quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Estudo para 15 de Outubro de 2010

Pregão
Invertendo a tendência no final do pregão, o Ibovespa encerrou a quinta-feira (14) em leve alta de 0,02%, a 71.692 pontos. Após um dia instável na bolsa brasileira, o volume financeiro do dia chegou a R$ 9,09 bilhões. A performance do benchmark foi influenciada positivamente pela alta auferida pelas ações da Petrobras e da Vale no dia.

Por aqui, a Petrobras voltou a fechar em alta. Dentre as novidades envolvendo a companhia está a divulgação por parte da CVM (Comissão de Valores Mobiliários) de que as instituições que participaram da oferta de ações da empresa poderiam ter divulgado seus relatórios de research avaliando negativamente a Petrobras ainda durante o processo de capitalização da companhia.

Na última semana, logo após o período de silêncio legalmente imposto pela oferta, as duas instituições que lideraram o processo de intermediação da capitalização divulgaram relatórios de suas equipes de research rebaixando a recomendação para os papéis da estatal brasileira.

Em linha, outra importante blue chip brasileira, a Vale, também registrou ganhos no dia. Segundo nota emitia pela mineradora, será lançado oficialmente nesta quinta o projeto de cobre Konkola North, no Cinturão do Cobre, Zâmbia, por meio de sua joint venture com a African Rainbow. Com investimento estimado em US$ 400 milhões, o projeto possui capacidade nominal de 45 mil toneladas métricas anuais de cobre contido em concentrado, segundo nota emitida pela companhia.

Dentre as ações com maior peso na carteira teórica (que vigora de 1º de setembro a 31 de dezembro) Vale PNA (VALE5) subiu 0,97% a R$ 48,10; Petrobras PN (PETR4) ganhou 2,84% a R$ 26,44; Itaú Unibanco PN (ITUB4) caiu 0,73% a R$ 42,35; BM&FBovespa ON (BVMF3) desvalorizou 3,59% a R$ 15,06; e OGX ON (OGXP3) recuou 0,74% a R$ 22,95.

Do lado positivo, além das ações preferenciais da Petrobras, destaque para TAM PN (+3,2% a R$ 41,86); Cosan ON (+2,84% a R$ 27,39); Petrobras ON (+1,75% a R$ 29,10); Telemar PN (+1,73% a R$ 25,33).

Na contramão, ficaram CCR Rodovias ON (-8,32% a R$ 45,50); Embraer ON (-3,11% a R$ 11,20); Vivo PN (-2,02 a R$ 48,59); e Redecard ON (-1,97% a R$ 25,35).

Agenda
No mercado doméstico, o IGP-M (Índice Geral de Preços - Mercado) apontou inflação de 0,75% na primeira prévia de outubro, taxa 0,24 ponto percentual menor do que a vista no mesmo período do mês anterior, segundo dados divulgados pela FGV (Fundação Getulio Vargas).

Ainda por aqui, as vendas do comércio varejista registraram crescimento no oitavo mês do ano, de acordo com a Pesquisa Mensal do Comércio, divulgada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Segundo o estudo, o aumento das comercializações foi de 2% frente a julho e de 10,4% na comparação com o mesmo mês do ano passado.

A Anefac (Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade) divulgou que a taxa média de juros cobrada nos financiamentos à pessoa física recuou 1 ponto base em setembro, registrando a menor taxa da série histórica iniciada em 1995. No nono mês do ano, os juros médios ficaram em 6,74% ao mês e, em agosto, a taxa era de 6,75%.

Também foi destaque na cena interna as falas do presidente do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), Luciano Coutinho, e do secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin. Em palestra no Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças, Coutinho afirmou que o governo precisa aplicar novas medidas para minimizar a desvalorização do dólar. Já Augustin confirmou o interesse do governo em emitir títulos em reais ainda este ano, como também ressaltou que não foram iniciadas a compra de dólares pelo Fundo Soberano.

Referências externas
Lá fora atenção para a agenda norte-americana. O número de pedidos de auxílio-desemprego reportados nos EUA na última semana ficou acima das expectativas do mercado, conforme dados divulgados pelo Departamento de Trabalho norte-americano. O Initial Claims registrou um total de 462 mil novos pedidos no período, pior que o esperado pelos analistas, cujas projeções giravam em torno de 450 mil.

Também em foco, o índice de preços ao produtor norte-americano avançou durante o mês de setembro. O indicador de preços pagos a fábricas, agricultores e produtores em geral, que é análogo no Brasil ao índice de preços no atacado, registrou alta de 0,4% durante o período, acima das expectativas de mercado, de 0,2%, e em linha com a alta registrada em agosto. Já o Core PPI, que exclui itens cujos preços são considerados mais voláteis, como energia e alimentos, reportou aumento de 0,1% no mês passado, em linha com as expectativas do mercado e a última medição.

