quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Estudo para 20 de Janeiro de 2011

À espera da decisão do Copom (Comitê de Política Econômica do Banco Central), o Ibovespa encerrou a sessão desta quarta-feira (19) em baixa de 1,21%, atingindo os 70.058 pontos. O giro financeiro do dia ficou em R$ 5,92 bilhões.

O dia foi marcado pela espera dos investidores pelo desfecho do primeiro encontro da autoridade monetária nacional, no qual espera-se pelo início de um novo ciclo de altas na Selic. A maioria dos analistas aposta em elevação de 50 pontos-base nessa reunião, levando a Selic a 11,25% ao ano numa tentativa da autoridade de combater a inflação. A divergência aparece apenas no tamanho do ciclo total de ajuste implementado ao longo das próximas reuniões.

Enquanto isso, os investidores avaliaram negativamente dados da economia norte-americana, onde o indicador Housing Starts decepcionou ao mostrar dados piores que o esperado em janeiro. O noticiário corporativo interno e externo também trouxe surpresas negativas ao mercado.

Destaques do pregão
Os papéis do Santander Brasil lideraram a ponta vendedora do Ibovespa neste pregão. Cabe destacar que o banco anunciou na véspera o lançamento do cartão de crédito Esso Santander no primeiro trimestre de 2011, em uma parceria com a Cosan Combustíveies e Lubrificantes, subsidiária da Cosan.

Além disso, corrigindo os fortes ganhos dos últimos pregões, nos quais os investidores repercutiram positivamente a divulgação dos resultados operacionais do 4T10, as ações da MRV Engenharia apareceram logo em segundo lugar no ranking das maiores perdas do Ibovespa nesta sessão.

As siderúrgicas também registraram baixa nesta quarta-feira. Os analistas do Barclays e da Ativa analisaram as estatísticas da indústria brasileira de aço em dezembro e consideraram os números negativos para a indústria. Segundo os dados divulgados pelo IABr (Instituto Aço Brasil), a produção de aço bruto no Brasil no mês de dezembro foi de 2,4 milhões de toneladas, dado que representa uma queda de 6,7% na comparação anual.

Destoando do movimento negativo do mercado brasileiro, as ações preferenciais da TAM encerraram o pregão desta quarta-feira com alta de 1,23% - quinta maior alta do Ibovespa -, sendo cotadas a R$ 41,22, após a companhia ter detalhado como será a relação de troca de ações no processo de fusão com a LAN, além de diversas outras informações acerca da operação. Vale mencionar que no intraday os papéis PN da companhia aérea chegaram a registrar a maior valorização dentre as ações que fazem parte da composição do índice paulista, chegando a valer R$ 41,70 - variação positiva de 2,41%.

Ainda no noticiário corporativo interno, começou nesta sessão o período de reservas para os investidores que desejam participar do IPO (Initial Public Offering) da Arezzo, empresa que realizará a colocação de papéis através de oferta primária e secundária, e prevê captar até R$ 565,8 milhões com a emissão. O prazo para realizar os pedidos se estenderá até o dia 28 deste mês.

Fora do Ibovespa, os papéis da Agrenco dispararam mais de 40% no final da sessão. A InfoMoney não conseguiu contato com o Departamento de Relações com Investidores da companhia.

Dentre as ações com maior peso na carteira teórica (que vigora de 3 de janeiro a 29 de abril) Vale PNA (VALE5) recuou 1,37% a R$ 52,68; Petrobras PN (PETR4) cedeu 1,52% a R$ 27,30; OGX ON (OGXP3) avançou 1,21% a R$ 20,11; Itaú Unibanco PN (ITUB4) teve baixa de 1,09% a R$ 38,13; e BM&FBovespa ON (BVMF3) devolveu 1,47% a R$ 12,04.

Do lado comprador destaque para CCR Rodovias ON (+2% a R$ 46,89); PortX ON (+1,93% a R$ 3,7); Redecard ON (+1,8% a R$ 20,36); JBS ON (+1,47% a R$ 6,88); e OGX Petróleo ON (+1,41% a R$ 20,15).

No sentido contrário figuraram MRV ON (-3,57% a R$ 15,65); Santander Brasil UNT (-3,47% a R$ 21,42); Gerdau PN (-3,22% a R$ 23,17); Gerdau Metalúrgica PN (-2,78% a R$ 27,59); MMX ON (-2,78% a R$ 11,19).


Agenda
Por aqui, na segunda prévia de janeiro, o IGP-M (Índice Geral de Preços - Mercado) apontou inflação de 0,63%, taxa 0,12 ponto percentual menor do que a apurada no mesmo período do mês anterior, segundo dados divulgados pela FGV (Fundação Getulio Vargas). A desaceleração, assim como aconteceu na primeira prévia deste mês, foi impulsionada principalmente pela queda nos preços ao produtor.

