quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Estudo para 4 de Fevereiro de 2010

IBOV cai 0,08%, a 67.108 pontos. O volume financeiro totalizou R$ 6,143 bilhões. O principal índice da bolsa brasileira seguiu a indefinição dos mercados externos, que avaliaram resultados corporativos e indicadores divergentes.

Apesar do dia instável nos negócios, algumas empresas conseguiram se destacar no Ibovespa. Entre as altas, as ações da OGX Petróleo lideraram os ganhos do índice. A companhia concluiu o teste de formação a poço revestido realizado no poço 1-OGX-3-RJS, no bloco BM-C-41 – no qual possui 100% de participação - encontrando indícios de hidrocarbonetos em reservatórios carbonáticos. A estimativa da companhia é que o volume total de óleo recuperável para os reservatórios chegue a uma quantia entre 500 e 900 milhões de barris. A MMX, mineradora que também pertence ao empresário Eike Batista, também se destacou na ponta compradora.

Fora do índice, novos rumores em torno do Plano Nacional de Banda Larga voltam a movimentar os papéis da Telebrás na bolsa brasileira, que fecharam em forte alta, repercutindo o possível interesse do presidente Lula em reativar a estatal para que ela seja a operadora do projeto do governo, informação apontada pela Agência Estado.

Já a Eletrobrás comunicou que adiantará o pagamento da primeira parcela dos dividendos devidos, vinda da Reserva Especial de Dividendos, de 30 de junho para 26 de fevereiro. Os papéis da empresa terminaram esta quarta-feira como destaque negativo do Ibovespa.

Já as ações da TAM mostraram forte instabilidade na sessão, e encerraram em queda. A ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil) decidiu manter a distribuição dos slots em Congonhas, mas espera decisão final do STJ (Supremo Tribunal de Justiça). A empresa Pantanal, em processo de aquisição pela TAM, havia ficado de fora da distribuição.

Ainda na ponta vendedora, os ativos do Pão de Açúcar fecharam em baixa. O Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) firmou um acordo entre a empresa e as Casas Bahia, onde as duas companhias se comprometem a não tomar medidas irreversíveis até que a fusão seja analisada pelo órgão.

Bolsas de NY


Após operarem no campo negativo durante boa parte do dia, os principais índices acionários norte-americanos encerraram esta quarta-feira (3) com sinais opostos. Enquanto Dow Jones e S&P 500 fecharam o dia no vermelho, pressionados pelos resultados divulgados, o Nasdaq avançou 0,04%, em meio ao rali das ações de tecnológicas.

Apesar dos balanços trimestrais terem decepcionado grande parte dos investidores, os números apresentados pelas techs colaboraram para que o índice fechasse o pregão no azul. A AOL reverteu um prejuízo de US$ 18,52 por ação, visto nos últimos três meses de 2008, para um lucro por ação de US$ 0,01 no mesmo período de 2009. Em resposta, suas ações subiram 2,35%.

Outra a inverter os resultados foi a a News Corporation - dona do estúdio Twentieth Century Fox e do Wall Street Journal. Após divulgar um prejuízo de US$ 6,4 bilhões no último quarto de 2008, a empresa relatou lucro líquido de US$ 254 milhões no mesmo período de 2009, fazendo com que suas ações disparassem 7,13% no Nasdaq.

Ainda no índice das techs, a VeriSign reportou um lucro líquido de US$ 0,31 por ação no último trimestre, aquém das expectativas dos analistas. Além disso, o Deutsche Bank cortou a recomendação dos papéis, de compra para manutenção. Contudo, após apresentar desvalorização de mais de 6% durante o intraday, as ações da companhia amenizaram as perdas e fecharam o dia com queda de 0,51%.

O índice S&P 500, que engloba as 500 principais empresas dos EUA, fechou em baixa de 0,55% a 1.097 pontos, acumulando no ano baixa de 1,60%. O Dow Jones, que mede o desempenho das 30 principais blue chips norte-americanas, encerrou o pregão em leve desvalorização de 0,26% atingindo 10.271 pontos e caindo 1,51% no ano.

Por outro lado, o Nasdaq Composite, que concentra as ações de tecnologia, apresentou alta de 0,04% hoje, chegando a 2.191 pontos e acumulando no ano forte baixa de 3,45%.


Bolsas da Europa


Os principais índices acionários do continente europeu encerraram a sessão desta quarta-feira no vermelho, após uma sequência de três altas consecutivas. Os papéis das mineradoras lideraram as perdas na Bolsa de Londres, em um movimento de realização de lucros após a alta registrada nas sessões anteriores e com a desvalorização dos metais no mercado internacional. Xstrata, Lonmin, Antofagasta, e Anglo American perderam entre 2,34% e 3,01%.

