28 bilhões nesse mercado - o maior volume da série histórica. Desse valor, R$ 1,92 bilhão foi referente às opções de venda, sendo este o maior volume mensal de "puts" da história da bolsa brasileira, e as opções de compra - as "calls" - responderam pelos outros R$ 500,4 milhões.
Bolsa
Na última sexta-feria, a Petrobras divulgou lucro líquido de R$ 7,726 bilhões, avanço de 23% na base anual, e de 4% no comparativo com o 4T09. Já o Ebitda da companhia ficou em R$ 15,076 bilhões, 12% de avanço na comparação anual e dentro das projeções. Nesta sessão, a petrolífera comunicou nova descoberta de indícios de gás e petróleo na Bacia de Campos, em lâmina d’água de 1.955 metros no campo Albacora Leste, localizado no estado do Rio de Janeiro. Os papéis da companhia caíram no pregão.
A OGX também reportou resultados na última sexta, com lucro líquido de R$ 76,3 milhões durante o primeiro trimestre, o que configura uma queda de 48% em relação aos R$ 147,5 milhões apurados entre janeiro e março do ano passado. Os papéis da petrolífera registraram queda na sessão de 1,6%.
A TAM amargou um prejuízo líquido de R$ 58,1 milhões no primeiro trimestre, mais que o dobro das perdas de R$ 25,7 milhões registradas no mesmo período do ano passado. Os valores foram calculados conforme o padrão internacional contábil IFRS, afirmou a empresa. No tocante ao Ebitdar (lucro antes dos juros, impostos, depreciações, amortizações e leasing) e à receita líquida, as performances também foram declinantes. As ações da TAM recuaram quase 5%.
Já a Fibria viu seus ganhos líquidos caírem 99%, ao somarem apenas R$ 9 milhões no primeiro trimestre desse ano. O Ebitda (geração operacional de caixa) totalizou R$ 637 milhões, avanço de 27% , enquanto que a receita líquida mostrou variação positiva de 17%. A empresa migrará na próxima quinta-feira (20) para o segmento Novo Mercado, após a BM&F Bovespa ter concluído as questões administrativas relacionadas ao pedido da empresa. Os papéis também caíram forte (-5%).
A JBS comunicou durante a última teleconferência que não realizará IPO (Initial Public Offering) nos EUA neste ano. A produtora de carne adia pela segunda vez seus planos de captação em mercado norte-americano. A primeira desistência ocorreu em janeiro deste ano, quando os executivos avaliaram que as condições do mercado não eram propícias para uma oferta. Os papéis da JBS mostraram desvalorização.
O Pão de Açúcar enviou esclarecimento ao mercado em resposta à consulta da CVM (Comissão de Valores Mobiliários) a respeito de matéria divulgada no jornal Valor Econômico. A empresa afirmou que mantém a disposição de continuar as discussões com a Casas Bahia para assegurar a associação firmada entre as duas em 4 de dezembro do ano passado, mas que até o momento não foi "implementada qualquer alteração à Associação". As ações da varejista fecharam praticamente estáveis.
Entre as companhias do setor de matéria-prima com maior peso no Ibovespa, Vale PNA (VALE5) teve queda de 1,84% a R$ 41,61; Gerdau PN (GGBR4) recuou 2,71% a R$ 25,10; e Petrobras PN (PETR4) cedeu 0,83% a R$ 29,84.
Dentre as demais ações de maior peso na carteira teórica (que vigora de 3 de maio a 31 de agosto), Itaú Unibanco PN (ITUB4) perdeu 0,14% a R$ 35,90; e BM&FBovespa ON (BVMF3) registrou ganhos de 1,65% a R$ 11,70.
Em linha com o Ibovespa, Braskem PNA desabou 7,98% a R$ 10,49; B2W Varejo ON devolveu 6,14% a R$ 31,17; Usiminas ON teve baixa de 5,50% a R$ 46,70; CCR Rodovias caiu 5,21% a R$ 10,10; e MMX Mineração registrou perdas de 5,16% a R$ 10,10.
Na ponta compradora, LLX Logística ON disparou 5,07% a R$ 7,46; Redecard ON subiu 4,72% a R$ 31,70; Cielo ON avançou 3,99% a R$ 18,00; Natura ON valorizou 3,24% a R$ 39,23; Lojas Renner ganhou 3,09% a R$ 42,05.
Noticiário
Wen Jiabao, primeiro-ministro da China, declarou que o governo irá “decisivamente” conter aumentos nos preços dos imóveis, além de reduzir o crescimento de indústrias que operam com capacidade sobrecarregada, segundo noticiado na agência Xinhua News. De acordo com premiê, a China deve manter os controles macroeconômicos “cabíveis”, deixando evidente que um aperto monetário deverá ser visto em breve no país.
Pela Europa, os investidores deram atenção à reunião de ministros das Finanças do continente, em meio à pressão para que países como Grécia, Portugal e Espanha consigam efetivamente reduzir seus déficits fiscais, assegurando a estabilidade econômica do bloco. O BCE (Banco Central Europeu) declarou que lançará um leilão especial para reabsorver € 16,5 bilhões (US$ 21 bilhões) em liquidez extra, produzida pela compra de títulos públicos de países da Zona do Euro.
