quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Estudo para 14 de Outubro de 2010

Acompanhando o clima positivo nos principais mercados externos, o Ibovespa encerrou a sessão desta quarta-feira (13) em alta de 1,03%, aos 71.674 pontos. O índice renovou nesta tarde sua máxima de 2010 no intraday ao atingir os 71.994 pontos - a marca anterior, em 71.989 pontos, fora alcançada em 9 de abril.

O volume financeiro do dia chegou aos R$ 12,53 bilhões, impulsionado pelo vencimento de opções sobre o Ibovespa e sobre o Ibovespa Futuro, além dos contratos futuros do índice, o que geralmente impulsiona o volume de negócios na BM&F Bovespa.

O índice repercutiu a ata do Fomc (Federal Open Market Committee) e a temporada de divulgação de resultados nos Estados Unidos - vale lembrar que na véspera o mercado brasileiro permaneceu fechado devido ao feriado de Nossa Senhora Aparecida.

Na véspera, o Federal Reserve declarou que estará pronto “em breve” para anunciar novos estímulos, como a compra de títulos do Tesouro. O banco central norte-americano também discute meios de impulsionar a expectativa de inflação do país. Além disso, destaque ao resultado da JP Morgan, que anunciou um lucro líquido de US$ 4,42 bilhões no terceiro trimestre de 2010.

Mercado em alta
As empresas do setor imobiliário lideraram as altas do pregão da BM&F Bovespa nesta quarta. Os papéis de maior destaque no setor foram os da Rossi Residencial e da MRV Engenharia, que apresentam forte valorização.

Também entre as maiores altas do dia, figuram as ações da Eletrobras. Questionada sobre algum possível anúncio ou comunicado ao mercado que pudesse influenciar o movimento de valorização, a Eletrobras disse que não há qualquer fato que justifique a alta.

Em sentido oposto, as ações da Embraer se destacaram entre as maiores perdas do Ibovespa, após a companhia ter divulgado seu relatório de operações nesta sessão. O documento revelou que a Embraer entregou 44 jatos no terceiro trimestre do ano. Com este resultado, o total de jatos entregues entre janeiro e setembro atingiu 154 unidades. Além disso, a carteira de pedidos a entregar (backlog) totalizava US$ 15,3 bilhões no último dia de setembro, valor praticamente em linha com o observado no mesmo período do ano anterior.

O balanço não foi bem recebido pelo mercado. "No geral, nós acreditamos que o resultado foi decepcionante", afirmaram os analistas Stephen Trent e Anglea Lieh, do Citigroup.

As ações da Petrobras também fecharam o dia no campo negativo. Entre as demais novidades da sessão, rumores de que a estatal precisaria captar R$ 30 bilhões para viabilizar os investimentos no pré-sal e de que a PDVSA, estatal venezuelana de petróleo, pode acabar sem participação no projeto da refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, realizado em parceria com a Petrobras. Além disso, o Credit Suisse cortou a recomendação e preço-alvo dos ativos da companhia brasileira.

No mercado doméstico, dentre as ações com maior peso na carteira teórica (que vigora de 1º de setembro a 31 de dezembro) Vale PNA (VALE5) subiu 0,51% a R$ 47,64; Petrobras PN (PETR4) caiu 0,54% a R$ 25,71; Itaú Unibanco PN (ITUB4) avançou 1,16% a R$ 42,66; BM&FBovespa ON (BVMF3) valorizou 3,79% a R$ 15,62; e OGX ON (OGXP3) registrou apreciação de 1,94% a R$ 23,12.

Do lado comprador, destaque para Rossi Residencial ON (+6,74% a R$ 18,05); MRV (+6,47% a R$ 18,10); Eletrobras PNB (+6,08% a R$ 28,96); Eletrobras ON (+6,08% a R$ 24,61); e TAM PN (+5,96% a R$ 40,56).

