quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Fechamento da Semana 23 de Dezembro de 2009

Esta quarta-feira foi marcada por uma agenda repleta de indicadores nos Estados Unidos e dados de inflação e fluxo cambial no Brasil. No mercado acionário, por causa das festas de Natal, os negócios ficaram restritos.

Limitado por papeis do setor bancário, o Ibovespa subiu apenas 0,25% aos 67.588 pontos. Itaú Unibanco PN (ITUB4) perdeu 0,84%, a R$ 37,87 e Bradesco PN (BBDC4) recuou 0,83% para R$ 35,90. No acumulado da semana, mais curta pelas festividades de Natal, a bolsa registra variação positiva de 1,19%. O giro financeiro somou R$ 4,3 bilhões, sinalizando a baixa movimentação no mercado acionário.

O Ibovespa, que chegou a cair, sustentou alta moderada e encerrou o pregão no azul. De acordo com os especialistas, as notícias do mercado imobiliário e de consumo dos Estados Unidos impactaram o pregão brasileiro apenas no momento do anúncio.

Dentre as ações com maior peso na carteira teórica (que vigora de 1 de setembro a 30 de dezembro), Petrobras PN (PETR4) subiu 0,94% a R$ 36,68; Vale PNA (VALE5) valorizou 0,07% a R$ 42,09; e BM&FBovespa ON (BVMF3) avançou 0,08% R$ 11,95.

Na ponta compradora, destaque para as companhias aéreas. TAM (TAMM4) ganhou 6,69% a R$ 38,09; e GOL (GOLL4) valorizou 2,78% a R$ 26,25. Hoje, a Gol Linhas Aéreas informou a contratação de uma linha crédito para pré-pagamento de aeronaves (PDP Facility) no valor de US$ 150 milhões.

As ações do setor de papel e celulose registraram alta pelo segundo dia consecutivo, puxadas pelo anúncio da Suzano sobre o aumento do preço da celulose para o início de 2010. Fibria (FIBR3) avançou 1,09% a R$ 39,77; Klabin (KLBN3) subiu 1,95% a R$ 5,22; e Suzano (SUZB5) terminou estável a R$ 21,90.

No sentido oposto, Brasil Telecom (BRTO4) caiu 3,75% a R$ 16,70; e Telemar Norte Leste (TMAR5) perdeu 3,15% a R$ 61,50.

A bolsa brasileira paraliza suas operações até a próxima segunda-feira (28).

Bolsas de NY

Com uma queda nos estoques de petróleo na última semana, as ações do setor de energia sustentaram a alta nas Bolsas de Nova York, apesar de dados piores no segmento habitacional.

Os estoques de petróleo nos Estados Unidos reduziram em 4,9 milhões de barris na semana encerrada em 18 de dezembro, passando para 327,5 milhões de barris. As refinarias norte-americanas operaram com 80% da capacidade operacional na semana encerrada em 18 de dezembro.

Por sua vez, o índice que mede o número de casas novas vendidas nos Estados Unidos (New Home Sales) surpreendeu negativamente o mercado e caiu 11,3% em novembro, para uma taxa anual de 355 mil unidades. O número também veio bem abaixo do esperado pelos analistas, que girava em torno de 438 mil imóveis.

O índice industrial Dow Jones terminou com leve alta de 0,01% aos 10.466 pontos. O S&P 500 ganhou 0,23% para 1.120 pontos. Enquanto a bolsa eletrônica valorizou 0,75% aos 2.269 pontos.

Em função do feriado de Natal, as bolsas norte-americanas operam meio período amanhã (24).

Bolsas da Europa

As bolsas de valores europeias fecharam esta quarta-feira com sinais positivos, mas tiveram seus ganhos limitados após a divulgação do índice que mede o número de casas novas vendidas nos Estados Unidos, que decepcionou o mercado e caiu 11,3% em novembro, para uma taxa anual de 355 mil unidades.

Ainda assim, as bolsas do Velho Mundo conseguiram se manter com valorização, impulsionadas principalmente pelos papeis dos bancos e pela valorização das commodities, que garantiram ganhos para as mineradoras. No setor financeiro, Standard Chartered , HSBC , Barclays, Société Générale, Credit Agricole e Natixis registraram ganhos entre 0,2% e 1,5%. Entre as mineradoras, Xstrata avançou 2,83%, seguida por Rio Tinto e BHP Billiton que subiram 2,49% e 2,10% respectivamente.