Agenda
Nos EUA, a atividade industrial de Nova York recuou em maio, além de vir abaixo das projeções. Pesa também no país o resultado da GM, que reverteu prejuízo de US$ 6 bilhões no primeiro trimestre de 2009, reportando lucro de US$ 865 milhões nos três primeiros meses deste ano.
Por aqui, o mercado voltou a elevar suas projeções para o PIB (Produto Interno Bruto) e para a inflação no País, conforme os dados do relatório Focus. A expectativa agora é que a atividade econômica brasileira avance 6,3% neste ano, enquanto a estimativa para o IPCA foi elevada pela décima sétima semana consecutiva, sendo esperada inflação de 5,54% ao final de 2010.
A balança comercial registrou um saldo positivo de US$ 952 milhões na segunda semana de maio. O IPC-S (Índice de Preços ao Consumidor - Semanal) de 15 de maio marcou inflação de 0,64%, taxa 0,14 ponto percentual abaixo da apurada na medição anterior.
Segundo dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), o Brasil registrou em abril a criação de 305.068 vagas com carteira assinada. O número foi recorde para o mês de abril, e o segundo melhor mês da série histórica, iniciada em 1992, atrás apenas de junho de 2008, mês em que foram criados 309.442 empregos.
A Confederação Nacional da Indústria (CNI) elevou a projeção do PIB brasileiro para este ano, de expansão de 5,5% projetada em dezembro, para 6%, segundo o Informe Conjuntural, divulgado nesta segunda-feira. A CNI acredita ainda que a indústria será o setor que mais contribuirá para o desempenho da economia.
Petróleo
As cotações de petróleo iniciaram a semana em queda - o barril da commodity chegou a ser negociado abaixo da linha dos US$ 70 em Nova York durante a sessão desta segunda-feira (17). Preocupações com as perspectivas das economias europeias, com o ritmo de crescimento da China e da recuperação nos EUA pesaram sobre os preços.
O contrato de petróleo mais líquido em Nova York, com vencimento em junho, registrou queda de 2,16%, encerrando a sessão a US$ 70,06. Já em Londres, a cotação do barril do petróleo Brent terminou o dia a US$ 75,10, caindo 6,35%.
Dólar
Após chegar a superar a faixa de R$ 1,83 durante a tarde, o dólar comercial amenizou sua trajetória positiva no final da sessão, fechando com valorização de 0,44%, sendo cotado na venda a R$ 1,812. É o terceiro dia consecutivo de alta da moeda norte-americana.
No front doméstico, o Banco Central manteve ativo seu ciclo de intervenções no câmbio, realizando um leilão de compra de dólares no mercado à vista. A operação ocorreu entre as 16h14 e as 16h24 (horário de Brasília) e contou com uma taxa de corte de R$ 1,8107.
Bolsas Internacionais
O índice Nasdaq Composite, que concentra as ações de tecnologia norte-americanas, fechou em leve alta de 0,31% e atingiu 2.354 pontos. Seguindo esta tendência, o índice S&P 500 valorizou-se 0,11% a 1.137 pontos, da mesma forma, o índice Dow Jones, que mede o desempenho das 30 principais blue chips norte-americanas, subiu 0,05% a 10.626 pontos.
Na Europa, o oi índice DAX 30 da bolsa de Frankfurt registrou leve alta de 0,17% e atingiu 6.067 pontos; enquanto o índice FTSE 100 da bolsa de Londres desvalorizou-se 0,01% a 5.263 pontos. Por outro lado, o CAC 40 da bolsa de Paris fechou em leve baixa de 0,47%, atingindo 3.544 pontos.
Renda Fixa
No mercado de juros futuros, as taxas dos contratos de DI futuro encerraram predominantemente em queda, deixando para trás a indefinição que dominou as sessões ao longo da última semana. O contrato de juros de maior liquidez, com vencimento em janeiro de 2011, registrou uma taxa de 11,06%, 0,02 ponto percentual abaixo do fechamento de sexta-feira.
O mercado de títulos da dívida externa também fechou em queda. O título brasileiro mais líquido, o Global 40, fechou com desvalorização de 0,07%, cotado a 133,45% do valor de face. Com isso, o indicador de risco Brasil registrou queda de 4 pontos-base em relação ao fechamento anterior, atingindo 206 pontos base.
Confira os eventos previstos para terça-feira
No Brasil, a Fipe (Fundação Instituto de Pesquisa Econômica) apresenta o IPC referente à segunda quadrissemana de maio. O índice é baseado em uma pesquisa de preços feita na cidade de São Paulo, entre pessoas que ganham de 1 a 20 salários mínimos.
Nos EUA, o Departamento de Trabalho publica os números do PPI (Producer Price Index) e de seu núcleo, que descrevem os preços praticados por produtores durante o mês de abril. Sairão ainda os índices Housing Starts e Building Permits, que medem, respectivamente, o número de casas que começaram a ser construídas e quantas autorizações para a construção de imóveis foram concedidas no mês de abril.
Gráficos
Como haviamos dito hoje foi vencimento de opções, mais volatilidade adicionada ao mercado já conturbado.
IBOV está operando na sobrevenda e as médias móveis apontando para baixo,fechou plantada no suporte, se perder o mesmo o caldo entorna !!!!!
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