terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Estudo para 16 de Dezembro de 2009

IBOV fecha com discreta queda de 0,06%, a 69.310 pontos – pondo fim assim a quatro altas consecutivas. O volume financeiro totalizou R$ 4,67 bilhões.

A agenda econômica do dia estava bastante complicada, primeiro dia de reunião do Fed e divergências entre indicadores e dados coorporativos na terra do Tio Sam.

As ações da Natura estão entre as maiores altas do Ibovespa, assim como os papéis da Lojas Americanas. Os dados do varejo brasileiro reportados na Pesquisa Mensal do Comércio do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) influenciaram o comportamento destas ações, assim como o relatório da CNI (Confederação Nacional da Indústria) que afirmou que tem expectativas de que a economia cresça 5,5% em 2010, tendo como alicerce principal o consumo interno.

Por outro lado, os ativos da Cemig e GOL se destacaram entre as quedas da sessão, assim como os papéis da JBS. A empresa anunciou a aquisição da produtora de carne ovina australiana TMC (Tatiara Meat Company), por aproximadamente US$ 27,5 milhões.

Outras fusões e aquisições também são destaque no cenário corporativo local. O Banco do Brasil pode estar próximo de realizar a compra do Banco Patagônia, da Argentina, enquanto a TIM Participações ratificou a compra da Intelig por R$ 10 milhões.

Fora do Ibovespa, os papéis da Agrenco dispararam com a possibilidade de captação com créditos de carbono.

Bolsas do Velho Mundo

As bolsas europeias fecharam esta terça-feira em direções opostas, após passarem grande parte da sessão em terreno negativo. Depois da divulgação de indicadores norte-americanos, algumas praças acionárias do continente conseguiram reverter as perdas, mas outras ficaram no vermelho.

Apesar dos indicadores acima do esperado, a bolsa de Londres não coseguiu se recuperar no final do pregão e terminou com desvalorização, puxada pelos papeis do HSBC, que caíram 2,51% e do Banco Barclays, que cederam 2,43%. O FTSE-100, principal indicador da bolsa londrina, fechou em queda de 0,56% aos 5.285 pontos.

A Bolsa de Valores da Itália também apresentou desvalorização. O indicador FTSE MIB, da bolsa de Milão, caiu 0,15% para 22.617 pontos.

Já em Frankfurt, o índice DAX-30 avançou 0,16%, aos 5.811 pontos. Por lá, o indicador de sentimento econômico diminuiu 0,7 ponto em dezembro. O indicador está agora em 50,4 pontos, depois de atingir 51,1 pontos no mês anterior.

Em Madri, o indicador Ibex-35 subiu 0,25% aos 11.735 pontos e em Paris, o índice CAC-40 ganhou 0,1% para 3.834 pontos.

Nas notícias do dia, o índice de produção industrial dos Estados Unidos cresceu 0,8% em novembro, acima do projetado pelo mercado, que apontava uma alta de 0,5%. Também divulgado hoje, o índice de preços no atacado (PPI, na sigla em inglês) subiu 2,4% em novembro, ante mesmo período do ano anterior. Este é o primeiro aumento de 12 meses e supera a expectativa do mercado que sinalizava alta de 1,7%.


Petróleo


Depois de 9 sessões consecutivas de queda, as cotações de petróleo fecharam em alta nesta terça-feira (15), graças a indicadores da indústria norte-americana e relatório da Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo).

A cotação do barril do petróleo Brent, negociado no mercado de Londres, fechou a US$ 72,90 na sessão, alta de 1,41% em relação ao último fechamento. Por sua vez, o contrato com vencimento em janeiro, que apresenta maior liquidez no mercado de Nova York, fechou cotado a US$ 70,56 por barril, configurando valorização de 1,51% frente ao fechamento anterior.

Dólar

Após duas sessões consecutivas registrando ganhos, o dólar comercial fechou em alta de 0,57% nesta terça-feira (15), cotado na venda a R$ 1,754. O clima de bom humor visto nos mercados nos últimos dias cedeu espaço para uma sessão de maior instabilidade, repercutindo os eventos díspares da agenda econômica norte-americana e a apreensão com o primeiro dia de reunião do Federal Reserve.

No âmbito doméstico, o Banco Central realizou o leilão de compra de dólares no mercado à vista mais cedo do que o horário habitual. A operação de captação da moeda norte-americana teve início 12h04 e terminou 12h14 (horário de Brasília), com uma taxa de corte aceita em R$ 1,760.

Ainda por aqui, a CNI (Confederação Nacional da Indústria) divulgou um relatório traçando perspectivas para a economia brasileira em 2010. Tendo em vista o câmbio, a entidade acredita que a valorização do real “persistirá como um problema no próximo ano”. A entrada de recursos externos e a manutenção do juro básico norte-americano - “que deve estimular a tomada de empréstimos em dólares para investir em países como o Brasil” -, deverão puxar a moeda norte-americana para o patamar de R$ 1,70 no próximo ano.

Gráficos





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