quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Estudo para 26 de Fevereiro de 2010

IBOV se descolou do pessimismo externo, ancorado na forte alta das siderúrgicas, e avançou 0,50%, a 66.121 pontos. O volume financeiro totalizou R$ 6,24 bilhões.

Usiminas e Gerdau lideraram os ganhos do índice após a divulgação de seus resultados trimestrais. Apesar da queda do lucro e da receita líquida da Usiminas na comparação anual, os planos de otimização de seus negócios em minério de ferro com o possível IPO (Initial Public Offering) de uma controlada e a associação firmada com as empresas Codepar e Isa Participações, colaboraram para o movimento de alta dos papéis.

Já as ações da Gerdau avançam após seu lucro líquido passar de R$ 311 milhões para R$ 643 milhões na comparação entre os últimos três meses de 2008 e 2009, indicando uma expansão de 106%.

Ainda pela temporada de resultados, o Banco do Brasil somou ganhos trimestrais de R$ 4,15 bilhões, encerrando desta forma seu exercício de 2009 com um lucro líquido total de R$ 10,14 bilhões - recorde histórico no setor bancário brasileiro. Ainda assim, seus papéis recuaram no pregão. O mesmo movimento aconteceu com os papéis da Natura, que reportou seu resultado na noite passada.

Já a Petrobras informou duas novas descobertas de acumulações de óleo na Bacia de Campos, com projeções preliminares de um volume de 40 milhões de barris. Logo após a descoberta, a estatal petrolífera comunicou ao mercado que a divulgação de seu balanço trimestral - que seria apresentado na próxima sexta-feira (26) - foi adiado por conta da protelação de uma reunião do Conselho de Administração, que estava agendada para o mesmo dia. A nova data de divulgação será anunciada em breve. As ações da petrolífera avançaram na sessão.

Em dia de divulgação de balanço, as ações das empresas do setor de siderugia despontaram no ranking de maiores altas da jornada. Usiminas PNA ganhou 5,18% a R$ 49,75; e Gerdau PN avançou 4,61% a R$ 32,90.

Ainda na ponta compradora, Petrobras PN (PETR4) subiu 1,3% a R$ 34,38; e Vale PNA (VALE5) registrou alta de 0,72% a R$ 44,55.

Do outro lado, Fibria ON perdeu 3,01% a R$ 34,80; e TAM PN recuou 2,66% a R$ 31,15.

Dentre as demais ações com maior peso na carteira teórica (que vigora de 1 de setembro a 30 de dezembro), Itaú Unibanco PN (ITUB4) teve leve queda de 0,03%, a R$ 35,60; BM&FBovespa ON (BVMF3) perdeu 2,05% a R$ 11,45 e Bradesco PN (BBDC4) cedeu 0,16% a R$ 30,85.

No campo econômico, a Grécia voltou a ser palco de preocupações, quando a agência de classificação de riscos Standard & Poor´s informou ontem que poderia reduzir a avaliação da economia grega em um ou dois graus. Enquanto a sua concorrente Moody´s afirmou hoje que qualquer mudança na nota da Grécia dependerá da atuação do governo grego para implementar os planos de redução do déficit fiscal.

Enquanto os novos pedidos de auxílio-desemprego nos Estados Unidos (initial claims, em inglês) avançaram 22 mil na semana encerrada dia 20 de fevereiro, já com ajustes sazonais realizados. O número de solicitações passou de 474 mil pedidos, para 496 mil solicitações no período em análise. O número ficou acima do esperado pelo mercado, que projetava 473 mil novos pedidos.

Bolsas de NY

Indicadores abaixo das expectativas nos Estados Unidos e o retorno da Grécia no foco das tensões contribuíram para azedar o humor dos investidores nesta quinta-feira nas bolsas de Nova York.

Ao final do pregão, o índice industrial Dow Jones caiu 0,51% aos 10.321 pontos. O S&P 500 perdeu 0,21% para 1.102 pontos, enquanto a bolsa eletrônica Nasdaq recuou 0,08% aos 2.234 pontos.

Na agenda econômica, os novos pedidos de auxílio-desemprego (initial claims, em inglês) passaram de 474 mil para 496 mil na semana encerrada dia 20 de fevereiro, acima do esperado pelo mercado, que projetava 473 mil novos pedidos.

Já os preços das casas caíram 1,6% nos em dezembro de 2009 na comparação com novembro, abaixo do projetado pelo mercado, que contava com uma alta de 0,4%.

Entretanto, as novas encomendas de bens duráveis à indústria norte-americana em janeiro aumentaram US$ 5,2 bilhões ou 3% para $175.7 bilhões, na comparação com dezembro do ano passado. Os dados vieram o dobro do que esperavam os especialistas do mercado que projetavam alta de 1,4%.

Quanto à Grécia, pesou a informação de que a agência de classificação de riscos Standard & Poor´s poderia reduzir a avaliação da economia grega em um ou dois graus.

Bolsas da Europa

As bolsas de valores europeias fecharam o dia em queda, motivadas novamente pelos receios em relação aos problemas fiscais gregos. O país voltou à cena depois que a agência de classificação de riscos Standart e Poor's informou que poderia reduzir a avaliação da economia grega em até dois graus no prazo de um mês. Já a sua concorrente Moody´s afirmou que qualquer mudança na nota da Grécia dependerá da atuação do governo grego para implementar os planos de redução do déficit fiscal.

