quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Estudo para 11 de Fevereiro de 2010

IBOV face o otimismo em relação ao socorro à Grécia sobe 0,51%, a 65.051 pontos. O volume financeiro totalizou R$ 5,88 bilhões.

As palavras do presidente do Federal Reserve, Ben Bernanke, trouxeram preocupação aos mercados, após ter sinalizado em seu discurso que a autoridade monetária dos EUA poderá retirar os programas de estímulo à economia mais cedo do que se esperava. Entretanto, novas interpretações por parte de analistas mostram que isso não indica necessariamente um aperto monetário, trazendo fôlego às bolsas dos EUA.

Pela manhã, o governo alemão afirmou que o socorro à Grécia provavelmente incluirá outras medidas além de um simples pacote de concessão de empréstimos. Nesta tarde, rumores deram conta de que o BCE (Banco Central Europeu) fará uma reunião extraordinária para discutir o assunto.

Entre as maiores variações positivas do pregão, o destaque ficou por conta da Gafisa. Na véspera, a empresa anunciou que planeja levantar R$ 1 bilhão através de venda de ações para dobrar as construções neste ano. Outros ativos do setor também se valorizaram, como as ações da Cyrela.

As ações da JBS também se destacaram entre as maiores altas no pregão. Para Alan Alanis, do JP Morgan, o aumento no volume e no preço das exportações de carne em janeiro foi impulsionado pela recuperação da demanda russa, principal destino das exportações do produto.

As duas principais blue chips brasileiras - Petrobras e Vale - ganham a atenção dos mercados. A petrolífera confirmou na noite passada a celebração de acordo com a Ancap para a exploração e produção de petróleo e gás natural na plataforma continental uruguaia, em sociedade com as companhias YPF e Galp Energia. Os papéis da empresa avançaram. Também fica a expectativa pela votação do projeto de capitalização da estatal.

Já em torno da mineradora, os investidores ficam no aguardo da divulgação de seu resultado do quarto trimestre de 2009, agendado para esta quarta-feira após o fechamento dos negócios. A companhia encerrou com os papéis em leve queda na sessão.

Após um longo período, as negociações para a aquisição da fabricante portuguesa de cimento Cimpor parecem estar chegando nos capítulos finais. Nesta sessão, a Camargo Corrêa oficializou a compra de 22,17% do capital da empresa de Portugal por cerca de € 1 bilhão - equivalente a € 6,50 por ação -, tornando-se a maior acionista do grupo.

Entre as variações negativas, destaque para as desvalorizações de Cesp e Telemar Norte Leste.

Pela temporada de resultados, a Vivo reportou lucro líquido de R$ 221,6 milhões no quarto trimestre de 2009, 0,2% menor que o contabilizado nos três últimos meses de 2008. Suas ações recuaram na sessão. Já a NET Serviços registrou ganhos de R$ 306 milhões, após ter amargado um prejuízo de R$ 76 milhões no último quarto de 2008. Seus papéis avançaram nesta quarta-feira.

Bolsas de NY

O otimismo sobre um possível resgate da dívida grega perdeu força diante das preocupações causadas pelo discurso do presidente do Federal Reserve (Fed, banco central norte-americando), Ben Bernanke, levando as Bolsas de valores norte-americanas a fecharem em baixa.

Por lá, o Departamento do Comércio informou que o país encerrou 2009 com déficit de US$ 380,7 bilhões, resultado de US$ 1,553 trilhão em exportações e de importações no total de US$ 1,933 trilhão. No ano anterior, o déficit comercial foi quase o dobro de US$ 695,9 bilhões.

O índice industrial Dow Jones teve queda de 0,2% aos 10.038 pontos. O S&P 500 caiu 0,22% para 1.068 pontos. Enquanto a bolsa eletrônica Nasdaq perdeu 0,14% aos 2.147 pontos.


Bolsas Europeias

As bolsas de valores europeias encerraram em alta nesta quarta-feira, sob expectativas de ajuda da União Europeia à Grécia, que junto com Espanha e Portugal passa por problemas para saldar sua dívida pública. Os índices operaram com valorização acentuada durante a grande parte da sessão, mas perderam um pouco de força após a divulgação do discurso do presidente do Federal Reserve (Fed, banco central norte-americano), Ben Bernanke.

O chairman afirmou que economia dos EUA continua a necessitar do apoio da política monetária, entretanto, o Fed pensa em concluir alguns programas de estímulo.

