segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Estudo para 18 de Janeiro de 2011

Ponderando as referências vindas da Europa e também o noticiário interno, o Ibovespa fechou esta segunda-feira (17) em baixa de 0,47%, aos 70.609 pontos, ajustando em partes o ganho de 1,26% acumulado na última semana. Com as bolsas norte-americanas fechadas, devido ao feriado em homenagem a Martin Luther King, ganhou destaque o noticiário do Velho Continente, com o início da reunião entre os ministros de finanças do continente para avaliar a crise fiscal na região.

O giro financeiro do dia foi de R$ 8,68 bilhões, impulsionado pelo vencimento de opções sobre ações na BM&F Bovespa. Segundo a bolsa, o exercício de opções sobre ações de janeiro movimentou R$ 3,77 bilhões. Do valor total, R$ 3 bilhões foram referentes às opções de compra e R$ 773,8 milhões às opções de venda.

Destaques da bolsa
As ações ordinárias e preferenciais da TIM foram destaque na ponta negativa do índice, o que pode ser encarado como um ajuste do mercado às altas registradas pela operadora nos últimos pregões e também uma resposta à proibição de comercialização e habilitação de novas linhas no Rio Grande do Norte.

A proibição foi determinada na sexta-feira (14) pela Justiça Federal, atendendo pedido feito pelo Ministério Público Federal e Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações), que denunciaram a falta de qualidade dos serviços prestados pela empresa aos consumidores. A reversão de medida só ocorrerá caso a TIM comprove a "instalação e perfeito funcionamento" dos equipamentos necessários para atender às demandas dos consumidores no Estado.

Apesar do Citigroup ter classificado a compra da Perfex pela Hypermarcas como "quase irrelevante", dado que a operação representa menos de 1% da geração operacional de caixa potencial da empresa para 2011, as ações da companhia foram um dos destaques de alta do pregão. Na última semana, a Hypermarcas confirmou a compra da linha Perfex, até então pertencente à Johnson & Johnson, por US$ 17 milhões. Vale lembrar que a aquisição realizada refere-se apenas à marca, sem outro ativo envolvido na operação.

Quem também apareceu na ponta compradora neste pregão foi a Vale, após anunciar na noite de sexta-feira a distribuição de R$ 1,67 bilhão em remuneração extraordinária a seus acionistas.

Ainda no cenário corporativo, a Positivo enviou um comunicado ao mercado informando que não há em andamento nenhuma espécie de negociação para a venda da empresa, desmentindo os rumores que ganharam forças nos mercados nesta segunda-feira, influenciando na forte valorização de 6,38% dos ativos da companhia, com volume financeiro de R$ 20,25 milhões. "A Positivo Informática não tem conhecimento de qualquer informação relevante não divulgada pela companhia que possa justificar as oscilações de preço e volume", disse a empresa em nota.

A Embraer (EMBR3) também enviou ao mercado nesta segunda-feira comunicado em que afirma desconhecer quaisquer motivos que expliquem a alta de 10% de suas ações na última sexta-feira, além do aumento do volume de negócios e da quantidade negociada. Segundo a companhia, a única informação disponível que poderia justificar tal salto é a inclusão das ações na lista de compra com convicção do Goldman Sachs.

Por aqui, o operador chama a atenção para o desempenho positivo da Vale (VALE5), que fechou com alta de 1,23% a R$ 52,86.

Na última sexta-feira (14), o conselho de administração da mineradora aprovou o pagamento aos acionistas de uma remuneração extraordinária de R$ 1,670 bilhão. O valor correspondente à distribuição de R$ 0,320048038 por ação em circulação.

Dentre as demais ações com maior peso na carteira teórica (que vigora de 3 de janeiro a 29 de abril); Petrobras PN (PETR4) recuou 0,36% a R$ 27,45; OGX ON (OGXP3) perdeu 1,1% a R$ 19,78; Itaú Unibanco PN (ITUB4) teve queda de 1,41% a R$ 39,05; e BM&FBovespa ON (BVMF3) registrou avanço de 0,4% a R$ 12,45.