Indicadores abaixo das expectativas nos Estados Unidos também contribuíram para azedar o humor dos investidores. Os novos pedidos de auxílio-desemprego (initial claims, em inglês) passaram de 474 mil para 496 mil na semana encerrada dia 20 de fevereiro, acima do esperado pelo mercado, que projetava 473 mil novos pedidos. Já os preços das casas caíram 1,6% nos em dezembro de 2009 na comparação com novembro, abaixo do projetado pelo mercado, que contava com uma alta de 0,4%.

Na Europa, o índice de confiança na indústria em feverereiro cresceu 1 ponto na zona do euro e manteve-se inalterado na União Europeia, com -13 pontos nas duas regiões. Segundo a Comissão Europeia, o sentimento na indústria não seguiu um padrão claro em todos os setores.

Em Londres, o índice FTSE-100 apresentou baixa de 1,21% aos 5.278 pontos, com as ações das mineradoras liderando a ponta vendedora e anulando o ganhos dos papéis do setor bancário. A Xstrata perdeu 4,79%, enquanto a Rio Tinto caiu 3,33%.

Em Paris, o CAC-40 perdeu 1,82% aos 3.648 pontos, liderado pelas ações das montadoras Renault e Peugeot, que caíram 4,79% e 2,64% na mesma ordem. Em Frankfurt, o índice DAX-30 recuou 1,48%, aos 5.532 pontos.

Em Milão, o indicador FTSE MIB caiu 2,36% para 20.843 pontos e em Madri, o Ibex 35 desvalorizou 1,25% aos 10.126 pontos. Hoje, a Comissão Europeia reduziu em dois décimos, de -0,8% para -0,6%, sua projeção para a queda do Produto Interno Bruto (PIB) para a Espanha em 2010.

Bolsas da Ásia

Os principais mercados de ações asiáticos fecharam o dia com desvalorização, reagindo à notícia de que a agência de classificação de riscos Standart e Poor's (S&P) pode reduzir a sua avaliação da Grécia em até duas notas no prazo de um mês. O discurso da véspera do presidente do Federal Reserve (Fed, banco central norte-americano), Ben Bernanke, afirmando que as taxas de juros baixas ainda são necessárias para garantir a recuperação econômica não foi suficiente para segurar o ímpeto vendedor dos investidores no continente.

A exceção foi novamente a bolsa da China, que registrou valorização impulsionada pelas ações de imobiliárias e corretoras. O índice SSE Composite, da bolsa de Xangai, avançou 1,57% para 3.060 pontos. Em Hong Kong, o índice Hang Seng cedeu 0,33% aos 20.399 pontos, puxado novamente pelas ações dos bancos.

No Japão, o índice Nikkei 225 registrou 0,95% de desvalorização aos 10.101 pontos, com as ações das exportadoras Sony e Panasonic figurando na ponta vendedora do indicador, graças a valorização do iene.

Na Coreia do Sul, o índice Kospi, da Bolsa de Valores de Seul, fechou em queda de 1,57% aos 1.587 pontos. Em Taiwan, O referencial TSEC weighted perdeu 1,36% aos 7.426 pontos e na Índia, o índice BSE Sensex, da bolsa de Bombai, fechou praticamente estável, com leve queda de 0,01% aos 16.254 pontos.

Petróleo


O barril do Petróleo Intermediário do Texas (WTI, leve) para entrega em abril fechou hoje 2,28% mais barato na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex), negociado a US$ 78,17.

Entre outros fatores, influenciou na queda do Texas o aumento dos pedidos semanais de seguro-desemprego nos Estados Unidos, o que não era esperado pelos mercados e aumentou os temores sobre a real força da recuperação econômica do país.

Os contratos da gasolina para março perderam US$ 0,06 e terminaram a US$ 2,03 por galão (3,78 litros), mesma queda que teve o preço do gasóleo para esse mês, que finalizou a US$ 1,98 também o galão.

No caso do gás natural, os contratos para março recuaram US$ 0,05 em relação ao valor de quarta-feira, para US$ 4,76 por cada mil pés cúbicos.

O barril do petróleo Brent para entrega em abril fechou hoje na Bolsa Intercontinental de Futuros (ICE Futures) de Londres 2,3% mais barato, negociado a US$ 76,29.

Entre outros fatores, influenciou na queda do Brent, petróleo de referência na Europa, o aumento dos pedidos semanais de seguro-desemprego nos Estados Unidos, o que não era esperado pelos mercados.

O preço máximo negociado hoje foi de US$ 78,42 por barril e o mínimo, de US$ 75,29.

Dólar

Após ter avançado mais de 1% durante o intraday, o dólar comercial amenizou sua trajetória de valorização no final do dia, fechando esta quinta-feira (25) com alta de 0,38% sendo cotado na venda a R$ 1,831. Novos sinais de preocupação em torno da Grécia e indicadores econômicos decepcionantes foram suficientes para instaurar um clima de pessimismo nesta sessão.

No front doméstico, o Banco Central realizou a compra de dólares no mercado à vista. A operação ocorreu entre as 15h39 e as 15h49 (horário de Brasília), com uma taxa de corte aceita em R$ 1,8338. A autoridade monetária ainda informou em sua Nota de Política Fiscal que o superávit primário do governo brasileiro ficou em R$ 16,185 bilhões em janeiro.

Vale lembrar que, na véspera, o Bacen anunciou que elevará o compulsório de 13,5% para 15% a partir de abril, dando continuidade à reversão das medidas anticrise adotadas a partir de outubro de 2008, segundo a nota enviada pelo BC. Parte do mercado acredita que o próximo passo pode ser a elevação na taxa básica de juros na próxima reunião de política monetária, que acontecerá em 16 e 17 de março.

(com dados do Infomoney e Último Instante)

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