quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Estudo para 10 de Setembro de 2010

Apesar das incertezas sobre o ritmo de recuperação da economia dos Estados Unidos ainda persistirem, o recuo do número de pedidos de auxílio-desemprego (initial claims) no país para 451 mil - melhor que as expectativas que esperavam 470 mil novos pedidos - ajudou a fortalecer a confiança dos investidores nesta quinta-feira, o que impulsionou os ganhos nas principais bolsas de valores mundiais.

Além disso, a balança comercial norte-americana também registrou défict menor do que no mês anterior e mostrou certa recuperação das exportações do país. A balança comercial norte-americana registrou déficit de US$ 42,8 bilhões em julho, com as exportações totalizando US$ 153,3 bilhões e as importações somando US$ 196,1 bilhões.

Por lá, o mercado acionário terminou em alta pelo segundo dia seguido. O índice industrial Dow Jones avançou 0,27% para 10.415 pontos. O S&P 500 teve apreciação de 0,48% para 1.104 pontos e a bolsa eletrônica Nasdaq ganhou 0,33% para 2.236 pontos.

No entanto, a Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômicos (OCDE) advertiu que o arrefecimento nos países ricos vai ser "um pouco mais lento do que o esperado" inicialmente, mas acredita que será "temporário" e considera "pouco provável" uma nova recessão.

Este é o resumo do relatório provisório de perspectivas da OCDE divulgado pelo economista-chefe, Pier Carlo Padoan, que justificou como causa "uma série de incertezas". Pelas previsões do relatório, o crescimento dos países do Grupo dos Sete (G7, que reúne as principais nações ricas) terá um ritmo anual de 1,6%, contra 1,7% previsto em maio, e isso é consequência dos resultados de 3,2% no primeiro trimestre e de 2,5% no segundo.

No Velho Continente, o dia foi de agenda carregada. Logo cedo o Banco Central da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês) decidiu manter a taxa de juros básica no país em 0,5% ao ano, em linha com o que o mercado esperava.

Também no Reino Unido, a balança comercial registrou déficit de 4,9 bilhões de libras esterlinas (US$ 7,54 bilhões) em julho, ante déficit (revisado) de 3,9 bilhões de libras esterlinas (US$ 6 bilhões) em junho, de acordo com dados do Escritório Nacional de Estatística (ONS, na sigla em inglês).

Na Alemanha, a inflação dos preços ao consumidor em agosto foi confirmada na taxa anual de 1% em relação ao mesmo período do ano passado, segundo informações da agência de estatísticas do país. Na comparação mensal, o índice de preços ao consumidor se manteve praticamente estável (1,2%). O índice de preços harmonizado para a União Europeia foi revisado para mostrar alta de 0,1%, após a leitura estável divulgada inicialmente.

Por sua vez, o Banco Central Europeu (BCE) revisou hoje para cima as previsões de crescimento econômico da zona do euro para 2010, que se situará entre 1,4% e 1,8%, segundo o boletim de setembro. De acordo com a análise do BCE divulgado hoje, o crescimento na zona do euro para 2011, também revisado em alta, estará entre 0,5% e o 2,3%.

No mercado doméstico, mesmo com a pressão exercida pelas ações da Petrobras, a Bolsa de Valores de São Paulo sustentou um pregão em alta nesta quinta-feira. O Ibovespa, que chegou a testar o campo negativo, fechou esta jornada com avanço de 0,33% aos 66.624 pontos. O giro financeiro somou R$ 4,87 bilhões.

No cenário de câmbio, nem mesmo as interferências do Banco Central por meio de leilão de compra de dólar no mercado à vista foram suficientes para interromper uma série de sete quedas seguidas da moeda norte-americana.

Apesar de tratar-se de uma operação normal, chamou a atenção o fato, de assim como ocorrido ontem, a autoridade monterária fazer dois leilões de compra no mesmo dia. No primeiro leilão, o BC comprou dólares a R$ 1,7236, no segundo comprou a R$ 1,7242.

A divisão até ensaiou fechar estável, mas ao final da sessão, o dólar fechou cotada a R$ 1,721 na compra e R$ 1,723 na venda, uma leve desvalorização de 0,11%. No segmento futuro, os contratos para outubro eram negociados, há pouco, em queda de 0,17% a R$ 1,731.

