sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Fechamento da semana em 5 de Fevereiro de 2010

IBOV tem outro pregão de forte queda, o índice da bolsa paulista chegou a bater na mínima a 61.341 pontos. No final do pregão a bolsa chegou a ganhar fôlego, e encerrou em queda de 1,83%, a 62.762 pontos,renovando o menor patamar desde 4 de novembro de 2009. O volume financeiro atingiu R$ 8,80 bilhões.

Na semana, a desvalorização foi de 4,04%, a pior desvalorização desde a última semana de outubro.

Apesar da taxa de desemprego dos EUA registrar queda de 0,3 ponto percentual, atingindo 9,7% em janeiro - menor patamar desde agosto de 2009 - o Relatório de Emprego também trouxe dados preocupantes, como a perda de 20 mil postos de trabalho no país. Além disso, os números de dezembro foram revisados para baixo - de queda de 85 mil postos para perda de 150 mil vagas.

Outro fator que contribuiu para a queda nos mercados foi o aumento da preocupação a respeito das dívidas soberanas dos países europeus, sobretudo Portugal, Espanha e Grécia. Os CDSs (Credit Default Swaps) dos três países subiram para níveis recordes e as bolsas fecharam em queda na Europa.

Apesar do mau humor na bolsa brasileira, algumas ações conseguem se destacar. Os papéis das elétricas Cesp e Cemig estão entre ações que compõem o índice que encerraram no terreno positivo. O ministro Edison Lobão confirmou na véspera que o governo dediciu renovar as concessões do setor.

O setor de transportes e logística também conseguiu se descolar da queda no índice e as ações da LLX e ALL encerraram no terreno positivo. A petrolífera OGX ganhou fôlego no final da sessão e liderou os ganhos.

Entre as maiores variações negativas, destaque para as ações do setor financeiro, com Banco do Brasil e BM&F Bovespa liderando as perdas.

Na noite anterior, a bolsa brasileira soltou os dados operacionais do mês de janeiro. Tanto as negociações de Home Broker como as operações no segmento BM&F registraram recordes no número de negócios registrados. O segmento Bovespa registrou movimentação total de R$ 129,1 bilhões no período.

Fora do índice, as ações da Multiplus estrearam na bolsa com forte desvalorização de cerca de 10%, cotadas a R$ 14,50, após o preço fixado no processo de bookbuilding ter ficado abaixo das projeções dos coordenadores da oferta.

A Tenda anunciou o fim do direito de retirada de seus papéis, em meio ao processo de incorporação da empresa pela Gafisa. Já na próxima terça-feira (9), os papéis das duas companhias serão integrados sob o ticker GFSA3, negociados no Novo Mercado da BM&F Bovespa. Os papéis da Gafisa terminaram entre os destaques de queda.

Bolsas de NY


Mesmo com temores sobre os problemas fiscais em países da zona do euro persistindo durante a semana, Wall Street tomou um fôlego ao final do pregão de olho em dados mistos sobre o mercado de trabalho dos Estados Unidos.

Nesta sexta-feira a maior potência do mundo anunciou que suprimiu 20 mil vagas de emprego em janeiro, segundo dados do payroll, que mostra o número de vagas criadas por empresas privadas e públicas exceto no setor agrícola. O dado veio bem pior do que esperava o mercado, que aguardava a criação de 20 mil postos. No entanto, a taxa de desemprego norte-americana ficou em 9,7%, melhor que as previsões (10%).

O índice industrial Dow Jones ganhou 0,1% aos 10.012 pontos. O S&P 500 subiu 0,29% para 1.066 pontos. Enquanto a bolsa eletrônica Nasdaq valorizou 0,74% para 2.141 pontos.

Bolsas da Europa

As bolsas de valores da Europa enfrentaram mais um dia de tensão e fuga dos investidores dos ativos de risco, devido aos temores com as dívidas de alguns países da região, especialmente Espanha, Portugal e Grécia. "É crescente a desconfiança em relação aos títulos públicos grego, português e espanhol, o que pode ser percebido pela sensível elevação dos juros futuros atrelados", dizem os analistas da RC Consultores. "Já surge o temor de 'contágio' dos mercados de títulos públicos e privados de países vizinhos, aumentando a probabilidade de que o FMI seja chamado para ajudar na correção de desequilíbrios externos na região",afirmam.

Os papéis das companhias de mineração continuaram em linha decrescente, puxados novamente pela queda no preço dos metais. As ações da Xstrata perderam 5,19%, seguidas pelos pepéis da Vedanta Resources e Lomnin, com quedas de 3,98% e 3,23% respectivamente. Além deles, as ações dos bancos também registraram fortes perdas e lideraram a ponta vendedora dos principais índices do continente. Lloyds, Royal Bank of Scotland (RBS), BNP Paribas e Credit Agricole registraram perdas entre 3,23% e 5,72%.

