terça-feira, 11 de maio de 2010

Estudo para 12 de Maio de 2010

A euforia que dominou o mercado no último pregão deu passagem para a realização de lucros nesta terça-feira. A volatilidade marcou este pregão, após a notícia de um pacote de resgate de € 750 bilhões para evitar uma crise sistêmica na zona do euro levar o Ibovespa a registrar na véspera, a maior alta desde outubro do ano passado - valorização de 4,11%.

Se as medidas anticrise europeia trouxeram entusiasmo aos agentes, também abriu espaço para novas preocupações, principalmente, sobre o ritmo de crescimento da economia do continente, que deve ser fraco devido ao comprometimento com aperto e rigor fiscal base do novo pacote.

No caso da Europa o temor era com a fragilidade econômica, mas com a China ocorreu justamente o contrário. Os fortes números sobre a economia do gigante asiático trouxeram à cena mais uma vez os temores em relação as possíveis medidas de aperto monetário pelo governo do país.

No acumulado de janeiro a abril, a nação asiática teve expansão de 17,8% da produção industrial e de 18,1% das vendas no varejo. O Índice de Preços ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês) - principal indicador da inflação - por sua vez, avançou 2,8% no mês passado ante abril de 2009.

De volta ao Ibovespa, dentre as ações com maior peso na carteira teórica (que vigora de 3 de maio a 31 de agosto), Petrobras PN (PETR4) caiu 1,53% a R$ 29,69, Vale PNA (VALE5) cedeu 1,75% a R$ 44,36; Itaú Unibanco PN (ITUB4) teve desvalorização de 1,38% a R$ 37,17; BM&FBovespa ON (BVMF3) perdeu 5,29% a R$ 10,75 e Gerdau PN (GGBR4) apresentou baixa de 2,19% a R$ 26,35.

Entre as maiores altas do dia, Tim ON disparou 8,06% a R$ 6,57; Tim PN registrou ganhos de 5,26% a R$ 4,80; Vivo PN conquistou 5,05% a R$ 47,80; Telemar ON teve aumento de 3,03% a R$ 30,29; Telemar ON avançou 2,8% a R$ 25,70.

Na contramão, OGX Petróleo despencou 7,97% a R$ 15,83; LLX Logística ON recuou 6,63% a R$ 7,61; Fibria cedeu 4,82% a R$ 10,70; e Brasil Ecodiesel perdeu 3,81% a R$ 1,01.

Bolsas de NY

O temor de que o pacote de € 750 bilhões anunciado ontem pela União Europeia não seja suficiente para resolver os problemas da região levou as Bolsas de Valores dos Estados Unidos fecharam em direções opostas nesta terça-feira.

Ao final da sessão, o índice industrial Dow Jones caiu 0,34% aos 10.748 pontos. O S&P 500 perdeu 0,34% aos 1.155 pontos. E a bolsa eletrônica Nasdaq teve leve alta de 0,03% para 2.375 pontos.

Na agenda econômica, os estoques no atacado nos Estados Unidos (Wholesale Inventories) subiram 0,4% em março ao atingir US$ 394,7 bilhões, na comparação com o mês anterior. O resultado ficou um pouco abaixo da estimativa do mercado que aguardava alta de 0,5%. Segundo o Departamento do Comércio norte-americano, em relação a março de 2009, no entanto, os estoques caíram 5,3%.

Já o Índice de Confiança nos pequenos negócios nos Estados Unidos (Small Business Optimism) caiu 1,2 ponto de março para abril, atingindo 86,8 pontos. Este é o 18º mês consecutivo que o índice fica abaixo de 90 pontos. Os dados foram divulgados pela Federação Nacional de Negócios Independentes (NFIB, na sigla em inglês).

Por fim, o gigante hipotecário Fannie Mae anunciou hoje uma perda de US$ 11,5 bilhões no primeiro trimestre do ano e anunciou que solicitará ao governo norte-americano US$ 8,4 bilhões para não entrar em quebra.

Junto com a Freddie Mac, ambas controladas pelo governo, a empresa constitui o eixo central do mercado hipotecário dos Estados Unidos e o governo do presidente Barack Obama prometeu ajudar as duas empresas. A Fannie Mae registrou uma perda de US$ 15,2 bilhões no primeiro trimestre de 2009.

Bolsas da Europa

A maioria dos mercados acionários da Europa encerrou esta terça-feira com desvalorização, com os investidores analisando as medidas de auxílio da União Europeia (UE) aos países em dificuldade da zona do euro. As ações dos bancos, que dispararam na sessão anterior, devolveram parte dos ganhos e se destacaram entre as principais perdas.