Na renda fixa, os contratos de Depósitos Interfinanceiros (DIs) terminaram a jornada em queda, amparados no teor divulgado na ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) e na leve alta de 0,04% do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que veio abaixo da expectativa do mercado.

Os contratos para outubro e novembro deste ano marcaram estabilidade em relação ao fechamento de ontem, a 10,62% e 10,63%, respectivamente. Janeiro de 2011, por sua vez, recuou 0,02 p.p. a 10,65% e janeiro de 2012 passou de 11,36% para 11,27%. Janeiro de 2013 apresentou desvalorização de 0,07 p.p., a 11,57% e janeiro de 2017 caiu de 11,38% para 11,37%.

O dia hoje reservou também uma agenda cheia de indicadores importates. Pela manhã, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fechou o mês de agosto em 0,04%, muito próximo à taxa de julho (0,01%). O indicador veio abaixo da expectativa (Banco Bradesco) que apontava para uma alta de 0,10%.

A pequena aceleração do índice cheio foi influenciada pelos preços de alimentos e bebidas, que reduziram sua contribuição negativa de -0,17 p.p. para -0,05 p.p., ao registrar queda de 0,24% em agosto ante -0,76% em julho. Na mesma direção, o grupo educação apresentou a maior alta do período, de 0,44% ante variação de -0,03% em julho, assim como o grupo vestuário, que mostrou aceleração para 0,17%, após queda de 0,04% no mês anterior, novamente influenciado por fatores sazonais.

Já a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central justificou a manutenção da Selic em 10,75% ao ano em função do arrefecimento da pressão inflacionária, da desaceleração do ritmo de crescimento da economia brasileira, e dos impactos desinflacionários do ambiente externo (com crescimento mais lento dos países do G3).

A Fundação Getúlio Vargas (FGV) também se pronunciou e informou que o Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) de 7 de setembro apresentou variação de 0,17%, taxa 0,23 ponto percentual (p.p.) acima da registrada na última divulgação. Todas as capitais pesquisadas registraram acréscimos em suas taxas de variação.

Por sua vez, o Departamento Intersindical de Estudo Sócio Econômico (Dieese) apontou o aumento de 7,74% no preço do álcool combustível pressionou o grupo Transporte que, com alta de 0,82%, foi o grupo que mais contribuiu para a alta de 0,25% em agosto no Índice do Custo de Vida (ICV).

Os dados da Confederação Nacional da Indústria (CNI) também surpreenderam ao informar que depois de um segundo trimestre de queda no ritmo de expansão, a atividade industrial retoma o fôlego e volta a crescer no início do terceiro trimestre. Em julho último, o faturamento teve elevação de 3,6%, as horas trabalhadas na produção aumentaram 1,6% e o emprego, 0,5%, na comparação com junho.

Para os analistas da LCA Consultores, o nível de atividade parece estar voltando para um patamar de crescimento mais condizente com a trajetória de metas de inflação. "Nossa estimativa é que o Nuci encerre 2010 em 82,2% e 2011 em 81,6%".

Por fim, o Tesouro Nacional vendeu R$ 10,053 bilhões em leilão de Notas do Tesouro Nacional série F (NTN-F), Letras Financeiras do Tesouro (LFT) e de Letras do Tesouro Nacional (LTN).

(MCF - www.ultimoinstante.com.br)

Análise Técnica







quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Estudo para 9 de Setembro de 2010

Contrariando o ânimo nos principais mercados internacionais, o Ibovespa fechou esta quarta-feira (8) em queda, puxado pela desvalorização das ações da Petrobras e da Vale. O principal índice da bolsa paulista recuou 0,51%, para 66.407 pontos. O volume financeiro registrado no dia chegou a R$ 5,69 bilhões.

Lá fora, o noticiário norte-americano e europeu, bem como o discurso do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, mexeu positivamente com as perspectivas dos investidores. Mas, por aqui, o otimismo externo não foi suficiente para ofuscar as perdas de papéis de peso no índice paulista, principalmente em meio ao notíciário envolvendo as companhias de commodities. Tendo operado todo o intraday em queda, o Ibovespa atingiu a miníma de 66.101 pontos na sessão.

Após consecutivos pregões sendo um dos destaques positivos do Ibovespa, as ações da Petrobras figuraram entre as principais perdas do índice neste pregão, repercutindo o pedido de paralisação das atividades na plataforma P-35, feito pelo sindicato dos petroleiros. Diante disso, os papéis ON e PN da estatal recuaram mais de 4% no dia.

