quinta-feira, 10 de junho de 2010

Estudo para 11 de Junho de 2010

O otimismo tomou conta dos mercados nesta quinta-feira (10), entre indicadores positivos divulgados na Ásia e nos EUA, e manutenção das taxas básicas de juros na Europa. Por aqui, por outro lado, o Copom (Comitê de Política Monetária) elevou na noite passada a taxa Selic em 0,75 ponto percentual, ficando agora em 10,25% ao ano. Além da decisão, o grande destaque da sessão é a aprovação da capitalização da Petrobras. Entre tantas referências, o Ibovespa avançou 2,54%, a 63.048 pontos. O volume financeiro totalizou R$ 5 bilhões.

Os ativos da Petrobras fecharam em alta, embora menos acentuada que o índice . Na madrugada passada, o Senado aprovou os projetos de lei que estabelecem a capitalização da empresa e instituem o regime de partilha e o Fundo Social do Pré-Sal. O projeto da capitalização segue agora diretamente para a sanção do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ao passo em que o PLC 7/10, que estabelece o regime de partilha e cria o fundo social, retornará para a Câmara dos Deputados, uma vez que sofreu alterações no Senado.

Com o aval esperado de Lula, o Governo fica autorizado a vender à companhia, sem licitação, licenças para exploração de até 5 bilhões de barris de óleo equivalente de hidrocarbonetos fluidos em áreas da camada pré-sal, que vai do litoral de Santa Catarina ao Espírito Santo. Durante a tarde, o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, criticou a aprovação da emenda que estabelece o regime de partilha, e afirmou que "a Petrobras não é mais importante que o Brasil".

Segundo a Agência Estado, a empresa quer protocolar o registro de sua oferta pública de ações na CVM (Comissão de Valores Mobiliários) já na semana que vem, citando fonte próxima à estatal brasileira. Com isso, o objetivo da Petrobras é fechar o preço da operação antes do final de julho, visto que o principal foco da oferta serão os investidores estrangeiros e agosto é mês de férias no hemisfério Norte. A estatal já informou oficialmente que contratou o Banco do Brasil como coordenador de varejo no Brasil da oferta de ações. As ações ordinárias da petrolífera fecharam em alta de 1,13%, enquanto os ativos preferenciais registraram valorização de 1,18%.

As mineradoras e siderúrgicas se destacaram na ponta positiva. Nesta sessão, foi divulgado que a produção de aço bruto na China registrou queda no mês de maio, de acordo com dados divulgados pela CISA (Associação de Ferro e Aço da China). No último mês foram produzidas em média 1,8 milhão de toneladas métricas diárias, recuo de 20 mil toneladas métricas face à produção diária de abril. A queda foi puxada pelas pequenas siderúrgicas da região norte do país, as quais cortaram sua produção frente ao cenário fragilizado pelo qual passa o setor, em grande parte devido aos preços elevado de suas matérias-primas (especialmente minério de ferro e carvão).

Quem também se destacou na ponta compradora foram as ações do setor imobiliário, com Agre e PDG entre as maiores altas do benchmark.

A Vivo comunicou em evento o programa de expansão de cobertura 3G, que prevê que os investimentos totalizem R$ 2,49 bilhões este ano. As ações da empresa subiram mais de 5%.

Entre as maiores altas do dia, MMX Mineração (MMXM3) disparou 6,13% a R$ 11,43; Gerdau Metalúrgica (GOAU4) avançou 6,06% a R$ 30,97; e Usiminas (USIM5) teve alta de 5,85% a R$ 45,40. Ainda dentre as mineradoras e siderúrgicas, Vale (VALE5) ganhou 2,1% a R$ 41,27; Gerdau (GGBR4) subiu 4,47% a R$ 26,85; e CSN (CSNA3) avançou 4,47% a R$ 26,85.

Os papéis da Petrobras também fecharam no azul, após o Senado aprovar a projeto para capitalização da companhia nesta madrugada. Petrobras PN (PETR4) teve alta de 1,05% a R$ 29,86.

Dentre as poucas baixas do dia, Transmissora Paulista PN caiu 1,74% a R$ 45,10; e Eletropaulo PNB perdeu 1,03% a R$ 32,51.

As demais ações com maior peso na carteira teórica (que vigora de 3 de maio a 31 de agosto) também encerram em valorização, Itaú Unibanco PN (ITUB4) registrou ganhos de 2,54% a R$ 34,35; e BM&FBovespa ON (BVMF3) apresentou elevação de 2,13% a R$ 11,98.

Agenda
O PIB (Produto Interno Bruto) do Japão cresceu 5% no primeiro trimestre, superando estimativas do mercado. O sentimento do consumidor do país registrou em maio sua quinta alta consecutiva, avançando 0,8% frente a abril, atingindo 42,8 pontos - maior pontuação desde outubro de 2007. Ainda assim, o indicador permanece abaixo dos 50 pontos, linha que marca a divisão entre otimismo e pessimismo. Por fim, os preços do atacado no Japão cresceram 0,4% em maio frente ao mesmo mês do ano passado, marcando a primeira alta em 17 meses. O índice também veio acima das projeções, que esperavam variação nula nos preços no quinto mês do ano.

Em linha com dados não-oficiais divulgados na véspera pela Reuters, as exportações chinesas saltaram 48,5% em maio, na base de comparação anual, atingindo a maior alta dos últimos seis anos e o maior valor desde setembro de 2008.

