quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Estudo para 8 de Outubro de 2010

Em mais um dia instável aos mercados internacionais, o Ibovespa fechou a sessão desta quinta-feira (7) em queda de 0,88%, a 69.918 pontos. Com a queda dos ativos da Petrobras, o índice voltou a fechar abaixo dos 70 mil pontos, depois de ter se sustentado acima desse patamar por quatro pregões consecutivos. O volume financeiro do dia ficou em R$ 11,02 bilhões.

Nesta sessão, novamente, a Petrobras chamou atenção na ponta vendedora do benchmark. Após um processo de capitalização visto pelo mercado como bem sucedido, as ações da estatal vêm sofrendo seguidas quedas em meio a rebaixamentos de recomendação. Múltiplos altos em relação à média do mercado e diluição da base acionária após a oferta de ações são dois dos principais motivos citados pelos analistas como justificativas dos cortes.

Os papéis preferenciais da estatal (PETR4) recuaram 2,01% a R$ 25,34; enquanto os ordinários (PETR3) caíram 2,95% a R$ 28,32.

Dentre demais as ações com maior peso na carteira teórica (que vigora de 1º de setembro a 31 de dezembro) Vale PNA (VALE5) teve leve alta de 0,02% a R$ 47,45; Itaú Unibanco PN (ITUB4) subiu 0,19% a R$ 41,58; BM&FBovespa ON (BVMF3) desvalorizou 0,63% a R$ 14,21; e OGX ON (OGXP3) teve baixa de 0,17% a R$ 23,07.

Do lado comprador, destaque para NET PN (+4,15% a R$ 22,86); Lojas Americanas PN (+2,52% a R$ 17,07); Santander UNT (+1,37% a R$ 24,45); ALL UNT (+1,37% a R$ 24,45); e Light (+0,91 a R$ 22,15).

Na outra ponta, figuraram Usiminas (-5,72% a R4 24,7); Klabin (-4,3 a R$ 4,67); PDG (-3,85% a R$ 20,99); e BRF Foods (-3,4% a R$ 25,29); além de Petrobras.

Agenda
No cenário doméstico, destaque para indicadores divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), medida oficial da inflação doméstica, avançou 0,45% em setembro. Já o INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) registrou inflação de 0,54% em setembro.

Além disso, o INCC (Índice Nacional da Construção Civil), calculado pelo IBGE em parceria com a CEF (Caixa Econômica Federal), apresentou variação de 0,35% em setembro, alta de 0,04% sobre o resultado de agosto, quando o índice variou 0,31%. Por fim, foram divulgados dados sobre a safra brasileira neste mês, indicando que a produção de cereais, leguminosas e oleaginosas no país deverá avançar 11,1% neste ano, atingindo a marca de 148,9 milhões de toneladas.

Referências externas
Os grandes bancos centrais europeus, BoE (Bank of England) e BCE (Banco Central Europeu), anunciaram que não vão alterar suas taxas básicas de juros, mantendo-as em 0,5% e 1,0%, respectivamente. Em termos de produção industrial, a Alemanha registrou forte crescimento, de 1,7%, superando expectativas.

Já a Espanha realizou nova operação de venda de títulos de dívida, arrecadando € 3,22 bilhões, total inferior ao máximo previsto de € 4 bilhões. O juro pago foi de 2,527%, superior ao juro pago em sua última emissão comparável, ocorrida no mês de agosto.

No front norte-americano a agenda trouxe o Initial Claims, que surpreendeu ao apontar 445 mil pedidos na última semana, abaixo dos 455 mil esperados. Ainda são esperados para o dia dados referentes ao crédito disponibilizado ao consumidor.

Ainda por lá, o Federal Reserve divulgou o Consumer Credit, que revelou recuo ajustado sazonalmente de US$ 3,3 bilhões no montante de crédito concedido ao consumidor norte-americano na passagem entre julho e agosto. O resultado veio pior do que indicavam as projeções, de queda de US$ 3 bilhões no período.

O Prêmio Nobel de Economia, Joseph Stiglitz, destacou que a política do Federal Reserve de cortar a taxa básica de juro norte-americana para um mínimo histórico culminou menos em um impulso à economia e mais na perda de relevância da autoridade monetária dos EUA. Ele revelou ainda que não espera grandes mudanças no quadro com a iminência da adoção de novas rodadas de flexibilizações quantitativas.

Dólar

Revertendo a trajetória negativa vista no início da manhã, o dólar comercial conheceu nesta quinta-feira seu segundo dia seguido de alta, fechando cotado na venda a R$ 1,686 - variação positiva de 0,24%.

O Banco Central voltou a atuar no mercado cambial à vista por meio de leilão de compra de dólares. A primeira intervenção ocorreu por volta das 12h30, com uma taxa de corte aceita em R$ 1,6782. Já a segunda rodada de compra teve início às 15h48 e terminou às 15h53, com uma taxa de R$ 1,685.

(dados do Infomoney e Último Instante)

Análise Técnica




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