Entre as maiores altas ficaram Braskem PNA (+3,89% a R$ 20,05); Hypermarcas ON (+2,07% a R$ 22,20); Ambev PN (+1,86% a R$ 47,70); MRV ON (+1,56% a R$ 16,25); e Natura ON (+1,4% a R$ 46,44).

Do outro lado destaque para TIM PN (-3,75% a R$ 5,91); Usiminas ON (-3,23% a R$ 22,5); TIM ON (-2,52% a R$ 7,35); Brookfield ON (-2,33% a R$ 8,37); e PortX ON (-2,14% a R$ 3,65).

Agenda
Por aqui, indicando redução no ritmo de elevação dos preços, o IGP-10 (Índice Geral de Preços) registrou taxa de inflação de 0,49% em janeiro. O resultado é 0,78 ponto percentual menor que o apurado no mês anterior. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (17) pela FGV (Fundação Getulio Vargas), e marcam a dinâmica dos preços no período de trinta dias até 10 de janeiro.

Também na cena interna, o IPC-S (Índice de Preços ao Consumidor - Semanal) voltou a apontar aumento do ritmo inflacionário, com taxa positiva de 1,06% na segunda prévia de janeiro, 0,14 ponto percentual acima da variação medida na semana anterior.

Além disso, como de costume, a primeira sessão da semana contou ainda com as informações atualizadas do Relatório Focus, do Banco Central. Os economistas ouvidos pela autoridade esperam continuidade da pressão inflacionária na economia e aumento do juro básico em 50 pontos-base na reunião do Copom (Comitê de Política Monetária do BC) que acontece nesta semana.

Já a balança comercial brasileira registrou saldo positivo de US$ 496 milhões na segunda semana de janeiro, com exportações no total de US$ 3,883 bilhões e importações da ordem de US$ 3,387 bilhões. Os dados foram divulgados pelo MDIC (Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior).

Velho Continente
A especulação de que os líderes europeus fariam mais para conter a crise da dívida soberana animou os mercados na última semana, mas não foi o suficiente para manter os índices em alta nesta segunda, quando começou a reunião entre os ministros de Finanças do bloco para tratar do assunto.

A reunião, que se estenderá até a terça-feira (18) em Bruxelas, é uma tentativa da União Europeia em formular uma estratégia para conter a crise fiscal do continente. A Alemanha procura usar essa reunião para acertar uma data-limite em março para incrementar o fundo de resgate de € 440 bilhões. Segundo Athanasios Orphanides, membro do conselho do Banco Central Europeu, o BCE pode conseguir parar de comprar títulos de dívida na região caso o fundo seja incrementado e possa adquirir dívidas. Entre os planos alemães está também a criação de um fundo permanente de ajuda e reescrever as leis da Zona do Euro acerca déficits orçamentários.

Um dos países que deve estar no foco dessa reunião é a Espanha, que anunciou que substituirá os seus dois leilões de dívida, marcados inicialmente para dia 20 de janeiro, com uma venda de títulos de dívida junto a instituições financeiras, fazendo com que o yield dos títulos de 10 anos da dívida espanhola subisse 0,8 ponto percentual para 5,41%.

Dólar
O dólar comercial enfrentou uma segunda-feira (17) bastante volátil, entre leves altas e baixas, chegando ao fim do dia cotado a R$ 1,6830 na venda, queda de 0,12% em relação ao fechamento de sexta-feira.

O Banco Central manteve sua tradição de comprar dólares no mercado à vista e realizou um novo leilão. A operação ocorreu entre 15h43 e terminou às 15h48 (horário de Brasília). A taxa aceita ficou em R$ 1,6825.

Os investidores ainda repercutem a reabertura dos leilões de contratos de swap cambial reverso, anunciada no final da semana passada.
(dados do Infomoney e Último Instante)

Análise Técnica
:
Hoje tivemos um pregão atípico devido ao feriado nos EUA (Martin Luther King) e também vencimento de opções sobre ações, por isso estamos apenas tecendo um breve comentário sobre o índice BOVESPA.

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