sexta-feira, 4 de junho de 2010

Estudo para 7 de Junho de 2010

O anúncio do governo húngaro de que o país possa ser a próxima Grécia roubou a cena nesta sexta-feira nos mercados acionários ao redor do globo, dia em que os dados de criação de emprego nos Estados Unidos "prometiam" ditar rumo dos negócios.

Por aqui, a Bolsa de Valores de São Paulo, que não abriu ontem devido ao feriado de Corpus Christi, seguiu a onda pessimista e fechou o pregão em forte queda. O Ibovespa perdeu 2,01% aos 61.675 pontos. O giro financeiro foi de R$ 5,16 bilhões. Na semana, a variação está negativa em 0,44%. Em apenas três dias utéis, o índice acumula recuo de 2,17% em junho. Em 2010, a desvalorização é de 10,08%.

"A notícia da Hungria trouxe à tona novamente os problemas fiscais da Europa e o forte sentimento de aversão ao risco dos últimos dias", afirmou o operador da Um Investimentos, Paulo Hegg.

A Hungria entrou no foco dos agentes quando o porta-voz do primeiro-ministro húngaro, Peter Szijjarto, afirmou que o default não é um exagero no país e que a situação econômica é "muito grave". Segundo ele, o governo anterior manipulou dados e mentiu sobre a situação fiscal do país.

Entretanto, o primeiro ministro, Viktor Orban, prometeu divulgar nesse final de semana uma avaliação inicial de como estão as contas públicas, além de anunciar em 72 horas um plano preliminar de ação. Cabe lembrar que o país está na União Europeia desde 2004, mas está fora da zona do euro.

A cautela com a crise na Europa levou o euro ao nível mais baixo em mais de quatro anos frente à divisa norte-americana. A moeda única caiu do patamar de US$ 1,20.

Com o dólar em alta e as commodities em baixa, o termômetro da bolsa paulista não resistiu ao terreno positivo, puxada por expressivas desvalorizações nas ações de empresas domésticas, que atuam no segmento de matérias-primas, principalmente mineradoras e siderúrgicas. Vale ressaltar que as companhias ligadas ao setor têm peso de cerca de 44% no Ibovespa.

Entre as principais quedas do dia MMX Mineração ON recuou 5,21% a R$ 10,37; Usiminas ON caiu 4,95% a R$ 42,41; CSN On teve baixa de 4,94% a R$ 26,15; Vale ON perdeu 4,72% a R$ 47,59; e Vale PNA desvalorizou 4,66% a R$ 40,90.

Na contramão, as ações da Petrobras limitaram as perdas do mercado doméstico, figurando entre as poucas altas do dia. Petrobras PN (PETR4) ganhou 0,52% a R$ 29,25; enqaunto Petrobras ON (PETR3) subiu 1,44% a R4 33,80.

"As ações da Petrobras seguraram um pouco a queda do índice, com investidores mais confiantes de que o processo de capitalização vai sair e com o anúncio de uma nova descoberta em Campos", avaliou Hegg.

A petrolífera comunicou a descoberta de nova acumulação de óleo leve (29º API) no pré-sal da Bacia de Campos, em lâmina d’água de 648 metros, na área da Concessão de Produção do campo de Marlim. Estimativas preliminares apontam para volumes recuperáveis potenciais em torno de 380 milhões de barris de óleo equivalente.

Na mesma linha, Eletropaulo PNB avançou 5,60% a R$ 32,60; Copel PNB subiu 1,51% a R$ 33,70; enquanto CPFL Energia ON valorizou 2,2% a R$ 37,60.

Na noite de quarta-feira, a AES Eletropaulo comunicou a incorporação da subsidiária Eletropaulo Telecomunicações por sua holding controladora, a Brasiliana. O negócio terá um efeito contábil positivo de R$ 167 milhões no lucro do segundo trimestre.

Dentre as demais ações com maior peso na carteira teórica (que vigora de 3 de maio a 31 de agosto), Itaú Unibanco PN (ITUB4) desvalorizou 2,03% a R$ 34,25; BM&FBovespa ON (BVMF3) devolveu 1,43% a R$ 11,74 e Gerdau PN (GGBR4) caiu 3,46% a R$ 24,01.

Ações com destaque na ponta compradora


As ações ordinárias da Telemar (TNLP3) encerraram esta semana como principal destaque positivo dentre os papéis que compõem o Ibovespa, acumulando uma vlaorização de 14,38%, e fechando esta sexta-feira (4) cotadas a R$ 38,89. No mesmo período o índice paulista somou queda de 0,44%.

