segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Estudo para 9 de Fevereiro de 2010

IBOV mesmo perdendo força no final do pregão fecha em alta de 0,62% nesta segunda-feira (8), a 63.153 pontos, após três pregões consecutivos de perdas. O volume financeiro totalizou R$ 8,42 bilhões. Os mercados externos enfrentaram uma sessão de forte volatilidade, com as principais bolsas encerrando no terreno negativo na Ásia e nos EUA e positivo na Europa.

Vale lembrar que o exercício de opções sobre ações de fevereiro movimentou R$ 2,2 bilhões na BM&F Bovespa, sendo R$ 1,04 bilhão em opções de venda, e R$ 1,15 bilhão relativo a opções de compra - segundo dados da BM&F, foi o teceiro maior volume de opção de compras da história da bolsa brasileira.

Por aqui, repercutiu positivamente a recomendação feita pelo banco norte-americano Morgan Stanley. Segundo o estrategista-chefe Guilherme Paiva, os papéis negociados nas bolsas latino-americanas apresentam boas oportunidades por conta das recentes correções, e o Brasil é visto como o mercado preferido na região.

Ainda entre as recomendações, o Citi reiterou a classificação "acima da média do mercado" para as ações brasileiras, mas ressaltou que trata-se de um dos mercados mais caros do mundo atualmente.

Na ponta compradora, destaque para os papéis da Gafisa. O bilionário Sam Zell afirmou que deve aumentar seus investimentos na companhia, uma vez que vê oportunidades na maior economia da América Latina. Também contaram as expectativas para os resultados operacionais da companhia, esperados para a noite desta segunda-feira. No setor, os papéis da MRV encerraram em forte alta.

Entre os destaques de alta, a Fibria liderou os ganhos com folga, se recuperando de três baixas consecutivas. Suas ações foram seguidas por Souza Cruz e Cosan. A última voltou a aparecer no noticiário corporativo, com seu diretor comercial, Carlos Murilo de Mello, projetando que o consumo global de açúcar irá aumentar entre 2% e 3% anualmente, de forma que os mercados terão que se adaptar aos preços mais altos.

Entre as blue chips, destaque para a Vale, que viu sua subsidiária canadense Vale Inco anunciar seu primeiro embarque de produção de aglomerado de níquel da usina de Sudbury, com destino ao País de Gales. As ações da mineradora avançaram.

As duas empresas do setor aéreo com papéis negociados na bolsa brasileira também apresentaram um bom desempenho neste pregão, refletindo as perspectivas positivas por parte da Associação de Transporte Aéreo Internacional, que afirmou estar vendo uma significativa melhora na confiança em torno do setor em janeiro.

Na ponta vendedora, destaque de queda para os papéis de ALL e B2W. Os papéis de OGX e Redecard também se destacaram entre as maiores variações negativas.

Bolsas de NY

As Bolsas de Valores norte-americanas fecharam o pregão desta segunda-feira em terreno negativo, com investidores vendendo ações do setor bancário devido às preocupações sobre os problemas fiscais na zona do euro. O dia foi marcado pela ausência de dados econômicos de peso.

O índice industrial Dow Jones caiu 1,04% aos 9.908 pontos. O S&P 500 cedeu 0,89% para 1.056 pontos. Enquanto a bolsa eletrônica Nasdaq perdeu 0,7% aos 2.126 pontos.

Bolsas da Europa


O medo em relação à saúde fiscal de alguns países periféricos da zona do euro deu uma trégua e as bolsas de valores europeias encerraram o primeiro pregão da semana em alta, puxadas pelos papéis das companhias de mineração. A alta de hoje interrompeu uma sequência de três quedas consecutivas, em que alguns indicadores chegaram a ceder quase 10% (o referencial Ibex 35, de Madri, perdeu 9,31% em três sessões).

Em Londres, o índice FTSE-100 subiu 0,62% aos 5.092 pontos. As companhias de mineração lideraram as altas do dia, com destaque para os papéis da Xstrata, que subiram 3,56% após a companhia anunciar um lucro acima do esperado no último trimestre de 2009 e o pagamento de dividendos de US$ 0,08 por ação. As ações da Rio Tinto, Kazakhmys e Anglo American tiveram altas entre 0,97% 2,73%.

Em Paris, o CAC 40 avançou 1,22% para 3.607 pontos, com destaque para as ações dos bancos Credit Agricole e Societe Generale, que subiram 2,08% e 1,09% na mesma ordem, recuperando em parte as perdas das últimas sessões.