Ainda na cena interna, o BC divulgou nesta quarta-feira os dados referentes ao fluxo cambial, demonstrando um fluxo positivo de US$ 5,185 bilhões até 14 de janeiro. De acordo com o BC, essa quantia é o resultado do saldo positivo de US$ 3,968 bilhões de operações de câmbio financeiras e de US$ 1,217 bilhão no saldo comercial. Até o dia 14, a instituição já havia comprado US$ 2,291 bilhões em moeda estrangeira, elevando as reservas internacionais do País US$ 290,761 bilhões.

Referências externas
Nos Estados Unidos, as agendas econômica e corporativa foram movimentadas na sessão. O indicador Housing Starts registrou 529 mil casas no resultado anualizado de dezembro, enquanto os analistas esperavam 550 mil novos imóveis. Apesar disso, o número de autorizações para construção de novas casas no país ficou acima das expectativas do mercado.

O cenário corporativo também colaborou negativamente. O Goldman Sachs divulgou que tanto seus lucros quanto suas receitas mostraram quedas no quarto trimestre de 2010. O Wells Fargo também reportou seus dados, mostrando queda nas receitas.

A crise da dívida soberana europeia ganhou novo capítulo com as notícias de que a Alemanha possui planos de contingência caso a Grécia não pague suas dívidas. “Eu não acredito que a Grécia conseguirá controlar suas dívidas sem um corte” disse Lars Feld, assessor econômico do governo alemão. A opinião, porém, não é oficial e a posição pública do governo alemão é de oposição a qualquer não pagamento ou reestruturação da divida grega, embora oficiais do governo acreditem que isso será inevitável.

A China, por fim, deve anunciar na próxima quinta-feira os dados oficiais do PIB (Produto Interno Bruto), além de outros dados importantes da economia chinesa, como os preços ao consumidor. O consenso do mercado é de que o crescimento deve ser na casa dos 9,4% no último trimestre em relação ao mesmo período em 2009, indicando um crescimento de cerca de 10% em 2010.

Dólar
O dólar terminou a quarta-feira em queda de 0,30%, cotado a R$ 1,6730, avaliando a divulgação do fluxo cambial e ainda no aguardo para a decisão do Copom sobre a taxa básica de juro brasileira. Indicadores norte-americanos, noticiário europeu, expectativa por números chineses e compra de dólares também movimentaram o pregão.

O Banco Central realizou nesta tarde dois leilões de compra de dólares, com a primeira operação sendo realizada às 11h58 (horário de Brasília) e com término às 12h03, com taxa de corte de R$ 1,6702. A segunda compra do dia teve início às 15h49 e terminou às 15h54. A taxa de corte, desta vez, ficou em R$ 1,6731.

Renda Fixa
No mercado de juros futuros da BM&F Bovespa, os principais contratos fecharam em alta no curto prazo. O contrato de juros de maior liquidez nesta quarta-feira, com vencimento em fevereiro de 2011, registrou uma taxa de 11,11%, 0,04 ponto percentual acima do fechamento de terça-feira.

No mercado de títulos da dívida externa, o título brasileiro mais líquido, o Global 40, fechou estável em relação ao fechamento anterior, a 136,00% do valor de face. Já o indicador de risco-País teve alta de 11 pontos-base em relação ao fechamento anterior, encerrando o dia em 172 pontos.

Bolsas Internacionais

O índice Nasdaq Composite, que concentra as ações de tecnologia norte-americanas, fechou em baixa de 1,60% e atingiu 2.722 pontos. Seguindo esta tendência, o índice S&P 500 desvalorizou-se 1,12% a 1.281 pontos, da mesma forma, o índice Dow Jones, que mede o desempenho das 30 principais blue chips norte-americanas, caiu 0,22% a 11.812 pontos.

Na Europa, o índice FTSE 100 da bolsa de Londres registrou baixa de 1,32% e atingiu 5.977 pontos; no mesmo sentido, o índice CAC 40 da bolsa de Paris desvalorizou-se 0,90% chegando a 3.977 pontos e o DAX 30, da bolsa de Frankfurt, caiu 0,85% a 7.083 pontos.

Confira os eventos previstos para quinta-feira

Na agenda da próxima sessão, ganharão destaque dados da economia norte-americana. Será divulgado o Initial Claims, denotando o número de pedidos de auxílio-desemprego registrados na economia dos Estados Unidos na última semana. Além disso, os investidores repercutirão os dados semanais dos estoques de petróleo no país.

Também estará em foco a apresentação do Leading Indicators de dezembro, que compila os resultados de uma série de indicadores já revelados na economia norte-americana no período em questão. Por fim, o Existing Home Sales vai mostrar o nível das vendas de casas usadas nos EUA no último mês, enquanto que o Philadelphia Fed Index revelará como se comportou a atividade industrial da região da Filadélfia em janeiro.

(dados do Infomoney e Último Instante)

Análise Técnica:


Assista nosso estudo de análise técnica !!! São estudos e não sugestão de compra ou venda de ativos, nosso objetivo é educacional !!!!

Desejando enviar seu comentário, crítica ou sugestão utilize o email: pc@pctedesco.com.br

Watch live streaming video from pctedesco at livestream.com

Nenhum comentário:

Postar um comentário