segunda-feira, 10 de maio de 2010

Estudo para 11 de Maio de 2010

A confiança deu o tom ao primeiro pregão da semana nos mercados acionários mundo afora. Em um dia de agenda vazia, a euforia foi sustentada pelo plano de resgate europeu, no valor de € 750 bilhões (R$ 1,7 trilhão), anunciado na noite de domingo, pelos ministros das Finanças da zona do euro com o objetivo de proteger a moeda e as economias mais fracas do bloco.

Por aqui, o Ibovespa seguiu o mesmo caminho e terminou a segunda-feira com expressiva valorização. O principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo fechou em alta de 4,11% aos 65.452 pontos. Trata-se da maior alta desde 29 de outubro do ano passado (+5,91). O giro financeiro foi de R$ 6,57 bilhões.

A última semana foi pesada nas praças acionárias mundias. No mercado doméstico, o Ibovespa encerrou a semana com desvalorização de 6,9%. Só nos últimos dois pregões, o índice caiu 3,15%.

Os negócios dos últimos dias foram guiados pelas dúvidas dos investidores em relação a capacidade grega de cumprir a austeridade fiscal prometida e os temores de que outros países da zona do euro fossem contaminados pela crise.

Dentre as ações com maior peso na carteira teórica (que vigora de 3 de maio a 31 de agosto), Petrobras PN (PETR4) subiu 1,04% a R$ 30,06, Vale PNA (VALE5) ganhou 4,61% a R$ 45,14; Itaú Unibanco PN (ITUB4) teve valorização de 4,59% a R$ 37,80; BM&FBovespa ON (BVMF3) avançou 9,39% a R$ 11,30 e Gerdau PN (GGBR4) apresentou elevação de 3,1% a R$ 26,91.

Entre os destaques positivos, OGX Petróleo ON disparou 12,05% a R$ 17,20; MRV ON registrou fortes ganhos de 11,10% a R$ 11,81; Rossi ON conquistou 9,93% a R$ 13,39; LLX LOgística teve aumento de 8,38% a R$ 11,35.

Na outra ponta, Telemar PN caiu 1,22% a R$ 25,00; Telemar ON recuou 0,68% a R$ 29,40; Souza Cruz cedeu 0,6% a R$ 66,00; Redecard perdeu 0,33% a R$ 29,90; B2W Varejo ON teve queda de 0,14% a R$ 36,45.

Fundo europeu
Os dirigentes dos países da Europa anunciaram a criação de fundo de estabilização que deverá atingir € 750 bilhões, considerando neste montante uma participação de € 250 bilhões do Fundo Monetário Internacional (FMI).

Os países da zona do euro fornecerão € 440 bilhões para garantir bônus emitidos pelos governos do bloco. Cerca de € 60 bilhões em empréstimos concedidos pela Comissão Europeia servirão para um fundo emergencial que atenderá também outras economias da Europa que não fazem parte da zona do euro e que também estão em dificuldade e finalmente.

Além disso, o Banco Central Europeu (BCE) anunciou que comprará bônus no mercado secundário de títulos dos governos e também, com apoio dos Estados Unidos, irá injetar liquidez no interbancário, tanto em euro como em dólar.

O propósito deste pacote, sem precedentes na história da união monetária europeia, é dissuadir os especuladores que apostam há semanas na quebra de um membro da zona do euro.

“A ideia desse pacote é evitar que a Grécia não honre os seus compromissos com esses investidores, além disso, cria segurança para outros países como Portugal que, se precisar de dinheiro, pode recorrer a esse fundo”, afirma o professor de macroeconomia da FGV Management, Robson Gonçalves, em nota.

As medidas somam-se ao plano de € 110 bilhões direcionados apenas aos gregos, divulgado há uma semana, e que também conta com contribuição do FMI.

Bolsas de NY
O índice Nasdaq Composite, que concentra as ações de tecnologia, fechou em forte alta de 4,81% a 2.375 pontos, acumulando no ano forte alta de 4,65%. O índice teve seu maior ganho em pontos em um pregão desde 28 de outubro de 2008, enquanto a valorização percentual foi a maior desde março do ano passado.

O S&P 500, que engloba as 500 principais empresas dos EUA, encerrou o pregão em forte valorização de 4,40% atingindo 1.160 pontos e subindo 4,00% no ano. O índice teve sua melhor performance em fechamento desde 23 de março de 2009.

Por fim, o Dow Jones, que mede o desempenho das 30 principais blue chips norte-americanas, apresentou alta de 3,90% - também na maior alta diária desde 23 de março de 2009 -, chegando a 2.375 pontos e devolvendo ao índice variação anual positiva. Todas as ações que compõem o índice fecharam no azul.

Somente onze das ações que integram o S&P 500 fecharam o dia no vermelho, com destaque para a Dean Foods, cujos papéis despencaram 28,4% após a companhia divulgar resultado trimestral aquém das estimativas e suspender suas projeções para seu desempenho no acumulado de 2010, medida que desagradou o mercado. O lucro por ação no primeiro trimestre (excluindo itens não recorrentes) ficou em US$ 0,23, enquanto a média de 13 projeções compiladas pela Bloomberg apontava lucro de US$ 0,28.

Bolsas da Europa
O rali de alta impulsionado pelo pacote de ajuda foi impressionante:

O índice CAC 40, da bolsa de Paris, se destaca ao subir 9,66% e atingindo 3.720 pontos. Já o FTSE 100 da bolsa de Londres fechou com forte alta de 5,16% chegando a 5.387 pontos, enquanto o DAX 30 da bolsa de Frankfurt valorizou-se 5,30%, a 6.017 pontos. Na Itália, o FTSE MIB subiu 11,28%.

Entre os PIGS (Portugal, Irlanda, Grécia e Espanha), países que são o foco do temor de contágio da crise fiscal enfrentada pela Grécia, o Ibex 35, principal índice acionário da Bolsa de Madrid, subiu 14,44%, para 10.351 pontos após o anúncio do pacote. Em Portugal, os dois principais índices acionários do país ( PSI General Index e PSI 20) subiram 10,64% e 10,73%, respectivamente. Na Grécia, o ASE Index também avançou mais de 10%, para 881 pontos.

Petróleo
Os contratos futuros de petróleo quebraram a sequência de quatro quedas para encerrarem a sessão desta segunda-feira (10) em forte alta, seguindo o otimismo dos mercados após o anúncio do pacote de medidas para proteção do euro, cujo valor pode atingir € 750 bilhões.

O contrato de petróleo mais líquido em Nova York, com vencimento em junho, registrou alta de 2,25%, encerrando a sessão a US$ 76,80. Já em Londres, a cotação do barril do petróleo Brent terminou o dia a US$ 80,12, avançando 2,36%.


Dólar

Após fechar a semana anterior com sua maior valorização dos últimos 18 meses, o dólar comercial despencou nesta segunda-feira (10), embalado pelo anúncio do pacote de proteção ao euro no valor de € 750 bilhões. A cotação de fechamento da moeda norte-americana, de R$ 1,777, sinaliza uma desvalorização de 4% - a mais forte desde 24 de novembro de 2008, quando recuou 5,24%.

(com dados do Infomoney e Último Instante)

Gráficos:

Hoje tivemos um pregão histórico marcado pelo pacote de resgate europeu, quem imaginava ver o CAC 40 da França subir quase 10% !!!!

Estamos postando apenas os gráficos do IBOV e OGX (que foi o destaque de hoje !!!!)

Para quem quiser ver a análise das blue chips visitem o blog do Smart Traders no ADVFN, as análises são do Galvão (meu sócio).
http://smarttraders.blogs.advfn.com/



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