quarta-feira, 23 de junho de 2010

Estudo para 24 de Junho de 2010

Em mais um dia de sobe e desce, na esteira de Wall Street, a Bolsa de Valores de São Paulo se descolou no final e garantiu um encerramento no azul, rompendo a barreira dos 64 mil pontos. Após bater a mínima de 64.247 pontos, o Ibovespa valorizou 0,54% na máxima do dia, aos 65.160 pontos. Trata-se do maior patamar alcançado desde 12 de maio deste ano (65.223). O giro financeiro somou R$ 5,8 bilhões.

"A bolsa esteve de lado nesses últimos sete dias utéis, na casa dos 64 mil pontos. Eu vejo um leve espaço para alta, uma respirada até os 66.700 pontos. Chegando aí, fica mais complicado. O índice deve encontrar uma resistência mostruosa. Se conseguir passar disso, podemos falar em buscar os 72 mil pontos", avalia o sócio-presidente do YouTrade, Marcelo Coutinho.

Coutinho aponta, contudo, que o mercado ainda segue pessimista e que o investidor deve adotar uma posição de cautela. "Ainda não é hora de ir às compras", alerta o profissional.

Os negócios hoje ficaram à mercê do noticiário norte-americano, divido entre dados enfraquecidos do setor imobiliário e a nada supreendente decisão do Federal Reserve (Fed, banco central dos Estados Unidos) em manter mais uma vez a taxa básica de juros num intervalo entre zero e 0,25% ao ano.

Na visão de Coutinho, os problemas com a situação fiscal europeia já estão "absorvidos" pelas praças acionárias mundiais e as atenções estão voltando ao dados dos Estados Unidos, que é um mercado de "peso". "Só um fato muito novo e relevante sobre a crise pode voltar a mexer nos mercados", estima.

As vendas de novas casas na maior potência mundial despencaram 32,7% em maio em comparação com abril, ao contabilizar 300 mil unidades. O número também é 18,3% menor ao de maio de 2009 (367 mil). Além disso, o resultado surpreendeu negativamente o mercado que aguardava a venda de 410 mil unidades.

Por sua vez, o anúncio do Fed animou as bolsas por lá por um breve momento, mas sem muita força, para terminarem o pregão em direções opostas. O índice industrial Dow Jones teve alta de 0,05% para 10.298 pontos. O S&P 500 caiu 0,30% para 1.092 pontos e a bolsa eletrônica Nasdaq cedeu 0,33% para 2.254 pontos.

De acordo com o documento, o mercado de trabalho está melhorando gradualmente e a recuperação deve ser moderada por algum tempo.

Segundo relatório da LCA Consultores, a autoridade monetária optou por evitar sinais que sugerissem alterações na condução da política monetária no curto prazo principalmente em decorrência do agravamento recente da instabilidade nos mercados financeiro, reflexo da crise fiscal europeia.

O reflexo da decisão foi pequeno por aqui, segundo Coutinho. "O mercado já está muito precificado e acabou não reagindo a decisão do Fed. A não ser que aconteça algo de extrema relevância devemos ficar nesse 'lenga-lenga'", afirma.

No mercado doméstico, foram as ações da Petrobras que puxaram o foco do lado negativo, tendo em conta o adiamento da oferta de ações da companhia de julho para setembro. Petrobras PN cedeu 2,09% a R$ 28,50 e Petrobras ON caiu 1,86% a R$ 32,62; figurando entre as maiores baixas da sessão.

Na mesma linha, CCR Rodovias ON cedeu 2,76% a R$ 35,20; LLX Logística ON recuou 2,25% a R$ 7,80; e Banco do Brasil ON devolveu 1,91% a R$ 27,71.

Na ponta compradora, Sabesp ON ganhou 4,07% a R$ 36,05. Ontem, a companhia aprovou novo contrato de prestação de serviços públicos de abastecimento de água e saneamento básico para a cidade de São Paulo, pelo prazo de 30 anos.

Na sequência, Usiminas PNA teve alta de 3,83% a R$ 49,32; MRV ON subiu 3,37% a R$ 13,49; Usiminas ON avançou 2,84% a R$ 48,80.

