sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

Estudo para 28 de Dezembro de 2009

Como não tivemos pregão na data de hoje segue um breve comentário da semana, que apesar de ter sido mais curta foi bastante agitada.

Apesar de mais curta devido ao feriado de Natal, a semana foi agitada nos principais mercados globais, que avaliaram uma batelada de indicadores da economia norte-americana. O principal deles foi a terceira prévia do PIB (Produto Interno Bruto) dos EUA no terceiro trimestre, que avançou 2,2% e ficou abaixo das expectativas – assim como seu deflator. Por aqui, foco no Relatório de Inflação do Banco Central.

Assim, o Ibovespa encerrou a semana com ganhos de 1,19%, a 67.588 pontos. No ano, o índice acumula alta de 80%. Vale mencionar que houve na segunda-feira exercício de opções sobre ações de dezembro, que movimentou R$ 3,96 bilhões, sendo R$ 3,43 bilhões relativos a opções de compra e R$ 533,71 milhões em opções de venda.

A Fibria se destacou entre as altas da semana, com valorização de 9,59%. Parte desta valorização se deve à valorização da celulose nos mercados internacionais. Além disso, a companhia anunciou na última semana a venda de sua unidade em Guaíba para a chilena CMPC, pelo montante de US$ 1,43 bilhão. Em entrevista à Infomoney, o analista da SLW, Pedro Galdi, relacionou a venda a um esforço de diminuição da dívida por parte da empresa. "A exemplo da venda da unidade de Guaíba, acho que a estratégia deles de acelerar a redução desse endividamento será foco de trabalho para os próximos dois anos".

Depois de um movimento bastante positivo na semana anterior, as units da ALL lideraram as quedas do Ibovespa até esta quarta-feira, com perdas de 5,21%. O desempenho dos ativos reflete uma correção ao desempenho da última semana, quando a companhia encabeçou os maiores ganhos do índice. No período, o mercado repercutiu a notícia de que a SEC (Securities and Exchange Commission) órgão regulador do mercado de capitais norte-americano, autorizou a mudança do nível do programa de ADR (American Depository Receipt) da empresa, que anteriormente estavam adstritos aos termos da Regulation S, para o Programa “Nível I”.

Em relação às duas ações mais líquidas do índice, a semana foi positiva. Os papéis ordinários e preferenciais da Petrobras avançaram 0,02% e 0,88%, respectivamente, enquanto os da Vale subiram 2,92% e 1,71%, na mesma ordem.

Bolsas de NY

O fechamento do mercado desta quinta-feira nos EUA foi espetacular, se depender do dia de hoje o próximo pregão do dia 28 de dezembro estará com alta garantida.

O índice Nasdaq Composite, que concentra as ações de tecnologia, fechou em alta de 0,71% a 2.286 pontos, acumulando no ano forte alta de 44,94%.

O S&P 500, que engloba as 500 principais empresas dos EUA, encerrou o pregão em valorização de 0,53% atingindo 1.126 pontos e subindo 24,71% no ano, enquanto o Dow Jones, que mede o desempenho das 30 principais blue chips norte-americanas, apresentou alta de 0,51% chegando a 10.520 pontos e acumulando no ano forte alta de 19,87%.

Pela quarta sessão consecutiva, as bolsas norte-americanas fecharam no campo positivo. Nesta quinta-feira (24), indicadores econômicos positivos sustentaram o bom humor dos investidores, levando os índices Dow Jones e S&P 500 às suas máximas em 2009. Destaque para o bom desempenho de techs e do setor financeiro.

As companhias tecnológicas reportaram valorização durante a véspera de Natal, repercutindo ainda as perspectivas da DRAMeXchange acerca da retomada da demanda por chips no segundo semestre de 2010. Com isso, as ações da SanDisk dispararam 6,6% em Wall Street, enquanto os papéis da Micron Technology subiram 1,7%.

Ainda dentre as techs, os papéis da Intel fecharam o dia com valorização de 1,14%, um dos maiores ganhos do Nasdaq. A companhia deverá realizar no próximo mês um encontro junto aos seus acionistas, informa nota oficial enviada à SEC.

O mercado de trabalho trouxe números positivos aos investidores, com o Initial Claims registrando um total de 452 mil novos pedidos de auxílio-desemprego na última semana - menor patamar desde setembro de 2008. O desempenho também foi melhor que o esperado pelos analistas, cujas projeções giravam em torno de 470 mil

A média das quatro últimas semanas do indicador também caiu em 2.750, para 465.250 novos pedidos por auxílio-desemprego, também o menor patamar desde setembro de 2008. Por fim, na semana terminada em 12 de dezembro, o total de pessoas que contavam com o benefício era de 5,08 milhões, menor nível desde fevereiro.

