quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Estudo para 25 de Fevereiro de 2010

IBOV tem pregão descolado do mercado internacional e fecha com queda de 0,47% a 65.794 pontos. O volume financeiro atingiu R$ 5,13 bilhões. Importante destacar que a bolsa brasileira ficou cerca de uma hora com paralisação no meio da tarde, em função de ajustes técnicos no sistema Mega Bolsa.

Em uma sessão marcada pelo discurso de Bernanke e uma agenda de indicadores movimentada, os principais índices acionários internacionais avançaram nesta quarta-feira (24).

O Banco Central anunciou no final da tarde alterações no recolhimento sobre recursos a prazo e na exigibilidade adicional sobre depósitos, “dando continuidade à reversão das medidas anticrise adotadas a partir de outubro de 2008”. De acordo com a nota, a medida tem por objetivo alterar a liquidez do sistema financeiro, se antecipando a boas práticas prudenciais internacionais. Entre as principais mudanças anunciadas, o limite de recolhimento que pode ser deduzido sobre recursos a prazo passa a ser de 45%, e o recolhimento passa a ser feito somente em espécie e com remuneração pela Taxa Selic.

Bolsa
A temporada de resultados deu o tom da sessão, com as ações da TIM liderando as altas, após a companhia ter divulgado na noite anterior que seu lucro líquido ficou em R$ 231,5 milhões no acumulado em 2009, superando em 28,6% o número reportado no ano anterior.

No outro extremo do índice paulista aparecem os papéis da BM&F Bovespa, que também divulgou na véspera seus dados contábeis. Apesar do lucro líquido ter avançado 8,8% na comparação entre o último trimestre de 2008 e 2009, o ganho acumulado ao longo do ano ficou em R$ 881 milhões, configurando uma retração de 3,1% frente a 2008. Os ativos da bolsa brasileira ocupam o ponto mais baixo do Ibovespa. Entre os analistas, a principal crítica ficou por conta das despesas.

A Duratex registrou no quarto trimestre de 2009 um lucro líquido de R$ 88,06 milhões, cifra 3,4% maior que a apresentada no mesmo período de 2008. Seus papéis avançaram na sessão.

Dentre as ações com maior peso na carteira teórica (que vigora de 1 de setembro a 30 de dezembro), Petrobras PN (PETR4) caía 0,64% a R$ 33,97; Vale PNA (VALE5) registrava alta de 0,59% a R$ 44,05; Itaú Unibanco PN (ITUB4) desvalorizava 0,78%, a R$ 35,73; BM&FBovespa ON (BVMF3) perdia 5,26% a R$ 11,70 e Bradesco PN (BBDC4) cedia 0,45% a R$ 30,86.

Dentro do Ibovespa, as ações PN e ON da TIM ficaram em primeiro lugar entre os ganhos do dia, com alta de 5,75% e 4,08%, respectivamente.

Do lado oposto, os papéis ON da BM&FBovespa registraram a maior perda do dia, despencando 5,34% a R$ 11,69, após a companhia anunciar resultados levemente abaixo do esperado.

Bolsas de NY

As Bolsas de Valores dos Estados Unidos encerraram a jornada desta quarta-feira em alta, movimento visto desde a abertura do pregão, e intensificado após discurso do presidente do Federal Reserve (Fed, banco central norte-americano), Ben Bernanke.

A autoridade deixou claro que um ajuste na política monetária não está próximo, uma mensagem reconfortante para os mercados, que reagiram com altas.

O chefe do Fed já tinha dito isso antes, mas o recente aumento da taxa de juros aos empréstimos concedido a bancos tinha gerado temor de que o inevitável endurecimento das medidas monetárias estaria mais perto que o previsto.

Bernanke afirmou hoje que a taxa básica de juros, que atualmente ronda 0%, "se manterá em um nível baixo por um período de tempo prolongado". Embora a economia americana tenha crescido 4% na segunda metade do ano passado, Bernanke questionou o vigor da recuperação.

Ao final do pregão, o índice industrial subiu 0,87% aos 10.373 pontos. O S&P 500 ganhou 0,97% para 1.105 pontos. Enquanto a bolsa eletrônica Nasdaq valorizou 1,01% aos 2.235 pontos.

Na pauta do dia destaque para a divulgação das vendas de casas novas nos Estados Unidos que caíram 11,2% em janeiro, para 309 mil moradias, segundo dados ajustados sazonalmente. O resultado veio pior que a estimativa do mercado, que sinalizava a venda de 351 mil unidades e um avanço de 2,6% ante dezembro.