Nos EUA, o déficit na balança comercial diminuiu no mês de abril em relação a março, além de ficar abaixo do esperado por analistas, enquanto os pedidos de auxílio-desemprego caíram para 456 mil na última semana, vindo acima do esperado. Já o orçamento do governo do país registrou déficit de US$ 135,927 bilhões em maio, abaixo das projeções e do registrado em abril. O número marca o vigésimo mês consecutivo de saldo negativo do Treasury Budget.

O Banco da Inglaterra manteve a taxa básica de juro do Reino Unido em 0,5% ao ano e seguiu com o programa de compra de títulos no valor de £ 200 bilhões. A decisão de manter o juro no menor nível histórico era amplamente esperada pelo mercado. Reunido em Frankfurt, o BCE (Banco Central Europeu) também optou pela manutenção da taxa básica de juro vigente na Zona do Euro em sua mínima histórica, de 1% ao ano.

O presidente da UE, Herman Van Rompuy, afirmou que caso algum país integrante da Zona do Euro necessite de socorro financeiro, e este socorro extrapole o valor do pacote orçado pela União Europeia em conjunto com o FMI (Fundo Monetário Internacional) no valor de € 750 bilhões, os Estados-membros irão fornecer ainda mais dinheiro.

Por aqui, o IPC-Fipe (Índice de Preços ao Consumidor) da primeira quadrissemana de junho apontou inflação de 0,08%, taxa 0,16 ponto percentual inferior à vista na mediação anterior, abaixo das expectativas do mercado.

Projeções
O BCE elevou suas projeções para o PIB mundial e a inflação. A revisão indica uma expectativa de segundo trimestre mais ativo e preços de commodities pesando ao consumidor. A nova projeção para a crescimento econômica em 2010 está entre 0,7% a 1,3%, com o ponto médio em 1,0%. Contudo, para 2011, o BC europeu diminui suas expectativas, apontando um intervalo estimado de 0,2% a 2,2%. Já no campo de preços, o ponto médio das projeções de analistas do BCE para inflação é de 1,5% neste ano, maior do que a indicação anterior de 1,2%.

A IEA (Agência Internacional de Energia, na sigla em inglês) elevou sua previsão para a demanda global por petróleo, que deve atingir 86,4 milhões de barris por dia neste ano, representando aumento de 2%, ou 1,7 milhão de barris por dia, ante 2009. Em relação à estimativa divulgada no mês passado, a nova projeção mostrou aumento de 60 mil barris.

Dólar
Em mais um dia recheado de eventos na agenda econômica, o dólar comercial manteve sua trajetória de desvalorização e chegou à sua terceira queda consecutiva. Ampliando suas perdas até o fim do dia, a moeda norte-americana fechou cotada a R$ 1,81 na venda, indicando uma forte variação negativa de 2,06%.

No front doméstico, o BaCen realizou nesta quinta-feira mais um leilão de compra de dólares no mercado cambial entre as 15h38 e as 15h48 (horário de Brasília), com uma taxa aceita em R$ 1,8092.

Renda Fixa
O mercado de juros futuros encerrou pela quarta sessão consecutiva em alta. O contrato de juros de maior liquidez nesta quinta-feira, com vencimento em janeiro de 2012, registrou uma taxa de 12,01%, 0,09 ponto percentual acima do fechamento de quarta-feira.

O mercado de títulos da dívida externa fechou em alta. O título brasileiro mais líquido, o Global 40, fechou com valorização de 0,07%, cotado a 132,50% do valor de face. Com isso, o indicador de risco Brasil, calculado pelo conglomerado financeiro JP Morgan, registrou queda de 14 pontos-base em relação ao fechamento anterior, atingindo 232 pontos base.

Bolsas Internacionais
O índice S&P 500, que engloba as 500 principais empresas norte-americanas, fechou em alta de 2,95% e atingiu 1.087 pontos. Seguindo esta tendência, o índice Nasdaq Composite valorizou-se 2,77% a 2.219 pontos, da mesma forma, o índice Dow Jones, que mede o desempenho das 30 principais blue chips norte-americanas, subiu 2,76% a 10.173 pontos.

Na Europa, o índice CAC 40 da bolsa de Paris registrou alta de 2,03% e atingiu 3.517 pontos; no mesmo sentido, o índice DAX 30 da bolsa de Frankfurt valorizou-se 1,20% chegando a 6.057 pontos e o FTSE 100, da bolsa de Londres, subiu 0,92% a 5.133 pontos.

Confira os eventos previstos para sexta-feira
Por aqui, a FGV divulga o IGP-M (Índice Geral de Preços - Mercado) do primeiro decêndio de junho, que é bastante utilizado pelo mercado, e retrata a evolução geral de preços na economia. O IBGE ainda reporta a Pesquisa de Emprego Industrial de abril, relatório que trata de mão-de-obra e rendimento do trabalho no Brasil.

Nos EUA, o principal destaque vai para o indicador Retail Sales referente ao mês de maio, que mede as vendas totais do mercado varejista, desconsiderando o setor de serviços. Já o Retail Sales ex-auto ignora as vendas de automóveis.

A Universidade de Michigan publica a preliminar do Michigan Sentiment de junho, que mede a confiança dos consumidores na economia norte-americana. O Business Inventories compreende o nível de vendas e de estoques das indústrias, além dos setores de atacado e varejo durante o mês abril.

(com dados do Infomoney e Último Instante)

Análise Gráfica

Tivemos uma grata surpresa com o bom humor internacional que elevou o DJ e IBOV.

DJ inclusive escapou de seu canal de baixa, vamos ver se se mantém assim !!!!





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