sexta-feira, 23 de julho de 2010

Estudo para 26 de Julho de 2010

Após abrir e operar com forte instabilidade, o mercado acionário teve uma sexta-feira (23) de ganhos, avaliando os testes de estresse divulgados na Europa e nova sequência de bons resultados reportados ao redor do mundo. Por aqui, com noticiário corporativo e indicadores escassos, o Ibovespa subiu 0,87%, para 66.322 pontos - renovando máxima desde 3 de maio deste ano. Na semana, o índice teve alta de 6,39%, a maior valorização desde a primeira semana de maio de 2009. O volume financeiro totalizou R$ 4,68 bilhões.

A Comissão Europeia divulgou o resultado dos testes de estresse realizados com 91 instituições financeiras do continente. Ao todo, sete instituições foram reprovadas: o Hypo Real State, na Alemanha; o ATEbank, na Grécia; e cinco pequenas instituições espanholas: Cajasur, Civita, Espiga, Unnim Savings e Diada Savings. No total, o déficit de capital dessas instituições é de € 3,5 bilhões.

Bolsa

A Cyrela viu suas ações subirem na sessão, após divulgar a prévia de seus resultados operacionais no segundo trimestre deste ano, reportando vendas contratadas 83,4% maiores entre abril e junho de 2010 em relação ao apurado em igual período do ano passado, totalizando R$ 1,54 bilhão. No acumulado dos seis primeiros meses do ano, as vendas contratadas da empresa atingiram R$ 2,60 bilhões, o que representa 40% do ponto médio de seu guidance para 2010.

A sexta-feira também trouxe novo episódio na batalha travada entre as gigantes de telefonia celular europeias. O presidente do BES (Banco Espírito Santo), Ricardo Salgado, admitiu na última quinta-feira que a PT (Portugal Telecom) e a Oi estão mantendo contato. Questionado se as negociações seriam referentes a uma aquisição da PT de parte do capital da empresa brasileira, ele desconversou. A transação vem sendo apontada em rumores no mercado já há alguns pregões, como forma de agradar o governo português caso a PT venda sua fatia na Vivo à Telefonica.

Mais uma vez, as ações do setor de consumo se destacaram entre as maiores altas do benchmark, com Lojas Americanas e B2W liderando os ganhos.

A JBS também se destacou entre as maiores altas do índice. A empresa comunicou na noite passada que sua subsidiária, JBS Finance II, concluiu a precificação da sua oferta de títulos de dívida, somando um montante principal de US$ 700 milhões, com um cupom de 8,25% e vencimento em 2018. A conclusão da oferta está prevista para a próxima quinta-feira (29).

Comentando os resultados reportados referentes ao segundo trimestre, os diretores da Natura ressaltaram em teleconferência o aumento na receita na base anual, a manutenção do guidance e as operações na América Latina. Com relação aos resultados do primeiro semestre, o destaque ficou com a margem Ebitda (relação percentual entre geração operacional de caixa e receita líquida) de 25%, acima do guidance para o ano, de 23%, que foi mantido.

Nesta sessão, dentre as ações com maior peso na carteira teórica (que vigora de 3 de maio a 31 de agosto), Petrobras PN (PETR4) caiu 0,68% a R$ 27,79; Vale PNA (VALE5) teve alta de 0,81% a R$ 42,20; Itaú Unibanco PN (ITUB4) ganhou 1,05% a R$ 38,50; BM&FBovespa ON (BVMF3) apreciou 2,07% a R$ 12,35 e Gerdau PN (GGBR4) valorizou 2,08% a R$ 25,99.

Na ponta compradora, Lojas Americanas PN registrou ganhos de 4,65% a R$ 14,63; B2W Varejo ON avançou 3,83% a R$ 31,46; e LLX Logística ON teve elevação de 3,38% a R$ 8,25. Do outro lado, BRF Foods ON cedeu 1,59% a R$ 24,13; Redecard ON recuou 1,58% a R$ 25,49; e TIM ON perdeu 1,25% a R$ 7,12.

Destaques econômicos
No campo econômico, destaque ao crescimento de 1,1% da economia britânica entre abril e junho, bem acima da alta de 0,6% projetada pelos analistas. Na Alemanha, o índice de confiança dos executivos também surpreendeu ao apontar alta em julho, atingindo 106,2 pontos – seu maior patamar desde julho de 2007. O presidente do BCE (Banco Central Europeu), Jean-Claude Trichet, clamou por mais medidas de austeridades fiscais no Velho Continente, em artigo publicado no Financial Times.

Um dia depois do anúncio de um novo imposto que será cobrado dos bancos da Hungria pelo governo do país, a Moody’s Investors colocou o rating "Baa1" húngaro em revisão para possível rebaixamento, justificando sua decisão como reflexo do aumento das incertezas relacionadas à situação fiscais e econômica do país.

Nos EUA, sem indicadores relevantes na sessão, destaque para os resultados acima do esperado da Microsoft e McDonald's.

Por aqui, o IPC-S (Índice de Preços ao Consumidor - Semanal) manteve a trajetória de queda vista recentemente ao marcar deflação de 0,14%, taxa 0,01 ponto percentual menor que a apurada anteriormente.

Dólar

Após alternar entre perdas e ganhos no intraday, o dólar comercial fechou com queda modesta de 0,06%, sendo cotado na venda a R$ 1,760. Com esse recuo, a moeda norte-americana encerrou a semana com variação negativa de 1,23%.

No front doméstico, o Banco Central do Brasil realizou um leilão de compra de dólares no mercado cambial à vista. A operação ocorreu entre as 15h38 e as 15h48 (horário de Brasília) e teve uma taxa de corte aceita em R$ 1,7595.

(com dados do Infomoney e Último Instante)

Análise Gráfica








Nenhum comentário:

Postar um comentário