Foi divulgado ainda no mercado externo o número de solicitações de empréstimos hipotecários. O índice apresentou recuo de 8,5% na semana encerrada dia 19 de fevereiro, ante o mesmo período da semana anterior, já com ajustes sazonais realizados no período. Quando comparado com o mesmo período da semana anterior e, sem ajuste sazonal, o índice caiu 7,3%.

Bolsas da Europa

As bolsas de valores europeias fecharam em terreno positivo nesta quarta-feira, após registrarem queda nas últimas duas sessões. Os índices do Velho Continente reagiram bem ao discurso do presidente do Federal Reserve (Fed, banco central norte-americano), Ben Bernanke, que afirmou ao Congresso que as taxas de juros baixas ainda são necessárias para garantir a recuperação econômica e para ajudar a amortecer a elevada taxa de desemprego.

Em Londres, o índice FTSE-100 apresentou valorização de 0,52%, aos 5.342 pontos. As ações dos bancos figuraram entre as maiores altas do dia, com Lloyds, HSBC e Royal Bank of Scotland avançando entre 0,36% e 3,45%.

Em Frankfurt, o índice DAX-30 ganhou 0,20% aos 5.615 pontos. Em Paris, o CAC-40 subiu 0,18% para 3.7132 pontos e em Milão, o FTSE MIB avançou 0,58% para 21.346 pontos.

Na contramão dos demais referenciais, o Ibex 35, da Bolsa de Madri, recuou 0,57% aos 10.254 pontos. O indicador foi puxado pelos papéis do setor bancário, com as ações do banco BBVA cedendo 1,76%, seguidas pelos do Santander (-1,42%), Banco Popular (-1,22%) e Bankinter (-0,73%).

Bolsas da Ásia

A exceção foi a bolsa da China, que avançou depois de registrar duas quedas consecutivas, impulsionada por fatores locais.

24 de fevereiro de 2010 - A maioria dos mercados acionários do continente asiático encerrou a sessão desta quarta-feira no vermelho, influenciadas pelo mau desempenho de Wall Street na véspera e com os investidores preocupados depois dos índices de confiança norte-americano e alemão terem surpreendido negativamente ontem.

A exceção foi a bolsa da China, que avançou depois de registrar duas quedas consecutivas, impulsionada por fatores locais. O índice SSE Composite, da bolsa de Xangai, ganhou 1,33% aos 3.022 pontos. Já em Hong Kong, o índice Hang Seng registrou desvalorização de 0,75% aos 20.467 pontos, com as ações de instituições financeiras liderando a ponta vendedora do indicador.

No Japão, o índice Nikkei 225 caiu 1,48% para 10.198 pontos, puxado pelos papéis de empresas de energia e montadoras de veículos. HOje foi divulgado pelo Ministério das Finanças que o país registrou em janeiro o 12º mês consecutivo de superávit comercial, com 85,2 bilhões de ienes (US$ 945,1 milhões), e um aumento das importações, que chegaram a US$ 54,4 bilhões pela primeira vez em ano e meio.

Em Taiwan, o referencial TSEC weighted index recuou 0,89% aos 7.529 pontos e na Índia, o índice BSE Sensex, da bolsa de Bombai, caiu 0,19% aos 16.255 pontos. Na Coreia do Sul, o índice Kospi, da Bolsa de Valores de Seul, perdeu 0,99% aos 1.612 pontos, puxado pelas ações de empresas de tecnologia e exportadoras.

Petróleo


As cotações de petróleo fecharam em alta nesta quarta-feira (23), influenciadas pelos comentários do presidente do Fed, Ben Bernanke. Dados sobre os estoques norte-americanos do produto e o mercado imobiliário dos EUA também influenciaram os preços.

A cotação do barril do petróleo Brent, negociado no mercado de Londres, fechou a US$ 78,23, com alta de 1,26% em relação ao último fechamento. Enquanto isso, o contrato de maior liquidez no mercado de Nova York, fechou cotado a US$ 80,00 por barril, avançando 1,44% frente ao fechamento anterior.

Dólar

Após duas sessões consecutivas em valorização, o dólar comercial conheceu seu primeiro dia de queda na semana. Nesta quarta-feira (24), os mercados reagiram com otimismo aos eventos do dia, como o discurso de Bernanke a a pauta de indicadores econômicos, colaborando para que a moeda norte-americana recuasse 0,16%, fechando cotada na venda a R$ 1,824.

(com dados do Infomoney e Último Instante)

Gráficos






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