O FTSE 100, principal índice da bolsa londrina, fechou o dia com perdas de 0,57% aos 5.253 pontos. Por lá, foi divulgado hoje que o índice de serviços (PMI - Markit Business Activity Index, em inglês) caiu de 56,8 pontos em dezembro para 54,5 pontos em janeiro, mostrando a lenta recuperação da atividade. De acordo com a consultoria Markit Economics, a neve e o mau tempo prejudicaram os negócios neste início de 2010.

Entre os indicadores europeus, o índice composto de atividade (PMI Composite Index, em inglês) da zona do euro (grupo de 16 países que adotou moeda única) caiu de 54,2 pontos em dezembro para 53,7 em janeiro, mas ficou levemente acima das estimativas (53,6 pontos). Ainda na zona do euro, as vendas no varejo ficaram estáveis em dezembro de 2009, na comparação com novembro.

Já nos 27 países da União Europeia, o comércio registrou retração de 0,1% no último mês do ano passado. Por lá, as bolsas iniciaram o dia em alta, mas agora também operam com desvalorização.

De volta aos índices de ações, em Frankfurt, o DAX-30 perdeu 0,66%, aos 5.672 pontos. Em Paris, o indicador CAC-40 cedeu 0,49% para 3.793 pontos puxado pelos papeis dos bancos. Credit Agricole caiu 3,65%, seguido por BNP Paribas (-2,49%) e Societe Generale (2,37%) e encabeçaram a ponta vendedora do principal indicador da bolsa parisiense.

Em Madri, os papeis do setor financeiro também lideraram as perdas do índice Ibex 35, que recuou 2,27% aos 10.888 pontos. As ações do Banco Popular cederam 4,59%, seguidas por BBVA (-4,18%), e Banco Santander (-3,86%). Em Milão, o índice FTSE MIB desacelerou 1,09% para 22.169 pontos.

Bolsas da Ásia


As bolsas de valores do continente asiático tiveram uma quarta-feira de valorização, impulsionadas por ações de empresas ligadas às commodities e tecnologia. Os índice que mede as vendas de moradias usadas acima das expectativas e os balanços corporativos nos Estados Unidos puxaram as bolsas de Wall Street na véspera e geraram otimismo entre os investidores da Ásia, incentivando o apetite por risco.

Em Tóquio, o índice Nikkei 225 registrou 0,32% de alta aos 10.404 pontos, com a valorização de empresas exportadoras. Por lá, as ações da Toyota caíram 5,7% após o anúncio que que as vendas nos Estados Unidos caíram 16% e com o grande recall promovido pela montadora. Na ponta compradora do índice, os papeis da Clarion e da Pionner, empresas de equipamentos eletrônicos para veículos, avançaram 6,98% e 6,57% na mesma ordem.

Na China, o índice SSE Composite, da bolsa de Xangai, subiu 2,36% e retomou a casa dos 3 mil pontos (3.003 pontos). Em Hong Kong, o índice Hang Seng ganhou 2,22% aos 20.722 pontos, com o avanço dos papeis do setor financeiro.

Em Taiwan, o referencial TSEC weighted index registrou 1,59% de valorização aos 7.547 pontos e na Coreia do Sul, o índice Kospi, da Bolsa de Valores de Seul, fechou em alta de 1,20% aos 1.615 pontos. Na Índia, o índice BSE Sensex, da bolsa de Bombai, subiu 2,06% aos 16.496 pontos.

Juros

Os contratos do DI futuro fecharam sem tendência definida na BM&F Bovespa nesta quarta-feira (3). Investidores avaliaram dados sobre a demanda por crédito no país e indicadores da economia norte-americana.

O mercado também operou na expectativa pela ata do Copom (Comitê de Política Monetária), que será divulgada na sessão da próxima quinta-feira (4). Investidores esperam mais sinais sobre quando e em qual magnitude a autoridade monetária deverá elevar a taxa básica de juros do País, atualmente em 8,75% ao ano.

Os contratos com prazo de negociação até abril de 2011 apresentaram altas mais expressivas; a partir daí, as taxas foram negociadas em baixa, também com oscilações fortes.

O contrato de juros de maior liquidez nesta quarta-feira, com vencimento em janeiro de 2011, registrou uma taxa de 10,35%, 0,01 ponto percentual acima do fechamento de terça-feira.

Dólar

O mercado de câmbio devolveu nesta quarta-feira parte das perdas dos últimos dois dias. Logo pela manhã, o dólar tomou fôlego e não sustentou a queda da abertura. No mercado à vista, a moeda estrangeira encerrou o dia negociada a R$ 1,842 na compra e R$ 1,844 na venda, com valorização de 0,76%.

No mercado futuro, os contratos negociados na BM&FBovespa apontavam alta de 0,68%, a R$ 1,850.

(Com informações do Infomoney e Último Instante)

Gráficos





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