segunda-feira, 12 de abril de 2010

Estudo para 13 de Abril de 2010

Com uma definição sobre a ajuda da Grécia, após ministros da Zona do Euro chegarem a um pacote de ajuda orçado em € 30 bilhões a ser provido em caso de insolvência, as bolsas fecharam no terreno positivo nesta segunda-feira (12). Entretanto, por aqui o Ibovespa sentiu a queda nas commodities e na cotação das ações da Petrobras, e fechou em queda de 1,12%, a 70.614 pontos. O volume financeiro totalizou R$ 5,86 bilhões.

As ações da Petrobras estiveram entre as principais quedas do índice, ajudando a pressionar o Ibovespa nesta sessão. O presidente da estatal, José Sergio Gabrielli, admitiu que o prazo para a capitalização da petrolífera está curto, mas disse se manter confiante na aprovação do projeto. Com relação a alternativas caso a capitalização não se concretize este ano, Gabrielli evitou especular.

As empresas de papel e celulose também se destacam na ponta negativa do Ibovespa, assim como as ações da Redecard, que mais uma vez aparecem entre as piores performances do índice, em decorrência das incertezas sobre o fim da exclusividade entre credenciadoras no País. Nesta segunda-feira o Morgan Stanley emitiu relatório com teor pessimista sobre o assunto, apresentando preços-alvo para Cielo e Redecard bem inferiores às atuais cotações.

Na ponta positiva, destaque para os papéis da Cosan, liderando os ganhos do benchmark. O Morgan Stanley elevou a recomendação das ações da Cosan de equal-weight para overweight (expectativa de retorno acima do benchmark nos próximos 12 a 18 meses), e manteve recomendação overweight para os ADRs da Cosan Limited. Os preços-alvo foram elevados respectivamente para R$ 29 (ante R$ 22,2) e US$ 14,8 (ante US$ 9,9).

Também aparece entre os maiores ganhos do dia as ações da Lojas Renner. Nesta segunda-feira, o Barclays elevou seu target dos papéis.

Fora do índice, as ações da Telebrás dispararam, após rumores de que o governo decidiu que a empresa fará apenas a operação no atacado do Plano Nacional de Banda Larga. Citando fontes do governo, a agência Estado informou que a oferta do serviço de banda larga no varejo, dentro do plano governamental, será feita pelas operadoras privadas, enquanto a Telebrás fará apenas a operação no atacado do Plano Nacional de Banda Larga, deixando para as operadoras privadas a oferta do serviço no varejo. Procurado pela InfoMoney, o presidente da Telebrás, Jorge da Motta, e o diretor de Relações com Investidores, Lorival Silva, não foram encontrados. A Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações), por sua vez, informou à redação que não se manifesta sobre o assunto, uma vez que a decisão é de responsabilidade do Governo. A assessoria de imprensa da Casa Civil também não se manifestou.

A convite do empresário Eike Batista, o presidente da China, Hu Jintao, participa da inauguração de um trecho do porto do Açu, um megainvestimento da LLX no município de São João da Barra, no norte fluminense. As ações da empresa de logística estiveram entre as maiores variações positivas do índice. Já os ativos da OSX - que divulgou nesta manhã o anúncio de encerramento de seu IPO (Initial Public Offering), tendo captado com a operação cerca de R$ 2,45 bilhões, a um preço de R$ 800,00 por papel ordinário - tiveram forte queda na sessão.

Como haviamos dito o destaque negativo da sessão ficou por conta de Petrobras PN (PETR4), que terminou o dia com queda de 2,38% a R$ 34,39.

As siderúrgicas também pressionaram o Ibovespa nesta segunda-feira. Vale PNA (VALE5) recuou 0,57% a R$ 50,75; Usiminas (USIM5) perdeu 1,14% a R$ 60,50; Gerdau (GGBR4) cedeu 1,93% a R$ 30,95; e CSN (CSNA3) caiu 1,11% a R$ 35,49. Cabe lembrar, que a temporada de balanços trimestrais nos Estados Unidos teve início hoje nos Estados Unidos, o que pode ter causado certa volatilidade nos papéis das empresas do setor por aqui.

Dentre as demais ações com maior peso na carteira teórica (que vigora de 4 de janeiro a 30 de abril) Itaú Unibanco PN (ITUB4) teve baixa de 1,37% a R$ 39,55; BM&FBovespa ON (BVMF3) desvalorizou 1,45% a R$ 12,22 e Bradesco PN (BBDC4) registrou recuo de 1,33% a R$ 33,30.

Liderando as maiores altas, Cosan ON registrou ganhos de 3,93% a R$ 22,50; MMX Mineração ON apresentou elevação de 2,39% a R$ 13,28; LLX Logística ON conquistou 2,11% a R$ 8,69; Lojas Renner ON subiu 1,35% a R$ 41,40; e B2W Varejo ON teve valorização de 0,93% a R$ 37,90.

