sexta-feira, 9 de julho de 2010

Estudo para 12 de Julho de 2010

Os mercados acionários mundiais registraram mais um dia de ganhos nesta quinta-feira, repercutindo, entre outros indicadores positivos, o fato de o Fundo Monetário Internacional (FMI) ter divulgado na noite de ontem o relatório Perspectiva Econômica Mundial em que eleva a previsão de crescimento mundial de 4,2% para 4,6%. Para o órgão, os países emergentes e em desenvolvimento puxarão o crescimento global e terão desempenho melhor que os países avançados.

Segundo o Fundo, o motor brasileiro seguirá revolucionado, com um crescimento de 7,1% em 2010, o que implica uma grande revisão, com alta de 1,6 pontos percentuais em relação às previsões de abril. Na América Latina como um todo o avanço deve ser de 4,8%.

Para os EUA, o FMI revisou para maior as projeções de crescimento desse ano (3,1% para 3,3%), e do próximo (2,6% para 2,9%). Por outro lado, revisou para baixo as projeções para a zona do euro em 2011 (1,5% para 1,3%) para o Reino Unido nesse e no próximo ano (1,3% para 1,2% e 2,5% para 2,1%).

Na pauta do dia da maior economia mundial, portanto, o número de solicitações de auxílio-desemprego (initial claims) nos Estados Unidos caiu em 21 mil para 454 mil na semana encerrada no dia 3 de julho, melhor que as expectativas dos analistas, que esperavam decréscimo para 460 mil novos pedidos.

Ainda por lá, segundo o Conselho Internacional de Shopping Centers (ICSC), as vendas nas 31 grandes cadeias de lojas nos Estados Unidos cresceram 3% em junho, patamar dentro do esperado (entre 3% e 4%). Em uma base anual, as vendas totais cresceram 3,8% - ainda assim o melhor desempenho desde 2006.

Próximo o fechamento, entretanto, o Federal Reserve (Fed, banco central americano) divulgou que o crédito ao consumidor norte-americano em maio recuou 4,5% ante abril, ou US$ 9,1 bilhões, atingindo um total de US$ 2,41 trilhões. O dado veio bem pior do que as projeções, que apontavam recuo de US$ 2 bilhões.

Do Velho Continente os dados também foram animadores. O Banco Central Europeu (BCE, na sigla em inglês) manteve a taxa de juros em 1% na zona do euro, conforme previam as expectativas.

O Banco da Inglaterra também votou em manter os juros básicos da economia em 0,5%, como previam os especialistas do mercado financeiro. A autoridade monetária inglesa mantém esta taxa desde março de 2009. Também na mesma data um programa de compras de ativos financiados mediante a emissão de reservas do banco central foi iniciado.

Já a produção industrial no Reino Unido cresceu 2,6% em maio na comparação com mesmo mês de 2009. Entre abril e maio a indústria britânica registrou alta de 0,3%.

Para encerrar o dia por lá, a Alemanha informou que exportou € 77,5 bilhões e importou um total de € 67,7 bilhões em maio deste ano. Os valores representam um crescimento de 28,8% nas exportações e de 34,3% nas importações. De acordo com dados provisórios do Escritório Federal de Estatística (Destatis), este foi o maior crescimento anual nas exportações desde de maio de 2000 (30,7%) e das importações desde janeiro de 1989 (38,9%).

Internamente, a semana reduzida, em função do feriado no Estado de São Paulo, terminou no azul na Bolsa de Valores de São Paulo. O otimismo externo deu o tom aos negócios e garantiu variação semanal positiva em 3,33% ao Ibovespa. Trata-se do melhor desempenho desde a última semana de março (+3,57%). No mês, houve apreciação de 4,17% e, no ano, recuo de 7,45%.

Após oscilar bastante durante o dia, o Ibovespa respirou no final e conquistou a terceira sessão em alta, com valorização moderada de 0,3% aos 63.476 pontos. O giro financeiro ficou em R$ 5,66 bilhões. O destaque desta jornada ficou por conta dos papéis do setor bancário e de siderúrgicas.

No mercado de câmbio, no interbancário, o dólar fechou a R$ 1,762 na compra e R$ 1,764 na venda, com baixa de 0,16%. Na semana, a moeda acumula baixa de 0,78% e, no mês, baixa de 2,43%.

Na renda fixa, após fecharem em baixa a sessão anterior, os Contratos de Depósitos Interfinanceiros (DIs) passaram por um movimento de ajuste e encerraram em forte alta esta quinta-feira.

A agosto deste ano subiu 0,01 ponto percentual, a 10,41%, enquanto setembro de 2010 também subiu 0,01 p.p., a 10,66%. Janeiro de 2011, por sua vez, subiu 0,03 ponto percentual para 11,32%. Janeiro de 2012 apresentou elevação de 0,03 p.p., a 11,90% e janeiro de 2013 subiu 0,08 p.p, a 12,08%. Por fim, janeiro de 2017 apresentou valorização de 12,05% para 12,10%.

Hoje a Fundação Getulio Vargas (FGV) mostrou que o Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) de 7 de julho registrou deflação de 0,08%, 0,13 ponto percentual (p.p.) acima da registrada na última apuração. Após três decréscimos consecutivos, a taxa do IPC-S voltou a apresentar aceleração nesta divulgação.

A FGV informou ainda que o Índice de Confiança de Serviços (ICS) caiu 1,4% entre maio e junho de 2010, ao passar de 133,4 para 131,5 pontos. Apesar de registrar a terceira queda consecutiva, o índice se mantém em patamar elevado, não muito distante do nível pré-crise financeira internacional (média de 134,8 pontos entre junho e agosto de 2008).

Já o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que emprego na indústria brasileira avançou 4,2% em maio na comparação com igual mês do ano anterior. Esta foi a quarta taxa positiva consecutiva e se iguala a mais elevada da série histórica assinalada em outubro de 2004.

Para completar a agenda do dia, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) mostrou que nível de utilização da capacidade instalada da indústria brasileira recuou 0,5% em maio na comparação com abril, na série com ajuste sazonal, e ficou em 82,3%. O indicador está 0,9 ponto percentual abaixo dos 83,2% registrados em setembro de 2008, quando eclodiu a crise financeira nos Estados Unidos que freou a economia mundial.

Análise Gráfica

Quando temos um recesso ficamos pensando como o pregão de reabertura irá se comportar e assimilar os efeitos do mercado mundial. Por isso incluímos um post com o fechamento das bolsas ao redor do mundo, notem que todas ficaram no verde.













Nenhum comentário:

Postar um comentário