quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Estudo para 18 de Dezembro de 2009

Em sessão de forte queda IBOV recua 2,27% aos 67.067 pontos. O giro financeiro foi de R$ 7,35 bilhões.

Indicadores fracos na Europa e dados piores que o esperado no mercado de trabalho norte-americano indicaram um bom momento para os investidores por aqui colocarem os lucros no bolsos.

Dentre as ações com maior peso na carteira teórica (que vigora de 1 de setembro a 30 de dezembro), Petrobras PN (PETR4) caiu 2,59% a R$ 36,88; Vale PNA (VALE5) desvalorizou 3,31% a R$ 41,50; Itaú Unibanco PN (ITUB4) perdeu 2,73%, a R$ 38,52; BM&FBovespa ON (BVMF3) apresentou queda de 0,99% a R$ 12,04 e Bradesco PN (BBDC4) desvalorizou 2,47% a R$ 36,27.

Entre as maiores quedas do dia, TIM ON (TCSL3) caiu 6,39% a R$ R$ 6,59; e TAM PN (TAMM4) perdeu 4,89% a R$ 36,99. Na outra ponta, CCR Rodovias ON (CCRO3) ganhou 1,81% a R$ 38,19; e Telemar ON (TNLP3) subiu 1,34% a R$ 44,60.

Fora do Ibovespa, os papeis da Agrenco (AGEN11) registraram o segundo dia de forte alta, fechando o dia com valorização de 5,12% a R$ 2,67. No último pregão, os títulos subiram 36% sobre a especulação de que a empresa fosse alvo de uma aquisição, após a recuperação judicial. Hoje, em fato relevante, a empresa negou qualquer negociação e disse desconhecer o motivo do movimento atípico dos American Depositary Receipt (ADRs).

Em dia de estreia, as ações do Grupo Fleury terminaram com avanço de 14,06% a R$ 18,25.

Bolsas de NY


Em meio a diversas referências negativas para os investidores, os principais índices acionários norte-americanos fecharam esta quinta-feira (17) com forte queda. Comunicado do Federal Reserve, indicadores desfavoráveis e queda nas commodities também levaram ao clima de mau humor instaurado nos mercados.

Na pauta de indicadores, o mercado de trabalho voltou a trazer dados preocupantes aos investidores. O Initial Claims indicou 480 mil solicitações na semana encerrada em 12 de dezembro, resultado superior às 465 mil solicitações esperadas pelos analistas, além de também ter registrado aumento em relação à medição anterior (473 mil).

Contudo, o que prevaleceu para o clima negativo nos negócios foi a nota divulgada pelo Fomc (Federal Open Market Committee). O comunicado mostra que o comitê decidiu por não estender os programas de estímulo, afirmando que a economia do país está preparada para modificar seus programas de auxílio.

O índice Dow Jones, que mede o desempenho das 30 principais blue chips norte-americanas, fechou em baixa de 1,27% a 10.308 pontos, acumulando no ano forte alta de 17,45%.

O Nasdaq Composite, que concentra as ações de tecnologia, encerrou o pregão em desvalorização de 1,22% atingindo 2.180 pontos e subindo 38,24% no ano, enquanto o S&P 500, que engloba as 500 principais empresas dos EUA, apresentou queda de 1,18% chegando a 1.096 pontos e acumulando no ano forte alta de 21,35%.

Bolsas da Europa

As principais bolsas da Europa fecharam a sessão desta quinta-feira no vermelho, puxadas pelos papeis do setor bancário que caíram com temores sobre as regulações mais rígidas do Comitê da Basileia. Entre os principais bancos do continente, as ações do HSBC, Barclays, Lloyds Banking Group e Santander recuaram entre 1,6% e 7,5%.

Com isso, a Bolsa de Londres encerrou esta quinta-feira em forte queda. O índice FTSE-100 cedeu 1,93% aos 5.217 pontos.

Em Paris, o índice CAC-40 caiu 1,16% aos 3.830 pontos. Os papeis do banco Credit Agricole lideraram as perdas, despencando 4,59%. Societe Generale e BNP Paribas perderam 3,36% e 1,55% respectivamente.

Em Frankfurt, o índice DAX-30 caiu 1%, aos 5.844 pontos, com as ações do Deutsche Bank perdendo 2,78%. Na Itália, o indicador FTSE MIB, da bolsa de Milão, caiu 0,93% para 22.677 pontos e em Madri, o índice Ibex 35 desvalorizou 1,40% aos 11.696 pontos.

Entre os principais indicadores internacionais, o volume de solicitações de auxílio-desemprego nos Estados Unidos passou para 480 mil na semana encerrada em 12 de dezembro, superando a previsão dos analistas, que projetavam 466 mil solicitações na última semana. Também divulgado hoje, o nível de atividade industrial na região da Filadélfia registrou 20,4 pontos em dezembro, acima do projetado pelos analistas, que apontavam para 15,8 pontos.

Por fim, os indicadores antecedentes aumentaram 0,9% em novembro, acima do consenso de mercado, que apontava para uma elevação de 0,7%. Trata-se da oitava alta consecutiva do indicador.

Bolsas da Ásia

Os mercados acionários do continente asiático encerraram a sessão com sinal negativo, influeciados novamente pelas notícias da China. Por lá, os investidores estão cautelosos em relação a grande quantidade de novas aberturas de capital (IPOs), que podem afetar a liquidez dos papeis. Nem a manutenção da taxa de juros pelo Comitê de Mercado Aberto (FOMC, na sigla em inglês), do Federal Reserve (Fed, banco central norte-americano), entre zero e 0,25% animou os investidores, que preferiram embolsar lucros no pregão de hoje.

A queda mais expressiva aconteceu justamente na China. O índice SSE Composite, da bolsa de Xangai, cedeu 2,34% para 3.179 pontos. O indicador Hang Seng,da bolsa de Hong Kong, registrou 1,22% de perdas aos 21.347 pontos.

Na Coreia do Sul, o índice Kospi, da Bolsa de Valores de Seul, fechou em queda de 0,99% aos 1.647 pontos, enquanto na Índia, o índice BSE Sensex, da bolsa de Bombai, desvalorizou 0,11% aos 16.894 pontos.

Já em Taiwan, o referencial TSEC weighted index registrou desvalorização de 0,12% aos 7.742 pontos e no Japão, o índice Nikkei 225 caiu 0,13% para 10.163 pontos.

Dólar

Com o comunicado do Federal Reserve da véspera disseminando cautela aos mercados, o dólar comercial disparou ao longo desta quinta-feira (17), fechando a sessão com forte alta de 2,34% - maior valorização desde 20 de outubro deste ano -, cotado na venda a R$ 1,792 - maior cotação desde 29 de setembro.

Mesmo com a trajetória positiva do dólar, o Banco Central voltou a comprar dólares no mercado à vista. O leilão de captação foi realizado entre 14h53 e 15h03 (horário de Brasília), com uma taxa aceita de R$ 1,791.

Contudo, o grande destaque do dia ficou por conta das repercussões do comunicado de decisão da reunião do Fomc (Federal Open Market Committee), realizada na noite anterior. O comitê de mercado aberto do Federal Reserve optou por manter o juro básico norte-americano entre 0% e 0,25% ao ano, menor patamar da história.


Gráficos






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