segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Estudo para 5 de Outubro de 2010

Descolando-se do movimento negativo registrado nas bolsas em Wall Street, o Ibovespa fechou a sessão desta segunda-feira (4) em alta de 0,22%, a 70.384 pontos . O volume financeiro do pregão ficou em R$ 5,86 bilhões.

Assim como na última sexta, o benchmark voltou a renovar sua máxima desde 15 de abril desde ano, quando fechara em 70.524 pontos. A performance positiva do índice foi influenciada pela alta nas ações do setor elétrico, a despeito da queda auferida pela Petrobras.

Por aqui, a Petrobras voltou a ser destaque no noticiário e no pregão. A companhia informou na noite da última sexta-feira que os bancos coordenadores de sua oferta de ações exerceram a totalidade do lote suplementar, levantando a cifra de R$ 5,196 bilhões após liquidação dos papéis.

Com o montante, o total captado pela companhia em seu processo de capitalização passa a ser de R$ 120,249 bilhões. A emissão suplementar totalizou aproximadamente 188 milhões de ações - 112.798.256 ações preferenciais, e 75.198.838 ações ordinárias, incluindo sob a forma de ADSs (American Depositary Shares). A companhia publicou ainda o anúncio de encerramento de sua oferta, mostrando forte participação de investidores brasileiros.

Outra blue chip em foco no dia foi a Vale. Após comunicar acordo de financiamento de US$ 1 bilhão com a agência oficial de crédito à exportação do Canadá, a mineradora viu seus ativos ordinários e PNA oscilarem no campo negativo durante praticamente todo o intraday nesta segunda-feira, fechando, porém, em leves altas no final da sessão, de 0,08% e 0,02%, respectivamente.

Cabe destacar que as ações do setor elétrico influenciaram a performance positiva do Ibovespa neste dia. Tendo figurado entre os principais ganhos do índice ao longo desta segunda, as ações da ON e PNB da Eletrobras refletiram a notícia de que, na última sexta-feira, a CAF (Corporação Andina de Fomento) aprovou empréstimo de US$ 500 milhões para financiar, junto com bancos privados, parte do plano de investimentos da companhia.

Sem sair do setor, os ativos da Copel lideraram a ponta compradora do benchmark.

No campo negativo, as ações da JBS figuraram entre os principais destaques de baixa do Ibovespa no dia em meio a polêmica sobre os desentendimentos entre o grupo italiano Cremonini e a companhia.

Dentre as demais ações com maior peso na carteira teórica (que vigora de 1º de setembro a 31 de dezembro) Itaú Unibanco PN (ITUB4) ganhou 0,12% a R$ 40,85; BM&FBovespa ON (BVMF3) valorizou 0,36% a R$ 14,09.

Do lado positivo, destaque para Copel PNB (+4,42% a R$ 38,75); ALL UNT (+3,55 a R$ 18,37); Transmissora Paulista PN (+3,24% a R$ 54,20); Vivo PN (+2,94% a R$ 48,69); e Eletrobras ON (+2,67% a R$ 22,26).

Na última sexta-feira (1º), a Corporação Andina de Fomento (CAF) aprovou um empréstimo de US$ 500 milhões para financiar parte do plano de investimentos da Eletrobras.

Na contramão, figuraram TAM PN (-2,12% a R$ 38,36); JBS ON (-2,07% a R$ 7,11); Marfrig ON (-1,81% a R$ 16,86); Brookfield ON (-1,52% a R$ 9,10); e Usiminas ON (-1,46% a R$ 26,39).

Em dia de estreia, as ações ordinárias da Estácio Participações fecharam em queda de 1,29% a R$ 21,49; após valorização expressiva na abertura.


Agenda
No front doméstico,o relatório Focus publicado pelo Banco Central manteve o otimismo dos economistas com a economia brasileira: a projeção para o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) neste ano aumentou 0,02 ponto percentual, marcando a quinta alta consecutiva. Agora, o mercado espera por um crescimento de 7,55% para a economia brasileira em 2010.

O documento também sinalizou novo avanço nas expectativas de inflação mensal e anual. Dessa forma, a variação projetada para o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) em setembro aumentou de +0,41% para +0,42%, enquanto o desempenho esperado para 2010 é de +5,07%.

Outro destaque da agenda interna foi o IPC-S (Índice de Preços ao Consumidor - Semanal), que marcou inflação de 0,46% na semana terminada em 30 de setembro último, taxa 0,06 ponto percentual maior que a apurada na medição anterior. Os dados foram divulgados pela FGV (Fundação Getulio Vargas).

Ainda por aqui, uma pesquisa do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) revelou que, em setembro, a cesta básica ficou mais cara para o consumidor em 14 das 17 capitais brasileiras analisadas. A maior alta foi registrada em Salvador, que viu o preço do conjunto de alimentos avançar 3,67% no mês frente a agosto.

Referências externas

No plano norte-americano, os investidores permaneceram inseguros frente à recuperação da economia dos EUA, com os principais índices acionários fechando no campo negativo. Na agenda do dia, foi revelado um recuo de 0,5% durante o mês de agosto no volume de encomendas à indústria norte-americana, o que incrementou a preocupação com o ritmo do crescimento industrial no país.

Apesar disso, houve um avanço de 4,3%, no mesmo mês, no número de contratos de compra e venda de casas nos EUA, resultado bem acima do esperado pelo mercado, de +1%. Entretanto, tal índice apenas indica os contratos que foram assinados e não as compras realmente efetuadas.

Na Europa as notícias também não foram animadoras. Um estudo realizado por pesquisadores da New Economic Foundation anunciou que o sistema bancário do Reino Unido precisará de novo pacote de resgate financeiro em 2011. Apesar disso, o ministro das Finanças, George Osborne, discorda do estudo e afirmou a jornalistas que acredita não ser necessário um novo pacote de ajuda aos bancos do país.

Dólar

Depois de um ciclo de três quedas consecutivas, o dólar comercial trilhou movimento de ajuste nesta segunda-feira, fechando o dia a R$ 1,692 em valorização de 0,65%. Cabe lembrar que, no último pregão, a divisa norte-americana fechou a R$ 1,681, renovando seu menor valor frente à moeda brasileira desde 3 de setembro de 2008.

O Banco Central voltou a atuar no câmbio por duas vezes, a despeito do movimento positivo predominantemente mostrado pelo dólar ao longo do dia. A autoridade realizou o primeiro leilão de compra no mercado à vista entre 12h11 e 12h16, com preço de corte a R$ 1,686.

Na segunda intervenção, o BC comprou dólares entre 15h54 e 15h59, a uma taxa aceita em R$ 1,76922. As informações foram reveladas pelo Depin (Departamento de Operações de Reservas Internacionais).

(dados do Infomoney e Último Instante)

Análise Técnica:




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