Ainda no âmbito econômico norte-americano, a balança comercial dos EUA registrou déficit de US$ 46,3 bilhões em agosto, resultado pior do que o esperado pelo mercado, de US$ 44,5 bilhões. Para sexta-feira (15), os investidores aguardam os números do orçamento do governo dos EUA em setembro.

Dólar
Depois de três sessões consecutivas de desvalorização, o dólar comercial encerrou esta quinta-feira (14) em leve alta de 0,48%, cotado a R$ 1,663 na venda, reagindo às mínimas feitas durante a semana.

O Banco Central voltou a comprar dólares neste pregão. De acordo com o Departamento de Operações de Reservas Internacionais (Depin), foram duas intervenções. A primeira, por volta de 12h40, teve uma taxa de R$ 1,6625. Já a segunda operação teve início às 15h45 e terminou às 15h50. A taxa aceita ficou em R$ 1,6628.

Renda Fixa
O mercado de juros futuros encerrou em queda. O contrato de juros de maior liquidez, com vencimento em janeiro de 2012, fechou com taxa de 11,25%, baixa de 0,08 ponto percentual em relação ao fechamento anterior.

No mercado de títulos da dívida externa, o título brasileiro mais líquido, o Global 40, fechou em alta de 0,35% em 140,95% do valor de face.

O risco-País registrou variação negativa de sete pontos-base em relação ao fechamento anterior, encerrando o dia em 172 pontos-base.

Bolsas Internacionais
O índice S&P 500, que engloba as 500 principais empresas norte-americanas , fechou em leve baixa de 0,36% e atingiu 1.174 pontos, seguindo esta tendência, o índice Nasdaq Composite desvalorizou-se 0,24% a 2.435 pontos. Por outro lado, a Dow Jones, que mede o desempenho das 30 principais blue chips norte-americanas, fechou em leve baixa de 0,01% atingindo 11.095 pontos.

Na Europa, o índice FTSE 100 da bolsa de Londres registrou leve baixa de 0,35% e atingiu 5.727 pontos; no mesmo sentido, o índice CAC 40 da bolsa de Paris desvalorizou-se 0,24% a 3.819 pontos. Por outro lado, o DAX 30 da bolsa de Frankfurt fechou em leve alta de 0,32%, atingindo 6.455 pontos.

Confira os eventos previstos para sexta-feira

A agenda do último dia da semana será carregada de indicadores norte-americanos e marcada pela ausência de referências econômicas na cena interna. Nos Estados Unidos, destaque para o Retail Sales, que denotará o volume de vendas no varejo do país ao longo do mês de setembro.

Ainda por lá, atenção aos dados da atividade manufatureira trazidos pelo NY Empire State Index de outubro, bem como números da inflação medidos pelo CPI e Core CPI. Também estará em foco o nível de confiança do consumidor que será apresentado pelo indicador Michigan Sentiment, assim como o volume das vendas e estoques do varejo e atacado norte-americanos em agosto, revelado pelo Business Inventories.

Boas notícias aos acionistas da Vale
O Conselho de Administração da Vale aprovou nesta quinta-feira em reunião extraordinária o pagamento da segunda parcela de remuneração aos acionistas, no valor total de R$ 2,89 bilhões, o equivalente R$ 0,555154105 por ação ordinária ou preferencial em circulação.

Segundo a Vale, computando-se a primeira parcela da remuneração mínima paga a partir do dia 30 de abril, a companhia distribuirá a seus acionistas em 2010 o valor de R$ 5,09 bilhões.

"Esta é a maior distribuição de remuneração ao acionista feita pela Vale, sendo 10,1% superior ao pagamento realizado em 2009", afirmou a empresa em comunicado.

O pagamento será efetuado a partir do dia 29 de outubro de 2010.

"Farão jus ao recebimento da remuneração deliberada todos os acionistas detentores de ações de emissão da Vale em 14/10/2010 e todos os detentores de American Depositary Receipts de emissão da Vale em 19/10/2010", segundo comunicado da Vale.


Lembrando: horário de verão e vencimento de opções sobre ações

A Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) e a BM&F (Bolsa de Mercadorias & Futuros) estreiam novos horários a partir do próximo dia 18, com o início do horário de verão.

A partir da próxima segunda-feira (18), o pregão da Bolsa de Valores atrasa uma hora e passa a funcionar entre 11h e 18h (hora de Brasília). O chamado "after-market" (pregão eletrônico) muda para o horário das 18h30 às 19h30.

Já no segmento da BM&F, o início dos negócios de contratos futuros e de opções, baseados em índices (cesta de ações) também avança uma hora, para a faixa das 10h às 18h30. Para os demais produtos, os horários não sofreram alterações.

Lembramos também que segunda-feira (dia 18)é vencimento de opções sobre ações, como as ações apresentam comportamento errático nesta data optamos por não postar nossos estudos de análise técnica.

(Informações da Agência Reuters, Infomoney e Último Instante)

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