quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Estudo para 5 de Fevereiro de 2010

IBOV tem forte queda de 4,73% hoje, a maior queda percentual em três meses. Nenhuma ação do índice mais líquido da Bolsa, o Ibovespa, fechou em alta. Até então, a maior queda havia sido em 28 de outubro de 2009, de 4,75%. O volume financeiro foi forte, de R$ 8 bilhões.

O Ibovespa fechou em 63.934 pontos, o menor patamar desde 3 de novembro, quando o fechamento ficou nos 62.643 pontos. Dados negativos da indústria alemã e um novo tom de pessimismo em relação às economias do grupo de países apelidado de PIGS (Portugal, Itália, Grécia e Espanha) contribuíram para aumentar preocupações em relação à Europa e para mais um dia de perdas do euro.

Soma-se a isso o fato de o Banco Central Europeu (BCE) ter mantido a taxa de juro da região do euro em 1% nesta quinta-feira, o que denota falta de ação das autoridades europeias, na opinião do economista. "A Europa poderia também agir um pouco mais como os Estados Unidos, que fez pacotes de ajudas", acrescenta.

Segundo o economista, além de a Europa estar contribuindo para a realização de lucros no mercado brasileiro nesta quinta-feira, pesam dados ruins nos EUA. "O auxílio desemprego norte-americano veio pior do que o esperado e 43% dos balanços divulgados no país vieram abaixo das expectativas hoje".

Nesta quinta-feira, na ata do Copom, o colegiado do Banco Central aponta que a retomada da atividade econômica pode aumentar a probabilidade de que aumentos de preços localizados apresentem "riscos para a trajetória da inflação".

"Cabe à política monetária manter-se especialmente vigilante para evitar que a maior incerteza detectada em horizontes mais curtos se propague para horizontes mais longos," diz o Copom na ata.
Já no cenário corporativo doméstico, a Cielo divulgou na quarta-feira, após o mercado, lucro líquido contábil de R$ 439,1 milhões no quarto trimestre. Nesta manhã, o Santander Brasil anunciou lucro de R$ 1,591 bilhão no quarto trimestre e R$ 5,5 bilhões em 2009, em linha com o esperado.

A maior queda foi registrada pelas ações da LLX, que mostrou forte desvalorização na sessão. As ações da mineradora MMX, também controlada por Eike Batista, mostraram forte recuo no pregão.

Os papéis da Multiplus foram precificados a R$ 16,00 cada, ficando abaixo das projeções dos coordenadores da oferta. As ações da TAM, controladora da empresa, tiveram o segundo pior desempenho do benchamrk.

Na noite passada, a Votorantim Cimentos anunciou dois acordos pelos quais elevou sua participação na Cimpor: o primeiro foi uma operação de permuta de ações com a Lafarge, que lhe rendeu uma fatia de 17,3%; outros 9,6% foram obtidos em acordo com os acionistas da Caixa Geral de Depósitos, com o objetivo de travar a oferta da CSN pela cimenteira portuguesa.

Com a forte desvalorização do petróleo e das commodities, as petrolíferas também aprofundaram as perdas, com OGX e Petrobras mostrando desvalorizações maiores que o índice brasileiro.

Bolsas Internacionais

O índice S&P 500, que engloba as 500 principais empresas norte-americanas, fechou em baixa de 3,11% e atingiu 1.063 pontos. Seguindo esta tendência, o índice Nasdaq Composite desvalorizou-se 2,99%, a 2.125 pontos, da mesma forma, o índice Dow Jones, que mede o desempenho das 30 principais blue chips norte-americanas, caiu 2,61%, a 10.002 pontos.

Na Europa, o índice CAC 40 da bolsa de Paris apresentou desvalorização de 2,75% a 3.689 pontos, enquanto o FTSE 100 da bolsa de Londres encerrou em baixa de 2,17%, atingindo 5.139 pontos Já o DAX 30, principal índice da bolsa de Frankfurt, apresentou uma baixa de 2,45%, atingindo 5.533 pontos.

Renda Fixa

No mercado de renda fixa, os juros futuros encerraram em baixa na BM&F Bovespa nesta quinta-feira. O contrato com vencimento em janeiro de 2011, que apresenta maior liquidez, encerrou apontando taxa de 10,25%, queda de 0,10 ponto percentual em relação ao fechamento anterior.

No mercado de títulos da dívida externa brasileira, o Global 40, bônus mais líquido, encerrou cotado a 132,75% de seu valor de face, queda de 0,59% frente ao fechamento anterior.

O risco-país, calculado pelo conglomerado norte-americano JP Morgan, fechou cotado a 241 pontos-base, alta de 18 pontos em relação ao fechamento anterior.

Petróleo

Seguindo o movimento dos mercados acionários e influenciadas pelos indicadores dos EUA divulgados durante o dia, as cotações de petróleo fecharam esta quinta-feira (4) com forte queda. Declarações do presidente do BCE (Banco Central Europeu) também pesaram sobre os preços.

A cotação do barril do petróleo Brent, negociado no mercado de Londres, fechou a US$ 72,13 na sessão, com queda de 4,80% em relação ao último fechamento. Em Nova York, o contrato com vencimento em fevereiro, que apresenta maior liquidez, caiu 4,98%, terminando a sessão a US$ 73,14.

Dólar


O humor dos investidores azedou ainda nesta quinta-feira com um conjunto de notícias nada animadoras no cenário internacional. Com isso, as bolsas mundo afora desabaram e o dólar disparou. No mercado de câmbio doméstico, a moeda estrangeira teve a maior alta desde 17 de dezembro de 2009 - de 2,11% - e voltou ao patamar do final de janeiro, vendido a R$ 1,883 e comprado a R$ 1,881.

No mercado futuro, os contratos negociados na BM&FBovespa operavam com alta de 1,69 % a R$ 1,890 .

(Com dados do Infomoney, IG Economia e Último Instante)

Gráficos


Pela queda generalizada de todos os papéis optamos apenas pelo gráfico do IBOV, como todos sabem os papéis das blue chips sempre são os mais penalizados nas quedas, visto serem de maior liquidez bem como grande parte do capital estrangeiro investir nestes ativos.

Tivemos rompimento de forte suporte o que pode levar o índice a buscar os 60.000 pontos. Lembrem-se que é possível ganhar em mercado de baixa com venda descoberga (alugada), não seja um operador "saci" que se apóia apenas na perna compradora !!!!

Com a valorização do dólar e a queda da forte da bolsa não será de todo surpreendente se os estrangeiros não façam compras. Lembramos também que segunda-feira é dia de vencimento de opções (as ações apresentam comportamento errático próximo ao vencimento...)



Precificação da OPA da PDG Realty (PDGR3)

Encerrado o processo de bookbuilding, as ações da PDG Realty (PDGR3), no âmbito de sua oferta secundária subsequente, foram precificadas em R$ 14,50, ficando abaixo da cotação de fechamento dos papéis já listados na BM&F Bovespa, de R$ 14,60. Os ativos têm estreia agendada para a segunda-feira, dia 8 de fevereiro.

Com exercício total do lote principal e uso parcial da opção de lote suplementar, foram colocadas 111.647.687 ações no mercado dentro da oferta, o que corresponde a uma captação de R$ 1,618 bilhão.

Por fim, vale lembrar que o banco de investimentos Credit Suisse é o coordenador da operação, sendo que os bancos BTG Pactual, Itaú BBA, Goldman Sachs, Santander e Bradesco também atuarão como coordenadores contratados.

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