Ainda nos destaques de alta, BM&FBovespa disparou 3,63% a R$ 12,55. Hoje, a empresa informou que concluiu o aumento da participação na CME (Chicago Mercantile Exchange) para 5%, além de assinar um contrato para o desenvolvimento conjunto de uma Nova Plataforma de Negociação Multimercado.

Dentre as demais ações com maior peso na carteira teórica (que vigora de 3 de maio a 31 de agosto), Vale PNA (VALE5) apreciou 1,15% a R$ 42,05; Itaú Unibanco PN (ITUB4) registrou ganhos de 0,28% a R$ 35,40; e Gerdau PN (GGBR4) valorizou 0,59% a R$ 25,60.

Bolsas de NY
Em uma sessão volátil, com exceção do índice industrial Dow Jones, as demais Bolsas de Valores dos Estados Unidos fecharam em queda nesta quarta-feira, movimento que se intensificou após o Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC, na sigla em inglês), do Federal Reserve (Fed, banco central norte-americano), afirmar que a recuperação econômica dos Estados Unidos deve ser moderada por algum tempo.

Pela manhã, o humor dos investidores já não era dos melhores depois de os dados de vendas de casas novas terem decepcionado e apresentado o menor nível em pelo menos quatro décadas. Ontem, as bolsas já fecharam no vermelho, repercutindo indicadores mais fracos sobre as vendas de casas existentes, que cederam 2,2% em maio para 5,66 milhões.

A venda de novas casas nos Estados Unidos despencou 32,7% em maio em comparação com abril, ao contabilizar 300 mil unidades. O número também é 18,3% menor ao de maio de 2009 (367 mil). Além disso, o resultado surpreendeu negativamente o mercado que aguardava a venda de 410 mil unidades.

De acordo com o Fed, o mercado de trabalho está merolhando gradualmente e a recuperação deve ser moderada por algum tempo. Já os gastos domésticos estão aumentando, enquanto o crescimento da renda cresce modestamente e o crédito continua apertado.

"As condições financeiras tornaram-se menos favoráveis, em grande parte devido a evolução do mercado externo, sendo que os empréstimos junto aos bancos continuaram a contrair nos útlimos meses. No entanto, o Fed prevê um retorno gradual aos níveis mais elevados, embora o ritmo de recuperação da economia tende a ser moderado por um tempo", diz documento apontando ainda que a taxa de juros deverá permanecer inalterada, incluindo as baixas taxas de utilização de recursos e as tendências inflacionárias.

Ao final da sessão, o índice industrial Dow Jones teve alta de 0,05% para 10.298 pontos. O S&P 500 caiu 0,30% para 1.092 pontos e a bolsa eletrônica Nasdaq cedeu 0,33% para 2.254 pontos.

Bolsas da Europa
Os principais mercados acionários do continente europeu tiveram um dia de perdas, influenciados pela queda das ações de empresas mineradoras e pelas vendas de casas novas abaixo das espectativas nos Estados Unidos.

Segundo estimativas divulgadas hoje pelo Departamento de Habitação e Desenvolvimento Urbano norte-americano, as vendas de novas casas nos EUA totalizaram 300 mil unidades, queda de 32,7% sobre a taxa revisada de abril (446 mil) e 18,3% abaixo da de maio de 2009 (367 mil).

O número ficou bem abaixo das expectativas do mercado que sinalizavam um número de 410 mil novas vendas.

Em Londres, o índice FTSE-100 cedeu 1,30% aos 5.178 pontos. Entre os destaques negativos do indicador, as mineradoras Lonmin, Xstrata e Rio Tinto perderam entre 1,9% e 3,2%.

Em Paris, o índice CAC-40 caiu 1,71% para 3.641 pontos. Por lá, os papéis da siderúrgica ArcelorMittal perderam 2,58%, enquanto os do banco Credit Agricole cederam 1,13%.

Em Frankfurt, o índice DAX-30 perdeu 1,03%, aos 6.204 pontos. Em Milão, o FTSE MIB, caiu 1,21% aos 20.358 pontos e em Madri, o indicador Ibex 35 devolveu 1,3% aos 9.886 pontos.