Em Frankfurt, o índice DAX-30 avançou 0,93%, aos 5.484 pontos e em Milão, o índice FTSE MIB subiu 0,59% para 20.938 pontos.

Em Madri, o Ibex 35 ganhou 1,02% para 10.206 pontos, com as ações da petrolífera Repsol YPF avançando 2,62%, seguidas pelos da Telefonica com 2,13% de alta e Banco Santander, que avançaram 1,94%.

A agenda do dia contou com apenas um indicador no Velho Mundo. O Índice Sentix de confiança do investidor na zona do euro passou de -3,7 em janeiro para -8,2 pontos neste mês, abaixo das expectativas do mercado (-2,7 pontos). Nos EUA, não houve indicadores econômicos hoje.

Bolsas da Ásia


A maioria das bolsas de valores asiáticas encerrou o primeiro dia da semana em queda, ainda repercutindo os temores em relação à economia de alguns países da zona do euro. Os índices foram puxados pelas ações do setor industrial e de energia, que sofreram mais um dia de desvalorização.

No Japão, a Bolsa de Tóquio encerrou abaixo da marca de 10 mil pontos, menor nível em dois meses. O índice Nikkei 225 registrou 1,05% de desvalorização para 9.951 pontos. As ações de exportadoras como Panasonic (-5,32%), Casio (-5,30) e Sony (-3,63%) cederam com a alta do iene frente ao dólar.

Na China, o índice SSE Composite, da bolsa de Xangai, perdeu 0,14% aos 2.935 pontos, influenciada por fatores locais, como a redução de empréstimos para contenção do superaquecimento econômico. Em Hong Kong, o indicador Hang Seng caiu 0,58% aos 19.550 pontos e na Coreia do Sul, o índice Kospi, da Bolsa de Valores de Seul, recuou 0,91% para 1.552 pontos, puxado pelos papeis dos bancos

Na contramão dos demais indicadores do continente, o índice BSE Sensex, da bolsa de Bombai, avançou 0,13% aos 15.935 pontos e em Taiwan, o referencial TSEC weighted index registrou leve alta de 0,04% aos 7.215 pontos.

Petróleo

Em uma segunda-feira (8) de poucos indicadores, as cotações de petróleo fecharam em alta, repercutindo o noticiário geopolítico e a perspectiva de uma nova redução de temperatura nos EUA.

A cotação do barril do petróleo Brent, negociado no mercado de Londres, fechou a US$ 70,07 na sessão, com alta de 0,68% em relação ao último fechamento. Em Nova York, o contrato com vencimento em fevereiro, que apresenta maior liquidez, avançou 0,98%, terminando a sessão a US$ 71,89.

Dólar


SÃO PAULO - Após uma sequência de três altas, que o fez renovar sua máxima em 2010, o dólar comercial começou esta semana no vermelho, acompanhando a melhora no humor dos mercados, e fechou esta segunda-feira (8) cotado na venda a R$ 1,874 - desvalorização de 0,74%.

Em meio à ausência de indicadores econômicos relevantes na agenda internacional, os investidores mantiveram suas atenções para os eventos no âmbito doméstico. Como de costume, o Banco Central realizou um leilão de compra de dólares no mercado à vista. A operação ocorreu entre 12h35 e 12h45 (horário de Brasília), com uma taxa de corte aceita em R$ 1,8732.

A autoridade monetária ainda divulgou os dados referentes à balança comercial, que ficou deficitária em US$ 172 milhões na primeira semana de fevereiro. Já o relatório Focus mostrou que o mercado interno espera ver um maior crescimento na atividade industrial, além de também ter elevado as projeções de inflação para 2010. A taxa de câmbio também foi alterada, passando de R$ 1,76 no relatório da semana anterior para R$ 1,80 nesta segunda-feira.

Com o dia mais tranquilo nos negócios, os investidores demonstraram maior apetite ao risco, contribuindo para o avanço nos preços das commodities, como petróleo, cobre, ouro e prata. Em meio a esta tendência, a moeda norte-americana também fechou em queda frente a outras importantes divisas do mundo, como o euro e o franco suíço.

Gráficos


Hoje foi vencimento de opções e as ações apresentam comportamento errático, mais vale a queda de braço entre comprados e vendidos do que as regras da análise técnica (gráfica), a partir de amanhã teremos um horizonte mais definido.





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