Os investidores também repercutiram os dados de trabalho divulgados hoje nos Estados Unidos (Payroll). A economia dos Estados Unidos cortou 20 mil vagas de emprego em janeiro, ante uma previsão de criação de 20 mil novas vagas. Já a taxa de desmprego caiu para 9,7%, o que animou os investidores.

Os indicadores europeus também ajudaram a azedar o ânimo dos investidores. Na Alemanha, a produção industrial caiu 2,6% em dezembro, ante previsão de cresicmento de 0,6%. Na Espanha, o Produto Interno Bruto (PIB) apresentou retração de 0,1% nos últimostrimesytre de 2009, frente a uma contração de 0,3% do trimestre anterior, mantendo a economia do país na recessão.

No Reino Unido, o Índice de Preços aos Produtor (PPI, na sigla em inglês) subiu 3,8% em janeiro na base anual. Em relação a dezembro, os preços dos produtos manufaturados aumentaram 0,4% no mês passado, refletindo principalmente o aumento dos custos de combustíveis, outros produtos manufaturados e tabaco e álcool.

De volta aos índices acionários, em Londres, FTSE-100 perdeu 1,52% aos 5.061 pontos. Em Frankfurt, o índice DAX-30 caiu 1,59%, aos 5.445 pontos e em Paris, o CAC 40 recuou 3,40% para 3.563 pontos.

Em Madri, o indicador Ibex 35 cedeu 1,35% aos 10.103 pontos, após perder quase 6% na sessão de ontem e em Milão, o FTSE MIB recuou 2,75% para 20.815 pontos.

Bolsas asiáticas


As preocupações com a saúde fiscal de alguns países europeus, em especial Grécia, Espanha e Portugal, levou as bolsas asiáticas a mais um dia de fortes perdas, na esteira do mau-humor generalizado que tomou conta dos mercados na véspera.

Na China, o índice SSE Composite, da bolsa de Xangai, registrou 1,87% de desvalorização aos 2.939 pontos. Hoje foi divulgado pelo Centro de Informação Estatal que a economia do país deve crescer 11,5% no 1º trimestre deste ano, enquanto o índice de preços ao consumidor deve acelerar para aproximadamente 2,5%.

No Japão, o índice Nikkei 225 caiu 2,89% para 10.057 pontos, com as ações das empresas exportadoras liderando as perdas. Os papeis da Canon, Yamaha e Fuji cederam entre 3,53% e 5,97%.

Em Hong Kong, o índice Hang Seng despencou 3,33% para 19.665 pontos, o menor nível desde 2 de setembro de 2009. Na Índia, o índice BSE Sensex, da bolsa de Bombai, desvalorizou 2,77% aos 15.774 pontos.

Em Taiwan,o referencial TSEC weighted index desabou 4,30% aos 7.217 pontos e na Coreia do oo Sul, o índice Kospi, da Bolsa de Valores de Seul, fechou com 3,05% de desvalorização aos 1.567 pontos.

Petróleo

Os preços dos contratos futuros do petróleo fecharam em queda de quase 5% na quinta-feira na New York Mercantile Exchange (Nymex), pressionados pela aversão ao risco que tomou conta dos mercados devido a receios com os déficits orçamentários de países da zona do euro. O contrato do petróleo para março negociado na Nymex fechou em baixa de US$ 3,84, ou 4,98%, a US$ 73,14 por barril - menor nível de fechamento desde 29 de janeiro -, com máxima de US$ 77,17 e mínima de US$ 72,42 ao longo da sessão. Na plataforma ICE, o contrato do petróleo tipo Brent para março recuou US$ 3,79, ou 5%, para US$ 72,13 por barril.

Dólar


Em dia de forte volatilidade, a aversão ao risco prevaleceu e o mercado de câmbio encerrou em alta pela terceira sessão consecutiva. O temor de que outros países na Europa - além de Grécia, Portugal e Espanha - possam também estar com problemas de solvência levaram o real a acompanhar o movimento do euro e a cair. A moeda única europeia encerrou o dia valendo € 1,3624, com baixa de 0,77% em relação ao dólar.

Um forte fluxo no meio da manhã levou o dólar a cair a R$ 1,779. Porém, o pessimismo venceu a queda de braços e, a divisa estrangeira fechou o último dia da semana com alta de 0,42%, saindo a R$ 1,889 na compra e R$ 1,891 na venda. "O câmbio acompanhou o euro hoje, porém um pouco menos sensível ao mau humor", afirmou um especialista.

Para ajudar a conter o excesso de moedas no mercado doméstico, o Banco Central (BC) promoveu às 12h13 um leilão de compra a R$ 1,8735. A liquidação financeira será no dia 9, próxima terça-feira.

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