Em nota enviada nesta quarta-feira, a petrolífera desmentiu os rumores de interdição na plataforma, alegando que as operações já haviam sido paralisadas para uma manutenção programada.

A companhia também ganhou destaque no noticiário por conta das informações publicadas no site da ANP (Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis), mostrando que foram encontrados indícios de petróleo no campo Baleia Franca, na Bacia de Campos. A descoberta foi feita no poço 7BFR6ESS, em lâmina d’água de 1.401 metros, operado pela Petrobras.

As companhias de energia também se destacaram na ponta negativa do índice na sessão.

No campo corporativo, destaque para desvalorização das ações da Petrobras, que contribuiu para que a Bovespa caminhasse em sentido contrário de Wall Street. As ações preferenciais da Petrobras (PETR4) terminaram a jornada com recuo de 4,43% a R$ 27,80; enquanto as ordinárias (PETR3) devolveram 4,62% a R$ 31,80.

Vale PNA (VALE5) caiu 1,93% a R$ 41,69. A mineradora disse hoje que planeja emitir, através de sua subsidiária Vale Overseas, bônus de 10 anos e reabrir os bônus 6,875% com vencimento em 2039.

Dentre as demais ações com maior peso na carteira teórica (que vigora de 1º de setembro a 31 de dezembro) Itaú Unibanco PN (ITUB4) depreciou 0,13% a R$ 37,45; BM&FBovespa ON (BVMF3) valorizou 3,41% a R$ 13,65; e OGX ON (OGXP3) ganhou 4,18% a R$ 20,20.

Na ponta vendedora, Eletropaulo PNB cedeu 5,38% a R$ 30,96; CPFL Energia perdeu 5,01% a R4 39,20; e Cemig teve queda de 4,31% a R$ 26,65.

Além de OGX e BM&FBovespa, os outros destaques de compras ficaram por conta de Embraer ON com avanço de 2,76% a R4 11,55; TIM ON apresentou elevação de 2,35% a R$ 6,98; e Telesp PN registrou apreciação de 2,2% a R$ 41,60.

Agenda
Por aqui, o destaque da agenda econômica ficou por conta do IPC-S (Índice de Preços ao Consumidor - Semanal), que marcou inflação de 0,17% na semana terminada em 7 de setembro, 0,25 ponto percentual acima da apurada na medição anterior.

Nos EUA, a economia segue se recuperando a passos lentos, revelou nesta quarta-feira o Livro Bege do Federal Reserve. Compilado pelas 12 unidades regionais do Fed, o documento afirma que “o crescimento econômico em ritmo moderado foi a descrição mais comum das condições”. Já as pressões inflacionárias seguem moderadas.

O Livro Bege, que se refere ao período entre a metade de julho e o final de agosto, também mostrou que, apesar de ainda estar crescendo em ritmo moderado, a economia mostra mais sinais de desaceleração do que nos períodos anteriores.

Além disso, o banco central norte-americano também divulgou nesta sessão o Consumer Credit, que revelou recuo ajustado sazonalmente de US$ 3,6 bilhões no montante de crédito concedido ao consumidor norte-americano na passagem entre junho e julho. O resultado veio melhor do que indicavam as projeções, de recuo de US$ 5,2 bilhões no período. No total, o crédito concedido chegou a US$ 2,422 trilhões. Este é o sexto recuo consecutivo da base de crédito ao consumidor nos EUA.

Ainda por lá, o presidente dos EUA, Barack Obama, declarou que o país não pode arcar com a extensão dos incentivos fiscais dados na era Bush aos mais ricos, ao mesmo tempo em que voltou a defender o pacote de US$ 50 bilhões para investimentos em infraestrutura. Obama pretende estender os cortes para cidadãos com renda anual até US$ 250 mil. “Eu acredito que devemos tornar os incentivos fiscais para a classe média permanentes”, afirmou.

Petróleo

Acompanhando a melhora do humor nos mercados, as cotações de petróleo fecharam em alta em Nova York nesta quarta-feira (8). A perspectiva de retomada do consumo de óleo bruto nos EUA animou os investidores, bem como a boa demanda pela emissão de títulos de dívida soberana de Portugal.

Na bolsa de Nova York, o preço do contrato mais líquido, com vencimento outubro, apresentou alta de 1,13%, ficando em US$ 74,60. Contudo, em Londres, o barril brent apresentou leve queda, registrando baixa 0,23%, e fechando a sessão a US$ 77,17.