Também foi divulgado hoje a renda pessoal dos norte-americanos (Personal Income), que aumentou 0,4% em novembro, abaixo das expectativas, que apontavam para uma alta de 0,5%. Os gastos (Personal Spending) apresentaram alta de 0,5% em novembro, também abaixo das previsões dos analistas, que apantavam para uma alta de 0,7%. Já o índice de confiança do consumidor norte-americano medido pela Universidade de Michigan subiu para 72,5 pontos ante projeção do mercado de 73,8 pontos.

Mesmo com os dados abaixo do esperado nos EUA, a bolsa de Londres encerrou o dia com valorização pelo terceiro dia seguido. O índice FTSE-100 apresentou alta de 0,82% aos 5.372 pontos. Em Frankfurt, o índice DAX-30 avançou 0,20%, aos 5.957 pontos e em Paris, o CAC 40 ganhou 0,32% aos 3.910 pontos.

A Bolsa da Itália também fechou a sessão de hoje em alta. O índice FTSE MIB, da bolsa de Milão, subiu 0,55% para 23.109 pontos e na Espanha, o indicador Ibex 35 valorizou 0,65% aos 11.967 pontos.

Bolsas da Ásia


As principais bolsas de valores do continente asiático encerraram o dia com valorização, impulsionadas pelo bom desempenho dos mercados de Wall Street na véspera. Os dados positivos em relação a venda de casas usadas tiveram mais impacto do que a revisão do Produto Interno Bruto dos Estados Unidos, que veio abaixo do esperado, e animou os investidores.

Na China, o índice SSE Composite, da bolsa de Xangai, registrou 0,76% de valorização aos 3.073 pontos, após sofrer forte queda no pregão anterior. As ações do setor financeiro lideraram a alta. Em Hong Kong, o indicador Hang Seng subiu 1,12% aos 21.328 pontos.

Em Taiwan, o referencial TSEC weighted index registrou 0,58% de valorização aos 7.901 pontos. Na Coreia do Sul, o índice Kospi, da Bolsa de Valores de Seul, fechou em alta de 0,35% aos 1.661 pontos, impulsionado pelos papeis das montadoras e empresas de tecnologia.

Na Índia, o índice BSE Sensex, da bolsa de Bombai, disparou 3,23% aos 17.236 pontos. A Bolsa do Japão não operou hoje, devido a um feriado no país.

Petróleo


As cotações de petróleo fecharam em alta nesta quarta-feira (23) depois que o Departamento de Energia dos EUA divulgou relatório apontando uma queda maior do que a esperada pelo mercado nos estoques norte-americanos do produto.

A cotação do barril do petróleo Brent, negociado no mercado de Londres, fechou a US$ 75,36 na sessão, alta de 2,74% em relação ao último fechamento. Por sua vez, o contrato com vencimento em janeiro, que apresenta maior liquidez no mercado de Nova York, encerrou a US$ 76,67 por barril, configurando valorização de 3,05% frente ao fechamento anterior.


Dólar


O dólar chegou ao final do dia apresentando desvalorização frente ao real, depois de duas altas consecutivas. A moeda norte-americana acabou cotada a R$ 1,755 na compra e R$ 1,757 na venda , o que representa uma redução de 1,40% em relação ao fechamento de ontem. A maior perda diária desde 1º de dezembro.

O dólar comercial fecha a semana acumulando desvalorização de 1,46%. No mês, a moeda acumula modesta alta de 0,06%.

Sem efeitos, o Banco Central (BC) atuou novamente no mercado à vista para conter a queda da divisa. De acordo com comunicado do Departamento de Operações de Reservas Internacionais (Depin), a operação teve início às 12h17 horas e terminou às 12h27. A taxa aceita ficou em R$ 1,7779.

No mercado futuro, o contrato com vencimento em janeiro registrava baixa de 1,21%, a R$ 1,760 na BM&FBovespa.

(Com notícias do portal Último instante e Infomoney)

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