sábado, 5 de dezembro de 2009

Fechamento da Semana 4 de Dezembro de 2009

IBOV tem pregão de baixa e cai 1,04% aos 67.603 pontos. O giro financeiro foi de R$ 7,358 bilhões. A valorização na semana foi de 0,78%.

O que mais movimentou o mercado foi o anúcio da compra das Casas Bahia pelo Pão de Açúcar.

Pão de Açúcar

O Grupo Pão de Açúcar comprou a Casas Bahia por intermédio da Globex, controladora do Ponto Frio, que foi recentemente adquirida pelo Pão de Açúcar. Embora não tenha tido para determinar o rumo da Bovespa, essa foi a notícia do dia no mercado corporativo brasileiro.

A compra é considerada positiva para o grupo, segundo as avaliações preliminares dos analistas que acompanham as ações das empresas na Bovespa.

Em reação ao negócio, ambas as ações dispararam na Bolsa nessa sexta-feira. Globex subiu 28,36% e liderou as altas de toda a Bolsa. Pão de Açúcar teve ganho de 9,73% e liderou as valorizações do Ibovespa. Os papéis fecharam negociados a R$ 18,60 e R$ 62,49, respectivamente.

Com o negócio, o grupo passa a ser o maior varejista do País, com faturamento de R$ 40 bilhões (R$ 18 bilhões da nova Globex). Essa escala é vista como a principal vantagem da transação. O mix de produtos vendidos agora se alterou, com 40% em alimentos e 60% não alimentos. Anteriormente, essa relação era inversa

Na quinta-feira, chamou a atenção de operadores na Bovespa a movimentação atípica com as da Globex, que fecharam com valorização de 35,42%, cotadas a R$ 14,49, e giro financeiro de R$ 959,165 mil, envolvendo 73.400 ações. O número de ações negociadas foi muito superior à média diária dos últimos 30 dias no pregão, de 10.153 ações. As ações preferenciais do Grupo Pão de Açúcar fecharam ontem em leve baixa de 0,65%, a R$ 56,95, com volume negociado de R$ 46 milhões.

Destaques semanais


Pelo lado positivo temos Pão de Açúcar e Globex já comentados em destaque como os grandes destaques da semana.

Também se destacaram positivamente no período os papéis preferênciais e ordinários da Eletrobrás (ELET6, R$ 29,06, +12,55%, ELET3, R$ 33,45, +11,69%), da Rossi Residencial (RSID3, R$ 15,34, +9,96%), da Celesc (CLSC6, R$ 37,43, +8,15%) e da TAM (TAMM4, R$ 31,51, +8,10%).

Na ponta perdedora , as ações ordinárias da Souza Cruz (CRUZ3) acumularam desvalorização de 6,82% e encabeçaram a lista das maiores perdas do Ibovespa no período, cotadas a R$ 59,07 cada. O benchmark paulista, por sua vez, somou valorização de 0,78% no mesmo período.

Ocupando a segunda posição no ranking das maiores perdas do Ibovespa na semana, os papéis ordinários da NET (NETC4) acumularam queda de 6,30%, refletindo o Projeto de Lei nº29 na Comissão de Ciência e Tecnologia da Câmara dos Deputados. O PL, que trata da convergência de mídia, aprovou entre outros pontos, a entrada das operadoras de telecomunicações em TV a cabo, além de permitir no Brasil a presença de companhias com participação 100% estrangeira.

Nesta semana, também tiveram uma performance negativa os papéis Net PN N2 (NETC4, R$ 23,05, -6,30%), Redecard ON (RDCD3, R$ 25,15, -5,77%), Telemar NLeste PNA (TMAR5, R$ 62,62, -4,10%), Duratex ON (DTEX3, R$ 14,65, -3,62%) e Vale PNA (VALE5, R$ 41,35, -3,61%).


Bolsas internacionais


Nesta sexta, as bolsas da Europa e EUA refletiram a divulgação de dados econômicos norte-americanos. O Departamento de Trabalho americano divulgou que o índice de desemprego nos Estados Unidos caiu dois décimos em novembro, para 10%, e a economia teve uma perda líquida de apenas 11 mil postos de trabalho em novembro, menos que o esperado.

O mercado europeu de ações fechou no maior nível em duas semanas nesta sexta-feira. O FTSEurofirst 300, índice das principais ações europeias, subiu 1,15%, para 1.025 pontos.

"É fantástico. É positivo para a economia como um todo e todo mundo está comprando ações", disse Joshua Raymond, estrategista de mercado da City Index, sobre os dados de emprego. "Foi cerca de 10 vezes menos que o mercado esperava. Isso dá um sinal forte de que o mercado de trabalho nos EUA está se recuperando".

As bolsas asiáticas apresentaram números mistos nesta sexta-feira. Alguns mercados da região seguiram no encalço das perdas em Wall Street, enquanto outros reagiram positivamente a fatores locais.

Petróleo


Apesar do Employment Report vir melhor do que o esperado, as cotações de petróleo fecharam em queda nesta sexta-feira (4) por conta da valorização do dólar frente às principais divisas internacionais.

A cotação do barril do petróleo Brent, negociado no mercado de Londres, fechou a US$ 77,52 no pregão, com queda de 1,07% em relação ao último fechamento. Por sua vez, o contrato com vencimento em janeiro, que apresenta maior liquidez no mercado de Nova York, fechou cotado a US$ 75,47 por barril, configurando uma desvalorização de 1,29% frente ao fechamento anterior.


Dólar


O dólar comercial fechou em alta de 1,11% nesta sexta-feira, cotado a R$ 1,728. Depois de atingir o menor valor em 16 sessões na última quinta-feira e de se aproximar do suporte de R$ 1,70 durante o dia, a moeda norte americana se ajustou e reverteu a tendência e encerrou com valorização frente ao real.

A surpresa provocada pelo relatório de emprego dos Estados Unidos aumentou a volatilidade no mercado internacional, fazendo o dólar fechar em alta, depois de ter chegado a testar o nível psicológico de 1,70 real.

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