Dólar
Operando no campo negativo durante todo o intraday, o dólar comercial fechou nesta quarta-feira em queda pelo sexto dia seguido. A modesta desvalorização de 0,12% fez com que a moeda fechasse cotada na venda a R$ 1,725, se aproximando ainda mais da mínima de 2010, de R$ 1,721, alcançada em 4 de janeiro. Nas últimas seis sessões, suas perdas acumulam 1,99%.

A trajetória manteve-se negativa mesmo com a dupla intervenção realizada pelo Banco Central do Brasil no mercado cambial. A primeira compra de dólares da autoridade monetária ocorreu por volta das 12h30 (horário de Brasília), com uma taxa de corte aceita em R$ 1,7236. Já a segunda ocorreu entre as 15h56 e as 16h06, com taxa de R$ 1,7248.

Ainda no front doméstico, o fluxo cambial mostrou que a saída de dólares do País superou a entrada em US$ 680 milhões durante o mês de agosto. Durante o período, o saldo financeiro ficou positivo em US$ 1,203 bilhão. Contudo, esse número foi ofuscado pelo resultado deficitário em US$ 1,884 bilhão do saldo comercial.

Sobre as intervenções diárias no câmbio, o BaCen informou que adquiriu US$ 3,042 bilhões no mercado à vista durante o oitavo mês do ano - a segunda maior compra mensal no ano. Somando esse montante aos US$ 157 milhões adquiridos nos três primeiros dias de setembro, o total comprado pelo BC desde o início do ciclo de intervenção, em maio de 2009, chegou a US$ 46,237 bilhões.

Análise Técnica

Retornando do feriado IBOV se descola do DJ e corrige, principalmente devido à forte queda de PETR4.



terça-feira, 7 de setembro de 2010

Estudo para 8 de Setembro de 2010

A terça-feira (7) foi negativa nos principais mercados globais. Apesar do retorno das operações dos mercados norte-americanos – que não abriram na véspera devido a um feriado local – o foco das atenções foi o continente europeu, onde as notícias deram espaço a novas especulações sobre a saúde fiscal da economia. No Brasil, o Ibovespa permaneceu fechado devido ao feriado do dia da Independência.

Matéria publicada pelo Wall Street Journal revelou que os bancos do continente europeu, especificamente os franceses, mas também o britânico Barclays, preencheram os formulários dos testes de estresse de maneira escusa, omitindo grande parcela de sua exposição à dívida pública de alguns países do continente, como Grécia e Espanha.

EUA voltam do feriado em baixa

Sem referências locais, os mercados norte-americanos acabaram pressionados pelo pessimismo em torno da situação fiscal europeia. Com isso, os papéis do setor financeiro foram os principais destaques negativos do dia. Neste sentido, os papéis da American Express fecharam entre as perdas do índice Dow Jones, com baixa de 4,09%, enquanto as ações do JP Morgan registraram queda de 2,27%. Já os ativos do Bank of America somaram queda de 2,15%. Os ADRs (American Depositary Receipts) do Barclays, por sua vez, recuaram 5,67%.

Na ponta positiva, destaque para a Oracle, que viu seus papéis avançarem 5,87% depois de a companhia ter nomeado Mark Hurd, ex-CEO da HP, como um de seus presidentes. A HP decidiu processar o executivo para tentar impedir que ele se junte à tech rival, sob a acusação de que ele pode revelar segredos sobre a antiga empresa. Cabe destacar que Hurd é o mesmo executivo que foi acusado de assédio por uma das funcionárias da HP recentemente, o que acabou causando sua demissão.

Vale lembrar que, na véspera, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, anunciou um plano de US$ 50 bilhões em investimentos para melhorar as condições da infraestrutura de transporte no país, ajudando em consequência a amenizar a situação deteriorada do mercado de trabalho norte-americano.

Europa: foco dos mercados

Assim como nos EUA, os principais índices acionários europeus encerraram a sessão em queda. Alem da matéria do Wall Street Journal, que trouxe um desempenho ruim aos ativos do setor financeiro, o Ministério da Economia alemão mostrou que ao longo do mês de julho houve uma queda inesperada das encomendas às fábricas do país, de 2,2%, contrariando as previsões, as quais sugeriam um crescimento de 0,5%.