Entre os indicadores europeus, os agentes analizaram o Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) na zona do euro, que caiu para 56 pontos em junho após subir em abril e maio. Apesar do abrandamento no ritmo de crescimento, a série se manteve elevada pelos padrões históricos (sua média de longo prazo foi de 53,4), indicando forte expansão em curso.

Na Alemanha, indicador de confiança do consumidor se manteve estável, com previsão de 3,5 pontos em julho.

Bolsas da Ásia

23 de junho de 2010 - A maior parte das bolsas de valores do continente asiático terminou a sessão desta quarta-feira com desvalorização, na esteira das perdas dos mercados de Nova York e das commodities.

Na China, o índice SSE Composite, da bolsa de Xangai, recuou 0,73% aos 2.569 pontos, depois de avançar nas últimas duas sessões. As ações de empresas de siderurgia lideraram as perdas, devido à desvalorização das matérias-primas.

No Japão, o índice Nikkei 225 registrou 1,87% de baixa aos 9.923 pontos, influenciada pelas perdas das bolsas de Wall Street na véspera. As ações da Kawasaki recuaram 4,69%, enquanto as da Citzen caíram 3,63%.

Na Coreia do Sul, o índice Kospi, da Bolsa de Valores de Seul, registrou baixa de 0,33% aos 1.725 pontos. Em Taiwan, o referencial TSEC weighted index cedeu 0,40% aos 7.582 pontos.

Na direção oposta, em Hong Kong, o índice Hang Seng subiu 0,18% aos 20.856 pontos e na Índia, o referencial BSE Sensex, da bolsa de Bombai, terminou com leve alta de 0,04% aos 17.755 pontos.

Petróleo
As cotações de petróleo voltaram a fechar em queda nesta quarta-feira (23), pressionadas pelo aumento acima do esperado nos estoques norte-americanos do produto e projeções conservadoras da AIE (Agência Internacional de Energia) para o mercado da commodity nos próximos anos.

Em Londres, a cotação do barril do petróleo Brent terminou o dia a US$ 75,81, com queda de 2,60%. Já no mercado nova-iorquino, o contrato de petróleo mais líquido, com vencimento em julho, registrou retração de 1,78%, fechando a sessão a US$ 75,83.


Dólar

Após operar acima de R$ 1,80 durante o intraday, o dólar comercial amenizou sua trajetória no final do dia e fechou esta quarta-feira (23) cotado na venda a R$ 1,792 valorização de 0,56%. Foi a terceira alta consecutiva da moeda norte-americana, tendência esta favorecida pelo clima de apreensão nos mercados.

Em meio à manutenção já esperada do juro básico norte-americano nos patamares atuais, os investidores voltaram a ponderar sobre o verdadeiro ritmo de recuperação da economia mundial, por conta dos comentários mais pessimistas do Federal Reserve e dos indicadores decepcionantes da agenda internacional. Esse cenário contribuiu para que aumentasse a procura nos mercados por dólar, tendo em vista seu caráter mais seguro em momentos de incerteza.

Pouco antes do encerramento das negociações, o Banco Central do Brasil realizou mais um leilão de compra de dólares no mercado cambial. A operação ocorreu entre 15h48 e 15h58 (horário de Brasília) e teve uma taxa de corte aceita em R$ 1,7912. Ainda sobre essas intervenções, o BaCen informou que, até o dia 18 de junho, fora adquiridos US$ 1,485 bilhão no mercado à vista, totalizando desde o início do ciclo de intervenções (maio de 2009) cerca de US$ 41,9 bilhões.

(com dados do Último Instante e Infomoney)

Análise Gráfica

IBOV continua em uma zona de congestão, fechou no positivo. Podemos notar que os últimos fechamentos tem ocorrido bem próximos (sequência de seis candles).

A resistência imediata do índice é por volta dos 65.900 pontos (máxima dos últimos pregões).

Vale continua caminhando no triângulo simétrico (triângulo de indecisão), Petro caiu para baixo da MM21.

Hoje fui "estopado" em minha posição de TNLP4....Mas faz parte do negócio !!!!

Enviem-nos suas análises, será prazer postar estudos de leitores do blog !!!





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