O noticiário por aqui foi dominado pelas teles. As ações da TIM se destacaram na ponta positiva, liderando os ganhos do índice, enquanto as ações de Telemar e Vivo também avançaram. Contribuiu a recomendação de compra para as companhias de telecomunicação que atuam no País por parte do BTG Pactual, citando o Plano Nacional de Banda Larga, pelo qual as operadoras de celular poderão ser bastante beneficiadas, na visão dos analitas. “A tecnologia de celulares é a melhor alternativa para oferecer o serviço de banda larga em uma população esparsa”, afirmam.
Ainda no setor, prosseguem rumores na mídia a respeito da investida da Telefónica com relação a Vivo. Segundo a agência Estado, a Telefónica pressionará ainda nesta semana os principais investidores da Portugal Telecom - que possui participação na Vivo - para aceitarem a oferta pela participação da companhia.
As ações da OGX Petróleo também se destacaram entre as maiores altas do índice. A empresa comunicou a descoberta de indícios de hidrocarbonetos, gás e condensados em seu poço 1-OGX-11D-SPS em águas rasas da Bacia de Santos. Também contribuiu relatório no qual o Goldman Sachs insere estes papéis em sua American Buy List.
Já na ponta negativa, destaque para as ações do setor imobiliário, que na semana anterior haviam registrado forte valorização, repercutindo notícia de que o investidor Sam Zell estaria levantando US$ 500 milhões para aumentar seus investimentos no setor do país.
Segundo reportagem do jornal O Estado de S.Paulo, a MMX está procurando mineradoras rivais no interior de Minas Gerais para apresentar propostas de fusão ou aquisição. A publicação acrescentou que a empresa já procurou Usiminas, CSN e Ferrous Resources e pode oferecer, além de ações próprias, uma concessão para operar um porto de carga em Itaguaí, no Rio de Janeiro. Os papéis da MMX fecharam em alta de 3%.
Na noite de sexta-feira, a CSN anunciou a contratação de uma linha de financiamento de exportação junto ao Banco do Brasil no valor de R$ 2 bilhões, por meio de sua subsidiária, a Congonhas Minérios. As ações da CSN recuaram.
Espanha
O Banco Central da Espanha tomou o controle do CajaSur, que possui US$ 16,36 bilhões em empréstimos considerados saudáveis e US$ 23,9 bilhões em ativos, equivalentes a 0,6% do sistema financeiro espanhol.
Ainda no país, os bancos espanhóis Caja Mediterráneo, Grupo Cajastur, Caja Extremadura e Caja Cantabria protocolaram um pedido ao Banco Central para a fusão dos segmentos de controle de risco, tesouraria, avaliação de crédito e compliance das instituições, a fim de criar o quinto maior conglomerado em empréstimos do país. Caso o protocolo seja aprovado, o conglomerado terá mais de € 135 bilhões em ativos.
Por fim, o Fundo Monetário Internacional afirmou que o país precisa de reformas amplas – que se estendam além do âmbito fiscal. O FMI listou o mercado de trabalho defeituoso, uma bolha imobiliária se desfazendo, alto endividamento público e privado e o crescimento anêmico da produtividade.
Noticiário
Na Europa, planos de cortes de gastos ficaram em foco. A Alemanha iniciará um programa de austeridade fiscal em 2011 para dar o exemplo a outros países da Zona do Euro, com cortes totais de no mínimo € 10 bilhões por ano até 2016, segundo dito por oficiais do governo alemão ao Financial Times. Já a Grã-Bretanha criou um plano de corte de gastos de mais de £ 6 bilhões (US$ 8,7 bilhões), visando conter o déficit fiscal.
A China mudará sua política de câmbio de forma gradual e independente de pressões externas, defendeu o presidente do país, Hu Jintao. Segundo Hu, o país já reavalia seus mecanismos cambiais, de modo a fazer uma reforma em seu sistema de troca de moedas e torná-lo mais flexível. Contudo, o presidente chinês deixou claro que as mudanças ocorrerão sob princípios de decisão independente, capacidade de controle e progresso gradual.