Em Londres, o índice FTSE-100 registrou valorização de 0,31% aos 5.127 pontos, puxado pelos papéis dos bancos. Lloyds, Barclays e Royal Bank of Scotland (RBS) apresentaram altas entre 2,32% e 3,73%. O indicador também refletiu os números da produção industrial do Reino Unido, que cresceu 0,5% entre novembro e dezembro, acima das expectativas dos analistas que esperavam uma alta de 0,2%.

Em Frankfurt, o índice DAX-30 avançou 0,69% aos 5.536 pontos. Em Paris, as ações dos bancos Societe Generale (alta de 4,26%) e BNP Paribas (alta de 3,11%) lideram a ponta de compras do CAC-40 e ajudaram o indicador a valorizar 0,63% para 3.635 pontos.

Em Milão, o índice FTSE MIB subiu 2,03% para 21.241 pontos e em Madri, o Ibex 35 subiu 1,75% aos 10.455 pontos, mostrando indiferença aos dados sobre venda de imóveis na Espanha, que caíram 24,9% em 2009 ante o ano anterior.

O dia contou com apenas dois indicadores nos EUA, com destaque para a balança comercial, que registrou déficit de US$ 40,2 bilhões em dezembro, ante US$ 36,4 bilhões reportados no mês anterior. O resultado veio acima do projetado pelo mercado que esperava um déficit de US$ 35,5 bilhões.

Também foi divulgado o número de solicitações de empréstimos hipotecários, que recuou 1,2% na semana encerrada dia 5 de fevereiro, já com ajustes sazonais.

Bolsas asiáticas

A maioria dos mercados acionários da Ásia encerrou esta quarta-feira em terreno positivo, com os investidores na expectativa de ajuda da União Europeia à Grécia e mais confiantes na recuperação fiscal de países como Portugal e Espanha, que assustaram o mundo com suas dívidas públicas nas últimas semanas.

No Japão, o índice Nikkei 225 registrou 0,31% de valorização aos 9.963 pontos. Os papeis da Nisshinbo Holding, que atua em 8 diferentes segmentos de negócios, avançaram 9,89% e lideraram as altas do índice, que teve seus ganhos contidos após o anúncio de Recall em veículos da montadora Honda.

Na China, o índice SSE Composite, da bolsa de Xangai, avançou 1,14% para 2.982 pontos, depois que os números sólidos da balança comercial do país animaram os investidores. Em Hong Kong, o indicador Hang Seng subiu 0,67% aos 19.922 pontos.

Em Taiwan, o índice TSEC weighted index ganhou 1,10% aos 7.441 pontos e na Coreia do Sul, o índice Kospi, da Bolsa de Valores de Seul, fechou o pregão em leve queda de 0,02% aos 1.570 pontos.

Na contramão dos demais indicadores do continente, o índice BSE Sensex, da bolsa de Bombai, registrou desvalorização de 0,75% aos 15.922 pontos.

Dólar

Após iniciar o pregão no campo negativo, o dólar comercial foi ganhando força ao longo do dia, tendência intensificada com a nova compra de dólares realizada pelo Banco Central do Brasil, e fechou esta quarta-feira (10) em alta após duas sessões seguidas de desvalorização. Com a alta de 0,33%, a moeda encerrou as negociações cotada a R$ 1,851 na venda.

A autoridade monetária brasileira realizou um novo leilão de compra de dólares no mercado à vista. A operação teve início 12h34 e terminou 12h44 (horário de Brasília), tendo uma taxa de corte aceita em R$ 1,8470.

O Bacen ainda mostrou que, através dessas captações, adquiriu nos primeiros cinco dias úteis de fevereiro US$ 54 milhões no mercado cambial à vista, contabilizando o montante de US$ 29,240 bilhões desde o início deste ciclo de intervenção - em maio de 2009. Com isso, as reservas internacionais avançaram para US$ 240,189 bilhões.

Por fim, o BC mostrou que, até o dia 5 de fevereiro, o fluxo cambial do País está positivo em US$ 1,917 bilhão. No período, o fluxo comercial apresentou um saldo positivo de US$ 400 milhões, enquanto o fluxo financeiro ficou superavitário em US$ 1,517 bilhão, contando com compras de US$ 5,586 bilhões e vendas de US$ 4,069 bilhões.

(Com dados do Infomoney e Último Instante)

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