Ganhando em meio a agitação do setor de telecomunicações, os papéis fecharam com queda em apenas um dia dessa semana. Se dizendo otimista com o segmento, os analistas do Citigroup elegeram a empresa como uma de suas Top Picks. Os analistas James Rivett e Alexandre Garcia também destacaram o fato de tratar-se de papéis defensivos, ou seja, uma excelente opção de investimento em momentos de disseminação de temores, como o atual em relação à Europa.

Contudo, o setor tem ganhado evidência entre as manchetes por conta da disputa entre a Telefónica e a Portugal Telecom pelo controle da Vivo (VIVO4). “O setor de telecomunicações está em ebulição”, avalia Rosângela Ribeiro, analista da XP Investimentos. Mas não é só a Vivo que está envolvida nesse noticiário. É todo o movimento “natural” de consolidação que está tomando conta do setor, avalia Rosângela.

No caso mais específico da Telemar, a proximidade da assembleia dos acionistas minoritários da Brasil Telecom (BRTO3, BRTO4) para decidir sobre a relação de troca com as ações da Telemar Norte Leste (TMAR3, TMAR5) trouxe ânimo aos investidores, puxando as ações das companhias envolvidas.

Também se destacaram positivamente nesta semana as ações da Eletropaulo (ELPL6, R$ 32,36, +6,27%), da Telesp (TLPP4, R$ 36,85, +6,20%), da GOLl (GOLL4, R$ 21,20, +4,64%), da Lojas Americanas (LAME4, R$ 12,78, +4,50%) e da JBS (JBSS3, R$ 7,49, +4,32%).

Destaques na ponta vendedora
Se as ações ordinárias da MMX (MMXM3) lideraram os ganhos dos papéis que compõem o Ibovespa na semana passada, nesta, a liderança veio na ponta negativa: os papéis exibiram a maior queda semanal do índice, acumulando depreciação de 6,15%. Apenas nesta sexta-feira (4), os papéis cederam 5,21% e fecharam cotados a R$ 10,37, enquanto o Ibovespa caiu 2,01% na sessão e 0,44% na semana.

Mas a liderança da MMX foi praticamente dividida com a Fibria (FIBR3), cujos papéis ordinários apresentaram desvalorização semanal de 6,14%. Na sessão, a baixa foi de 4,26%, para R$ 27,21.

Um movimento de ajuste é um dos principais fatores que explica a forte queda semanal das ações da MMX. Na semana passada, os ativos dispararam mais de 20%.

Nesta semana, pesaram as discussões em torno do aumento do preço do minério de ferro e a ameaça de que a demanda da China diminua como consequência. Na segunda-feira, a mídia apontou que a Vale (VALE3, VALE5) deve estabelecer um novo reajuste de cerca de 35% sobre o preço do minério, que passará a vigorar a partir do dia 1º de julho. Além da mineradora brasileira, a Rio Tinto e a BHO Billiton também deverão elevar os valores cobrados pela commodity no próximo trimestre, em um patamar entre 30 e 35%.

No dia seguinte, o diretor de ferrosos da Vale, José Carlos Martins, não descartou a possibilidade de siderúrgicas chinesas romperem contratos firmados, caso os preços do mercado spot apresentem valores inferiores aos definidos nos acordos trimestrais.

No setor de papel e celulose, a divulgação dos dados semanais publicados pela empresa finlandesa Foex, utilizados como referência por investidores, mostraram que os preços de celulose de fibras longa e curta mantiveram-se em alta na semana passada. Mas apesar das perspectivas positivas para as produtoras brasileiras, o mercado já prevê diminuição no ritmo de alta nos preços.

Há quase duas semanas, a Fibria anunciou aumento de US$ 30 por tonelada de celulose, o sexto do ano. Com este ajuste, o preço da commodity passou a ser de US$ 920 por tonelada para a Europa e de US$ 950 por tonelada para a América do Norte.

Nesta semana, outros papéis que apresentaram performance bastante ruim foram Cemig PN (CMIG4, R$ 24,33, -5,33%), CSN ON (CSNA3, R$ 26,15, -4,74%), Duratex ON (DTEX3, R$ 14,77, --4,71%), PDG Realty ON (PDGR3, R$ 14,88, -4,62%) e Embraer ON (EMBR3, R$ 9,37, -4,39%).

Análise Gráfica

Durante a semana tivemos pregões com baixo volume, devido ao feriado nos EUA (Memorial day) e o feriado local (Corpus Christi). Lembrando que um dos princípios da Teoria de Dow é: O Volume deve confirmar a tendência; a análise gráfica fica comprometida pela falta de volume nos pregões.

Continuamos à espreita de CEMIG, agora formou um candle de reversão e pode marcar um fundo, veremos.....









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