sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Fechamento de Outubro 2009

IBOV encerrou o último pregão do mês de outubro em forte queda, despencando 3,41%, aos 61.545 pontos. Após fortes ajustes – ontem a bolsa subiu quase 6% -, o Ibovespa encerrou a semana com baixa de 5,39%, e ficou estável no mês.

Em um dia bastante negativo para a renda variável - apenas duas integrantes do Ibovespa encerraram no campo positivo, Telesp e CCR -, a temporada de resultados ditou o rumo dos ativos. No balanço da semana apenas CCR, ALL, Light e Lojas Renner fecharam no azul.

Hoje, dois balanços tiveram impacto no desempenho da Bovespa. O primeiro deles - divulgado ontem após o fechamento do mercado – foi o da Embraer, que apresentou lucro líquido de US$ 57,7 milhões no terceiro trimestre, pelo padrão contábil norte-americano US Gaap.

De acordo com o analista Alan Cardoso, da Ágora Corretora, as margens da companhia vieram bem abaixo das estimativas, por conta da desvalorização do dólar em relação ao real e um mix de receitas mais fraco que o usual. "Como a empresa vinha apresentando um desempenho muito melhor em relação à média do setor, qualquer resultado mais fraco afetaria as ações", afirma.

Outro balanço divulgado hoje foi o da TIM Participações também anunciou lucro líquido de R$ 60,811 milhões entre julho e setembro, ante prejuízo de R$ 12,053 milhões no mesmo período do ano passado.

Para a analista Maria Tereza Azevedo, da Link Investimentos, em linhas gerais a TIM continua bem sucedida na mudança estratégica adotada após os fracos resultados de 2008. Ela acredita, porém, que o balanço da Vivo, previsto para o próximo dia 5 de novembro, deve superar o da concorrente.

Realização

Esse último pregão de outubro antecede um final de semana prolongado no Brasil, por conta do feriado de segunda-feira (Finados), e a semana que vem reserva uma bateria de indicadores importantes nos Estados Unidos e balanços. Segundo analistas, uma pequena realização de lucros nesta sexta-feira seria até natural depois da alta de quinta.

Ao mesmo tempo em que acompanharam o mercado externo, os investidores não desviaram as atenções do fluxo financeiro. Mesmo com a arrancada de ontem, o Ibovespa ainda não se recuperou totalmente da perda desde que a cobrança do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) começou a vigorar, no dia 20.

Mercados Internacionais

Os índices do mercado de ações dos Estados Unidos fecharam em baixa, em meio ao declínio nos papéis de empresas ligadas aos segmentos de matérias-primas e do setor financeiro - que puxaram os ganhos nas bolsas ontem - e a indicadores mistos sobre a economia norte-americana. O índice Dow Jones perdeu 2,51% e o Nasdaq, 2,50%.

Uma série de dados foram divulgados nesta manhã. Os gastos pessoais dos norte-americanos caíram 0,5% em setembro ante agosto, o maior declínio desde dezembro do ano passado, enquanto a renda pessoal ficou estável, ambos em linha com o previsto.

O núcleo do índice de preços para gastos com consumo (PCE) subiu 0,1%, abaixo da alta de 0,2% prevista. Além disso, o custo da mão de obra aumentou 0,4% no terceiro trimestre ante o segundo, um pouco abaixo da alta de 0,5% estimada.

Nesta sexta-feira, a maioria das bolsas de valores da Ásia terminou em alta, após registrar a pior queda em dois meses, com investidores encorajados pelo retorno dos EUA ao crescimento econômico, o que reforçou a confiança sobre a força da recuperação.

Um novo e esperado índice ao estilo do Nasdaq americano, o ChiNext, iniciou a cotação , gerando grande interesse entre os investidores com as 28 pequenas e médias empresas que compõem o mesmo.

Petróleo

Após a disparada do dia anterior, os preços do petróleo fecharam com forte queda nesta sexta-feira (30), conforme dados negativos da economia norte-americana contrabalancearam a euforia causada pela divulgação do avanço acima do esperado do PIB dos EUA na quinta-feira.

A cotação do barril do petróleo Brent, negociado no mercado de Londres, encerrou a US$ 75,20, com forte queda de 3,66% em relação ao último fechamento. Por sua vez, o contrato com vencimento em dezembro, que apresenta maior liquidez no mercado de Nova York, encerrou a US$ 77,00 por barril, com baixa de 3,76%.

Dólar


No mercado cambial, o dólar fechou a sexta-feira em alta de 1,44% frente ao real e encerrou a semana cotada a R$ 1,756 para venda. Em uma semana marcada por grandes ajustes e oscilações, o dólar teve alta de 2,45%. No mês, entretanto, a moeda acumulou queda de 0,95%.

(Com informações da Agência Estado, Infomoney e Reuters)

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