Pressionando ainda mais os índices, o prêmio Nobel de economia, Joseph Stiglitz, afirmou que os governos do continente fizeram “a aposta errada” com a austeridade fiscal. Segundo ele, se a Alemanha, a França e o Reino Unido continuarem cortando seus orçamentos, o movimento terá consequências sistêmicas em toda a Europa. Já o presidente da Comissão Europeia, José Manuel Barroso, disse nessa sessão que a recuperação econômica está se acelerando – e que, com isso, o crescimento em 2010 será maior do que o previsto.

No front corporativo, os papéis da BHP Billiton (-1,43%) e da Rio Tinto (-1,78%) negociados na bolsa de Londres também se destacaram entre as baixas, em meio a especulações de que a permanência da primeira-ministra da Austrália no cargo, Julia Gillard, pode trazer mais impostos para o setor de mineração.

Ásia fecha sem tendência
As bolsas asiáticas encerraram a sessão de terça-feira (7) sem tendência definida. No Japão, a força do iene segue pressionando os mercados, com as exportadoras novamente se destacando entre as quedas do dia.

No noticiário local, o banco central japonês manteve as taxas de juro inalteradas, e deixou aberta a possibilidade de novas medidas de emergência para impulsionar a economia local. No Japão, as siderúrgicas foram impulsionadas pelo movimento positivo do setor na China, depois que um jornal estatal chinês reportou que 18 siderúrgicas na província de Hebei tiveram que suspender a produção por 20 dias devido aos cortes de consumo de energia no país. As chinesas Maanshan Iron & Steel e Angang Steel também se destacaram entre as altas, ganhando impulso ainda do plano de investimentos em infraestrutura de US$ 50 bilhões dos EUA.

Ainda por lá, a China afirmou que qualquer apelo externo para que o governo altere sua política cambial será ignorado, mitigando expectativas quanto a uma possível apreciação do yuan. "Rejeitamos firmemente a politização dos assuntos econômicos”, declarou a porta-voz do Ministério de Assuntos Exteriores da China, Jiang Yu. “Nosso mecanismo de câmbio de divisa não aceitará pressões externas", completou.

Índice de ADRs brasileiros fecha em baixa
Seguindo o humor dos mercados, o índice Dow Jones Brazil Titans, que lista os 20 principais ADRs de empresas brasileiras negociados na bolsa de Nova York, fechou com baixa de -1,18%, atingindo 32.525 pontos. O índice acumula alta de +3,00% no mês.

O destaque positivo ficou com os papéis da Eletrobrás, que encerraram cotados a US$ 12,81, valorização de +1,59%. Na ponta oposta, os ADRs da Banco Santander apresentaram o pior desempenho, com queda de -3,33%, para US$ 12,18.

Análise Técnica


Não iremos postar nenhum estudo devido ao feriado nacional de 7 de Setembro bem como o feriado nos EUA na segunda-feira (Dia do Trabalho) que gerou um pregão esvaziado.

Optamos por curtir o feriado e esperar pela quarta-feira !!!!

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Estudo para 6 de Setembro de 2010

A última sessão da semana foi marcada pela divulgação de números importantes, tanto no mercado doméstico quanto no internacional. Apesar dos dados positivos, o ímpeto vendedor predominou da segunda metade do pregão para frente, com os investidores se desfazendo de posições antes do final de semana prolongado no Brasil e nos Estados Unidos.

No final da sessão, o Ibovespa terminou com queda de 0,19% aos 66.678 pontos. O giro financeiro totalizou R$ 6,41 bilhões. Na semana, porém, o principal índice da bolsa paulista acumulou alta de 1,63%.

Hoje, o destaque ficou por conta das ações da Petrobras, que dispararam após a empresa divulgar o prospecto da sua oferta de ações. Segundo o comunicado, serão ofertadas 2.174.073.900 novas ações ordinárias e 1.585.867.998 preferenciais, incluindo American Depositary Shares (ADS). Cada ADS representará duas ações preferenciais ou duas ordinárias, conforme o caso.

"Os papéis da Petrobras foram o destaque do dia, mas a alta não foi suficiente para segurar o índice, já que os investidores optaram por realizar lucros antes do feriado", diz o operador da corretora Tov, Ítalo Neiva. No final da sessão, as ações preferenciais da companhia (PETR4) dispararam 4,35% a R$ 28,80.

