quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Fechamento da Semana 20 de Novembro

Em pregão de véspera de feriado (amanhã não teremos pregão devido ao feriado da Consciência Negra) IBOV cai 0,28% aos 66.327 pontos, o giro financeiro foi de R$ 5,723 Bi. Na semana o índice apresenta elevação de 1,53%, depois de ter atingido pontuação recorde no ano na última terça-feira, aos 67.405 pontos.

Hoje foi o primeiro pregão após o anúncio de cobrança de Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) de 1,5% sobre as novas emissões de ações no exterior (DRs). Embora analistas tenham minimizado o impacto direto da medida sobre a taxa de câmbio, predominaram as críticas ao novo anúncio do governo.

Entre as ações brasileiras, o destaque negativo foi, pela segunda sessão seguida, o setor financeiro. As ações das companhias de meios de pagamento estiveram entre as maiores perdedoras, depois de o Santander Brasil ter informado que está em negociações avançadas para operar no setor.

Redecard caiu 3%, para R$ 26,19. Fora do índice, Cielo (ex-VisaNet) perdeu 2,94%, para R$ 15,50.

Alheia ao movimento externo negativo, a ação preferencial da Petrobras protegeu o Ibovespa de perdas maiores, ao subir 0,8%, a R$ 38,50, com analistas fazendo comentários positivos sobre novas descobertas de petróleo anunciadas esta semana pela estatal.

O dia também foi marcado pela chegada da Direcional Engenharia à bolsa. Na estreia, a ação da companhia mineira de construção civil teve alta de 1,9%, a R$ 10,70.

IOF

A medida, anunciada quarta à noite, tem por finalidade eliminar a assimetria de custos que passou a existir quando o governo taxou com IOF de 2% a entrada de capital externo na Bolsa e na renda fixa, no dia 20 de outubro.

Para escapar do pagamento de 2%, os investidores compravam ADRs e depois cancelavam o recibo e o banco custodiante emitia a ação. Com isso, o investidor estrangeiro conseguia negociar ações na Bovespa sem recolher o IOF.

Bolsas de NY

O índice Nasdaq Composite, que concentra as ações de tecnologia, fechou em baixa de 1,66%, a 2.157 pontos, acumulando no ano forte alta de 36,76%.

O S&P 500, que engloba as 500 principais empresas dos EUA, encerrou o pregão em desvalorização de 1,34% atingindo 1.095 pontos e subindo 21,22% no ano, enquanto o Dow Jones, que mede o desempenho das 30 principais blue chips norte-americanas, apresentou queda de 0,89% chegando a 10.333 pontos e acumulando no ano forte alta de 17,73%.

As bolsas norte-americanas encerraram as negociações desta quinta-feira (19) registrando queda pela segunda sessão consecutiva. Assim como na véspera, as ações ligadas a empresas de tecnologia puxaram os índices para o vermelho. O recuo no preço das commodities e indicadores do setor imobiliário ajudaram a acentuar o movimento.


Petróleo


Após três altas consecutivas, as cotações de petróleo fecharam em queda nesta quinta-feira (19), repercutindo a valorização do dólar frente às divisas internacionais. Declarações de membros da Opep (Organização do Países Exportadores de Petróleo) também influenciaram os preços.

A cotação do barril de petróleo Brent, negociado no mercado de Londres, encerrou a US$ 77,64, queda de 2,30% em relação ao último fechamento. Por sua vez, o contrato com vencimento em dezembro, que apresenta maior liquidez no mercado de Nova York, encerrou a US$ 77,46 barril, caindo 2,66%

Dólar


No mercado cambial, o dólar retomou a trajetória de alta, após encerrar estável ontem, e fechou no patamar do R$ 1,73. A moeda norte-americana encerrou o dia em alta de 0,99%, negociada a R$ 1,734 para venda.

O mercado atribuía a cautela observada em todo o mundo à incerteza sobre a retomada econômica global. Havia também, em menor grau, um pouco de precaução com a possibilidade de que outros países além do Brasil tomem medidas interpretadas como um controle de capital.

Embora profissionais de mercado afirmem que a alta desta sessão não esteve relacionada diretamente ao novo anúncio do IOF, Francisco Carvalho, gerente de câmbio da corretora Liquidez, lembra que ele reforçou a perspectiva de agentes de mercado de que o governo está disposto a atuar sempre que a moeda se aproximar de R$ 1,70.

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