Na ponta vendedora, Fibria ON devolveu 3,29% a R$ 37,05; Klabin PN perdeu 2,94% a R$ 5,61; e Redecard ON caiu 2,68% a R$ 29,00.


Agenda
O orçamento do governo norte-americano registrou déficit de US$ 65,387 bilhões em março, acima das expectativas mas melhor do que o saldo negativo de US$ 220,909 bilhões visto em fevereiro.

Na China, dados mostraram que o país teve em março seu primeiro déficit comercial em seis anos, de US$ 7,2 bilhões, e o nível de empréstimos recuou 27% em março na comparação mensal, mostrando conteção do crédito no gigante asiático.

Por aqui, o relatório Focus mostrou elevação das projeções do mercado para o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro em 2010, enquanto que o IGP-M (Índice Geral de Preços - Mercado) referente ao primeiro decêndio de abril apontou desaceleração. Já a balança comercial registrou um saldo positivo de US$ 790 milhões nas duas primeiras semanas de abril.

Petróleo

As cotações do barril de entrega futura do petróleo fecharam com leve queda nesta segunda-feira (12) tanto em Londres quanto em Nova York, em resposta à avaliação dos sinais sobre a demanda pelo produto.

Os mercados receberam mal a declaração do ministro de enegia da Qatar, Abdullah Bin Hamad al-Attiyah, que afirmou que os estoques de óleo bruto estão em suas máximas históricas e que não existe uma escassez de oferta. Na última semana, um relatório do Departamento de Energia dos EUA, o maior consumidor do produto no planeta, revelou que os estoques do produto no país avançaram 2 milhões de barris na passagem semanal, atingindo o patamar de 356,2 milhões de barris.
A cotação do barril do petróleo Brent, negociado no mercado de Londres, fechou a US$ 84,77, com queda de 0,07% em relação ao último fechamento. Enquanto isso, o contrato de maior liquidez no mercado de Nova York, com vencimento em maio, fechou cotado a US$ 84,77 por barril, caindo 0,68% frente ao fechamento anterior.

Dólar
Mantendo uma trajetória negativa consolidada ao longo do dia, o dólar comercial fechou com forte queda de 1,01%, sendo cotado na venda a R$ 1,759.

No front interno, o Banco Central, realizou um leilão de compra de dólares no mercado cambial à vista. A operação ocorreu bem próxima do fechamento dos negócios, tendo início às 15h38 e terminando às 15h48 (horário de Brasília), com uma taxa de corte aceita em R$ 1,7581.

Bolsas Internacionais

O índice S&P 500, que engloba as 500 principais empresas norte-americanas, fechou em leve alta de 0,18% e atingiu 1.196 pontos. Seguindo esta tendência, o índice Nasdaq Composite valorizou-se 0,16% a 2.458 pontos, da mesma forma, o índice Dow Jones, que mede o desempenho das 30 principais blue chips norte-americanas, subiu 0,08% a 11.006 pontos.

Na Europa, o índice CAC 40 da bolsa de Paris registrou leve baixa de 0,00% e atingiu 4.051 pontos; no mesmo sentido, o índice DAX 30 da bolsa de Frankfurt valorizou-se 0,02% a 6.251 pontos. Por outro lado, o FTSE 100 da bolsa de Londres fechou em leve alta de 0,12%, atingindo 5.778 pontos.

Renda Fixa

De olho na carregada agenda de indicadores econômicos doméstica, que contou com a prévia do IGP-M e com projeções revisadas do relatório Focus, os juros futuros encerraram em queda, embora os contratos de curto prazo tenham mostrado tendência indefinida. O contrato com vencimento em janeiro de 2011, que apresenta maior liquidez, encerrou apontando taxa de 10,52%, queda de 0,02 pontos percentuais em relação ao último fechamentor.

O Global 40, bônus mais líquido dentre os títulos da dívida externa brasileira, era cotado a 133,35% de seu valor de face, queda de 0,11% na comparação com a véspera. Já o risco-país era cotado a 179 pontos-base, alta de 3 pontos frente à última cotação.

Confira os eventos previstos para terça-feira

No Brasil, não serão divulgados indicadores relevantes.

Já nos EUA, serão apresentados o Export Prices e o Import Prices, ambos do mês de março. Os índices excluem de suas bases a produção agrícola e as cotações do petróleo, respectivamente. Destaque também para o Trade Balance (balança comercial) com base no mês de fevereiro, que mede a diferença entre os valores das importações e exportações realizadas pelo país.

Com dados do Infomoney e Último Instante)

Gráficos

Nossas recentes análises foram muito felizes, muitos nos escreveram agradecendo os estudos de FLRY3 e CSAN3 (Fleury e Cosan respectivamente). Como sempre dizemos: Publicamos estudos de análise técnica e não sugestão de compra ou venda de ativos.









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