Além disso, Neiva observa que muitos investidores optaram por se desfazer de posições em OGX e voltar para Petrobras, o que provocou uma forte queda de 5,72% nos papéis ordinários da petrolífera, vendidos a R$ 19,29.

O dia foi repleto de números importantes da economia. Nos Estados Unidos, segundo o relatório de folha de pagamento, exceto agricultura (payroll), divulgada pelo Departamento de Trabalho dos EUA, os setores privado e público do país fecharam 54 mil postos de trabalho em agosto e surpreendeu o mercado, que aguardava a redução de 105 mil postos.

No mercado doméstico, destaque para o crescimento econômico no segundo trimestre, acima das projeções. O Produto Interno Bruto (PIB) avançou 1,2% no período, com ajuste sazonal. A agropecuária registrou o maior aumento (2,1%), seguida pela indústria (1,9%) e pelos serviços (1,2%).

De volta ao mercado de ações, entre as principais altas do dia do Ibovespa, as ações ordinárias da LLX ganharam 5,17% a R$ 9,56, seguidas pelas da Petrobras, com cotação já citada.

Na baixas, as ações ordinárias da Rossi só tiveram desempenho melhor do que os papéis da OGX e perderam 3,30% a R$ 14,94.

Dentre as demais ações com maior peso na carteira teórica (que vigora de 1º de setembro a 31 de dezembro) Vale PNA (VALE5) caiu 0,44% a R$ 42,66; taú Unibanco PN (ITUB4) depreciou 0,26% a R$ 37,80; BM&FBovespa ON (BVMF3) valorizou 1,38% a R$ 13,18.

Curto e grosso

Segunda-feira é feriado nos EUA, terça-feira feriado no Brasil. Portanto corremos riscos de abertura com gap na quarta-feira.

Melhor curtir o feriado com a família !!!! Estou fora de bola dividida !!!!

Bom feriado a todos !!!!!

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Estudo para 3 de Setembro de 2010

Mesmo com a forte alta dos papéis da Petrobras, a Bolsa de Valores de São Paulo não escapou de um fechamento no vermelho, em um dia de realização de lucros e tensão às vésperas da divulgação dos números do mercado de trabalho americano (nomfarm payrolls).

"O mercado operou mais pesado hoje. Os investidores optaram por embolsar lucros, após as duas valorizações recentes", comentou o operador da Um Investimento, Paulo Hegg. "Além disso, o ambiente é de cautela por conta do payroll. O dado vai mostrar a situação real da economia dos EUA e definir a tendência dos mercados", completou.

Ao final do pregão, o Ibovespa devolveu 0,39% aos 66.808 pontos. O giro financeiro somou R$ 5,11 bilhões. Apesar do recuo desta jornada, o Ibovespa ainda acumula variação positiva na semana (+1,86%).

No sentido inverso do que ocorreu em Wall Street, o clima mais nervoso no mercado doméstico ofuscou a agenda positiva do dia. Entre os indicadores de peso referentes a economia americana, os agentes avaliaram os pedidos de auxílio-desemprego na semana encerrada no dia 28 de agosto; a venda de imóveis pendentes em julho e as novas encomendas às indústrias.

De volta ao Ibovespa, as gigantes Vale e Petrobras caminharam em direções opostas durante todo o pregão. Vale PNA (VALE5) cedeu 1,13% a R$ 42,81; Petrobras PN (PETR4) ganhou 2,11% a R$ 27,60.

Além do movimento realizador, os papéis da mineradora sentiram o efeito do fracasso na aquisição da Paranapanema. Ontem, o leilão de Oferta Pública Voluntária não atingiu a quantidade mínima à qual estava condicionada, de 50% ou mais. Vale PNA (VALE5) cedeu 1,04% a R$ 42,85.

Na outra ponta, Petrobras PN (PETR4) disparou 2,11% a R$ 27,60, depois de o preço do barril do petróleo na cessão onerosa ser estipulado.O valor médio pago por barril será de R$ 14,96 (US$ 8,51). "O anúncio trouxe alívio às ações e os investidores voltaram a olhar para companhia", avaliou Hegg.

Dentre as demais ações com maior peso na carteira teórica (que vigora de 1º de setembro a 31 de dezembro) Itaú Unibanco PN (ITUB4) depreciou 1,07% a R$ 37,90; BM&FBovespa ON (BVMF3) desvalorizou 0,84% a R$ 13,00; e OGX ON (OGXP3) recuou 2,57% a R$ 20,46.