Já o número de pedidos e entregas de bens duráveis feitos à indústria norte-americana avançou 0,2% em novembro, enquanto os analistas esperavam alta de 0,5%. No entanto, excluindo o setor automobilístico, o Durable Good Orders marcou alta de 2% - acima das projeções dos analistas, que estimavam variação positiva de 1,1%.

Bolsas da Europa


Em sessão marcada por fraco volume de negócios e poucas referências tanto no âmbito econômico quanto no corporativo, as bolsas europeias fecharam a quinta-feira (24) com leve valorização. Por lá, a maioria dos mercados esteve fechada por conta das comemorações natalinas – entre as principais bolsas, operaram somente a londrina, a holandesa e a francesa.

O índice FTSE100 subiu 0,56% e chegou aos 5.402,41 pontos, seu maior patamar desde setembro de 2008. Os benchmarks CAC40, da bolsa de Paris, e AEX-Index, da bolsa de Amsterdan, subiram 0,05% e 0,23%, respectivamente. A quinta-feira marca a quarta sessão seguida de ganhos nos mercados europeus.

Na expectativa de continuidade da melhora gradual dos indicadores econômicos ao redor do mundo, as commodities tiveram uma sessão positiva, com destaque para o ouro, que no intraday experimentou sua maior valorização diária deste mês. Com isso, as ações de produtoras de materiais básicos tiveram um dia de valorização, a exemplo da ArcelorMittal (+0,55%), listada na bolsa holandesa, e das britânicas Fresnillo (maior alta do FTSE 100 no dia, com valorização de 6,08%), BHP Billiton (+1,29%), Antofagasta (+0,97%) Anglo American (+1,09%), Xstrata (+1,54%) e Rio Tinto (+2,25%).

As petrolíferas também encerraram o dia no azul em Londres, influenciadas pela alta do petróleo na véspera e também nesta sessão, que conta com negociações eletrônicas da commodity energética. Na França, a petrolífera Total aparece entre os destaques positivos.

A quinta-feira marca realização dos recentes ganhos dos papéis do setor de seguradoras na bolsa londrina, com RSA Insurance no destaque negativo do FTSE 100 ao recuarem 1,49%. Os demais papéis do setor financeiro experimentaram queda no intraday, mas viraram o sinal no final das negociações.

Petróleo

As cotações do petróleo fecharam em alta pela segunda sessão consecutiva nesta quinta-feira (24), refletindo os indicadores econômicos favoráveis divulgados nos EUA.

A cotação do barril do petróleo Brent, negociado no mercado de Londres, fechou a US$ 76,04 na sessão, alta de 0,94% em relação ao último fechamento. Por lá, as negociações ocorreram somente no sistema eletrônico. Em Nova York, o contrato com vencimento em fevereiro, que apresenta maior liquidez por lá, terminou a semana com valorização acumulada de 3%, a US$ 76,67.

Dólar

O dólar comercial encerrou esta quinta-feira (24) em queda pela terceira sessão consecutiva, sendo cotado a R$ 1,750 na compra e R$ 1,752 na venda - desvalorização de 0,34%. Apesar da semana mais curta, por conta do feriado de Natal, a moeda acumulou perdas de 1,74% no período, sendo a maior variação negativa desde a semana finalizada no último dia 8 de maio.

Sem eventos relevantes na agenda doméstica, as atenções dos investidores neta véspera de Natal ficaram nos indicadores norte-americanos. No mercado de trabalho, o Initial Claims da última semana registrou seu menor número de pedidos de auxílio-desemprego desde setembro de 2008, agradando os investidores.

Contrabalanceando esses dados, o número de pedidos e entregas de bens duráveis feitos à indústria norte-americana avançou 0,2% em novembro, enquanto as projeções dos analistas giravam em torno de 0,5%.

Por fim, o mercado de commodities também ganhou um viés positivo nos mercados. A disparada dos preços do ouro - que durante o intraday alcançou sua maior variação positiva do mês - contribuiu para o declínio do dólar perante a importantes divisas do mundo.

Dólar Ptax
Ainda nesta sessão, o dólar Ptax, que corresponde à taxa média ponderada dos negócios realizados no mercado interbancário, fechou cotado na compra a R$ 1,7519 e na venda a R$ 1,7527.

Gráficos












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