Em Londres, o índice FTSE-100 recuou 1,76% aos 5.292 pontos. Os papéis do Royal Bank of Scotland (RBS) caíram 5,33%, enquanto os do Lloyds e do Barclays cederam 4,64% e 3,79 respectivamente.

As mineradoras também enfrentaram desvalorização no índice londrino, na esteira da queda dos metais. Xstrata perdeu 6,36% e Rio Tinto recuou 3,56%.

Ainda no Reino Unido, a produção industrial registrou alta de 2% em março na comparação com mesmo mês de 2009. Entre fevereiro e março, a indústria britânica cresceu a uma taxa idêntica de 2%.

Em Paris, o índice CAC-40 perdeu 0,73% aos 3.693 pontos. Os bancos BNP Paribas, Credit Agricole e Societe Generale recuaram entre 1,98% e 2,32%.

Em Madri, após subir 14% na sessão de ontem, o indicador Ibex 35 perdeu 3,32% aos 10.008 pontos e em Milão, o índice FTSE MIB desvalorizou 0,46% para 20.874 pontos.

Na contramão dos demais mercados, o índice DAX 30, de Frankfurt, avançou 0,33% para 6.037 pontos. As ações da Adidas lideraram os ganhos, com 2,92% de valorização.

Hoje foi anunciado que o Índice de Preços ao Consumidor alemão (CPI, na sigla em inglês) subiu 1% em abril ante mesmo mês de 2009. Em março, a inflação havia ficado praticamente igual (1,1%). Segundo o Escritório Federal de Estatística (Destatis), a taxa de inflação permanece claramente abaixo de 2%, o que é importante para a política monetária do país.

Bolsas da Ásia
As principais bolsas de valores da Ásia enfrentaram um dia de desvalorização, após apresentarem altas expressivas na véspera. Os mercados recuaram depois que dados da economia da China vieram acima do esperado pelos analistas e podem sinalizar um aperto da política monetária.

Na China, o índice SSE Composite, da bolsa de Xangai, apresentou 1,90% de desvalorização aos 2.647 pontos, menor nível em um ano, depois que a inflação no país ficou acima do esperado.

Em Hong Kong, o índice Hang Seng recuou 1,37% aos 20.146 pontos, influenciado pelos números da economia chinesa e pela queda das ações do setor financeiro.

No Japão, o índice Nikkei 225 registrou 1,14% de baixa aos 10.411 pontos, com destaque para os papéis do Misuho Financial Group, que recuaram 4,7% e puxaram a queda do indicador de Tóquio.

Em Taiwan, o referencial TSEC weighted index perdeu 0,73% aos 7.608 pontos. Na Coreia do Sul, o índice Kospi, da Bolsa de Valores de Seul, registrou baixa de 0,44% aos 1.670 pontos e na Índia, o índice BSE Sensex, da bolsa de Bombai, desvalorizou 1,09% aos 17.141 pontos.

Petróleo
Em dia de indicações mistas, as cotações do contrato futuro de petróleo fecharam a sessão de terça-feira (12) com queda em Nova York e alta em Londres, após operarem em baixa durante o dia por conta da valorização do dólar frente ao euro. Além de preocupações recorrentes com a Europa, a China também ficou no foco dos investidores, assim como o relatório da Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo).

O contrato de petróleo mais líquido em Nova York, com vencimento em junho, registrou queda de 0,55%, encerrando a sessão a US$ 76,37. Já em Londres, a cotação do barril do petróleo Brent terminou o dia a US$ 80,49, avançando 0,46%.

Dólar

SÃO PAULO – Após recuar 4% na véspera, por conta do clima de otimismo nos mercados, a terça-feira (11) foi de instabilidade nos negócios. Desta forma, após alternar entre perdas e ganhos no intraday, o dólar comercial terminou esta sessão com alta de 0,34%, sendo cotado na venda a R$ 1,783.

A euforia dos investidores com o pacote de € 750 bilhões anunciado na última segunda-feira (10) deu lugar para incertezas sobre o que acontecerá a partir de agora, sentimento este que ganhou forças com a forte inflação registrada na China e com indicadores não muito favoráveis nos Estados Unidos.

Contribuindo ainda para que a divisa norte-americana consolidasse sua trajetória ascendente nesta sessão, o Banco Central do Brasil realizou mais um leilão de compra de dólares no mercado cambial à vista. A operação ocorreu entre as 15h46 e as 15h56 (horário de Brasília) e contou com uma taxa de corte aceita em R$ 1,7806.

(Com dados do Infomoney e Último Instante)

Gráficos

Depois de uma expressiva alta não é de se estranhar uma correção.

O fato é que IBOV, Petro e Vale continuam com sua tendência de baixa (corroborada pelas BBs e pela MM21).

As BBs apresentam-se muito abertas indicando muita volatilidade do mercado.





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