Do lado negativo, Cemig PN caiu 3,1% a R$ 27,81; Braskem perdeu PNA 2,59% a R$ 15,43; Cesp PNB teve baixa de 2,52% a R$ 25,16. Na contramão, Fibria ON subiu 4,25% a R4 29,95; TAM PN valorizou 3,62% a R$ 36,36; e MMx Mineração registrou avanço de 3,46% a R$ 13,47.

(por Mariana Mandrote - Último Instante)

Análise Gráfica


quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Estudo para 2 de Setembro de 2010

Seguindo o clima bastante positivo nos principais mercados internacionais, o Ibovespa fechou a sessão desta quarta-feira (1) em alta. O principal índice da bolsa paulista subiu 2,96%, para 67.072 pontos. O volume financeiro foi de R$ 7,472 bilhões. Essa foi a maior variação positiva diária do Ibovespa desde 27 de maio deste ano, ajudado também pelo avanço das commodities.

Por aqui, os investidores seguem no aguardo do anúncio da decisão do Copom (Comitê de Política Monetária). Segundo a última edição do Relatório Focus, publicado no começo desta semana, o mercado espera que a taxa básica de juro brasileira permaneça em 10,75% ao ano.

Na ponta positiva do índice, tiveram destaque os papéis de empresas ligadas às commodities. Entre os dados do dia, os estoques de petróleo dos EUA aumentaram 1% no período de 20 a 27 de agosto, atingindo o patamar de 361,7 milhões de barris - a segunda alta semanal consecutiva. Além disso, a sessão contou com indicadores norte-americanos e chineses, que trouxeram otimismo aos investidores e puxaram o Ibovespa - entre as maiores altas do dia, estão os papéis da Petrobras e da Vale.

Ainda sobre a mineradora, os investidores avaliaram a notícia de que a Vale elevou a sua oferta pelos papéis da Paranapanema de R$ 6,30 para R$ 6,75 por ação. Contudo, a mineradora informou que não adquiriu as ações da Paranapanema. Segundo a Vale, no leilão de Oferta Pública Voluntária agendado para a sessão, a adesão dos acionistas da Paranapanema à oferta "não atingiu a quantidade mínima à qual estava condicionada a efetivação da referida oferta pública".

Também com suas ações em forte alta, a Petrobras voltou a ser notícia graças ao seu processo de capitalização. O governo autorizou o uso do Fundo Soberano na operação, manobra esta que permite o repasse de recursos do fundo, hoje na casa dos R$ 15 bilhões, para que o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) participe da capitalização, além de autorizar o Tesouro a antecipar dinheiro para futuros aumentos de capital. Os investidores esperam ainda pela precificação do barril da cessão onerosa, que deve ser divulgada ainda nesta quarta-feira, de acordo com o presidente Lula.

Apenas cinco ações do índice encerraram o dia com variações negativas: Transmissão Paulista, TIM, Ultrapar, JBS e Duratex.

Vale lembrar ainda que a sessão marcou a estreia dos units do Banco Santander e dos papéis da Marfrig e Brookfield no índice, com a mudança quadrimestral da carteira teórica do Ibovespa.

No mercado nacional, entre as ações com maior peso na nova carteira (que vigora de 1º de setembro a 31 dezembro) Vale PNA (VALE5) avançou 4,3% a R$ 43,21; Petrobras PN (PETR4) ganhou 3,99% a R$ 27,10; Itaú Unibanco PN (ITUB4) teve alta de 1,38% a R$ 38,32; BM&FBovespa ON (BVMF3) valorizou 2,42% a R$ 13,11 e OGX ON (OGXP3) apreciou 0,48% a R$ 20,98.

No sentido comprador, Fibria ON disparou 6,17% a R$ 28,73; Petrobras ON registrou ganhos de 5,61% a R$ 31,25; e Embraer ON apresentou valorização de 5,19% a R$ 11,36. Fora da festa, CTEEP PN caiu 1,31% a R$ 49,15; TIM ON perdeu 1,29% a R$ 6,90; e Ultrapar PN recuou 0,82% a R4 95,71.

Agenda

O ADP Employment mostrou a perda de 10 mil postos de trabalho no setor privado dos EUA em agosto enquanto o Construction Spending apontou queda de 1% nos gastos com construções de imóveis em julho. Mas os números foram ofuscados pelo ISM Index: o indicador, que mede o nível de atividade industrial norte-americana, atingiu 56,3 pontos em agosto, superando com folga as expectativas do mercado de 52,9 pontos e também o resultado de junho, de 55,5 pontos.