Na outra ponta, figuraram Embraer (-4,39% a R$ 11,53); LLX ON (-2,29% a R$ 8,95); Fibria (-2,05% a R$ 28,62); Lojas Americanas PN (-2,05% a R$ 16,75); e Brasil Ecodiesel ON (-2,02% a R$ 0,97).

Agenda
Por aqui, mais uma vez apontando avanço dos preços, o IPC-Fipe (Índice de Preços ao Consumidor) mostrou inflação de 0,76% na primeira quadrissemana de outubro, taxa 0,61 ponto percentual acima da variação apontada no mesmo período de agosto. Os dados foram divulgados pela Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas).

Também no campo inflacionário, mas agora lá fora, nos EUA o Export Prices, referente às exportações, registrou alta de 0,3%, frente ao 0,5% esperado. Já o Import Prices, índice de preços de importações, atingiu as expectativas do mercado, avançando 0,3%.

Dólar
Dando sequência a sua trajetória de queda, o dólar comercial encerrou a sessão desta quarta-feira em baixa de 0,66%, cotado a R$ 1,655 na venda, voltando a testar a mínima feita em 1 de setembro de 2008, quando alcançou a marca de R$ 1,646.

Apesar de novas intervenções por parte do Banco Central, que nesta sessão novamente interveio duas vezes no mercado, comprando moeda com uma taxa de corte de R$ 1,657 e R$ 1,654, a moeda norte-americana foi pressionada pela forte valorização dos mercados acionários.

Além disso, foi divulgado o fluxo cambial neste início de outubro. Nos primeiros seis dias do mês, o fluxo cambial acumulado ficou positivo em US$ 2,181 bilhões, com fluxo comercial deficitário de US$ 1,084 bilhões, enquanto o fluxo financeiro ficou positivo em US$ 3,265 bilhões.

Renda Fixa
O mercado de juros futuros encerrou em queda. O contrato de juros de maior liquidez, com vencimento em janeiro de 2012, fechou com taxa de 11,34%, baixa de 0,06 ponto percentual em relação ao fechamento anterior.

No mercado de títulos da dívida externa, o título brasileiro mais líquido, o Global 40, fechou em alta de 0,17% em 140,45% do valor de face.

O risco-País registrou variação negativa de um ponto-base em relação ao fechamento anterior, encerrando o dia em 179 pontos-base.

Bolsas Internacionais
O índice Nasdaq Composite, que concentra as ações de tecnologia norte-americanas, fechou em alta de 0,96% e atingiu 2.441 pontos. Seguindo esta tendência, o índice S&P 500 valorizou-se 0,71% a 1.178 pontos, da mesma forma, o índice Dow Jones, que mede o desempenho das 30 principais blue chips norte-americanas, subiu 0,69% a 11.096 pontos.

Na Europa, o índice CAC 40 da bolsa de Paris registrou alta de 2,12% e atingiu 3.828 pontos; no mesmo sentido, o índice DAX 30 da bolsa de Frankfurt valorizou-se 2,06% chegando a 6.435 pontos e o FTSE 100, da bolsa de Londres, subiu 1,51% a 5.747 pontos.

Confira os eventos previstos para quinta-feira

Por aqui, o mercado deve se atentar para a oscilação nos preços trazida pelo IGP-M (Índice Geral de Preços - Mercado) referente aos primeiros 10 dias de outubro. O indicador será revelado pela FGV (Fundação Getulio Vargas). Ainda no front doméstico, destaque para a Pesquisa Mensal do Comércio, que será apresentada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), referente ao mês de agosto.

Lá fora, a pauta norte-americana será movimentada, com dados da inflação no país representados pelos indicadores PPI e Core PPI. O mercado também ficará a par dos números da balança comercial de agosto, a ser revelada pelo Departamento do Comércio dos EUA, assim como o nível semanal dos estoques de petróleo. Cabe destacar que estes indicadores dividirão atenção com o Initial Claims, denotando o volume de pedidos de auxílio-desemprego auferido nos EUA ao longo da última semana.

Análise Técnica


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