Agenda
O BoJ (Bank of Japan) melhorou sua avaliação sobre a economia japonesa em maio, segundo seu relatório mensal divulgado nesta segunda-feira (24). A percepção da autoridade monetária é de que a economia japonesa “está começando a se recuperar moderadamente”. No relatório, o BoJ emite sinais de confiança, ao começar a acreditar que a recuperação do país tenha ganhado força, conforme o ritmo das exportações avança e a demanda doméstica se fortalece.
Nos EUA, as vendas de casas usadas ficaram acima do esperado em abril. As revendas de casas aumentaram 7,6%, para 5,77 milhões anuais ante 5,36 milhões registrados em março.
Por aqui, a balança comercial registrou um saldo positivo de US$ 546 milhões na terceira semana de maio. Já o IPC-S desacelerou para 0,47% na 3ª quadrissemana do mê, taxa 0,17 ponto percentual abaixo da apurada na medição anterior. O relatório Focus trouxe pela décima vez consecutiva elevação nas projeções para o crescimento do PIB (6,46%), e pela décima oitava semana consecutiva aumento a estimativa para o IPCA (agora em 5,67% ao final de 2010).
Segundo a CNI (Confederação Nacional da Indústria), o otimismo do empresário industrial apresentou ligeira queda no quinto mês do ano, passando de 66,9 pontos em abril para 66,3 pontos em maio, como mostra o Icei (Índice de Confiança do Empresário).
Petróleo
O barril do Petróleo Intermediário do Texas (WTI, leve) para entrega em junho fechou hoje 0,24% mais caro na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex, na sigla em inglês), negociado a US$ 70,21.
Ao final do pregão, os contratos para julho, os mais negociados, subiram US$ 0,17 em relação ao valor de sexta-feira.
O leve aumento do preço do petróleo ocorreu apesar da valorização do dólar frente ao euro e outras moedas, um fator que costuma empurrar para baixa os contratos de petróleo. Por 1 euro, se pagava US$ 1,2397, comparado à cotação de US$ 1,2574 de sexta-feira.
Os contratos de gasolina para entrega em junho subiram US$ 0,01 e fecharam a US$ 1,97 o galão (3,78 litros), enquanto os de gasóleo quase não registraram variações e encerraram valendo US$ 1,89 o galão.
Já os contratos de gás natural para junho fecharam a US$ 4,01 por cada mil pés cúbicos, US$ 0,02 a menos que na sexta-feira.
O preço do barril de petróleo Brent caiu 0,71% hoje, no Intercontinental Exchange Futures (ICE), em Londres, e fechou cotado a US$ 71,17.
O barril de petróleo do Mar do Norte, de referência na Europa, fechou US$ 0,51 mais barato, em comparação com a cotação de US$ 71,68 de sexta-feira.
Sua cotação máxima do dia foi de US$ 72,26 e a mínima de US$ 70,89.
Dólar
Após recuar mais de 1% durante a manhã, o dólar comercial acompanhou a piora no humor dos mercados durante a tarde e ganhou forças para inverter sua trajetória nos instantes finais de negociação, fechando com leve alta de 0,16%, sendo cotada na venda a R$ 1,864 – máxima desde 8 de fevereiro deste ano, quando encerrou valendo R$ 1,874.
No front doméstico, o Banco Central realizou mais um leilão de compra de dólares no mercado cambial à vista. A operação ocorreu entre as 15h57 e as 16h07 (horário de Brasília), tendo uma taxa de corte aceita em R$ 1,8641.
Juros Futuros
Revertendo a tendência de alta que dominou as negociações no início da sessão, as taxas de juros futuros encerraram sem tendência definida no segmento BM&F nesta segunda-feira (24), com viés negativo em predominância. Além das projeções contidas no relatório Focus, divulgado pelo Banco Central, os investidores também avaliaram a confiança do empresário industrial e o Indicador Serasa Experian de Atividade Econômica, que mede a evolução mensal do PIB (Produto Interno Bruto) do País.
O contrato de juros de maior liquidez nesta segunda-feira, com vencimento em janeiro de 2011, registrou uma taxa de 10,92%, 0,04 ponto percentual abaixo do fechamento de sexta-feira.
(com dados do Infomoney e Último Instante)
Gráficos
Podemos ver que a volatilidade ainda domina o mercado, toda atenção é pouca e recomendamos operações curtas, o controle de risco deve ser rígido.
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