A China também trouxe dados animadores: o PMI (Purchasing Managers Index) elaborado pelo governo de Pequim subiu de 51,2 pontos em julho para 51,7 pontos em agosto, ficando acima do esperado.

No front doméstico, a balança comercial de agosto fechou com superávit de US$ 2,44 bilhões, segundo dados do MDIC (Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior). Com isso, o saldo positivo acumulado em 2010 aumentou para US$ 11,673 bilhões.

Além disso, o mercado se atentou para o IPC-S (Índice de Preços ao Consumidor - Semanal), que marcou deflação de 0,08% na última passagem semanal.

Petróleo
Na esteira dos dados positivos nos EUA e na China divulgados nesta quarta-feira (1), as cotações de petróleo fecharam o dia com forte alta, marcando o seu melhor desempenho diário desde o dia 2 de agosto deste ano.

Em Londres, a cotação do barril do petróleo Brent terminou em US$ 75,85, com alta de 2,16% em relação ao fechamento anterior. Já em Nova York, o contrato de petróleo mais líquido, com vencimento em outubro, apresentou forte avanço de 3,17%, fechando em US$ 73,98.

Dólar

Apesar de amenizar parte das perdas nos instantes finais, o dólar comercial conheceu sua segunda queda consecutiva nesta sessão, pressionado pelo forte otimismo nos mercados. Com a desvalorização de 0,57% vista nesta quarta-feira, a moeda terminou cotada na venda a R$ 1,747, sendo o menor patamar desde 3 de maio deste ano, dia em que encerrou os negócios a R$ 1,731.

A saída de dólares no País superou a entrada em US$ 601 milhões até o dia 27 de agosto, segundo dados publicados pelo Banco Central. A autoridade monetária ainda informou que no mesmo período adquiriu US$ 3 bilhões por meio de suas intervenções no mercado cambial à vista, totalizando, desde o início do ciclo de intervenções - maio de 2009 - o montante de US$ 46,037 bilhões.

Nesta data, a autoridade monetária realizou um leilão de compra de dólares no mercado cambial à vista, que ocorreu entre 12h09 e 12h19 (horário de Brasília) e contou com uma taxa de corte aceita em R$ 1,7407.

Renda Fixa

O mercado de juros futuros encerrou em alta. O contrato de juros de maior liquidez, com vencimento em janeiro de 2012, fechou com taxa de 11,37%, alta de 0,11 ponto percentual em relação ao fechamento anterior.

O mercado de títulos da dívida externa fechou em alta. O título brasileiro mais líquido, o Global 40, fechou com valorização de 0,14%, cotado a 137,10% do valor de face.

O Risco-País registrou queda de 10 pontos-base em relação ao fechamento anterior, atingindo 220 pontos-base.

Bolsas Internacionais

O índice Nasdaq Composite, que concentra as ações de tecnologia norte-americanas, fechou em alta de 2,97% e atingiu 2.177 pontos. Seguindo esta tendência, o índice S&P 500 valorizou-se 2,95% a 1.080 pontos, da mesma forma, o índice Dow Jones, que mede o desempenho das 30 principais blue chips norte-americanas, subiu 2,54% a 10.269 pontos.

Na Europa, o índice CAC 40 da bolsa de Paris registrou forte alta de 3,81% e atingiu 3.624 pontos; no mesmo sentido, o índice FTSE 100 da bolsa de Londres valorizou-se 2,70% chegando a 5.366 pontos e o DAX 30, da bolsa de Frankfurt, subiu 2,68% a 6.084 pontos.

Confira os eventos previstos para quinta-feira

Na próxima sessão, o principal destaque fica com indicadores econômicos nos Estados Unidos. O mercado deve se atentar ao número de pedidos de auxílio-desemprego auferidos no país ao longo da última semana, através do Initial Claims. Também em foco, o Pending Home Sales e o Factory Orders deverão mexer com o ânimo dos investidores.

No Brasil, destaque para a Pesquisa Industrial Mensal - Produção Física Regional, que será trazida pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas). Ainda no front doméstico, o mercado deve avaliar a divulgação do IPC - Fipe (Índice de Preços ao Consumidor - Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas).

(dados do Infomoney e Último Instante)

Análise Gráfica