quinta-feira, 27 de maio de 2010

Estudo 28 de Maio de 2010

A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) consegui cravar um segundo pregão seguido de alta, movida nesta quinta-feira por notícias positivas vindas da China. O Ibovespa – principal índice da Bolsa – subiu 3,16% no fechamento, cotado em 62.091 pontos. É o maior nível em praticamente duas semanas. O índice atingiu 62.866 pontos em 17 de maio.

Os investidores mantêm o foco no noticiário positivo, especialmente no rápido desmentido da China de que estaria revendo suas aplicações em dívida dos países da zona do euro. O governo chinês afirmou que a Europa seguirá como um dos principais mercados para a China investir suas reservas de quase US$ 2,5 trilhões. Ontem à tarde, as Bolsas nos EUA inverteram a direção e fecharam em baixa reagindo à notícia do Financial Times, sem citar fontes, de que a China estaria reavaliando sua posição em bônus europeus.

No Ibovespa, o tom foi dado pela recuperação de ações que caíram demais. As maiores altas desta quinta-feira foram justamente dos papéis que mais caíram desde 8 de abril, dia em que começou esse novo ciclo de quedas da Bolsa. Subiram MMX (+7,8%), Usiminas (+7,47%), Fibria (+7,2%) e Vale ON (+6,6%).

Além do desmentido da China, a melhora das estimativas do crescimento econômico global feitas ontem pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) continua ecoando no mercado, assim como os recentes indicadores norte-americanos de recuperação da atividade. A recuperação esboçada pelo euro ante o dólar também contribui para o alívio externo da manhã.

A abertura dos negócios na Bovespa foi pautada por um ajuste do índice à vista em relação ao índice futuro com vencimento em junho. No final do pregão de ontem houve uma distorção entre o Ibovespa à vista e o Ibovespa futuro em função do ajuste à nova carteira do Morgan Stanley Capital International (MSCI), que serve de parâmetro para fundos e investidores. Enquanto o índice à vista encerrou em alta de 1,70%, aos 60.190 pontos, o índice futuro fechou abaixo disso, em 59.730 pontos, com alta contida de apenas 0,47%.

Esse ajustamento ao índice MSCI ontem puxou uma onda de compras e provocou a disparada das ações da BM&FBovespa, valorização de 11,11%. O volume financeiro também cresceu na reta final do pregão para R$ 9,8 bilhões. E a expectativa é de que o giro continue forte nesta quinta-feira por causa do ajuste de final de mês e dos preços atraentes dos papéis. Mas analistas reiteram que ainda não dá para dizer se a Bovespa está definindo uma nova tendência, lembrando que o mercado exagera tanto pelo otimismo como pelo pessimismo.

Bolsas internacionais
As Bolsas dos Estados Unidos seguem o bom humor externo e sobem. Dow Jones fechou em alta de 2,85%, Nasdaq com +3,73% e S&P500 com +3,29%.

Na Europa, o mercado também subiu, influenciado pelas declarações da China sobre investimentos na zona do euro. A bolsa da Alemanha reagiu fortemente, com o DAX subindo 2,38%, aos 5.895,04 pontos.

O mercado europeu também recebeu bem a notícia de que o parlamento espanhol aprovou nesta quinta-feira um pacote de austeridade de 15 bilhões de euros na tentativa de reduzir o déficit fiscal do país.

Em uma votação apertada, o parlamento espanhol aprovou, por 169 votos a favor, 168 contra e 13 abstenções o pacote que inclui medidas como o corte de 5% ou mais nos salários dos funcionários públicos, congelamento de reajustes em pensões e drásticas reduções nos investimentos. O objetivo do governo espanhol é reduzir o déficit do país dos atuais 11% do Produto Interno Bruto (PIB) para 6% do PIB em 2011.

As principais bolsas asiáticas subiram nesta quinta-feira, com os investidores ainda aproveitando ações muito abatidas recentemente enquanto persiste a cautela em relação à crise de dívida da Europa.

Petróleo
As cotações de petróleo fecharam em alta nesta quinta-feira (27) , repercutindo o voto de confiança da China na economia europeia.

O contrato de petróleo mais líquido em Nova York, com vencimento em julho, encerrou o dia com alta de 4,57%, encerrando a sessão a US$ 74,78. Já em Londres, a cotação do barril do petróleo Brent terminou o dia a US$ 74,66, com avanço de 4,80%.

Dólar
Acompanhando a queda na aversão a risco em ambiente global, o dólar comercial teve o maior ajuste diário de baixa em quase três semanas. O dólar comercial encerrou o pregão negociado a R$ 1,824 na compra e R$ 1,826 na venda, queda de 1,72%. Ontem, a moeda já tinha perdido 0,53%, a R$ 1,858. Com isso, a moeda passa a acumular queda de 1,88% na semana, mas ainda sobe 5,06% no mês.

Feriado nos EUA
Lembramos que dia 31 de Maio(segunda-feira) é feriado nos EUA, Memorial Day.

(com dados do IG Economia e Infomoney)

Gráficos





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