quarta-feira, 14 de julho de 2010

Estudo para 15 de Julho de 2010

O que parecia ser mais um dia de otimismo com a divulgação de números positivos da Intel na noite de ontem, acabou por não se sustentar na maioria dos mercados globais. Com exceção das bolsas de Nova York e Ásia, que fecharam em leve alta, o índice Ibovespa e o mercado acionário europeu amargaram um dia de perdas.

Além de dados mais fracos do comércio varejista norte-americano, a previsão negativa de dados da economia chinesa que saem nesta madrugada assustaram os investidores. Sem falar no tom comedido da ata do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC,na sigla em inglês).

Pela manhã, os agentes se animaram ao saber que a Intel Corporation, maior fabricante mundial de chips, terminou o segundo trimestre com lucro líquido de US$ 2,9 bilhões (US$ 0,51 por ação), revertendo o prejuízo de US$ 398 milhões de igual intervalo de 2009. Os analistas da Bloomberg estimavam lucro de US$ 0,43 por papel.

No entanto, segundo o Departamento do Comércio dos Estados Unidos, as vendas do comércio varejista norte-americano recuaram 0,5% em junho, na comparação com o mês de maio, abaixo das projeções que apontavam queda de 0,1% no período, o que desapontou os investidores.

Ainda entre os indicadores dos EUA, os pedidos de financiamentos hipotecários recuaram 2,9% na semana encerrada dia 9 de julho, ante o mesmo período da semana anterior, já com ajustes sazonais.

Já os estoques das indústrias avançaram 0,1% em maio ante abril para US$ 1,355 trilhão, um pouco abaixo do esperado pelo mercado que aguardava avanço de 0,2%. Em relação a maio de 2009, contudo, os estoques recuaram 1,5%.

Por fim, na pauta da agenda norte-americana, a ata do FOMC também ajudou a manter o clima nebuloso. Segundo o documento, os riscos para a recuperação econômica cresceram. Além disso, as estimativas para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) foram rebaixadas para um intervalo entre 3% e 3,5%, ante previsão anterior entre 3,2% e 3,7%. Este é o primeiro rebaixamento em mais de um ano. A última vez que o Fed reviu sua perspectiva de crescimento para este ano havia sido em 2009.

Na Europa, também saíram dados importantes. A produção industrial nos 16 países que formam a zona do euro cresceu 0,9% em maio na comparação com abril. Nos 27 países da União Europeia (UE) a evolução foi de 1% entre um mês e outro, de acordo com o Escritório Nacional de Estatística, o Eurostat.

Em Portugal, contudo, foram vendidos nesta quarta-feira € 1,68 bilhão em leilões de Obrigações do Tesouro com vencimento em dois ou nove anos. O montante superou as previsões do Instituto de Gestão da Tesouraria e do Crédito Público (IGCP), que eram de até € 1,5 bilhão, mas os juros ficaram acima das operações anteriores.

Portugal também voltou à pauta com o rebaixamento do rating de oito bancos portugueses pela Moody's, um dia depois da mesma agência cortar a nota da nação lusa em dois níveis, de "Aa2" para "A1".

Logo mais à noite, serão divulgados importantes indicadores do desempenho do gigante asiático como o Produto Interno Bruto (PIB) do segunto trimestre do ano, a inflação, vendas no varejo, produção industrial e investimentos em ativos fixos urbanos, todos de junho.

Por aqui, contudo, depois de oscilar entre a mínima de 63.014 e a máxima de 63.687 pontos, o Ibovespa perdeu 0,32% aos 63.479 pontos. O giro financeiro somou R$ 4,72 bilhões.

Já o dólar, após romper o piso de R$ 1,76 ontem, fato que não ocorria desde o início de maio, a moeda norte-americana voltou a subir e fechou com valorização de 0,62% negociado a R$ 1,762 na compra e R$ 1,764 na venda.

Na renda fixa, em dia de agenda doméstica vazia, os contratos de Depósitos Interfinanceiros (DIs) encerrarm em alta. Os contratos para agosto deste ano subiram de 10,48% para 10,50% em relação à vespera, enquanto setembro de 2010 apresentou elevação de 0,01 ponto percentual, a 10,71%. Janeiro de 2011, contudo, caiu 0,04 ponto percenutal para 11,22% e janeiro de 2012 subiu de 11,77% para 11,81%. Janeiro de 2013 também apresentou alta de 11,93% para 12,01% e janeiro de 2017 apresentou valorização de 12,03% a 12,06%.

Hoje o Banco Central informou que o Índice de Atividade Econômico (IBC-Br) ficou em 139,55 em maio, praticamente estável em relação ao mês anterior (139,58), considerando os dados dessazonalidados.

Na comparação entre maio deste ano e o mesmo mês de 2009, entretanto, houve expansão de 9,4%. Nos cinco primeiros meses do ano, o crescimento foi de 10,3%, ante igual período de 2009. Esses dados são resultado da série com ajuste sazonal (acerto feito no cálculo em função de variações do período).

O IBC-Br é uma forma de avaliar a evolução da atividade econômica e contribui para a decisão do Banco Central (BC) sobre a taxa básica de juros, a Selic. Quando considera que a economia está muito aquecida, com trajetória de inflação em alta, a instituição eleva a Selic, como fez este ano em abril (de 8,75% para 9,50% ao ano) e em junho (para 10,25% ao ano).

(fonte: Último Instante)

Análise Gráfica




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